Premiê israelense e oposição concordam em formar governo de emergência

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o ex-ministro da Defesa do país e líder do partido centrista de oposição (Unidade Nacional), Benny Gantz, concordaram em formar um governo de emergência, segundo comunicado conjunto divulgado nesta quarta-feira (11) pelo partido.

As informações são da agência de notícias Reuters. Ainda segundo esta, o comunicado diz que o premiê e Gantz concordaram em formar um gabinete de guerra integrado por ambos e o ministro da Defesa, Yoav Gallant. Desde sábado (7), Israel e o Hamas estão em guerra. O embaixador do Brasil na Palestina, Alessandro Candeas, detalhou nesta quarta-feira (11) o plano elaborado pelo Itamaraty para retirar da Faixa de Gaza os brasileiros que querem sair de lá. 

SBT News



Israel diz que há brasileiros entre os reféns do Hamas; Itamaraty não confirma

Foto: Divulgação

O Ministério da Defesa de Israel disse que há brasileiros entre as pessoas feitas de reféns pelo Hamas em Gaza. Segundo o governo israelense, cerca de 150 pessoas foram feitas de reféns durante a invasão do Hamas neste sábado (7).

Entre as pessoas sequestradas e levadas para Gaza estão idosos, crianças e mulheres, inclusive a DJ Shani Louk que participava do festival de música Universo Paralello.

“Há (entre os reféns) norte-americanos, britânicos, franceses, alemães, italianos, brasileiros, argentinos e ucranianos”, disse o porta-voz Jonathan Conricus.

Karla Stelzer Mendes, uma brasileira que estava no festival de música eletrônica Universo Paralello, está entre as pessoas desaparecidas, no entanto não há confirmação de que ela esteja mantida refém pelo Hamas.

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil disse, durante uma entrevista coletiva nesta quarta-feira (11), que não pôde confirmar a localização de Karla e nem se há brasileiros detidos pelo Hamas.

Outros dois brasileiros desaparecidos, Bruna Valeanu e Ranani Glazer, foram encontrados mortos em Israel.

A presença de reféns em Gaza tem dificultado os esforços de Israel para retaliar os ataques do Hamas. Segundo a agência de notícias Reuters, o país estaria estudando uma ofensiva terrestre no enclave, enquanto o grupo militante ameaçou executar um refém para cada casa atingida por Israel.

Agência Brasil



Estudantes da Ufersa que estão em Israel serão repatriados

Foto: Reprodução

Os estudantes da Universidade Federal Rural do Semi-Árido Francisco das Chagas Barbalho Neto e Roosevelt de Araújo Sales Júnior, que se encontram no país de Israel serão repatriados. Segundo informações da reitora da Ufersa, professora Ludimilla Oliveira, providencia nesse sentido já foram tomadas frente à Embaixada do Brasil naquele país.

Em ofício encaminhado a Embaixada do Brasil em Israel, a reitora argumenta que em decorrência da situação de emergência naquele país, se faz em caráter de urgência o repatriamento dos dois estudantes da Universidade, que participam de intercâmbio acadêmico em Israel. O deslocamento dos estudantes deve se feito dentro das prioridades do Itamaraty. Os estudantes já preencheram formulário após a solicitação da Universidade para o retorno deles ao Brasil.

A professora explicou que os estudantes estão no extremo sul de Israel não sendo possível no momento o deslocamento até Tel Aviv. “O momento agora é para aguardar as diligências da Embaixada do Brasil em Israel”, afirmou a professora Ludimilla Oliveira.

A reitora, que passou ou domingo em trânsito vindo de missão internacional na Espanha, afirmou que vem acompanhamento pessoalmente à situação estando em contato direto com a Embaixada. “Vamos aguardar a chegada dos aviões brasileiros em Israel e as providencias que serão tomadas para o repatriamento”, frisou. Diante das tratativas diplomáticas, a reitora acredita que a repatriação dos dois estudantes da Ufersa estará na lista de prioridades da Embaixada do Brasil no país de Israel.

Ponta Negra News



Recorde negativo de gelo marinho na Antártida pode potencializar eventos climáticos extremos

Foto: Agência Brasil

Os sucessivos recordes negativos de gelo marinho na Antártida em 2023 reforçaram o alerta de pesquisadores sobre os efeitos dessas diminuições na circulação atmosférica e na formação de ciclones e chuva.

Entre as consequências possíveis estão a mudança de posição e intensidade dos ciclones, que provocam chuvas como as que atingiram o Rio Grande do Sul recentemente. Ainda, se a tendência de águas mais quentes diminuir a formação de gelo marinho, o impacto vai chegar à cadeia alimentar, com efeitos indiretos em animais de grande porte, como as baleias.

Embora não seja possível dizer qual é a parte que cabe às mudanças climáticas no degelo marinho, especialistas apontam que o aquecimento global têm participação na mudança do cenário.

O recorde negativo foi apontado em dados preliminares do Centro Nacional de Dados de Neve e Gelo dos Estados Unidos (NSIDC, na sigla em inglês) no fim de setembro. Em 10 de setembro, havia 1 milhão de km² a menos de gelo marinho do que na mínima anterior, de 1986.

Para o chefe do departamento de geografia da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), Francisco Aquino, as mudanças podem significar, para os próximos anos, mudanças no local de formação e na intensidade de ciclones extratropicais.

“Compreendemos que um planeta mais quente, com uma Antártida com anomalia de gelo menor, intensifica algumas circulações atmosféricas e poderia aumentar eventos extremos”, afirma o climatologista, conhecido como Chico Geleira por sua pesquisa na Antártida.

Isso porque, segundo Aquino, um planeta mais quente força um contraste maior de temperatura entre a Antártida e a região subtropical. “Em alguns momentos, essa sincronia dispara ciclones com maior impacto ou ondas de frio mais intensas no Brasil. Portanto, diminuir o gelo marinho pode ser uma condição de intensificar eventos extremos no nosso hemisfério.”

Mais calor, inclusive nos oceanos, leva a um ajuste na circulação de ventos, que vai mudar a formação dos ciclones. Ainda, menos gelo para refletir a radiação solar significa que mais calor será absorvido pelos oceanos. Para Aquino, o mesmo raciocínio vale para outras regiões além do sul do Brasil, como o sul da África do Sul e a Austrália.

O crescimento de gelo na volta da Antártida, segundo Aquino, pode ter sido causado também por mudanças climáticas. “A intensificação de ciclones, com os ventos ao redor da Antártida, revolviam a água, mantendo a baixa de temperatura e uma consistência para o gelo marinho.”

Em 2015 e 2016, anos de um super El Niño, houve a maior retração de gelo no fim do inverno até então. “Foi o que chamou a atenção para estudarmos a região naquela época.”

As reduções de gelo na Antártida lembram o que aconteceu no Ártico três décadas antes. Aquino explica que o gelo no hemisfério sul não foi tão afetado quanto seu par ao norte por não haver a pressão do calor continental da Europa.

Para Ilana Wainer, professora no departamento de oceanografia física do Instituto Oceanográfico da USP, é possível relacionar a diminuição do gelo marinho com oceanos mais quentes. “Desde 2014, entre 100 e 200 metros abaixo da superfície, a água aqueceu bastante.”

Ainda não é possível, no entanto, separar totalmente o que é aquecimento global das variações que já ocorrem na região da Antártida. “Mudança climática acontece num tempo longo, e os dados de satélite para o gelo começaram em 1979”, diz.

A pesquisadora lembra que a redução do gelo marinho remete a uma preocupação já conhecida de aumento do nível do mar. “O gelo marinho funciona como amortecimento para o gelo na costa contra tempestades e marés violentas.”

Assim, com menor proteção, o manto tende a sofrer mais os efeitos de intempéries —e descongelar.

Para além da circulação atmosférica e do reposicionamento de desastres, os efeitos de uma mudança drástica podem atingir uma gama diversa de vida não humana. Além de episódios como a morte de colônias inteiras de filhotes de pinguim-imperador registrada em um estudo no ano passado, há um impacto sistêmico.

Na base da cadeia alimentar da região está o krill antártico, principal fonte de alimento para focas e baleias.

“Estas variações na temperatura do oceano exercem pouca ou nenhuma influência direta em mamíferos como focas, lobos-marinhos e baleias, mas têm enorme efeito indireto”, afirma Eduardo Secchi, pesquisador do projeto Ecopelagos/Proantar, que estuda cetáceos.

O krill, um crustáceo semelhante ao camarão, se alimenta de um tipo específico de microalgas marinhas, as diatomáceas, que ficam presas ao gelo. Mudanças no estoque dessa alga podem causar a redução na quantidade do animal, chave para a cadeia alimentar na Antártida.

“Com as alterações climáticas, tem sido observado, em certas condições, o surgimento de um outro tipo de microalgas, as criptófitas”, diz Carlos Rafael Mendes, pesquisador do projeto Ecopelagos/Proantar da Universidade Federal do Rio Grande (Furg).

Como o krill não se alimenta de criptófitas, sua abundância declina, reduzindo a oferta de comida e energia para predadores até o topo de cadeia, como pinguins e baleias. Uma vez que muitas espécies voltam sempre às mesmas regiões, buscar alimento em outros lugares exige mais energia.

“Na região oeste da Península Antártica, uma das regiões do planeta com as maiores taxas de aquecimento, tem sido observado um deslocamento ao sul na distribuição de colônias de pinguins que dependem do gelo”, diz Secchi.

FOLHAPRESS



Lula encontrará Zelensky em Nova York nesta quarta-feira (20)

Foto: Divulgação

Depois de dias de negociações nos bastidores, foi confirmada a reunião bilateral entre Lula e Volodymyr Zelensky em Nova York. Os líderes de Brasil e Ucrânia vão se reunir no hotel onde Lula está hospedado, na quarta-feira (20) logo depois da bilateral entre Lula e Biden.

O governo brasileiro ofereceu alguns horários para os representantes do governo ucraniano e o martelo foi batido no começo da tarde desta segunda-feira (18). 

Zelenskyy tem participação prevista na Assembleia Geral da ONU na terça-feira (19) e se reunira com líderes globais também na sede das Nações Unidas.

Lula passa o dia no Hotel Lotte | Patrícia Vasconcellos/SBT News

Nesta segunda-feira (18), Lula passa o dia no hotel Lotte em Manhattan. O líder brasileiro teve uma bilateral com o presidente da Suíça e com o ex primeiro-ministro britânico Gordon Brown.

SBT News



Número de mortes após tempestade na Líbia sobe para 11,3 mil

Foto: Divulgação

O número de mortos na cidade costeira de Derna, na Líbia, aumentou para 11.300, informou a organização humanitária internacional Crescente Vermelho nesta semana.

Marie el-Drese, secretária-geral do grupo de ajuda, disse à Associated Press que mais de 10.100 pessoas estão desaparecidas na região varrida pela água. 

Ao todo, estima-se que mais de 20 mil pessoas tenham morrido em meio às enchentes provocadas pela passagem da tempestade mediterrânea Daniel. Um relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM) apontou que o grande volume de chuvas resultou no rompimento de duas barragens na cidade de Derna, causando ondas que chegaram a atingir 7 metros.

SBT News



Tribunal francês rejeita recurso e fica a favor de proibição de abayas nas escolas

O Conselho de Estado, principal tribunal administrativo da França, rejeitou o recurso apresentado pela associação Ação pelos Direitos Muçulmanos (ADM), que pedia a suspensão da proibição de abayas – túnica usada por algumas mulheres muçulmanas – nas escolas. O caso foi julgado poucos dias após o governo anunciar a implementação da medida.

Na decisão, proferida no último dia 5, o Conselho de Estado alegou que a proibição não viola as liberdades fundamentais ou provoca danos ao direito da educação. A Corte citou ainda o alto número de casos de violência nas escolas. Entre 2022 e 2023, por exemplo, houve 1.984 relatos, a grande maioria relacionada ao uso de abayas.

Em resposta, a ADM criticou o Conselho por não “proteger as liberdades fundamentais das crianças”. A entidade reforçou que a proibioção ainda não possui critérios claros, o que pode resultar em novos casos de discriminação no país, além de ocasionar traumas e assédio nos alunos, prejuidicando o acesso a educação e sucesso acadêmico.

“A ADM está consternada pelo fato de o Conselho de Estado não ter cumprido o seu papel de proteger as liberdades fundamentais das crianças, de garantir o seu acesso à educação e o respeito pela sua vida privada, sem qualquer forma de discriminação. O Conselho de Estado não teve em conta os testemunhos nem a gravidade da situação”, afirmou.

A proibição de abayas nas escolas segue a política governamental de separação entre religião e Estado. Em 2010, o país aprovou a proibição do uso em público de véus que cobrem o rosto inteiro. Seis anos antes, em 2004, o governo baniu o uso de qualquer símbolo religioso ostensivo, como o hijab, usado no islâmico, e o quipá, usado por judeus.

SBT News



Chanceler da Alemanha publica foto com tapa-olho após acidente: “Ansioso pelos memes”

O chanceler alemão, Olaf Scholz, surpreendeu ao publicar uma foto usando um tapa-olho preto para encobrir ferimentos no rosto após sofrer um acidente enquanto corria no fim de semana.

“Ansioso pelos memes”, publicou o chanceler no X, antigo Twitter, com uma foto dele com um tapa-olho cobrindo o olho direito e vários arranhões no rosto.

“Obrigado pelos bons votos, parece pior do que é!”, adicionou.

Segundo o porta-voz do governo, Scholz está bem, dadas as circunstâncias. “Ele estava de muito bom humor esta manhã, mas ainda parece um pouco abatido.”

Ele disse que a foto foi divulgada “para que todos possam se acostumar com a aparência dele nas próximas semanas”.

Scholz, de 65 anos, caiu enquanto corria no fim de semana e foi forçado a cancelar sua participação no início da campanha eleitoral no estado de Hesse, no oeste da Alemanha

O acidente teria ocorrido enquanto o chanceler praticava sua corrida regular, perto de sua casa em Potsdam, Berlim. Scholz tropeçou e caiu de cara no chão, segundo o tabloide alemão Bild.

SBT News



Índia lança satélite para estudar o Sol

Foto: Divulgação

A Índia lançou um foguete que transporta uma sonda que vai investigar o Sol. Essa nova aventura científica acontece após o programa espacial indiano ser bem-sucedido no pouso de um veículo não-tripulado perto do polo sul da Lua.

Chamado de Aditya-L1, ou “Sol”, no idioma hindi, decolou às 3h20 da manhã no horário de Brasília, 11h50, hora local e foi rumo a uma viagem de 4 meses até chegar no centro do Sistema Solar.

O objetivo é compreender a dinâmica dos fenômenos solares, com registro de imagens e medição de partículas nas proximidades do Sol.

“Após o sucesso do Chandrayaan-3, a Índia continua sua jornada espacial. Parabéns aos nossos cientistas e engenheiros da @isro. pelo lançamento bem-sucedido da primeira missão solar da Índia, Aditya -L1. Os nossos incansáveis esforços científicos continuarão a fim de desenvolver uma melhor compreensão do Universo para o bem-estar de toda a humanidade.”, declarou o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi.

After the success of Chandrayaan-3, India continues its space journey.
Our tireless scientific efforts will continue in order to develop better?? Narendra Modi (@narendramodi) September 2, 2023

A missão transporta instrumentos científicos para observar e estudar as camadas externas do Sol. Além da Agência Espacial Indiana (ISRO), China, Japão, Nasa e a Agência Espacial Europeia (ESA) também lançaram missões para estudar a estrela.

Nave fará 1,5 milhão de quilômetros de trajetória até a chegada ao Sol | X/@isro

Serão 1,5 milhão de quilômetros de trajetória até a chegada ao Sol, a sonda é transportada pela nave PSLV XL, que tem 320 toneladas sendo fabricada na Índia.

Aditya-L1 started generating the power.
The first EarthBound firing to raise the orbit is scheduled for September 3, 2023, around 11:45 Hrs. IST pic.twitter.com/AObqoCUE8I— ISRO (@isro) September 2, 2023

Programa espacial barato

O programa espacial da Índia é considerado um dos mais eficientes e baratos do mundo, o país consegue produzir a mesma tecnologia espacial que é construída em outros países com baixo custo e, ao mesmo tempo, aproveita seu exército de engenheiros e especialistas, que recebem salários menores que as outras agências espaciais.

Muitos destes profissionais foram capacitados em várias escolas de todo o país, cujo sistema educacional tem forte investimento em STEM, sigla inglesa para Ciências, Tecnologia, Matemática e Engenharia.

De olho em Vênus e nova sonda na Lua

Em 2014, a Índia foi o primeiro país da Ásia a colocar um satélite ao redor da órbita de Marte e em 2024, a ISRO deve lançar uma missão tripulada de três dias na órbita da Terra. Além disso, em 2025, os indianos devem realizar uma missão conjunta com o Japão, enviando outra sonda à Lua, além de uma nova missão orbital para Venus até 2027.

SBT News



Sabe o que é o Brics? Entenda

VI Cúpula do Brics é realizada com segurança máxima em Fortaleza (CE). Foto:Marcelo Camargo/Agência Brasil

Com a possibilidade de ganhar a adesão de novos países, o Brics – grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – reuniu-se pela 15ª vez esta semana, em Joanesburgo, África do Sul. Dos cinco membros originais, o encontro terá a presença de chefes de Estado de quatro países. Por causa da guerra na Ucrânia, o presidente russo, Vladimir Putin, enviou representantes.

Com 26% do Produto Interno Bruto (PIB) global, o Brics não tem um critério formal de filiação. O grupo funciona mais ou menos nos moldes do G7 (grupo das sete maiores economias do planeta), que periodicamente se reúne para discutir políticas externas. Nos últimos anos, o Brics tem ganhado força ao promover acordos de cooperação mútua e constituir um banco de desenvolvimento, atualmente presidido pela ex-presidenta Dilma Rousseff.

Nascido de um acrônimo (palavra formada por iniciais) cunhado em 2001 por Jim O’Neil, então economista-chefe do banco de investimentos Goldman Sachs, o Brics nasceu como Bric, que também significa tijolo em inglês. Na época, o economista tentava designar economias emergentes com alto potencial de crescimento no século 21. Somente em 2006, os quatro países constituíram um fórum formal de discussões, na Reunião de Chanceleres organizada à margem da 61ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em setembro daquele ano.

Após um período em que apenas ministros de Relações Exteriores se encontravam, o Bric promoveu a primeira reunião de chefes de Estado em 2009, na Cúpula de Ecaterimburgo, na Rússia. Em 2010, foi realizado o segundo encontro, em Brasília. Em 2011, na terceira reunião de cúpula, em Sanya (China), a África do Sul foi incluída, e a sigla ganhou a letra s.

Banco

Em 2014, a integração aumentou, com o anúncio da criação do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), também conhecido como Banco do Brics, na reunião de cúpula em Fortaleza, em julho daquele ano. Fundada formalmente em 2015, a instituição financia projetos de infraestrutura e crescimento sustentável nos países-membros. Em oito anos, o NDB emprestou US$ 33 bilhões para 100 projetos de infraestrutura, energia renovável, transporte, entre outras iniciativas.

Também em 2014, foi formado o Fundo de Reservas do Brics para preservar a estabilidade financeira dos países membros em tempos de crise. Reserva de recursos para ser usada como socorro em caso de necessidade, o fundo nasceu com US$ 100 bilhões. Desse total, US$ 41 bilhões vieram da China. Brasil, Índia e Rússia contribuíram com US$ 18 bilhões cada, e a África do Sul entrou com os US$ 5 bilhões restantes. No caso do Brasil, os recursos vieram de uma parte das reservas internacionais do Banco Central alocadas no fundo.

Nos últimos três anos, o NDB expandiu-se e passou a permitir a adesão de países em desenvolvimento ou do chamado “sul global”. Bangladesh, Egito e Emirados Árabes Unidos ingressaram no banco. O Uruguai passará a integrar a instituição em breve.

Perspectivas

De 8% do PIB global em 2001, o Brics mais que triplicou a participação na economia do planeta de lá para cá. No mesmo período, a participação do G7 recuou de 57% para 43%, segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI). No entanto, esse crescimento não é homogêneo. Nos últimos dez anos, as economias da China e da Índia cresceram 6% anuais em média, enquanto o PIB do Brasil, da Rússia e da África do Sul aumentou 1% anualmente.

A 15ª reunião do Brics ocorre sob a tensão da guerra entre Rússia e Ucrânia e o plano da China de permitir a ampliação do grupo. O bloco, no entanto, não divulgou a lista dos países que querem fazer parte do Brics. Apenas informou que cerca de 40 países manifestaram interesse e listas paralelas de 18 candidatos passaram a circular nos últimos dias. A decisão sobre a inclusão de novos membros e uma eventual ampliação do acrônimo precisa ser tomada por consenso dos cinco integrantes atuais.

Além da integração financeira, o Brics traz oportunidades para a ampliação do comércio entre os países membros. O Brasil exporta comida, minérios e tecnologia para a extração de petróleo. Em contrapartida, uma política de integração aumenta o acesso do país a minérios raros e a tecnologias emergentes desenvolvidas pela China (como painéis solares, baterias de longo armazenamento, carros elétricos, 5G e inteligência artificial).

O Brasil também pode se beneficiar dos recursos naturais e energéticos da Rússia, dos produtos farmacêuticos e dos serviços de tecnologia de informação da Índia e dos minérios tradicionais (ouro, platina e diamante) da África do Sul.

Agência Brasil