O escritório do Sebrae em Caicó vai elaborar e apresentar à SETHAS (Secretaria de Estado do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social) o modelo de gestão com plano de negócios que vai apontar a viabilidade econômica da Casa do Artesão em fase final de conclusão das obras.
A Casa do Artesão de Caicó faz parte das ações do Governo do Estado para o fortalecimento do artesanato regional no Seridó por meio do Proarte (Programa do Artesanato do RN) da SETHAS. A parceria da SETHAS com o Sebrae RN está construindo o modelo de gestão para a Casa que a integração do artesanato seridoense.
O Governo do Estado, além de restaurar o prédio onde funcionou a Coletoria Geral, que há quinze anos estava abandonado, resgata uma parte da memória arquitetônica de Caicó e dá nova funcionalidade com a Casa do Artesão que vai reunir o artesanato regional, como o bordado e renda de Caicó, Timbaúba dos Batistas, Currais Novos e outras tipologias dos 24 municípios seridoenses.
A obra de restauração do prédio manteve a fachada original adaptada para acessibilidade. Tem 467m² de área construída com salas de recepção e de administração, auditório com capacidade para até 30 (trinta) pessoas, seis salas para exposição, cozinha, almoxarifado, dois apartamentos com banheiro, 05 banheiros, além de área aberta com pátio e palco para apresentações culturais e terraço.
A subcoordenadora de Economia Solidária, Lidiane Freire, e o técnico do Proarte (Programa do Artesanato do RN), Augusto Maux, se reuniram, terça-feira (17) com o gerente do escritório do Sebrae em Caicó, Pedro Medeiros, e o analista técnico da instituição, José Rangel Araújo.
Em Caicó a equipe da SETHAS também visitou com o Sebrae a sede ADESE (Agência de Desenvolvimento Sustentável do Seridó) para prospecção abrir diálogo com objetivo de futuras parcerias com apresentação da ideia do plano de gestão e funcionamento da Casa dentro das diretrizes de participação, autogestão e solidariedade, como também saber das experiências da agência nos projetos e empreendimentos econômicos no Seridó.
“Ficou encaminhado que o Sebrae vai elaborar e apresentar à Sethas um plano de negócios apontando a viabilidade econômica do empreendimento complementando a proposta do plano de gestão participativa e solidária, além da ampliação de parcerias na região”, explicou Lidiane Freire.O técnico do Proarte, Augusto Maux, explicou que a região do Seridó merece um espaço que concentre a produção artesanal e o prédio.
Segundo o gerente do escritório do Sebrae em Caicó, Pedro Medeiros, há um potencial grande do artesanato regional que não pode ficar restrito ao bordado e à renda na região. Ele disse que a proposta da Sethas tem viabilidade e tudo vai depender, agora, da construção do Plano para definir o modelo de gestão. Para ele, a integração e o fortalecimento do artesanato do Seridó, aproveitando todas as potencialidades de tipologias regionais, são viáveis.
Pedro Medeiros disse que um projeto de gestão regional para o artesanato será de grande importância para contribuir com o desenvolvimento econômico do Seridó.
Na Adese, a SETHAS e o Sebrae ouviram a experiência da agência no fomento à atividade econômica regional. O diretor-executivo da instituição, José Vanderli de Araújo, explicou que o fortalecimento do artesanato é importante para a região que tem na tipologia dos bordados em Caicó, Timbaúba dos Batistas e Currais Novos fortes representantes do artesanato seridoense.
A Adese, explicou José Vanderli de Araújo, está aberta e pode contribuir com subsídios para oPlano de gestão da Casa do Artesão de Caicó, principalmente, porque trabalha com o cooperativismo e associativismo do artesanato.
De acordo com o SICAB (Sistema de Informações Cadastrais do Artesanato Brasileiro) o Rio Grande do Norte tem 9.304 artesãos cadastrados pelo Programa do Artesanato Brasileiro (PAB), sendo 2.128 do Seridó e 665 de Caicó.