Saúde

RN tem 1 milhão com dose de reforço em atraso

Rede Nacional de Dados em Saúde diz que mais de 1 milhão não tomaram reforço, dos quais 594 mil não receberam 4ª dose. Foto: Rovena Rosa / Agência Brasil

O Rio Grande do Norte acumula mais de um milhão de pessoas que não voltaram às unidades de saúde para receberem o reforço da vacina contra a covid-19. O levantamento é da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) e indica outros atrasados no esquema vacinal.

De acordo com a RNDS, 323 mil pessoas não voltaram aos locais de vacinação do estado para receberem a 2ª dose do imunizante. No caso da 2ª dose de reforço, o número alcança 594 mil.

O Ministério da Saúde reitera a importância de estar em dia com o esquema vacinal. “Vale destacar que estudos científicos apontam que a proteção desenvolvida pelo organismo ao receber o imunizante é mais alta nos primeiros meses, mas pode apresentar redução. Por isso, é indispensável a dose de reforço”, afirma a pasta.

No primeiro discurso à frente da Saúde, a ministra Nísia Trindade frisou a importância de garantir a imunização contra o Sars-CoV-2 e garantiu a convicção na proteção das vacinas. “Aproveito para lembrar a todos os brasileiros e brasileiras para completarem seu esquema vacinal contra a Covid-19”, finalizou.

O último Boletim InfoGripe Fiocruz, divulgado no dia 05 de janeiro, mostra queda lenta de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em praticamente todas as faixas etárias da população adulta. O fator pode ser atribuído à diminuição de incidência de SRAG por Covid-19 nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, além da interrupção da tendência de crescimento em outras unidades federativas do país.

Apesar do cenário favorável, 11 estados ainda apontam para crescimento nas últimas seis semanas. De acordo com o pesquisador Marcelo Gomes, eventuais impactos do aumento de casos por conta das celebrações de final de ano ainda não seriam observados nessa atualização. “Caso as exposições das festas realmente gerem impacto, ele só poderá ser observado nos casos associados a internações a partir da próxima semana”, pontua o coordenador do InfoGripe.

O estudo indica queda nas tendências de longo (últimas seis semanas) e curto prazo (últimas três semanas). Referente à Semana Epidemiológica (SE) 52, período de 25 a 31 de dezembro de 2022, a análise tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 2 de janeiro de 2023.

Onze das 27 unidades federativas apresentam crescimento moderado na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) até a SE 52: Acre, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Piauí, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima e Tocantins. Em todos esses estados, observa-se crescimento na população adulta, especialmente nas faixas etárias acima dos 60 anos, associado ao aumento de casos de SRAG por Covid-19.

Tribuna do Norte