Em 10 anos, qualidade de vida avança 15,4% no RN, diz IBGE

O IBGE divulgou ontem (23) uma atualização dos indicadores que medem a qualidade de vida da população brasileira. Divulgados pela primeira vez em 2021, com dados da última edição da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), de 2017-2018, o Índice de Desempenho Socioeconômico (IDS) avalia o progresso socioeconômico a partir da renda e o Índice de Perda de Qualidade de Vida (IPQV) identifica as privações que as pessoas enfrentaram. Agora, os cálculos foram estendidos para as informações da edição anterior da pesquisa (2008-2009). Vale ressaltar que a análise temporal apresentada aqui tem natureza experimental, por contemplar estatísticas novas e que ainda estão em fase de teste e sob avaliação.

Nos períodos analisados, 2008-2009 e 2017-2018, o Rio Grande do Norte, assim como todas as outras Unidades da Federação do Brasil, tiveram aumento na qualidade de vida e bem-estar, medido pelo Índice de Desempenho Socioeconômico (IDS). No estado potiguar, o valor do IDS evoluiu de 4,723 em 2008-2009 para 5,583 em 2017-2018, uma variação de 15,4%, acima da nacional de 12,8%.

Embora a variação no índice tenha sido acima da média nacional, o Rio Grande do Norte ainda faz parte dos estados que têm os índices abaixo do IDS nacional que em 2017-2018 foi de 6,147. Atualmente, o estado figura na 16ª posição no ranking de maior ao menor IDS. O maior IDS é o do Distrito Federal (6,923) e o menor é o do Maranhão (4,841).

O índice de desempenho socioeconômico foi calculado como: IDS = A.(1-IPQV) sendo que A é um indicador de desempenho econômico que registra a renda disponível familiar per capita, a RDFPC. Esse indicador econômico mostra qual a disponibilidade de recursos da sociedade e a importância dos ganhos de produtividade para o desenvolvimento.

Já o IQPV mensura a perda de qualidade de vida da sociedade, ou seja, os efeitos das dificuldades que as famílias têm para transformar os seus recursos e aquisições de bens e serviços em qualidade de vida. Esse índice alcança temas como bem-estar, desigualdade, exclusão social e pobreza e traz recortes variados, segundo as características das pessoas de referência das famílias (cor ou raça, sexo, idade) e renda.

Elaborados a partir de nove temas, os indicadores para essa mensuração incluíram as seguintes dimensões: (1) Moradia; (2) Acesso aos serviços de utilidade pública; (3) Saúde e alimentação; (4) Educação; (5) Acesso aos serviços financeiros e padrão de vida; e (6) Transporte e lazer. Quanto maior o valor do IPQV, menor será o valor do IDS. A moradia abrange indicadores sobre a estrutura do domicílio, vizinhança e condições ambientais (ex: poluição).

Os serviços de utilidade pública abrangem eletricidade, esgotamento sanitário, água e coleta de lixo. A saúde e alimentação abrangem insegurança alimentar, acesso aos serviços de saúde e medicamentos assim como a avaliação da saúde e alimentação. A educação abrange a frequência e o atraso escolar assim como a avaliação da educação.

O acesso aos serviços financeiros e padrão de vida abrangem a posse de bens duráveis, conta em banco assim como a dificuldade de pagar as contas do dia a dia. O lazer e transporte abrangem o equilíbrio no uso do tempo em atividades do dia a dia como o transporte para o trabalho, as jornadas de trabalho assim como a avaliação do transporte e do lazer.

Para o Rio Grande do Norte, a evolução do IQPV do período analisado apresentou um aumento de 28%, passando de 0,282 em 200-2009 para 0,203 em 2017-2018. Isso quer dizer que houve uma melhora na qualidade de vida dos potiguares, em razão de menos perdas nas dimensões que contribuem para a qualidade de vida e bem-estar. Nacionalmente, o IQPV teve uma retração de quase 30%, ficando em 0,157. Quanto menor o índice, menor a perda de qualidade de vida.

Educação passa a ser dimensão com maior impacto negativo no IDS do Rio Grande do Norte

É possível analisar como as mudanças em cada aspecto da qualidade da vida (Moradia, Serviços de utilidade pública, Saúde e alimentação, Educação, Acesso aos serviços financeiros e padrão de vida, Transporte e lazer) impactam no resultado do IDS por meio da observação de suas contribuições para a soma dos efeitos marginais que provocam. O efeito marginal mede o impacto ou importância da dimensão. Assim, nas dimensões com maiores contribuições, as perdas de qualidade impactam mais negativamente o IDS.

Em 2017-2018, Educação e Acesso aos serviços financeiros e padrão de vida foram as categorias que tiveram mais importância na composição dos efeitos marginais para o IDS do Rio Grande do Norte com percentuais de 19,3% e 18,8%, respectivamente.

Os mesmos indicadores também foram os mais impactantes para o IDS Brasil, ambos ficando em torno de 19% nacionalmente. Já Acesso aos serviços de utilidade pública representou 17%, seguido de Saúde e alimentação com 16,1%, Moradia com 15,1% e Transporte e Lazer com 13,7% do total dos efeitos marginais observados no resultado do IDS. Em 2008-2009, o maior impacto negativo do IDS potiguar era a categoria de Transporte e Lazer que chegou a contribuir com 22,8% do índice.

SOBRE A PESQUISA

Com duração de 12 meses (de junho a junho) e abrangendo 75 mil domicílios em 1.900 municípios, a POF é o levantamento mais detalhado sobre os padrões de consumo dos brasileiros. Baseado nessa pesquisa, o IBGE realiza vários outros estudos, que foi o caso da evolução do IQPV e do IDS. A POF trata-se da mais abrangente investigação sobre os padrões de renda e consumo das famílias brasileiras. Pelo seu nível de detalhamento das condições de vida da população, a POF é fonte de informações para pesquisas e estudos acadêmicos de inúmeras instituições e empresas, além de auxiliar o monitoramento de 10 dos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável adotados pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Em diferentes formatos, a POF vem sendo realizada desde os anos de 1970 e detectou as principais alterações nos hábitos de consumo dos brasileiros, como a importância cada vez maior das refeições fora de casa e, mais recentemente, o crescimento do consumo digital, relacionado à popularização da telefonia celular e da internet. A POF foi a primeira pesquisa domiciliar do IBGE a utilizar instrumentos eletrônicos de coleta, em substituição aos questionários de papel.

Os propósitos principais da Pesquisa de Orçamentos Familiares – POF, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, são disponibilizar informações sobre a composição orçamentária doméstica e sobre as condições de vida da população, incluindo a percepção subjetiva da qualidade de vida, bem como gerar bases de dados e estudos sobre o perfil nutricional da população.

Dados no Brasil

O IBGE informa que os dois índices foram divulgados pela primeira vez em 2021, com dados da última edição da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), de 2017-2018. Agora, os cálculos foram estendidos para as informações da edição anterior da pesquisa (2008-2009). Enquanto o Índice de Desempenho Socioeconômico (IDS) avalia o progresso socioeconômico a partir da renda, o Índice de Perda de Qualidade de Vida (IPQV) identifica as privações que as pessoas enfrentaram.

As perdas, mensuradas pelo IPQV, são efeitos das dificuldades que as famílias têm para transformar os seus recursos e aquisições de bens e serviços em qualidade de vida. Esse índice alcança temas como bem-estar, desigualdade, exclusão social e pobreza e traz recortes variados, segundo as características das pessoas de referência das famílias (cor ou raça, sexo, idade) e renda. O estudo identificou que entre os principais fatores que afetam essa conversão estão as próprias características das famílias, os aspectos da sociedade e os locais onde vivem.

Os indicadores foram elaborados a partir de nove temas: renda, moradia, acesso aos serviços de utilidade pública, saúde, educação, acesso aos serviços financeiros e padrão de vida, alimentação, transporte e lazer e viagem. Algumas características que foram consideradas na identificação das perdas foram a ausência de banheiro no domicílio, pouco espaço em casa e a avaliação sobre o próprio lazer da família.

“A partir dos indicadores de cada dimensão, é possível calcular a perda que cada pessoa tem [em sua qualidade de vida], como ter um lazer considerado ruim ou passar tempo demais no transporte”, explica o analista da pesquisa, Leonardo Oliveira. A partir desse cálculo, e do total dos elementos, é estimada a função de perda de cada pessoa.

IDS aumenta no Brasil e em todas as Unidades da Federação

De 2008-2009 a 2017-2018, tanto o Brasil como todas as Unidades da Federação tiveram aumento na qualidade de vida e bem-estar, medido pelo Índice de Desempenho Socioeconômico (IDS), que passou de 5,452 para 6,147, uma variação de 12,8%. Ao incluírem-se as aquisições não monetárias de serviços, captadas apenas na edição 2017-2018, o IDS passa para 6,212.

“O índice de desempenho socioeconômico é o resultado da quantidade de recursos gerados por uma sociedade e a perda de qualidade de vida que ela sofre em determinado período. Tal índice permite comparar as diferentes UFs em uma métrica comum que desconta do progresso econômico as perdas apontadas pelo IPQV”, explica Oliveira.

Os maiores incrementos no IDS ocorreram em Roraima (32%), e Sergipe (25,8%) onde a renda disponível familiar per capita (RDFPC) é mais baixa que a média nacional, enquanto Rio Grande do Sul (9,1%) e Rio de Janeiro (5,6%) tiveram os menores incrementos.

O analista explica que para o IDS de estados com rendas muito elevadas, pequenos incrementos do IPQV podem anular os benefícios gerados pelos crescimentos de renda. Por outro lado, áreas com renda mais baixa, ao apresentarem aumento real na RDFPC e/ou melhoria no IPQV, conseguem ter um impacto mais significativo no IDS.

“Mesmo em áreas com RDFPC mais elevada e que já tenham ampla disponibilidade de hospitais, saneamento básico, boa rede de transporte público etc., é importante a manutenção e ampliação destes serviços para uma evolução no IDS”, observa.

Novo Notícias



Rey Vaqueiro, Arnaldinho Netto e Giovane Soares marcam encerramento Lagoa Junina

Foto: Divulgação

Milhares de pessoas compareceram ao encerramento de mais um “Lagoa Junina” nesta quinta-feira (22), no município de Lagoa Nova. Rey Vaqueiro, Arnaldinho Neto e Giovane Soares se apresentaram na Praça de Eventos Geraldo Dantas, numa franca comemoração da tradição junina com muito forró, ritmo marcante dessa época do ano.

Durante a programação, o prefeito Luciano Santos, marcou presença e acompanhou os festejos ao lado de secretários e vereadores. A avaliação do evento foi positiva. “Feliz com o resultado. Conseguimos proporcionar um cenário que valorizou as tradições juninas e movimentou nossa economia. Importante essa movimentação em nosso município”, afirmou o prefeito.

Durante três dias, uma programação foi preparada para valorizar a tradição da celebração junina. O município promoveu apresentação de quadrilhas estilizadas e grupos de dança de Lagoa Nova e cidades vizinhas. Escolas foram incentivadas a trazer suas próprias quadrilhas para apresentações que tiveram a atenção de toda a população que estava no local onde o evento ocorreu.



Caern trabalha em retirada de vazamento para restabelecer abastecimento de Currais Novos

Foto: Divulgação

A cidade de Currais Novos está com o abastecimento suspenso na manhã desta sexta-feira (23). A Caern está trabalhando na retirada de um vazamento em rede de 250 mm, localizado na rua Professora Maria José Varela.

A previsão é que o sistema seja religado por volta das 11h do sábado (24), após a conclusão do serviço. Depois da retomada, será necessário aguardar um prazo de até 72 horas.



Vereador Lucieldo não faz mais parte do Solidariedade

O vereador Lucieldo Silva está de saída do partido Solidariedade. Após 8 anos na legenda, Lucieldo teve sua desfiliação oficializada ontem, quinta-feira (22).

Pensando na conjuntura das eleições de 2024, Lucieldo, que sempre foi um dos vereadores mais atuantes do partido desde que iniciou seu mandato, sai de forma amigável do partido no qual estava desde 2014 e já tem conversas com diretórios de outras legendas, mas conversas de bastidores já indicam que o vereador estaria muito próximo de acertar sua filiação junto ao Partido Verde (PV).

O movimento de se encaminhar para um novo partido passa pelo desejo do atual vereador de buscar mais parcerias, além dos apoios já consolidados durante o atual ciclo, e expandir as possibilidades de suporte para a realização das demandas reivindicadas pela população curraisnovense.



Operação tapa-buracos de estrada que liga Currais Novos a Lagoa Nova está praticamente concluída

A operação tapa-buracos desempenhada na RN-041, que liga Lagoa Nova a Currais Novos, está praticamente concluída. Os últimos trechos ajustes estão sendo feitos, mas o serviço está em fase de finalização.

Muitas eram as reclamações das condições da rodovia, que tiveram os buracos ao longo de seus quase 30 km de extensão preenchidos. A expectativa é que aconteça o recapeamento de toda rodovia, tendo em vista o intenso trânsito de carros pesados que acabam danificando com maior rapidez a malha viária.



Homem é preso suspeito de estuprar vizinha adolescente de 12 anos em Caicó

Foto: Kléber Teixeira/Inter TV Cabugi

Um homem de 54 anos foi preso nesta terça-feira (20) em cumprimento a um mandado de prisão por estupro de vulnerável contra sua vizinha, um adolescente de 12 anos. O crime aconteceu entre os anos de 2018 e 2019, na cidade de Caicó, na região Seridó do Estado.

Ele foi preso por policiais da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (DEAM) no bairro Distrito Laginhas, em Caicó. Segundo a Polícia Civil, o homem praticou diversos atos libidinosos contra a vítima.

A Polícia Civil solicita que a população continue enviando informações, de forma anônima, por meio do Disque Denúncia 181.

g1 RN



Governo entrega mais 300 títulos de regularização fundiária

A governadora Fátima Bezerra realizou na noite desta quinta-feira (22) a entrega de títulos de Regularização Fundiária a 300 famílias moradoras dos conjuntos Pajuçara I e II, no bairro que leva o mesmo nome, na zona Norte de Natal. A medida foi possível através de uma parceria entre a Companhia Estadual de Habitação e Desenvolvimento Urbano do RN (Cehab) com a Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa).

Somente no Pajuçara serão entregues ao todo 1.940 títulos, beneficiando 7.700 pessoas. O projeto de Regularização Fundiária é um processo de intervenção pública, com medidas jurídicas, urbanísticas, ambientais e sociais. Desta forma o imóvel se torna juridicamente um bem de família, com todos os benefícios previstos em lei, como a possibilidade de ser repassados a herdeiros.

A solenidade foi realizada na Escola Estadual Zila Mamede, no Pajuçara. A governadora destacou a conquista dos contemplados. “Quero parabenizar a todos, porque sei que é uma luta de muitos anos”, disse. Fátima ainda informou a retomada no programa Minha Casa, Minha Vida, e que 4 mil unidades de imóveis devem ser construídas no estado. “Enquanto nós estamos comemorando, não podemos esquecer que muitos ainda não tem sua casa para morar, por isso retomaremos o projeto”, disse.

Claudete Trindade, moradora do Pajuçara, representou as famílias beneficiadas e falou em nome de todos. Ela lembrou que recebeu sua casa em 30 de maio de 1988 e só agora terá o documento que oficializa a propriedade. “Era o sonho que eu mais queria”, disse.

Os beneficiados recebem os títulos já registrados em cartório, sem nenhum custo. Somente na Zona Norte da capital serão entregues mais de 11 mil escrituras, beneficiando conjuntos habitacionais construídos no início dos anos 1980.

As próximas entregas vão beneficiar Jardim Progresso, loteamentos Dom Pedro, Câmara Cascudo e Nova Jerusalém, entre outros. Desde o início. Já foram entregues títulos de famílias de parte dos conjuntos Nova Natal, Soledade II e Eldorado. Os imóveis foram financiados pela Cohab, na época, agente financeiro do Banco Nacional de Habitação e depois passaram a Datanorte.

Além dos já citados, participaram da solenidade o diretor administrativo da Cehab, Antônio Miguel, o secretário adjunto do Gabinete Civil, Ivanilson Maia, a secretária estadual do Trabalho, Habitação e Assistência Social, Íris Oliveira, além das deputadas estaduais Eudiane Macedo e Divaneide Basílio.



Fã de Waldonys, menino de 2 anos em tratamento contra câncer recebe visita do cantor em hospital de Natal

Foto: Inter TV Cabugi

Do gosto pela música veio a admiração de Bento Medeiros, de 2 anos e 11 meses, pelo cantor cearense Waldonys.

Em tratamento contra um câncer na cervical, descoberto no começo de maio deste ano, ele recebeu a visita de seu ídolo na tarde desta quarta-feira (21), em uma unidade de saúde de Natal. O artista é uma das atrações do dia no São João de Natal.

Em processo intensivo há dois meses em Natal, a criança, natural de São José de Mipibu, na região metropolitana, tem apresentado bons resultados na redução do tumor e a música tem sido um auxílio importante. Foi neste período que ele gravou um vídeo em que toca sanfona em homenagem ao ídolo.

Na cidade para apresentar seu show, Waldonys foi pessoalmente ao hospital onde Bento está internado. No local, o cantor foi recebido pela direção, conheceu a estrutura e fez fotos com a equipe médica e funcionários antes do esperado encontro com o fã.

“Em meio a essa turnê de São João, fiz questão de vir pessoalmente. Eu não queria só gravar um vídeo para Bento, eu quis conhecê-lo. Ele é uma lição de simpatia e luta pela sobrevivência. “, disse Waldonys.

Ele aproveitou para entregar presentes, autografar a sanfona de brinquedo de Bento e ainda tocou uma música junto ao menino.

g1 RN



Para encaixar orçamento, IFRN pode diminuir ensino médio integrado de quatro para três anos. Entenda!

Foto: Reprodução

Com discussões sobre orçamento presentes novamente à mesa, o IFRN pode ter uma diminuição do ensino médio integrado ao curso técnico de quatro para três anos. 

Segundo o reitor da instituição, José Arnóbio, a temporalidade não é o foco da discussão atual e nunca teria sido discutida diretamente. O principal no momento, de acordo com ele, é uma atualização da grade curricular a partir de uma mudança da matriz orçamentária definida pelo Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif).

Nessa matriz, para definir o orçamento necessário para que a rede mantenha suas atividades no ano seguinte e como deve ser a distribuição dos recursos entre as instituições e suas unidades, são observados quesitos como carga horária, número de alunos matriculados e os custos com implementação e manutenção de cursos. 

Com a polarização no debate, o titular da pró-reitoria de ensino, Dante Moura, pediu para deixar o cargo para contribuir com o que ele chamou de “distensionamento” gerado no conselho diretor. Em uma carta direcionada à comunidade acadêmica, ele explicou:

“Compreendo que são múltiplas as determinações que influenciam e devem ser consideradas na revisão dos PPC [Projeto Pedagógico dos Cursos], incluindo a questão orçamentária, mas não podemos subjugar todo o processo a essa única dimensão”.

No IFRN, os cursos que possuem carga horária de até 3.200 horas são financiados 100% pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (Setec/MEC). Já quando se passa desse número, como no caso de cursos com 4.000 horas, não há remuneração. Daí a necessidade, segundo Arnóbio, de se repensar a matriz.

Atualmente, o colégio de dirigentes – formado pelos 22 diretores gerais, cinco pró-reitores e três diretores sistêmicos – pensa na possibilidade de diminuir a carga horária especialmente dos cursos de 4.000 mil horas, evitando a superposição de disciplinas. Como consequência, poderia ter uma diminuição do tempo de formação, indo de quatro para três anos. 

“Por exemplo, um curso da área de mecânica tem disciplinas de física que muitas vezes o aluno tem na física específica e quando ele vai para a disciplina técnica acaba tendo o mesmo conteúdo”, explica o reitor. 

“A gente precisa continuar ofertando educação pública de qualidade para nossos alunos, sem perder de vista o que nós fazemos historicamente”, defende. 

“Mas a gente também não pode ter uma diminuição brusca no nosso orçamento porque as atividades que a gente consegue atender nossos alunos como aula de campo e participação em olimpíadas, se tiver uma diminuição brusca de orçamento, esse aluno também não terá a possibilidade de ter as oportunidades que ainda têm hoje”, continua. 

Segundo Leonardo Guimarães, diretor do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) em Natal, dentro do IFRN há duas visões antagônicas. 

“Uma visão que defende o ensino médio integrado, a formação integralizada do aluno, formar um aluno cidadão como preza os nossos documentos e o nosso projeto político pedagógico, que prioriza essa formação”, diz.

“E uma visão em que está em primeiro lugar a questão financeira, porque a matriz do Conif mudou a questão de divisão financeira do dinheiro que vai para todos os institutos, e há colegas que defendem que se não houver redução da carga horária, o IF terá prejuízos financeiros”, explica o sindicalista.

O Sinasefe, aponta Guimarães, defende que a discussão deve partir principalmente do princípio da formação integral do aluno.

“Que trate como prioridade a questão da formação dos nossos alunos e não a questão liberal de apenas ver a questão financeira”, defende.

Saiba Mais



ELI de Currais Novos e deputado Francisco do PT se aproximam em prol de desenvolvimento da agenda de inovação no RN

O Ecossistema Local de Inovação de Currais Novos (ELI Currais Novos) recebeu no último final de semana, na sede do Sebrae, o deputado estadual Francisco do PT. Na ocasião, representantes da governança do ecossitema apresentaram os trabalhos que vem sendo realizados e receberam um aceno positivo do parlamentar em relação à agenda de inovação que vem sendo desenvolvida na região.

Francisco se comprometeu a propor uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte (ALRN), reunindo atores de todos os ecossistemas de inovação do estado, representantes do poder público e população geral para ampliar o debate sobre como a sociedade pode agir, de maneira conjunta, para proporcionar ambientes que favoreçam a atividade empreendedora, facilitando o ambiente de inovação.

Apresentaram o projeto para o parlamentar a analista técnica do Sebrae, Edinete Nascimento, e o vereador por Currais Novos, Mattson Ranier. Após conhecer o projeto, Francisco elogiou as iniciativas e se comprometeu em trabalhar junto ao ecossistema para ampliar o cenário de inovação que vem sendo praticado a nível estadual.

A presença de figuras públicas no ecossistema de inovação é um reforço para que as ações sejam ainda mais ampliadas no objetivo comum, que é o desenvolvimento da região para facilitar a atividade empreendedora. Além do poder público, os ELIs preconizam a participação de integrantes da iniciativa privada e academia, abarcando três importantes setores da sociedade que se beneficiam diretamente dessa agenda.

O que é o ELI?
Os ecossistemas de inovação são polos que reúnem e integram a infraestrutura ao capital humano e financeiro para favorecer ambientes de pesquisa e desenvolvimento que buscam solucionar dores latentes de mercado, criando novos produtos, serviços e projetos que atendam à tais necessidades.