Vazamento de gás em indústria deixa mortos e intoxica milhares

As emissoras de TV indianas mostraram imagens de dezenas de homens e mulheres inconscientes nas ruas, enquanto a polícia e os serviços de emergência transportavam os afetados para o hospital

Pelo menos sete pessoas morreram nesta quinta-feira (7) e milhares foram afetadas por um vazamento de gás de uma fábrica de produtos químicos no estado de Andhra Pradesh, no sul da Índia, segundo fontes oficiais.

Gummalla indicou que o vazamento de estireno, um gás usado na fabricação de plásticos que é considerado neurotóxico e fatal em grandes concentrações, ocorreu em uma fábrica de propriedade da empresa sul-coreana LG Corporation por volta das 2h30, horário local hoje (21h de quarta-feira no horário de Brasília).

Pessoas inconscientes pelas ruas

As emissoras de TV indianas mostraram imagens de dezenas de homens e mulheres inconscientes nas ruas, enquanto a polícia e os serviços de emergência transportavam os afetados para o hospital.

De acordo com um mapa publicado pela Visakhapatnam Municipal Corporation no Twitter, a nuvem de gás tóxico se espalhou em um raio de cerca de três quilômetros

O comissário indicou que as autoridades estão investigando o vazamento de gás e indicou que “parece que um grupo de trabalhadores não qualificados teve problemas com o trabalho de manutenção, que causou o vazamento”.

Fábrica estava fechada durante quarentena

A fábrica fechou suas portas no final de março devido ao confinamento imposto em toda a Índia para combater a disseminação do coronavírus e começou a retomar as atividades nesta semana devido ao relaxamento de restrições estritas em algumas partes da Índia.

Deslizamentos de terra, incêndios e outros acidentes industriais são predominantes na Índia, muitas vezes devido ao mau estado de infraestrutura e falta de manutenção, fatores alimentados pela corrupção e práticas ilegais no setor da construção.

O país sofreu um dos maiores acidentes industriais da história quando um vazamento de gás tóxico de uma fábrica de pesticidas causou milhares de mortes na cidade indiana de Bhopal em 1984 e causou conseqüências duradouras que ainda hoje são notadas.



Clubes italianos são liberados para voltar aos treinos a partir desta segunda

A Uefa fixou 25 de maio como data para que cada país da Europa indique se vai encerrar os campeonatos sem complemento e indicar seus representantes nos torneios continentais de 2020/21

Começou a retomada do futebol num dos países mais afetados pela pandemia de Covid-19. Neste domingo, o governo da Itália decretou a autorização para a volta de treinos individuais, incluindo de esportes coletivos, e os clubes de futebol podem retomar as atividades a partir desta segunda-feira. O reinício do Campeonato Italiano, interrompido desde 9 de março, para o complemento de 12 rodadas, pode ser anunciado nos próximos dias, ainda que a Lega Série A admita acatar o encerramento em caso de decisão das autoridades.

Inicialmente, a retomada dos treinos para esportes coletivos na Itália seria autorizada apenas a partir de 18 de maio. Só as modalidades individuais estariam liberadas nesta segunda-feira. Mas várias regiões decidiram no sábado passado atender aos pedidos dos clubes, principalmente de futebol, e autorizar a abertura dos centros de treinamento para permitir que os jogadores possam se exercitar. As atividades têm que ser ao ar livre, respeitando as medidas de distanciamento social e sem presença de público.

– Os atletas, profissionais ou não, de disciplinas individuais ou não, estão autorizados, como todos os cidadãos, a praticar exercício nos espaços públicos ou privados, respeitando as regras de distanciamento social de pelo menos dois metros, assim como a proibição de qualquer aglomeração -diz o decreto do Ministério do Interior italiano.

Vários clubes, como Roma, Parma, Bologna e Sassuolo, anunciaram a intenção de abrir seus CTs para que os jogadores pudessem voltar a treinar ao longo desta semana. Os 20 clubes da Serie A italiana confirmaram o plano de concluir a temporada, mas o ministro dos Esportes do país, Vincenzo Spadafora, alertou que o caminho “é cada vez mais estreito”.

A Uefa fixou 25 de maio como data para que cada país da Europa indique se vai encerrar os campeonatos sem complemento e indicar seus representantes nos torneios continentais de 2020/21. A liga que decidir por retomar a temporada atual não tem ainda um prazo definido para encerrar a competição, mas tudo leva a crer que seria até agosto.



Coronavírus: Bolívia estenderá quarentena em todo o país

As cidades que retornarem ao trabalho deverão atender a rígidos padrões de segurança para os trabalhadores

Apresidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez, anunciou que vai estender a quarentena no país. “Manteremos a quarentena nas condições atuais até 10 de maio. No entanto, a partir de 11 de maio, iremos para uma nova forma de quarentena”.

De acordo com Áñez, por recomendação dos médicos e cientistas que a aconselham, a nova etapa, chamada de “quarentena dinâmica”, terá novas regras. A partir do dia 11 de maio, algumas cidades permanecerão em quarentena e, ao mesmo tempo, outras entrarão em um período menos rígido e poderão reiniciar suas atividades laborais. As cidades que retornarem ao trabalho deverão atender a rígidos padrões de segurança para os trabalhadores.

De acordo com a Agência Boliviana de Informação (ABI), o Ministério da Saúde avaliará a cada sete dias como a pandemia evolui em cada local e, com base nas informações, a quarentena em cada município poderá ser relaxada ou reforçada.

A quarentena total no país está em vigor desde 22 de março e deveria terminar em 15 de abril, mas devido ao aumento contínuo de casos positivos da Covid-19, a medida foi estendida inicialmente até 30 de abril e depois até 10 de maio. A Bolívia registrou, até o momento, 1.110 casos confirmados da Covid-19 com 59 mortes.



Maior buraco já registrado na camada de ozônio do Ártico acaba de se fechar

O anúncio foi feito pelos pesquisadores do Serviço de Monitoramento Atmosférico Copernicus

Em fevereiro, cientistas descobriram um buraco na camada de ozônio sobre o Ártico que foi crescendo até atingir mais de um milhão de quilômetros quadrados. Era o maior já registrado, e agora acaba de se fechar.

O anúncio foi feito pelos pesquisadores do Serviço de Monitoramento Atmosférico Copernicus. Eles explicaram que a recuperação provavelmente não teve relação com a diminuição das emissões de poluentes devido à prática de isolamento social ao redor do mundo.

Esse buraco sequer foi consequência da poluição, e sim de um vórtice polar especialmente poderoso. Trata-se de um sistema de baixa pressão e ar frio que envolve ambos os polos.

Quando esse fenômeno se dissipou pela presença de terra e montanhas na região, a camada de ozônio conseguiu se recuperar.

Além da extensão impressionante, o buraco chegou a esgotar o ozônio encontrado em quase 18 quilômetros de estratosfera.

A escassez de ozônio no Polo Sul, por outro lado, é causada pela ação humana: poluentes fazem com que substâncias como cloro e bromo cheguem à estratosfera, tornando mais fina a camada que protege a Terra da radiação ultravioleta.



EUA ultrapassam 1 milhão de casos de coronavírus, aponta universidade

A pandemia matou mais de 57 mil pessoas nos Estados Unidos

Os Estados Unidos se tornaram nesta terça-feira (28) o primeiro país do mundo a superar o número de 1 milhão de casos confirmados do novo coronavírus, segundo os últimos dados da universidade Johns Hopkins, com sede em Baltimore, no estado de Maryland.

A pandemia matou mais de 57 mil pessoas nos Estados Unidos, que lideram o número total de infectados no mundo, com 1.002.498, segundo a universidade.

Estima-se que o número real de casos seja ainda maior, com as autoridades estaduais de saúde pública alertando que a escassez de profissionais treinados e de equipamentos tem limitado a capacidade de teste.

Cerca de 30% dos casos ocorreram no Estado de Nova York, o epicentro do surto nos EUA, seguido por New Jersey, Massachusetts, Califórnia e Pensilvânia.

Globalmente, os casos confirmados já superam os 3 milhões desde o início do surto na China, no fim do ano passado.

Durante semanas, os EUA foram o foco da pandemia e lideram o número de infecções em termos absolutos, à frente de Espanha, onde há 232.128 casos e 23.822 mortes; Itália, com 201.505 e 27 359; e França, com 166.036 e 23.327.

No entanto, ainda de acordo com os dados da universidade, o número de mortes per capita mostra que a Bélgica é o país mais abalado, com uma média de 63,1 óbitos por 100 mil habitantes. Em seguida, nesta ordem, aparecem Espanha (50,34 mortes por 100 mil habitantes), Itália com (44,64), França (34,82), Reino Unido (31,82) e EUA (17,2). (Com agências internacionais)



Papa pede respeito por medidas para a saída do confinamento

“Os falsos testemunhos, calúnias, que incitam as pessoas a fazer justiça”, são um verdadeiro linchamento”, disse ele, dando o exemplo da cristã paquistanesa Asia Bibi, julgada por calúnia e que ficou muitos anos na prisão

O papa pediu hoje (28) que as pessoas sejam “obedientes” e respeitem as medidas para a saída do confinamento imposto pelo coronavírus, “para que a pandemia não retorne”.

“Quando começamos a ter medidas para sair da quarentena, pedimos ao Senhor que dê ao seu povo, todos nós, a graça da prudência e obediência às disposições, para que a pandemia não retorne”, disse Francisco na sua habitual missa matinal na Casa de Santa Marta, transmitida ao vivo pelos canais do Vaticano.

Apesar das disposições determinadas pelo governo italiano para sair gradualmente do confinamento, não foi ainda autorizada a celebração de missas. Isso provocou uma dura reação da Conferência Episcopal Italiana (CEI) que, numa declaração contra o governo do primeiro-ministro italiano Giuseppe Conte, denunciou que “a liberdade de culto” estava sendo violada.

Seguindo o conselho do comitê técnico-científico de Itália, encarregado de preparar o plano de reabertura do país, foi decidido que não era seguro permitir cerimônias religiosas, embora os funerais com até 15 pessoas tenham sido autorizados.

Bestialidade

Por outro lado, o papa Francisco dedicou a homilia de hoje aos falsos testemunhos e afirmou que é “uma bestialidade” usá-los para “fazer justiça”.

“Os falsos testemunhos, calúnias, que incitam as pessoas a fazer justiça”, são um verdadeiro linchamento”, disse ele, dando o exemplo da cristã paquistanesa Asia Bibi, julgada por calúnia e que ficou muitos anos na prisão.

“Diante da avalanche de notícias falsas que criam uma opinião (entre as pessoas), às vezes nada pode ser feito”, observou.

E, a esse respeito, também citou o Holocausto e como “uma opinião foi criada contra um povo para acabar com ele”. “Depois, há o pequeno linchamento diário que tenta condenar as pessoas, criando uma má reputação, o pequeno linchamento diário que cria opiniões para condenar as pessoas”, acrescentou.

Francisco admitiu que na igreja também ocorrem “vários linchamentos todos os dias, que nascem das coscuvilhices”[fofocas].



Não há comprovação que curados da Covid-19 sejam imunes à doença, afirma OMS

A agência lembra que o desenvolvimento da imunidade contra uma doença através de uma infecção natural é um processo de várias etapas, que geralmente ocorre de uma a duas semanas

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou na sexta-feira (24) que ainda não há evidências científicas suficientes para afirmar que pessoas que se recuperaram do novo coronavírus estão imunes à doença. O comunicado se refere especialmente a governantes que têm defendido a criação de um “passaporte da imunidade” ou “certificado de risco zero” para que ex-pacientes recuperados sejam excluídos de medidas de restrição de mobilidade durante a pandemia da covid-19.

Essa medida já foi citada pelo ministro da Economia Paulo Guedes como forma de retomar atividades não essenciais nos locais que adotaram medidas de isolamento social.

“As pessoas que assumem que estão imunes a uma segunda infecção porque receberam um resultado positivo no teste podem ignorar os conselhos de saúde pública. O uso de tais certificados pode, portanto, aumentar os riscos de transmissão continuada”, ressalta a organização.

A agência lembra que o desenvolvimento da imunidade contra uma doença através de uma infecção natural é um processo de várias etapas, que geralmente ocorre de uma a duas semanas. Ela pondera, contudo, que, até 24 de abril, nenhum estudo concluiu que a presença de anticorpos confere imunidade ao novo coronavírus em humanos.

“A OMS continua revisando as evidências da respostas de anticorpos à infecção por SARS-CoV-2 (vírus da covid-19). A maioria desses estudos mostra que as pessoas que se recuperaram da infecção têm anticorpos para o vírus”, diz o comunicado. “No entanto, algumas dessas pessoas têm níveis muito baixos de anticorpos neutralizantes no sangue, sugerindo que a imunidade celular também pode ser crítica para a recuperação.”

“Testes de laboratório que detectam anticorpos para SARS-CoV-2 em pessoas, incluindo testes rápidos de imunodiagnóstico, precisam de validação adicional para determinar sua precisão e confiabilidade”, pontua a OMS.

“Os testes imunodiagnósticos imprecisos podem categorizar falsamente as pessoas de duas maneiras. A primeira é que eles podem rotular falsamente as pessoas que foram infectadas como negativas e, a segunda, é que as pessoas que não foram infectadas são falsamente rotuladas como positivas. Ambos os erros têm sérias conseqüências e afetarão os esforços de controle.”

A OMS ressalta, ainda, que os testes precisam distinguir o SARS-CoV-2 dos outros seis coronavírus humanos conhecidos (dos quais, quatro causam o resfriado comum e têm ampla circulação mundial, enquanto os outros dois causam a Síndrome Respiratória no Oriente Médio e a Síndrome Respiratória Aguda Grave). “Pessoas infectadas por qualquer um desses vírus podem produzir anticorpos que reagem de maneira cruzada com anticorpos produzidos em resposta à infecção por SARS-CoV-2.”

A organização também afirma apoiar as iniciativas de diversos países de testagem de anticorpos do novo coronavírus na população, por ajudar a entender a extensão da pandemia e os fatores de risco associados à doença, mas faz uma ressalva: “Esses estudos fornecerão dados sobre a porcentagem de pessoas com anticorpos da covid-19 detectáveis, mas a maioria



Brasil, UE e mais 20 países se comprometem com abastecimento alimentar

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 181 mil mortos e infectou mais de 2,6 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 593,5 mil doentes foram considerados curados

A União Europeia e 21 outros países da Organização Mundial do Comércio (OMC), dentre eles o Brasil, se comprometeram nesta quinta-feira (23) a assegurar o bom funcionamento das cadeias globais de abastecimento alimentar, afetadas pela pandemia da Covid-19.

Um dia após a Organização das Nações Unidas (ONU) ter advertido para o risco de fome no mundo “de proporções bíblicas” como consequência da pandemia, a UE e mais de duas dezenas de países se comprometeram, em declaração conjunta, a assegurar o bom funcionamento da agricultura mundial e das cadeias de abastecimento agro-alimentar, evitando medidas com potencial impacto negativo na segurança alimentar, na nutrição e na saúde dos outros países-membros da organização e das suas populações.

A declaração conjunta apela para que quaisquer medidas de emergência relacionadas a agricultura e produtos agro-alimentares sejam “orientadas, proporcionais, transparentes, temporárias e coerentes com as regras da OMC” e “não devem distorcer o comércio internacional destes produtos nem resultar em barreiras comerciais injustificadas”. Os signatários comprometem-se igualmente a iniciar um diálogo para melhorar a preparação e a capacidade de resposta a pandemias, através da coordenação multilateral.

Além da UE e Brasil, os membros da OMC que assinaram a iniciativa são: Austrália, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Estados Unidos, Hong Kong-China, Japão, Coreia do Sul, Malaui, México, Nova Zelândia, Paraguai, Peru, Qatar, Singapura, Suíça, Ucrânia, Uruguai e os territórios de Taiwan, Penghu, Kinmen e Matsu.

Histórico

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 181 mil mortos e infectou mais de 2,6 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 593,5 mil doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detectado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), fecharam o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Informações da RTP, agência pública de notícias de Portugal e da Agência Brasil



Alemanha inicia reabertura de parte do comércio

Os casos de curados já são maiores do que os de internados

A Alemanha se prepara para uma nova etapa nesta segunda-feira (20): parte do comércio, fechado há mais de um mês, volta a funcionar. Para dar certo, o governo quer manter o número de internações em queda, aumentar ainda mais a testagem e garantir que a população permaneça em distanciamento social.

A decisão foi tomada pela primeira-ministra Angela Merkel, em conjunto com os governadores, e ela deixou claro que a volta à normalidade será lenta e cautelosa, além de ter demonstrado sua preocupação com um possível relaxamento da população com as restrições. São os números da Alemanha na pandemia que sustentam as novas medidas.

Os casos de curados já são maiores do que os de internados. O país faz entre 500 e 600 mil testes por semana, muito mais do que Estados Unidos e Reino Unido, por exemplo.



EUA: Cidades com imigrantes brasileiros e hispânicos têm 30% mais mortes por Covid-19

O coronavírus não atinge a população americana igualmente. Mais casos — e mais mortes — são registrados entre as comunidades de migrantes da América Latina

“Era como se duas mãos fortes me apertassem com força o peito, em direção às costas. Eu ia ficando fininha, fininha… O ar não passava mais, eu não conseguia respirar”, conta a mineira Luíza*, de 47 anos, sobre os efeitos do coronavírus em seu corpo.

Luíza é faxineira no estado americano de Massachusetts e desenvolveu os sintomas de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus — febre, tosse, falta de ar, cansaço e dor de garganta — alguns dias depois de ter limpado a casa de uma família americana em que todos estavam doentes. “Quando saí de lá passei desinfetante no corpo todo e fui pedindo proteção a Deus”, conta.

A falta de ar e o cansaço, que começaram há quase duas semanas, ainda persistem. Luiza chegou aos Estados Unidos há 16 anos, depois de atravessar a fronteira do país com o México. Desde então, jamais conseguiu regularizar sua situação — segue indocumentada, o que a impede de receber seguro desemprego ou auxílio financeiro do governo americano em meio à crise do coronavírus.

Por isso, e diante de uma redução de 70% em sua renda mensal, que antes chegava a US$ 4 mil (R$ 21 mil), Luiza teve que seguir trabalhando, apesar do medo de se contaminar. Não deu outra. Nem duas semanas depois que o governo declarou quarentena em todo o estado de Massachusetts, ela adoeceu.

O caso de Luiza é exemplar do que tem acontecido nos Estados Unidos, o novo epicentro global da pandemia, com cerca de 700 mil casos e 36 mil mortes.

O coronavírus não atinge a população americana igualmente. Mais casos — e mais mortes — são registrados entre as comunidades de migrantes da América Latina.

É o que mostra um levantamento sobre a epidemia feito pela BBC News Brasil nos três Estados americanos que concentram em torno de 80% da população brasileira no país, além de grande contingente de migrantes da América Latina no geral: Nova York, Massachusetts e Flórida.