Embora a variante Mu ainda esteja listada como variante de interesse pela Organização Mundial de Saúde (OMS), ela já vem gerando bastante preocupação e vem sendo monitorada de perto. A variante Mu foi primeiramente detectada na Colombia, mas agora já está presente em todo o mundo, inclusive com alguns casos detectados no Brasil.
O que a torna “variante de interesse” (e preocupante) é que ela tem o que a OMS chama de “constelação de mutações que indicam propriedades potenciais de escape imunológico”. Em outras palavras, ela tem todas as ferramentas que a torna capaz de driblar a proteção conferida pelas vacinas. É possível que estas alterações genéticas possam torná-la ainda mais transmissível, permitir que cause doenças mais graves ou torná-la capaz de escapar da resposta imune conferida pelas vacinas ou pela infecção advinda de variantes anteriores. Também deixa-la menos suscetível a tratamentos, ameaçando a saúde pública.
Cientistas japoneses publicaram um artigo demonstrando que a variante Mu é, de fato, altamente resistente a soros de pessoas convalescentes, com queda nos anticorpos neutralizantes em 12 vezes, e queda de 7 vezes nos indivíduos vacinados com a vacina da Pfizer.