Saúde

RN reduz para 53% ocupação de UTIs para tratamento da covid-19

No momento da coletiva, segundo Lucchesi, havia três pacientes na fila de espera por UTI, embora a vaga de destino já tivesse sido disponibilizada

O Rio Grande do Norte conseguiu manter a redução na ocupação de leitos críticos para tratamento de pacientes diagnosticados com a covid-19. Nesta quinta-feira (6), a taxa de ocupação está em 53%.

De acordo com Alessandra Lucchesi, subcoordenadora de Vigilância em Saúde, essa é a uma das menores taxas apresentadas até o momento. As informações foram divulgadas durante coletiva de imprensa para atualização dos dados. 

Há ainda um total de 403 pacientes internados para tratamento do novo coronavírus, sendo que 198 estão em leitos críticos e 205 em leitos clínicos. Esse quantitativo leva em consideração os serviços de saúde públicos e privados do estado potiguar. Especificando por regiões, a ocupação se apresenta da seguinte forma: Mossoró (71%), Pau dos Ferros (45%), João Câmara e São José de Mipibu (20%, cada), Seridó (70%) e Metropolitana (47,8%). 

No momento da coletiva, segundo Lucchesi, havia três pacientes na fila de espera por UTI, embora a vaga de destino já tivesse sido disponibilizada; além disso, outros três aguardavam por leitos clínicos e 12 esperaram o transporte sanitário. 

Dados epidemiológicos

Nas últimas 24 horas, o RN registrou três mortes provocadas pela covid-19. Essas ocorrências, somadas aos demais óbitos confirmados, elevou para 1.954 o número de pessoas que perderam a vida em decorrência da doença. Há ainda outros 193 óbitos em investigação para constatar se a causa tem relação ou não com o novo coronavírus. Até o momento, 402 já foram descartadas. 

Sobre as confirmações, o estado potiguar contabiliza um acumulado de 54.106 pessoas infectadas desde o início da pandemia. Quanto aos casos suspeitos, conforme explicou Alessandra Lucchesi, uma queda brusca pôde ser observada nos últimos dias, passando de 63.521 para 17.276 em apenas um dia. O motivo da oscilação foi a otimização da forma de encerramentos de casos, transferindo esses números para os chamados casos inconclusivos, que hoje somam 50.841. “Isso nos ajuda a uma melhor percepção do cenário, porque ficamos realmente com casos suspeitos, ou seja, os casos ativos de pessoas que estejam em um possível período de transmissão, possível período de sintomatologia”, explicou a subcoordenadora”, explicou.  

Lucchesi detalhou como foi realizado esse processo de otimização: “Dado o cenário inicial da pandemia, onde tínhamos grupos específicos para a realização da testagem, muitos pacientes não puderam se submeter ao teste diagnóstico e ficaram sem a devida forma de encerramento – ou como confirmado ou como descartado. Diante das investigações, se não foi possível fazer o encerramento do caso de acordo com o vínculo clínico, nós procedemos com uma outra forma de encerramento, que seria de uma síndrome gripal não especificada ou, como nós chamamos, casos inconclusivos. Então todos os pacientes que, nos últimos 30 dias, não apresentaram resultado de exame, esses casos de síndrome gripal foram encerrados como casos inconclusivos”, ressaltou. 

Já com relação aos casos descartados, ou seja, que os pacientes apresentaram resultado negativo para covid-19, o RN contabiliza 86.720 casos desde o início da pandemia.