O Ministério da Educação (MEC) determinou a redistribuição de 1.383 cargos e códigos de vaga de professor de professor de ensino básico, técnico e tecnológico para os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFPE) de Pernambuco.
A Portaria nº 1.888/2023 também estabelece requisitos para o provimento dos cargos. São eles: o saldo do banco de professor-equivalente existente na instituição, bem como a instituição de ensino ter disponibilidade orçamentária para comportar os novos provimentos.
O anexo da Portaria traz as Instituições de Ensino da RFEPCT de todo o País que receberão os códigos. Para o Instituto Federal de Pernambuco (IFPE), foram distribuídas 72 vagas para professor do ensino básico, técnico e tecnológico.
A Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) está trabalhando, em conjunto com o Ministério de Gestão e Inovação (MGI), em um projeto de lei para criar novos cargos de assistente de aluno, assistente de administração, assistente social, bibliotecário, contador, nutricionista, pedagogo, psicólogo e tecnólogo/formação, que são as principais demandas da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica.
“ Mais professores significa maior oferta de cursos e mais estudantes em sala de aula”, destacou o secretário de educação profissional e tecnológica do MEC, Getúlio Marques Ferreira.
O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte definiu, nesta quarta-feira (4), o nome de quem vai ocupar a vaga deixada na Corte após a aposentadoria compulsória da desembargadora Zeneide Bezerra. A juíza Berenice Capuxu de Araújo Roque, 69 anos, será a sétima mulher a ocupar o cargo no Pleno do TJRN.
Juíza há 41 anos de magistratura, Berenice Capuxú foi promovida à segunda instância pelo critério de antiguidade. Nascida no município de Caicó, no Seridó potiguar, a magistrada cursou Direito na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e formou-se no ano de 1982. Especializou-se em Direito de Família pelo Instituto Brasileiro de Direito de Família, com sede em Belo Horizonte e, em 14 de julho de 1982, ingressou no cargo de juíza no Rio Grande do Norte.
A nova desembargadora atuou primeiramente na comarca de Jardim de Piranhas, atuando, em seguida, nas comarcas de Serra Negra do Norte, Jucurutu e Currais Novos. Em outubro de 1995, iniciou sua atuação na 3ª Vara de Família, em Natal, onde permaneceu até recentemente. A magistrada também esteve no Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (TRE-RN) entre os anos de 2016 e 2018.
Na sessão do TJRN, todos os desembargadores votaram favoravelmente à promoção de Berenice Capuxú, que será a primeira desembargadora oriunda da magistratuda nascida em Caicó.
O Tribunal de Justiça ainda não definiu quando vai ocorrer a posse da nova desembargadora.
Influência
Casada, mãe de quatro filhos e avó de sete netos, a chegada ao Pleno da Corte de Justiça marca o coroamento da experiência de 41 anos dedicados à carreira que abraçou, ao seguir o conselho do advogado provisionado Siloé de Oliveira Capuxú, seu pai.
Aprovada em dois concursos, para promotora de Justiça e outro para a juíza substituta, ouviu o genitor e escolheu o mister de julgar. “Agradeço a meu pai por esta escolha, foi ideia dele, quando passei em dois concursos, um para promotora e outro para a magistratura. Perguntei a ele, ‘e agora, o que vou fazer?’. Advogado atuante em todo o Seridó, ele opinou que eu escolhesse ser juíza. Foi o que fiz, gostei, foi acertada”, destacou a magistrada ao ser escolhida pelos demais pares do Pleno do TJ potiguar.
Uma das obras hídricas mais aguardadas pela população de Currais Novos já está em processo de execução e teve nesta quinta-feira (05) um passo importante para o avanço dos serviços: a chegada da tubulação que trará água da Barragem Armando Ribeiro Gonçalves para Currais Novos e Acari através de uma adutora definitiva. A obra já está em execução no trecho Barragem Armando Ribeiro até Jucurutu. Sob a responsabilidade da CODEVASF – Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba, a obra trará segurança hídrica para os dois municípios.
O Prefeito Odon Jr e a Vice-Prefeita Ana Albuquerque, acompanhados dos secretários municipais Graciete Almeida (Meio Ambiente, Agricultura e Abastecimento), e Lucas Galvão (Obras e Serviços Urbanos), vereadores Rayssa Aline, Jorian Pereira e Iranilson Medeiros, estiveram em São Vicente nesta manhã para acompanhar a chegada das tubulações para esta segunda fase da obra.
Com objetivo de reforçar a segurança com a população, equipes técnicas da Neoenergia Cosern, acompanhadas de fiscais do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Norte (Crea/RN) e de membros do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Norte (CBM/RN), realizaram uma Fiscalização Preventiva Integrada (FPI) no entorno da Praça Cristo Rei, área reservada ao Carnaxelita, micareta que acontece em Currais Novos, no Seridó, entre esta sexta-feira (6) e o domingo (8). Representantes dos três órgãos definiram, em reunião, os pontos estratégicos na fiscalização.
“A Fiscalização Integrada tem como objetivo garantir que todas as normas de segurança previstas para um grande evento, como o Carnaxelita, sejam cumpridas e que nenhum dos foliões, dos trabalhadores e organizadores da festa sejam expostos a quaisquer riscos. Desde o início do ano, preparamos a nossa rede com a altura de segurança adequada para a passagem dos trios, estamos de olho permanentemente nos cabos de telecomunicações existentes na região e não vamos permitir a realização de nenhuma ligação clandestina de energia”, frisou a supervisora da Neoenergia Cosern no Seridó, Kattyelly Lima.
Na inspeção ao redor da praça, a Neoenergia Cosern utilizou um veículo equipado com câmeras de termovisão, tecnologia que identifica possíveis pontos de calor nos equipamentos do sistema elétrico (cabos, transformadores, subestações etc.) e auxilia na correção de possíveis defeitos. Controladas por dois eletricistas por meio de um sistema que imita um joy stick instalado no interior do veículo, as câmeras fazem leituras termográficas e uma central instalada no próprio veículo envia informações para o Centro de Operações Integradas (COI) da distribuidora no edifício-sede, em Natal.
O gerente de fiscalização do Crea/RN, Heulyson Arruda, ressaltou que o objetivo da ação é garantir que todos os equipamentos estejam dentro das normas exigidas e conferir se os serviços estão sendo executados por profissionais registrados.
Um cérebro “em forma” é capaz de uma sintomia melhor com o corpo, e ser mais resistente aos transtornos e doenças neurodegenerativas. Uma forma de monitorar de perto a função cognitiva, é a prática da chamada ginástica cerebral, uma série de atividades estimulantes capaz de melhorar habilidades como memória, concentração, raciocínio e criatividade. Com respaldo da neurociência, esses exercícios aumentam a reserva cognitiva, deixando o cérebro mais ágil para realizar suas funções. Um treino para a mente.
O estímulo da neuroplasticidade cerebral é o que ajuda a desenvolver a reserva cognitiva robusta almejada pelos exercícios da mente. Segundo o psicólogo Diego Felipe Sobrinho, o cérebro tem a capacidade de se modificar a partir de variados estímulos, sendo essa ginástica específica capaz de fortalecer as conexões entre os neurônios. “O treino cerebral possibilita entender, melhorar, capacitar e evoluir tanto a memória quanto a saúde mental em geral”, diz.
“A ginástica cerebral é uma prevenção e uma promoção de saúde. Ela oferece benefícios futuros”, afirma Diego, que também é gestor pedagógico na sede natalense da Supera, uma rede de escolas especializadas em estimulação cognitiva, criada há 17 anos no interior de São Paulo, e existente em todo país. No momento em que há uma conscientização geral sobre a importância da saúde mental, há também o interesse crescente sobre ações como essa.
Malhação cerebral
Para a “malhação” do cérebro, é necessário tirá-lo da zona de conforto. A metodologia da Supera, por exemplo, lança mão de uso de ábaco (instrumento de cálculo milenar) e dezenas de jogos de tabuleiro e cartas, além de apostilas e dinâmicas em grupo. O velho ábaco é uma das principais ferramentas do curso, levando os alunos a fazer cálculos de forma prazerosa e bem diferente do habitual.
Diego explica que o ábaco, segundo as pesquisas dos neurocientistas e neurologistas, é capaz de treinar o cérebro humano para movimentos que conduzem à autonomia. “Através das contas a pessoa amplia a memorização, e deixa o raciocínio mais rápido e lógico, além de beneficiar a coordenação motora”, explica.
Já os jogos de tabuleiro, individuais ou em grupo, desenvolvem habilidades cognitivas e socioemocionais, como estratégia, relacionamento e autoconfiança. As dinâmicas em grupo são mistas. “Cada aula tem uma estrutura diferente. Algumas são em pé, as pessoas se abraçam, ou são surpreendidas por caixas misteriosas, tentam descobrir o cheiro ou o gosto de algo sem ver o que é, entre outros exercícios que mexem com as percepções da mente”, explica o psicólogo.
Há atividades que podem ser feitas também em casa, os chamados exercícios “neuróbicos”. Atos como escovar os dentes com a mão não dominante, escrever com a mão não dominante, tomar banho, se vestir ou se maquiar de olho fechado, andar para trás, tocar um instrumento de outra maneira, mudar rotas de caminhada, etc. “São pequenos gestos que tiram o cérebro do automático, da repetição preguiçosa, e o desafiam a mudar”, ressalta.
O público que procura a ginástica cerebral é diverso: desde crianças em idade escolar e adolescentes até jovens adultos. Mas a grande maioria é de idosos. “As motivações maiores do público idoso são relativas à memória. Eles se preocupam bastante com as questões do esquecimento”, diz Diego. Ele ressalta que o esquecimento é natural, que é preciso esquecer de algumas coisas para lembrar de outras mais importantes.
Claro, há o medo natural das doenças neurodegenerativas que costumam aparecer em idades mais avançadas. No Brasil, cerca de 1,2 milhão de pessoas vivem com alguma forma de demência, a maioria sendo o Alzheimer. Diego afirma que a ginástica cerebral ajuda na prevenção e também quando a doença já está diagnosticada. “Não é só o método, mas também a socialização. Os idosos vêm em busca de conforto cerebral”, diz.
Memórias em dia
Há pessoas que não se esquecem de melhorar a memória a cada dia. O geólogo Ailton Aviano, 78 anos, é uma delas. “Sou inquieto por natureza. Aos 60, decidi me formar jornalista. Minha memória ainda é muito boa, mas eu não quis que a ferrugem aparecesse, por isso procurei a ginástica cerebral”, conta. Ele encara tudo como um exercício. Leva deveres pra casa, lê muito, faz jogos de memória, socializa. “No tempo da minha mãe, um cara da minha idade já era visto como carta fora do baralho. Isso mudou, felizmente”, diz.
Myrthes Rêgo, do alto dos seus 94 anos, faz ginástica cerebral há quatro. Chegou à escola pela dica de uma sobrinha – que ela não levou muito a sério de primeira. “Eu disse que a minha memória ainda era muito boa, não precisava de nada. Mas ela queria que eu tivesse alguma distração, então eu fui. Experimentei só um dia e adorei”, diz. Fã do triminó (um dominó de três pontas) e de caçar palavras, ela gosta da socialização e de levar dever pra casa. “Gosto de resolver lições, pesquisar no computador, falar com os professores. É muito bom não ir dormir com a memória parada”, afirma.
O prefeito de Carnaúba dos Dantas, Gilson Dantas, integrou a comitiva do Rio Grande do Norte que participou do evento “Líderes em Movimento”, realizado em Foz do Iguaçu, no Paraná. O secretário de turismo e desenvolvimento econômico, Kleyton Medeiros, também acompanhou a agenda.
Na ocasião, líderes do Projeto LIDER Geoparque Seridó participaram do encontro, que reuniu lideranças de todo o país. Ao todo, foram quase 12 mil participantes que tiveram acesso a palestras, apresentações de casos de sucesso, painéis e experiências imersivas.
O projeto LIDER Geoparque Seridó foi criado para mobilizar, qualificar e integrar as lideranças já estabelecidas, no sentido de planejar e coordenar as ações a serem implementadas na região. Participar de eventos como o “Líderes em Movimento” faz parte da estratégia do projeto em formar lideranças cada vez mais influentes na região, que tem um canhão gigantesco à disposição como o Geoparque Seridó.
“Experiência incrível. Participar de mais esse momento com o Sebrae faz com que tenhamos um olhar muito forte para o futuro. O conhecimento adquirido é fundamental para seguirmos crescendo juntos, como o projeto se propõe”, afirma o gestor.
Os sucessivos recordes negativos de gelo marinho na Antártida em 2023 reforçaram o alerta de pesquisadores sobre os efeitos dessas diminuições na circulação atmosférica e na formação de ciclones e chuva.
Entre as consequências possíveis estão a mudança de posição e intensidade dos ciclones, que provocam chuvas como as que atingiram o Rio Grande do Sul recentemente. Ainda, se a tendência de águas mais quentes diminuir a formação de gelo marinho, o impacto vai chegar à cadeia alimentar, com efeitos indiretos em animais de grande porte, como as baleias.
Embora não seja possível dizer qual é a parte que cabe às mudanças climáticas no degelo marinho, especialistas apontam que o aquecimento global têm participação na mudança do cenário.
O recorde negativo foi apontado em dados preliminares do Centro Nacional de Dados de Neve e Gelo dos Estados Unidos (NSIDC, na sigla em inglês) no fim de setembro. Em 10 de setembro, havia 1 milhão de km² a menos de gelo marinho do que na mínima anterior, de 1986.
Para o chefe do departamento de geografia da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), Francisco Aquino, as mudanças podem significar, para os próximos anos, mudanças no local de formação e na intensidade de ciclones extratropicais.
“Compreendemos que um planeta mais quente, com uma Antártida com anomalia de gelo menor, intensifica algumas circulações atmosféricas e poderia aumentar eventos extremos”, afirma o climatologista, conhecido como Chico Geleira por sua pesquisa na Antártida.
Isso porque, segundo Aquino, um planeta mais quente força um contraste maior de temperatura entre a Antártida e a região subtropical. “Em alguns momentos, essa sincronia dispara ciclones com maior impacto ou ondas de frio mais intensas no Brasil. Portanto, diminuir o gelo marinho pode ser uma condição de intensificar eventos extremos no nosso hemisfério.”
Mais calor, inclusive nos oceanos, leva a um ajuste na circulação de ventos, que vai mudar a formação dos ciclones. Ainda, menos gelo para refletir a radiação solar significa que mais calor será absorvido pelos oceanos. Para Aquino, o mesmo raciocínio vale para outras regiões além do sul do Brasil, como o sul da África do Sul e a Austrália.
O crescimento de gelo na volta da Antártida, segundo Aquino, pode ter sido causado também por mudanças climáticas. “A intensificação de ciclones, com os ventos ao redor da Antártida, revolviam a água, mantendo a baixa de temperatura e uma consistência para o gelo marinho.”
Em 2015 e 2016, anos de um super El Niño, houve a maior retração de gelo no fim do inverno até então. “Foi o que chamou a atenção para estudarmos a região naquela época.”
As reduções de gelo na Antártida lembram o que aconteceu no Ártico três décadas antes. Aquino explica que o gelo no hemisfério sul não foi tão afetado quanto seu par ao norte por não haver a pressão do calor continental da Europa.
Para Ilana Wainer, professora no departamento de oceanografia física do Instituto Oceanográfico da USP, é possível relacionar a diminuição do gelo marinho com oceanos mais quentes. “Desde 2014, entre 100 e 200 metros abaixo da superfície, a água aqueceu bastante.”
Ainda não é possível, no entanto, separar totalmente o que é aquecimento global das variações que já ocorrem na região da Antártida. “Mudança climática acontece num tempo longo, e os dados de satélite para o gelo começaram em 1979”, diz.
A pesquisadora lembra que a redução do gelo marinho remete a uma preocupação já conhecida de aumento do nível do mar. “O gelo marinho funciona como amortecimento para o gelo na costa contra tempestades e marés violentas.”
Assim, com menor proteção, o manto tende a sofrer mais os efeitos de intempéries e descongelar.
Para além da circulação atmosférica e do reposicionamento de desastres, os efeitos de uma mudança drástica podem atingir uma gama diversa de vida não humana. Além de episódios como a morte de colônias inteiras de filhotes de pinguim-imperador registrada em um estudo no ano passado, há um impacto sistêmico.
Na base da cadeia alimentar da região está o krill antártico, principal fonte de alimento para focas e baleias.
“Estas variações na temperatura do oceano exercem pouca ou nenhuma influência direta em mamíferos como focas, lobos-marinhos e baleias, mas têm enorme efeito indireto”, afirma Eduardo Secchi, pesquisador do projeto Ecopelagos/Proantar, que estuda cetáceos.
O krill, um crustáceo semelhante ao camarão, se alimenta de um tipo específico de microalgas marinhas, as diatomáceas, que ficam presas ao gelo. Mudanças no estoque dessa alga podem causar a redução na quantidade do animal, chave para a cadeia alimentar na Antártida.
“Com as alterações climáticas, tem sido observado, em certas condições, o surgimento de um outro tipo de microalgas, as criptófitas”, diz Carlos Rafael Mendes, pesquisador do projeto Ecopelagos/Proantar da Universidade Federal do Rio Grande (Furg).
Como o krill não se alimenta de criptófitas, sua abundância declina, reduzindo a oferta de comida e energia para predadores até o topo de cadeia, como pinguins e baleias. Uma vez que muitas espécies voltam sempre às mesmas regiões, buscar alimento em outros lugares exige mais energia.
“Na região oeste da Península Antártica, uma das regiões do planeta com as maiores taxas de aquecimento, tem sido observado um deslocamento ao sul na distribuição de colônias de pinguins que dependem do gelo”, diz Secchi.
A cidade de Mossoró, na região Oeste no Rio Grande do Norte, foi contemplada por uma série de requerimentos protocolados pelo presidente da Assembleia Legislativa (ALRN), deputado estadual Ezequiel Ferreira (PSDB). As ações, que foram solicitadas ao parlamentar pelo presidente da Câmara Municipal de Mossoró, Lawrence Amorim (PSDB), abrangem as áreas de segurança, saúde e transporte.
Na área da segurança, o deputado solicitou à Secretaria de Segurança do RN (Sesed) o aumento do efetivo policial, a fim de fortalecer o patrulhamento ostensivo da região. O município continua enfrentando dificuldades no combate à criminalidade.
Para a saúde, Ezequiel requereu a disponibilidade de um veículo modelo ambulância para o município, além da disponibilidade de um carro fumacê para atuar no combate ao mosquito Aedes aegypti, que transmite doenças como a dengue, a zika e a chikungunya.
Ainda para a cidade do Oeste potiguar, o presidente da ALRN solicitou a disponibilidade de um ônibus escolar para atender aos estudantes que residem na zona rural do município. Esses alunos enfrentam grandes dificuldades de locomoção no trajeto de suas residências até às escolas, conforme justificou o deputado ao requerer o pleito.
Tipo de câncer que mais atinge mulheres em todo o mundo, o câncer de mama tem altas chances de cura se for diagnosticado de forma precoce. De acordo com estimativa publicada pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), o Brasil deve registrar 73.610 novos casos de câncer de mama apenas em 2023. Para o RN, a estimativa é de 1.140 novas pacientes diagnosticadas até o fim deste ano.
Com o objetivo de conscientizar sobre a importância de identificar os primeiros sinais da doença e diminuir a sua taxa de mortalidade, a Liga Contra o Câncer participa da campanha do Outubro Rosa, intensificando as ações para chamar atenção sobre o tema.
“O Outubro Rosa simboliza a luta contra o câncer de mama. Para combater essa doença temos duas ferramentas muito importantes: a prevenção e o diagnóstico precoce, que aumenta muito a chance de cura”, explica Diana Taissa, médica mastologista da Liga.
Entre os primeiros sinais da doença estão nódulos, geralmente endurecidos, fixos e indolores, que podem aparecer também nas axilas, pele da mama avermelhada, alterações no bico do peito, mudança na textura da pele da mama e saída espontânea de secreções do mamilo. “É muito importante a paciente ter um autoconhecimento da sua mama, se atentar a qualquer alteração que aparecer e procurar logo um especialista”, afirma Diana Taissa.
Segundo ela, a Liga dispõe de todas as ferramentas necessárias para o diagnóstico da doença, desde os exames de imagens, como a ultrassonografia, mamografia e ressonância magnética, quando necessário, além das biópsias.
A causa da doença pode ser multifatorial, incluindo aspectos genéticos, casos de câncer na família, menarca antes dos 12 anos e menopausa após os 55 anos e o uso de contraceptivos hormonais podem contribuir com o aparecimento do câncer. A médica ainda explica que a adoção de um estilo de vida mais saudável, pode ajudar na prevenção, atenuando em 30% os riscos da doença. Entre esses bons hábitos estão a prática regular de exercícios físicos, a diminuição no consumo de bebida alcoólica e a escolha de alimentos mais saudáveis.
A Liga Contra o Câncer
Com 74 anos de atuação, a Liga Contra o Câncer é uma das principais referências do país no tratamento oncológico, aliando o alto nível da sua equipe multidisciplinar, o acolhimento e humanização e o investimento em pesquisa e inovação.
Atualmente, a instituição conta com quatro unidades hospitalares: Cecan, Hospital Luiz Antônio e Policlínica, em Natal, e o Hospital de Oncologia do Seridó, em Caicó, e também a Casa de Apoio Irmã Gabriela, unidade localizada de acolhimento e hospedagem destinada a pacientes do interior que precisam de atendimento na capital. Também estão sendo construídos o Hospital Oncológico Pediátrico, no bairro do Alecrim, e o Centro de Diagnóstico e Ensino em Currais Novos.
Já no campo educacional, o Instituto de Ensino, Pesquisa e Inovação (IEPI) é referência na promoção e incentivo a investigação científica e estímulo ao desenvolvimento de soluções técnicas e tecnológicas. Junto ao trabalho desenvolvido pela Pesquisa Institucional, o Centro de Pesquisa Clínica da Liga tem reconhecimento internacional na condução de ensaios clínicos multicêntricos para descobrir ou verificar os efeitos farmacodinâmicos, farmacológicos, clínicos e identificar reações adversas a novos produtos.
O Banco Central (BC) elevou a projeção para o crescimento da economia este ano. A estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todos os bens e serviços produzidos no país) passou de 2% para 2,9%, em razão, sobretudo, da “surpresa com o crescimento no segundo trimestre”. A projeção consta do Relatório de Inflação, publicação trimestral do BC.
Além disso, e em menor medida, o BC faz previsões “ligeiramente mais favoráveis” para a evolução da indústria, de serviços e do consumo das famílias no segundo semestre de 2023.
No segundo trimestre do ano a economia brasileira, superando as projeções, cresceu 0,9%, na comparação com os primeiros três meses, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação ao segundo trimestre do ano passado, a economia brasileira avançou 3,4%. O PIB acumula alta de 3,2% no período de 12 meses. No semestre, a alta acumulada é de 3,7%.
“A atividade econômica surpreendeu novamente no segundo trimestre”, destacou o BC no relatório, ponderando que o forte crescimento no primeiro semestre do ano se deve, em parte, a fatores transitórios. “Permanece a perspectiva de que a atividade cresça em ritmo menor nos próximos trimestres e ao longo de 2024”, avalia.
No primeiro trimestre deste ano, o setor agropecuário puxou o crescimento do PIB de 1,9%, devido ao ótimo resultado das safras recordes de soja e milho. No segundo trimestre, os desempenhos da indústria e dos serviços explicaram também a alta do crescimento da economia.
“Os impactos diretos e indiretos da forte alta da agropecuária no primeiro semestre de 2023 devem se dissipar no restante do ano e, para 2024, não se projeta alta tão expressiva do setor”, avalia o BC.
Outro impulso transitório no primeiro semestre, e que não deve se repetir na mesma magnitude, segundo o relatório, foi a expansão dos benefícios previdenciários – influenciados por alta do salário mínimo e por mudanças de calendário que anteciparam pagamentos para o primeiro semestre – e de assistência social sobre a renda das famílias.
A política monetária se situa “em terreno contracionista e há a expectativa de que se mantenha assim no horizonte de previsão, ainda que esteja sendo gradualmente flexibilizada”.
“Por fim, o cenário externo mostra-se mais incerto, com perspectiva de desaceleração da atividade econômica nos países avançados, em ambiente de pressões inflacionárias persistentes, e de menor crescimento para a economia chinesa”, explicou o BC.
Na política de juros, na semana passada o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC decidiu reduzir a taxa básica de juros, a Selic, de 13,25% ao ano para 12,75% ao ano. O comportamento dos preços fez o BC cortar os juros pela segunda vez no semestre, em um ciclo que deve seguir com cortes de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões.
Setores
Em 2022, a economia brasileira cresceu 2,9%, após alta de 5% em 2021 e recuo de 3,3% em 2020. O setor de serviços foi o que mais contribuiu para o crescimento do PIB no ano passado. Segundo o BC, os segmentos do setor foram severamente afetados pela pandemia da covid-19, inicialmente, mas desde então apresentam trajetórias de crescimento.
Para este ano, sob a ótica da oferta, a alta na projeção de crescimento do PIB reflete elevação nas projeções para os três setores: agropecuária, indústria e serviços.
A estimativa para o crescimento da agropecuária passou de 10% para 13%, refletindo melhora nos prognósticos do IBGE para a produção agrícola, principalmente de soja, de milho e de cana-de-açúcar, e crescimento do abate de animais no primeiro semestre maior do que o antecipado.
“Apesar da contribuição bastante positiva da agropecuária para o resultado do PIB no ano, o setor deve contribuir negativamente para as variações trimestrais do PIB ao longo do segundo semestre, sobretudo no terceiro trimestre, visto que a maior parte da colheita dos produtos com os maiores crescimentos anuais ocorreu na primeira metade do ano”, explicou o BC.
Para a indústria, a previsão foi alterada de 0,7% para 2%, com melhora nos prognósticos para a construção; para a “produção e distribuição de eletricidade, gás e água”; e, especialmente, para a indústria extrativa. Nesse último componente, houve elevado crescimento da produção de minério de ferro e de petróleo na primeira metade do ano. “Tal expansão se deu em ritmo superior ao compatível com os guidances [orientações] de produção dos principais produtores dessas commodities disponíveis à época do relatório anterior [em junho]”, diz o documento.
Ainda sobre a oferta, para o setor de serviços a projeção foi revista de 1,6% para 2,1%, com melhora nas previsões para todas as atividades, com exceção de comércio, bastante influenciado pelo desempenho da indústria de transformação, que segue com previsão de recuo em 2023.
“A alta da projeção reflete surpresas positivas no segundo trimestre bastante disseminadas, bem como a ligeira melhora nos prognósticos para as variações trimestrais das atividades do setor terciário no segundo semestre”, explicou a autoridade monetária.
Com relação aos componentes domésticos da demanda, houve alta nas projeções para o consumo das famílias de 1,6% para 2,8% e para o consumo do governo, de 1% para 1,8%. Para a formação bruta de capital fixo (investimentos) das empresas o recuo previsto passou de 1,8% para 2,2%.
A projeção para a variação das exportações este ano foi revisada de 3,7% para 6,7%, repercutindo, principalmente, prognósticos mais favoráveis para os embarques de produtos agropecuários e da indústria extrativa. A previsão para as importações continuou sendo de estabilidade em relação ao ano anterior.
Previsão para 2024
Pela primeira vez, o BC apresentou a previsão de crescimento do PIB para 2024, de 1,8%, com variações nos componentes da oferta e da demanda mais homogêneas do que as previstas para este ano.
Pelo lado da oferta, agropecuária, indústria e serviços devem crescer, respectivamente, 1,5%, 2% e 1,8%.
Na demanda doméstica, as taxas de variação esperadas para o consumo das famílias, o consumo do governo e a formação bruta de capital fixo são 1,9%, 1,5% e 2,1%, respectivamente.
Exportações e importações de bens e serviços devem crescer 1,5% e 1,6%, respectivamente.
Inflação
A previsão de inflação, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), para este ano se manteve em 5%, a mesma do relatório de junho. Para isso, o BC projeta cenário com taxa básica de juros em 11,75% ao ano e câmbio em R$ 4,90.
Para 2024 e 2025, a expectativa é que o IPCA fique em 3,5% e 3,1%, respectivamente. Nessa trajetória, a taxa Selic chega ao final de 2024 e 2025 em 9% e 8,5% ao ano, respectivamente.
O relatório destaca que a chance de a inflação oficial superar o teto da meta este ano subiu de 61% no relatório de junho para 67% agora em setembro.
A meta para este ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3,25% de inflação, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,75% e o superior 4,75%. Para 2024 e 2025, o CMN estabeleceu meta de 3% para o IPCA, nos 2 anos, com o mesmo percentual de tolerância.
“Na comparação com o Relatório de Inflação anterior, no cenário de referência, as projeções de inflação tiveram poucas alterações. Vários fatores atuaram para cima e para baixo, mas tenderam em boa medida a se compensarem”, explicou o BC.
Os principais fatores de revisão para cima são a trajetória mais baixa da taxa Selic da pesquisa Focus; a forte subida do preço do petróleo; e os indicadores de atividade econômica mais fortes do que o esperado. Já as revisões para baixo são influenciadas pela inflação observada recentemente menor do que a esperada e pela queda das expectativas de inflação.
“Quando se consideram os grupos de preços livres e administrados, na comparação com o relatório anterior, destaca-se o movimento oposto entre preços livres e administrados. Em particular, para2023, houve queda significativa na projeção da inflação de preços livres, puxada principalmente por alimentação no domicílio, e forte aumento na projeção para administrados, impactada pelo acentuado crescimento do preço do petróleo”, diz o relatório do BC.
As previsões do mercado estão mais otimistas que as oficiais. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo BC, a inflação oficial deverá fechar o ano em 4,86%.