Os mandados de prisão efetuados contra Wendel “Lagartixa”, “João Grandão” e Francisco Rogério da Cruz podem ter relação com a ação criminosa praticada por grupos de extermínio de Natal. O crime que levou à prisão dos suspeitos aconteceu em um bar da Redinha, Zona Norte de Natal. Entre as vítimas, estavam o dono do bar, um auxiliar de cozinha e um cozinheiro. “Pode ser um concorrente no tráfico, pode ser concorrente no comércio. Pode não ter pagado a extorsão”, disse o delegado Márcio Lemos.
A DHPP, entretanto, evita cravar a motivação principal. “O que é que um grupo de extermínio faz? Extorsão, contrabando, tomar aquela região que está dominada pelo tráfico, até eliminar possíveis concorrentes. Então se se aprofundar durante nossa investigação, a gente pode chegar a uma dessas motivações. Mas já há atos de execução típicos de grupo de extermínio. Pode ter esse envolvimento, essa motivação”, afirmou Márcio Lemos.
“Essa questão da motivação é algo difícil de precisar. Mas nós estamos aprofundando as investigações e talvez a gente consiga chegar a uma motivação. Há uma grande possibilidade de estar ligado com atividades criminosas supostamente praticadas pelas vítimas e também pelos investigados”, disse o delegado Cláudio Henrique.
Entre as vítimas, apenas uma tinha passagem pela polícia, numa condenação anterior por tráfico de drogas. “Não tinha uma ligação hoje comprovada, foi no passado. Ele foi preso por tráfico. Estava solto e recentemente era empresário. Estava montando lá o estabelecimento comercial”, apontou Lemos. “Mas a gente viu que, a princípio, [o crime] não foi destinado a um alvo específico. Três foram mortos e outros três escaparam”.
Já Márcio apontou uma possível ligação com a disputa pelo tráfico de drogas. “Pelas circunstâncias do fato objetivo, como foi uma execução generalizada, sem motivação por parte dos familiares da vítima, a princípio não tinha nenhuma desavença ali, está ligado ao tráfico, outros traficantes estão morrendo na região”, disse ele.
Tribuna do Norte