O governo federal poderá no próximo ano criar um sistema de alerta via TV digital (sinal aberto) para repasse de informação imediata à população sobre de riscos como deslizamento de terra, enchentes e rompimento de barragem. Ainda não há cronograma de implantação.
O propósito é “usar a robustez da radiodifusão e a capilaridade que essa estrutura tem por todo o país para trafegar alertas de emergência”, explicou André Fonseca, coordenador geral de televisão digital do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).
Segundo Fonseca, a ideia em discussão é aproveitar o sinal da TV Brasil, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), para veicular mensagens por escrito nas telas dos televisores, monitores e celulares. “A gente teria preferência por trafegar o alerta pela EBCpor ser uma emissora da União.”
A adoção do sistema será conduzida pelo ministério, que além dos estudos de viabilidade de implantação, deverá elaborar normas de funcionamento. A iniciativa depende do estabelecimento de uma política pública elaborada em conjunto pelo ministério e outras áreas do governo, como o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, o Instituto Nacional de Meteorologia e o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (SGI).
Assembleia Legislativa discutiu, na tarde desta terça-feira (3), alternativas para o abastecimento de água na região do Trairi do Rio Grande do Norte. O foco da audiência pública, proposta pelo deputado Tomba Farias (PSDB), foi a adutora Monsenhor Expedito.
O parlamentar e os participantes do encontro cobraram a realização de uma discussão conjunta entre gestores para se chegar a um melhor aproveitamento da água da adutora. A adutora Monsenhor Expedito foi construída em 1998 e, inicialmente, o foco era abastecer 10 cidades. Contudo, atualmente, ela é responsável pelo abastecimento de água em 30 cidades, o correspondente a 278.653 habitantes, segundo estimativa do IBGE de 2017. A adutora impulsiona água a partir da Lagoa do Bonfim e de 19 poços tubulares, através de 28 Estações Elevatórias posicionadas ao longo de uma malha de adutoras de 430km de extensão total.
Atualmente, a capacidade é considerada baixa e os participantes da audiência cobram ações para melhorar o abastecimento. De acordo com o deputado Tomba Farias, são comuns episódios de falta de água na região, inclusive em Santa Cruz, que é a principal cidade da região. De acordo com ele, o crescimento da população do município, assim como da circulação de turistas no local, aumentaram a demanda de água, o que atrapalha ainda mais a situação na cidade. “Santa Cruz é uma das cidades que mais cresce no Rio Grande do Norte e tem população flutuante devido às universidades, turismo e até pessoas de cidades vizinhas que circulam por lá. Para se ter uma ideia, são 820 leitos em hotéis e, com o aumento no calor, o consumo é ainda maior. Não é problema de gestão, e sim que houve um aumento significativo no consumo de água e, com a seca, precisa distribuir para outras regiões, favorecendo o desabastecimento. Precisamos de uma alternativa”, disse Tomba Farias.
Também participando do debate, o deputado Ubaldo Fernandes (PL) falou sobre a necessidade de se chegar a uma solução para o problema de abastecimento, seja através de melhoria na gestão dos recursos hídricos, ou através de ampliação e melhorias na adutora. “A adutora tinha uma capacidade de abastecer um número muito menor de pessoas. As cidades cresceram e outras cidades passaram a integrar e, por isso, a capacidade foi obstruída. É necessário que se tenha uma solução. A Caern tem quadros para conseguir chegar a uma solução, seja para ampliar ou construir uma nova adutora. Vamos buscar uma alternativa”, disse Ubaldo Fernandes.
No debate, diversos prefeitos falaram sobre a situação de suas cidades. Chefe do Executivo de Japi, Jodoval Pontes relatou que a cidade, que possui 7 mil habitantes, enfrenta constantemente a falta de água. Segundo ele, apesar da situação ter melhorado, é importante que uma medida para sanar o problema do desabastecimento seja tomada. “Tivemos com a Caern na gestão passada, melhorou muito, mas ainda deixa a desejar. Precisamos que sejam feitos os novos ajustes e atendamos à população”, disse o prefeito. Participando da discussão, o engenheiro Celso Veiga, que atuou durante a construção da adutora, disse que estado tem os mecanismos começar a atacar o problema sem gastos. “Estamos diante de um problema de gestão”, acredita o engenheiro.
Após argumentar que as cidades cresceram e a demanda cresceu depois de 21 anos da construção, Veiga sugere que os gestores da cidades, a Companhia de Águas do Rio Grande do Norte (Caern) e a o Igarn conduzam o processo para solucionar o caso. “É preciso estabelecer as cotas de cada cidade. Serão cotas com sacrifício. Estamos carentes de água, o conflito de água existe no mundo todo. Não é só problema de engenharia. É financeiro, econômico e, antes de tudo, de entendimento. Todas as ligações que foram feitas foram estudadas.
A adutora suporta, mas em uma operação ideal. Será que não está sendo realizada da forma correta? É preciso sentar e discutir”, sugeriu o engenheiro. Gestores da Caern participaram do debate e responderam aos questionamentos dos prefeitos, colocando-se à disposição para os esclarecimentos e para tratar de alternativas ao problema, que eles ressaltaram não ser responsabilidade exclusiva da Caern. “Todas as pessoas envolvidas no processo estão aqui e estarão presentes sempre que vocês precisarem. Sei que existe uma pressão grande, mas estamos sempre dispostos a conversar com vocês sobre a situação.
A Caern é parceira de todos. Usem a água de forma sustentável, é um conselho que damos sempre”, disse o diretor de Operações da Caern, Tiago Índio. Ao fim da reunião, o deputado Tomba Farias garantiu que vai pedir auxílio da bancada de parlamentares do Rio Grande do Norte. “Eu me comprometo a buscar todos para que, juntos, possamos solucionar o caso do abastecimento na região”, disse o deputado.
O cenário de abandono escolar é preocupante em todo Brasil e não é diferente no Rio Grande do Norte. De acordo com a Secretária de Estado da Educação e da Cultura (SEEC), no Ensino Médio o índice de evasão escolar chegou aos 11,6% no ano passado. Para enfrentar o problema, a Secretaria decidiu usar a inteligência artificial para revelar que estudantes possuem risco de evasão antes que ela ocorra.
A ideia é que as escolas do RN consigam prever e traçar estratégias de combate ao problema, como explica a coordenadora de Gestão de Informação e Tecnologia na SEEC, professora Ana Paula Flor. Segundo a coordenadora, os esforços feitos pelos órgãos de ensino no país sempre são voltados para agir após o momento da evasão.
Ela revela ainda que o Rio Grande do Norte está se adiantando ao fazer um trabalho de prevenção, no qual se utiliza a Inteligência Artificial (IA). “Nós disponibilizamos para gestores de escolas e regionais, além dos professores, todos aqueles alunos que têm alto início de evadir, no início do ano letivo, para que os educadores possam atuar e evitar que eles abandonem a escola”, complementa.
A Secretaria de Tecnologia da Informação e Comunicação do Tribunal de Justiça (TJRN) informa aos usuários dos sistemas de informática do Poder Judiciário potiguar que já está em funcionamento a nova versão do Sistema de Consulta de Jurisprudências da Justiça Estadual. A consulta pode ser realizada através do link https://jurisprudencia.tjrn.jus.br/ ou diretamente através do site do TJRN.
A pesquisa já contempla toda a base de processos judiciais do sistema Processo Judicial Eletrônico (PJe) e em breve serão incluídos os processos judiciais do sistema legado, SAJ. Isto irá unificar as consultas em um só ambiente, sem necessitar que o usuário realize mais de uma pesquisa para a mesma solicitação, facilitando as buscas de forma rápida e simplificada.
A consulta poderá ser realizada por acórdãos, decisões colegiadas e decisões monocráticas, tanto em segundo grau como em primeiro grau de jurisdição, dentre vários filtros existentes, como pesquisa livre, ementa, classe processual, número de processo, dentre outros.
Um novo subtipo do vírus HIV foi identificado por pesquisadoras americanas da Universidade do Missouri. A novidade foi publicada ontem no Journal of Acquired Immune Deficiency Syndromes (Jornal de Síndromes de Imunodeficiência Adquirida, traduzido do inglês). A mutação identificada pelos cientistas — como subtipo L — ocorreu na versão mais comum da doença, os vírus HIV do Grupo M, encontrado em todo o mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 37,9 milhões de pessoas vivem com o HIV, responsável pelo desenvolvimento da Aids.
A descoberta só foi possível por meio do sequenciamento genético de três pacientes. As amostras de sangue foram coletadas nas décadas de 1980 e 1990 e em 2001.
— Identificar novos vírus como esse é como procurar uma agulha no palheiro — disse Mary Rodgers, uma das autoras do estudo, que complementou: — Ao avançar nossas técnicas e usar a nova geração de tecnologia de sequenciamento, puxamos essa agulha com um ímã.
As cientistas defenderam que este avanço poderá facilitar a identificação de possíveis pandemias e até mesmo antecipar o combate às infecções.
— Em um mundo tão conectado, nós não podemos mais pensar que os vírus fiquem restritos a certas regiões — disse, por meio de nota, Carole McArthur, outra autora do estudo.
De acordo com as cientistas, o vírus HIV não é um “agente infeccioso estático”, isso quer dizer que ele sofre mutações e está “em constante evolução”. Para elas, a descoberta do novo subtipo vai ajudar no desenvolvimento de outras pesquisas voltadas ao diagnóstico do vírus.
Consequências no corpo ainda são estudadas
Para que os cientistas possam declarar que esse era um novo subtipo, três casos devem ser detectados independentemente. Os dois primeiros foram encontrados no Congo em 1983 e 1990. As duas cepas eram “muito incomuns e não combinavam com outras cepas”, disse Rodgers.
A terceira amostra encontrada no Congo foi coletada em 2001 como parte de um estudo destinado a impedir a transmissão do vírus de mãe para filho. A amostra era pequena e, embora parecesse semelhante às duas amostras mais antigas, os cientistas queriam testar todo o genoma para ter certeza. Na época, não havia tecnologia para determinar se esse era o novo subtipo.
Os cientistas desenvolveram novas técnicas para estudar e mapear a última amostra coletada para pesquisa. Eles conseguiram sequenciar completamente a amostra, o que significa que foram capazes de criar uma imagem completa e determinar que era, de fato, o subtipo L do Grupo M.
Para os cientistas, não está claro se essa variante do vírus pode afetar o corpo de maneira diferente. Os tratamentos atuais para o HIV têm capacidade de combater uma grande variedade de cepas de vírus, e acredita-se que essas terapias possam atacar também este subtipo recém-descoberto.
— Nós nunca podemos nos tornar complacentes, precisamos ser proativos e trabalharmos para ficar um passo à frente do vírus. Para evitar novas infecções, precisamos entender como elas se espalharam no passado — finaliza Rodgers.
Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, como tem feito durante toda sua história de quase 185 anos, vai padronizar o uso do brasão também na logomarca. O brasão é utilizado pelos poderes instituídos do Rio Grande do Norte, usado na identidade visual de documentos oficiais, seguindo a medida adotada pelo Executivo, resgatando a história e cultura do Estado.
“É compromisso desta Casa Legislativa preservar a história do Rio Grande do Norte, seja por meio da simbologia utilizada em sua logomarca, seja através de documentos históricos que guardamos no nosso Memorial do Legislativo. Esta Assembleia tem apresentado à população, através de visitas e de exposições externas, todo o acervo de quase 185 anos, preservado por uma equipe comprometida em contar a história do nosso Estado, como fizemos agora na celebração dos 30 anos da Constituição Estadual”, declarou o presidente da Assembleia, deputado Ezequiel Ferreira de Souza (PSDB).
O brasão original do Rio Grande do Norte foi resgatado pelo Governo e deverá ser seguido também pelos órgãos e instituições do Estado. A arte recuperada pelo Governo volta a ser incorporada como símbolo, e entre as alterações estão o novo formato das varetas de cana de açúcar ligando os troncos de árvore que desenham a logomarca, e as cores da jangada e das flores e capuchos do algodão
A cada minuto, 188 milhões de e-mails são enviados, 41 milhões de mensagens de textos são trocadas pelo WhatsApp e FB Messenger, 4,5 milhões de vídeos são vistos no YouTube, 3,8 milhões de buscas são realizadas no Google, 2 milhões de snaps são publicados, 1,4 milhão de perfis são vistos no Tinder, 1 milhão de pessoas se conectam ao Facebook, 390 mil aplicativos são baixados de lojas como Play Store e App Store (Apple) e 87,5 mil pessoas tuítam.
Cerca de 57% da população mundial está conectada à internet, um total de 4,3 bilhões de pessoas, e 45% dos habitantes do planeta usam redes sociais, cerca de 3,5 bilhões de pessoas, conforme o relatório Digital 2019, da empresa We Are Social. Somente o Facebook tem 2,4 bilhões de usuários, enquanto o Google chega a 2,4 bilhões de internautas com o sistema operacional Android e a 2 bilhões com sua plataforma de vídeo YouTube.
Esse cenário é resultado de uma história que completou 50 anos na semana passada. No dia 29 de outubro de 1969, um pacote de dados foi transmitido entre computadores de duas universidades diferentes na Califórnia, Estados Unidos. A inovação foi produto de pesquisas feitas por acadêmicos sob os auspícios de uma agência militar do governo daquele país, que criou uma rede denominada Arpanet. Anos depois, em 1973, Vinton Cerf e Robert Khan criaram o protocolo TCP/IP, que seria a base do transporte de informações na rede.
A década de 1980 marcou a introdução de diversas tecnologias fundamentais relacionada à internet no mercado. Foi a fase de difusão de computadores pessoais e portáteis, de roteadores que permitiam a conexão entre diferentes redes e de telefones celulares, que nas décadas seguintes seriam terminais essenciais para a difusão da rede.
Os anos 1990 consolidaram a internet como se conhece. Em 1991, o centro de pesquisas Cern desenvolveu o modelo da World Wide Web (Rede Mundial de Computadores), calcado no protocolo de transferência de hipertexto (HTTP), a linguagem de marcação de hipertextos (HTML) e na organização de conteúdos em páginas, visíveis por meio de um programa chamado de navegador e acessível por um endereço.
Durante a década, a internet passou a se expandir em diversos países, ganhando diferentes modalidades de conteúdos, bens e serviços, inclusive o comércio eletrônico. Na primeira fase, a relação com os usuários se dá fundamentalmente no acesso a textos, imagens e vídeos em sites. Em 1996, começa a funcionar o serviço de voz sobre IP, permitindo chamadas de voz por outro meio que não telefones fixos ou móveis. Em 1998, é lançado o mecanismo de busca Google.
Na década seguinte, outros tipos de serviços de informação e comunicação ganhariam popularidade. É o caso das redes sociais, com o Friendster, em 2002, o Linkedin, em 2003, e o Facebook, em 2004. No ano seguinte, o audiovisual online ganha impulso com a criação do YouTube, que viria a se tornar a maior plataforma de publicação e consumo de vídeos do planeta. A facilidade de publicação de conteúdo e a participação em redes sociais e fóruns motivou a ideia de uma web 2.0, marcada pela participação e pelo caráter social.
A década de 2010 trouxe a difusão global da internet, a ampliação da sua base de usuários e a consolidação desses grandes agentes, alcançando bilhões de pessoas. O smartphone torna-se o equipamento eletrônico mais difundido do mundo e puxa a expansão e novas formas de conectividade ininterrupta e ubíqua, bem como o acesso a serviços não mais por sites, mas por aplicativos, ou Apps.
Também foi na década atual que diversos problemas eclodiram e puseram em questão a situação da internet. Um dos marcos foram as denúncias do ex-trabalhador da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos Edward Snowden sobre a existência de práticas de espionagem em grande escala por alguns governos, entre os quais o do seu país, em colaboração com grandes empresas de tecnologia. Em 2017, veio à tona o escândalo da empresa de marketing digital Cambridge Analytica, suspeita de ter usado dados de quase 100 milhões de usuários para influenciar processos políticos, como as eleições nos Estados Unidos e o referendo do Brexit em 2016, além de pleitos em diversos outros países.
O conselheiro do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) e responsável pela primeira conexão TCP/IP no país, Demi Getschko, diz que é preciso separar a internet como estrutura tecnológica das atividades realizadas sobre esta. Os problemas de abuso na exploração de dados e excessos envolvendo o debate público online não estariam relacionados à internet, mas ao que é realizado a partir dela.
“Uma coisa é ter uma estrutura em que, sem fronteiras físicas, sem permissão, nada além da adesão voluntária, consegue montar um tecido mundial, que é o que foi conseguido com a internet. Dentre diversas opções que existiam nas décadas de 1970 e 1980, a internet foi bem-sucedida. Pessoal envolvido teve mente aberta e estrutura sólida, e não voltada a nada fechado. Não tem centro de controle. Ela foi construída com esse propósito”, observa.
Na opinião da coordenadora de Políticas para América Latina da organização Internacional Eletronic Frontier Foundation, Veridiana Alimonti, se, por um lado, a rede mundial proporcionou novas formas de produção e difusão de conhecimento, permitindo a expressão de narrativas sem espaço nos meios de comunicação tradicionais, por outro, também abriu espaço para práticas prejudiciais.
“De fato, passamos de um momento de euforia com a internet e as tecnologias digitais de informação e comunicação para uma compreensão mais crítica de que elas também podem servir para a potencialização da discriminação, de grandes assimetrias de poder e da vigilância sobre cada detalhe das nossas vidas”, ressalta.
Para o coordenador de Políticas Públicas para América Latina da entidade internacional Accessnow, Javier Pallero, os problemas que ganharam visibilidade nos últimos anos estão relacionados à ampliação da presença de pessoas no ambiente virtual. A internet deixou de ser um espaço apenas ocupado por usuários mais ricos ou por elites universitárias para se transformar em um cenário mais próximo da sociedade, refletindo também conflitos e comportamentos problemáticos.
As empresas de redes sociais, acrescenta Pallero, calcaram seus negócios nessa nova lógica de circulação de conteúdos, favorecendo o que gerasse mais engajamento. “Por causa das fraquezas humanas, há uma atenção para coisas como notícias falsas e sensacionalismo, além do fato de as pessoas quererem ser notadas. As companhias de redes sociais tiraram vantagens dessas limitações culturais e educacionais, talvez propositalmente.”.
O professor da Universidade Federal do ABC e integrante do CGI.br Sérgio Amadeu identifica nesse processo o que chama de três crises atuais da internet. A primeira envolve o caráter distribuído da rede, que não necessariamente é democrático e pode ser usado para disseminar vigilância e comportamentos autoritários. A segunda crise está relacionada com o livre fluxo de dados, capturado por grandes corporações e controlado muitas vezes fora da capacidade de fiscalização e regulação dos Estados nacionais.
A terceira crise abarca o modelo de participação, que, ao dar espaço para um contingente maior, incluiu usuários contrários às liberdades e direitos de participação política. “Pensamos que, pelo fato de a internet permitir participação ampla, as pessoas defenderiam a liberdade de participação. Mas vários grupos neofascistas e autoritários usam a rede para destruir o ideal de participação”, diz Amadeu.
O programa Mesa Brasil Sesc, mantido no estado pelo Sistema Fecomércio RN, foi destaque em audiência pública, esta semana quando a Câmara Municipal da capital potiguar discutiu “ações para combater o desperdício de alimentos em Natal”.
A audiência foi proposta pelo vereador Felipe Alves, com o objetivo de discutir e propor ações e políticas públicas que possam enfrentar o problema. O Sesc RN foi convidado a participar e apresentar dados referentes à edição local do Mesa Brasil. O programa tem origem no Departamento Nacional do Sesc e é, por definição, uma “rede nacional de solidariedade que atua na área de segurança alimentar e nutricional, por meio de doação de alimentos excedentes a pessoas em situação de insegurança alimentar e vulnerabilidade social”. Em linhas gerais, o Sesc, por meio do Mesa, recolhe alimentos de onde eles sobram para, após uma manipulação básica, distribuí-los com entidades beneficentes, completando centenas de milhares de refeições todos os anos Brasil afora.
O diretor regional do Sesc, Fernando Virgilio, falou sobre as perspectivas do programa, apresentando dados e números das ações do Mesa Brasil desde a sua criação, em 2003. “O Mesa Brasil é uma iniciativa consolidada que prega, principalmente, a solidariedade. Mantemos um trabalho de excelência e equidade, com apoio dos empresários e comerciantes”, destacou.
Entre os dados apresentados, Virgilio citou que, de 2003 para cá, foram arrecadadas mais de 20 mil toneladas de alimentos. Somente em 2018 a arrecadação anual do Mesa Brasil RN atendeu a mais de 570 mil pessoas em todo o estado, distribuindo principalmente produtos hortifrutis, cereais e legumes.
Contudo, o diretor regional do Sesc RN alertou durante a audiência pública para a redução no número de parceiros doadores, explicando que as metas para 2019 (que eram de 126 empresas doadoras e 133 instituições beneficiadas) não estão sendo atingidas. “O programa depende dos parceiros e da integração entre os setores. Até setembro, tínhamos apenas 50 empresas doadoras e isso impacta no número de instituições beneficiadas, que foram apenas 106. Mesmo assim, conseguimos arrecadar quase 930 mil quilos de alimentos, beneficiando cerca 232 mil pessoas” comentou.
O Abrigo de Idosos Monsenhor Paulo Herôncio de Currais Novos prepara
mais um jantar beneficente. A ação acontecerá na praça que fica em frente ao
abrigo, neste sábado (26) e tem renda revertida para as ações da entidade
filantrópica.
Um cardápio variado está sendo preparado por dezenas de voluntários.
Ainda no jantar música ao vivo com a cantora Eláine Santos. A senha custa R$
12,00 e pode ser adquirida antecipa no próprio Abrigo, Varejão, Clínica Sanar,
Edubombons, Clínica Essencial e CEMED.
A Câmara Municipal de Natal iniciou nesta segunda-feira (21) uma programação voltada para as mulheres com atividades de cuidado e prevenção ao câncer de mama, dentro das ações do Outubro Rosa. No estacionamento da Casa, a unidade móvel do grupo Reviver está realizando exames de mamografia. Além disso, diversos serviços estão sendo disponibilizados pela Câmara no local, em parceria com empresas e entidades.
O presidente da Casa, vereador Paulinho Freire (PSDB), recepcionou as primeiras mulheres atendidas pela ação e enfatizou a importância da promoção à saúde da mulher.
A ação está sendo elogiada pelas mulheres atendidas e representa uma opção mais rápida para aquelas que têm dificuldade de realizar o exame na rede pública. Aos 64 anos, Isayde Matias diz que realiza o exame desde os 42 anos, mas tem dificuldades na rede pública devido a alta demanda.