A crise do emprego foi mais forte no Nordeste na pandemia. Em seis estados da região, incluindo o Rio Grande do Norte, mais de 60% da população em idade de trabalhar estão sem ocupação, de acordo com Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnadc), divulgada nesta sexta-feira pelo IBGE, que captou a situação do mercado de trabalho entre abril e junho.
O nível de ocupação, que representa a parcela de quem está empregado sobre a população de 14 anos ou mais, em idade de trabalhar, ficou abaixo de 40% no Rio Grande do Norte (39,4%), Alagoas (34,4%), Maranhão (36,3%), Paraíba (39,8%), Pernambuco (38,5%) e Piauí (39,7%) no auge da quarentena, no segundo trimestre.
No início do ano, somente Alagoas tinha mais de 60% da população de 14 anos ou mais sem trabalho. Em tempos normais, mesmo em recessões clássicas, esse indicador fica próximo de 50%, o que mostra a gravidade da situação do mercado de trabalho.
Esses seis estados do Nordeste estão em pior condição, mas na média brasileira, o emprego caiu tanto, que pela primeira vez, o país tem menos da metade da força de trabalho potencial trabalhando. No segundo trimestre, o nível de ocupação ficou em 47,9%.
No segundo trimestre, houve aumento da taxa de desemprego em 11 estados.