Sujeira, matagal e abandono. Esse é o cenário encontrado em um terreno localizado em uma das principais avenidas de Natal, a Deodoro da Fonseca, na Cidade Alta. O local em questão carrega uma série de polêmicas ao longo dos anos.
Inicialmente, era um prédio de três andares adquirido pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte, por cerca de R$ 800 mil, em 2008. No entanto, nunca foi usado pelo órgão. Pior, com o descaso e abandono, a estrutura foi demolida e restou apenas o terreno.
Desde a última sexta-feira (8) a reportagem tenta o contato com a secretaria para saber como foi estabelecida a cessão do imóvel, desde quando foi cedido, por que foi repassado à SMS, para que vai servir e ainda quem é responsável pela limpeza. O próprio Ministério Público foi procurado, mas também não respondeu às chamadas.
A cerca instalada no perímetro do terreno, após a demolição do prédio, não impede o acúmulo de lixo, muito menos o crescimento do mato. Algumas partes da vegetação já superam um metro de altura. Apenas pequeno espaço aparenta alguma limpeza. Segundo o funcionário de uma obra em um estabelecimento vizinho, o próprio chefe dele foi responsável por mandar limpar. “O mato estava encostando no muro daqui e eu limpei”, contou Jean Carlos.
Outro vizinho também relata os problemas causados pelo abandono. De acordo com Eriberto Ferreira, que trabalha em uma gráfica nos fundos do terreno, é comum bichos aparecerem no local. “Sempre aparece barata, rato, escorpião. Faz muito tempo que não limpam isso aí”, declarou.