O governo do Rio Grande do Norte nomeou 360 novos policiais civis aprovados no último concurso da corporação em uma edição extra do Diário Oficial do Estado, publicada na noite de sábado (16).
Foram nomeados 276 agentes, 45 delegados e 39 escrivães de Polícia Civil aprovados no curso de formação que começou no mês de maio. Eles terminaram a formação no início de setembro.
A publicação da nomeação cumpre um calendário divulgado ainda em setembro pelo governo, que previa a nomeação dos candidatos no dia 15 de outubro e a posse nos cargos no dia 15 de novembro.
A nomeação dos candidatos no segundo semestre de 2022, durante o período eleitoral, só foi possível por causa de um Termo de Acordo assinado pelos órgãos estaduais e pelo Ministério Público do RN e homologado judicialmente. O termo reconhece “interesse público demonstrado e inexistência de proibição legal”, segundo a Delegacia Geral de Polícia Civil (Degepol).
Em maio, diante da possibilidade de os candidatos aprovados no curso de formação só serem convocados em 2023, o Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) entrou com uma ação civil pública com pedido de tutela antecipada para determinar que o estado nomeasse os candidatos ainda em 2022.
Na ação, o MP reconheceu que a Lei das Eleições proíbe que os agentes públicos nomeiem servidores públicos nos três meses que o antecedem o pleito, até a posse dos eleitos, sob pena de nulidade.
Ainda assim, o MP alegava urgência devido o déficit de policiais na corporação. “O MPRN frisa que a recomposição do efetivo policial civil, longe de ser uma decisão administrativa discricionária, configura medida urgente e imperativa com vistas não apenas de evitar o colapso e viabilizar uma melhor prestação do serviço público, mas também de expandir esse serviço à nova realidade normativa”, disse o órgão em nota que divulgou a ação.https://7515252e8fa8f31395a52141daa984ec.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
Ainda na ação, o MP afirmava que um levantamento da própria Polícia Civil apontou déficit de 75,09% de policiais civis no Rio Grande do Norte. Além disso, haveria 145 policiais civis aptos à aposentadoria voluntária, dos quais 29 estão próximos à idade limite de 75 anos.
O edital do concurso público da Polícia Civil foi publicado no dia 25 de novembro de 2020. As provas seriam realizadas em março de 2021, no entanto, foram suspensas por causa da pandemia da Covid-19. O processo foi retomado no final de maio do mesmo ano e as provas foram realizadas em julho de 2021.
Com o avanço da vacinação, casos contabilizados graves são “isolados”, segundo Ricardo Valentim, do LAIS/UFRN. “Situação é de total controle”, aponta. Foto: Marcelo Camargo
A pandemia de covid-19 já pode ser tratada como endêmica e está “totalmente controlada” no Rio Grande do Norte, diz Ricardo Valentim, diretor do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LAIS/UFRN). Dados da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap) mostram um cenário bem mais favorável do que o registrado nas duas primeiras ondas da pandemia. De janeiro até a segunda semana de outubro deste ano, o Estado registrou uma redução de 79,3% nas mortes por covid em comparação com o mesmo período de 2021. Decretação do fim da pandemia depende da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Dentro do período observado, os óbitos caíram vertiginosamente de 4.364 para 899, de acordo com os boletins epidemiológicos da Sesap. Os casos também apresentaram queda de 38,8%: passaram de 278.912 registros (janeiro a outubro de 2021) para 170.487 (janeiro a outubro de 2022). Valentim diz que o RN continua contabilizando casos isolados, mas que não inspiram gravidade. “A gente tem casos como tem de gripe, de dengue e de outros agravos que acontecem. No Brasil também, a situação é de total controle”, comenta.
O pesquisador acrescenta que o Estado atualmente não apresenta riscos de aumento de casos, mas que é preciso manter a vigilância devido à imprevisibilidade da doença. “A gente não consegue prever tudo, mas hoje a situação é de controle total. O RN hoje não tem nenhuma medida restritiva mais, nem em ambientes públicos nem em ambientes privados, transporte público. Uma coisa interessante que está acontecendo é que mesmo sem as restrições, algumas pessoas continuam usando máscara quando têm sintomas. Essa é uma cultura que veio para ficar”, destaca.
Ainda levando em consideração o período entre janeiro e as duas primeiras semanas de outubro deste ano, a taxa de letalidade foi de 0,52%. Já no mesmo intervalo de tempo no ano passado, o índice era de 1,56%, mais de um ponto percentual a mais do que o atual. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a taxa é definida pela proporção de pessoas diagnosticadas com a doença que morrem em decorrência da infecção. Outro indicador positivo é o de leitos para o tratamento da covid. Neste mês, as solicitações por leitos oscilaram entre uma e cinco e não há filas.
Para o médico epidemiologista Ion de Andrade, a situação do RN é de total controle “pela vacina”. Ele diz que ainda é preciso acompanhar o comportamento da doença para, por exemplo, ter condições de decretar o rebaixamento para “endemia” no Estado. “A distinção depende de um cálculo. Por exemplo, quando se diz que a dengue está no período de epidemia é porque os casos ultrapassaram uma figura gráfica que é o diagrama de controle. Dentro do diagrama, a dengue está na fase endêmica”, explica.
O diagrama de controle é o instrumento mais sensível para detecção de surtos de doenças. O conceito de vigilância é baseado em um método que combina estudos epidemiológicos, quantitativos, descritivos e retrospectivos. Ion de Andrade diz que é preciso mais experiência para construir o diagrama da covid. “Não temos da covid porque é uma doença nova, mas em breve teremos. O que a gente pode dizer hoje é que a covid está sob controle no Estado por vacinação. Acho que a gente pode adentrar até esse limite”, conclui.
No Rio Grande do Norte, 87% da população está completamente vacinada (duas doses) contra o coronavírus, o que corresponde a 2,76 milhões de potiguares. A TN questionou a Sesap sobre o estágio da pandemia no Estado, mas a pasta não se pronunciou até o fechamento desta edição.
Fim da pandemia “está em vista”
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou, em setembro último, que o fim da pandemia “está em vista”. Ele pediu, no entanto, que governos acelerem ações para evitar que a oportunidade de controlar a covid-19 seja perdida. Em coletiva de imprensa, Tedros explicou que, na semana passada, o número de casos de coronavírus caiu ao menor nível desde março de 2020.“Nunca estivemos em melhor posição para acabar com a pandemia”, ressaltou o diretor-geral da OMS. Tedros comparou a atual situação com a reta final de uma maratona. “Podemos ver a linha de chegada. Estamos em uma posição vencedora. Mas agora é o pior momento para parar de correr”, destacou.
O diretor da OMS estimulou os países a vacinarem toda a população com maiores riscos associados à doença e a manterem as estratégias de testagem e sequenciamento do vírus.
Vacina para crianças de 6 meses é liberada
O Ministério da Saúde liberou a aplicação de vacinas contra a covid-19 da Pfizer em crianças de 6 meses a 4 anos de idade que tenham comorbidades. Ainda não há informações sobre quando a pasta receberá e qual o total de vacinas específicas para esse público.
A ampliação de uso da vacina da Pfizer para imunizar crianças de 6 meses a 4 anos de idade contra a covid-19 foi aprovada pela Anvisa em setembro. Desde a liberação, há um impasse no Ministério da Saúde sobre a incorporação da vacina no plano de imunização.Em nota, nesta quinta-feira (13), a pasta informou que solicitará à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) a avaliação de possível ampliação do uso da vacina pediátrica nessa faixa etária. Até que seja analisado pela comissão, a vacinação estará restrita ao publico com comorbidades.
Diferenças
A vacina para crianças de 6 meses a 4 anos de idade tem dosagem e composição diferentes daquelas utilizadas para as faixas etárias previamente aprovadas. A formulação da vacina autorizada hoje deverá ser aplicada em três doses de 0,2 ml (equivalente a 3 microgramas).As duas doses iniciais devem ser administradas com 3 semanas de intervalo, seguidas por uma terceira dose administrada pelo menos 8 semanas após a segunda dose. A tampa do frasco da vacina virá na cor vinho, para facilitar a identificação pelas equipes de vacinação e, também, pelos pais, mães e cuidadores que levarão as crianças para serem vacinadas. O uso de diferentes cores de tampa é uma estratégia para evitar erros de administração, já que o produto requer diferentes dosagens para diferentes faixas etárias.
“A vacina tem 12 meses de validade, quando armazenada a temperatura entre -90°C e -60°C. Uma vez retirado do congelamento, o frasco fechado pode ser armazenado em geladeira entre 2°C e 8°C durante um período único de 10 semanas, não excedendo a data de validade original”, explicou a Anvisa.
Na próxima semana, estão previstas sessões do Plenário da Câmara dos Deputados na terça-feira (18) e na quarta-feira (19). Os deputados retomam a pauta de medidas provisórias que poderão perder o prazo caso não sejam votadas. Outro item da pauta para a semana é requerimento de urgência para votação do Projeto do deputado Rubens Bueno (Cidadania-PR), que amplia multas a institutos de pesquisa e altera o conceito de pesquisa fraudulenta.
A primeira a medida provisória que deve ir à votação libera a compra de vacinas contra a Covid-19 pela iniciativa privada. Essa MP precisa ser votada até o dia 25 ou perderá a validade. A segunda MP pautada é a 1127/22, que limita o reajuste das taxas de foro e de ocupação dos terrenos da União a 10,06% (correspondente à inflação de 2021), no exercício de 2022. O texto precisa ser votado até o dia 3 de novembro ou perderá a validade.
Pesquisas eleitorais
Também está na pauta da semana requerimento de urgência para votação do Projeto de Lei 96/11, do deputado Rubens Bueno (Cidadania-PR), que amplia multas a institutos de pesquisa e altera o conceito de pesquisa fraudulenta. Apensado a este projeto está o PL 2567/22, do deputado Ricardo Barros (PP-PR), que pune os responsáveis por pesquisa eleitoral com números divergentes, acima da margem de erro, dos resultados oficiais das eleições.
O tema foi objeto de reunião nesta semana entre o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e outros parlamentares, mas não há definição sobre a data de votação da proposta.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), criticou, na terça-feira (11) a avaliação publicada pela imprensa de que os parlamentares da base do governo pretendem criminalizar as pesquisas eleitorais, em razão de alguns levantamentos feitos na véspera do pleito deste ano não estarem de acordo com os resultados das urnas. Segundo Lira, não se trata de criminalizar os institutos de pesquisa, mas sim promover sua regulamentação, com regras, uniformização de métodos e punição para erros que estejam muito acima da margem de erro.
O presidente afirmou ainda ser contrário a uma responsabilização penal dos donos das empresas, porém defendeu o pagamento de multas, ressarcimentos, indenizações e proibição de atuação em eleições seguintes. De acordo com Lira, uma diferença muito grande entre o resultado final da eleição e os projetados na véspera do pleito podem induzir o eleitor ao erro.
“Não tenho nenhuma indicação de como vamos fazer essa responsabilização objetiva penal. Na minha visão, a empresa de pesquisa, que recebe para fazer pesquisa, teria de ressarcir, ser multada. Você não pode errar em 20, 15, 10 pontos, isso não é erro, isso é direcionamento. É um serviço malfeito que induz eleitores de boa-fé”, disse o presidente.
Segundo o presidente, entre as propostas a serem analisadas estão a que proíbe a divulgação de pesquisas às vésperas da eleição, a exemplo da Itália (que proíbe 15 dias antes), e da França (dois dias antes). Ele também destacou a proposta que prevê o mesmo espaço de divulgação nos meios de comunicação de todas as pesquisas e institutos.
Arthur Lira concedeu entrevista ao site Uol nesta terça-feira (11) e reforçou que ainda não há texto decidido para ser votado. Ele afirmou ainda que a proposta deve começar a ser discutida na tarde de hoje entre os líderes governistas. Lira foi questionado pelas jornalistas se a votação desse projeto seria uma manobra. Segundo o presidente, qualquer votação de qualquer proposta em regime de urgência, ou seja, sem tramitar pelas comissões, é uma previsão regimental e não manobra.
“É preciso ter respeito ao Legislativo, aqui não fazemos manobras, são termos infelizes: falar em criminalização de pesquisa e manobra. Nós tivemos um histórico nacional de erros de muitas pesquisas. Cito no Senado em Rondônia, no Paraná, no governo da Bahia, e da eleição nacional. Nós não faremos nada no Congresso, como nunca fizemos, na calada da noite, sempre decidimos com maioria e sempre com votos”, destacou Lira. “É a maioria do Plenário que vai dar entendimento a esse tema”, ressaltou.
Crimes hediondos A pauta traz ainda proposta que inclui a pedofilia no rol de crimes hediondos (PL 1776/15); o projeto que cria programas de saúde mental para profissionais de segurança pública (PL 4815/19); e o projeto que prevê a ampliação da assistência à gestante (PL 130/19).Também poderá ser votado o Projeto de Lei 2796/21, que estabelece o marco legal para a indústria de jogos eletrônicos.
Um incêndio de grandes proporções atinge neste momento uma distribuidora de pneus que fica localizada às margens da BR-101, em Parnamirim, na Região Metropolitana de Natal.
De acordo com a nossa nossa equipe que está no local, neste momento, pelo menos seis viaturas do Corpo de Bombeiros, além de militares da Aeronáutica, estão no local tentando combater as chamas.
Ainda não há informações sobre o que teria provocado o incêndio.
Gabi está animada com a final. Foto: Wander Roberto Inovafoto
A Seleção Brasileira feminina de vôlei disputa a final do Mundial neste sábado (15). O Brasil encara a Sérvia, às 15h, horário de Brasília, na cidade de Apeldoorn, na Holanda. O time de José Roberto Guimarães busca uma conquista inédita para a sua galeria de troféus. O jogo terá transmissão da TV Globo e do canal de assinatura SporTV 2.
Duas grandes equipes. Além do coletivo, uma interessante disputa entre grandes nomes do esporte em cada metade da quadra. Gabi e Carol têm feito um torneio irretocável e são as grandes líderes de um renovado Brasil pós Jogos Olímpicos. Boskovic e Mihajlovic são pilares de uma – até agora – invencível Sérvia.
Com grande atuação na semifinal, o time brasileiro não impediu os 30 pontos da craque Paola Egonu, da Itália, mas conseguiu se destacar nos bloqueios, com Carol, que anotou 10 pontos somente no fundamento. Coesa, a Seleção espantou a pressão e marcou uma vitória maiúscula diante das atuais campeãs da Liga das Nações por 3 set a 1, com parciais de 25/23, 22/25, 26/24 e 25/19. Capitã, Gabi manteve a boa produção e terminou como a maior pontuadora brasileira com 20 acertos.
Gabi se diz pronta para a decisão e mostra felicidade com sua temporada. “Sem dúvida nenhuma eu me sinto no melhor momento da minha carreira. Hoje com recém 28 anos completados, me sinto muito mais madura, experiente. Ainda tenho muita coisa para poder aprender e enfrentar”, comenta.
A brasileira mostrou surpresa por ter sido eleita a melhor do torneio. “Fiquei muito surpresa exatamente pela Egonu não ter ganho, porque queira ou não, apesar de não ter vencido a partida, ela fez 39 pontos na final e um campeonato incrível. Para mim a Egonu é de longe a melhor jogadora do mundo, fisicamente e mentalmente, como uma jogadora que realmente vai para cima e atacando por cima”, disse.
Invicta, a Sérvia acumula um retrospecto de 11 vitórias em 11 partidas na competição. O time europeu conta com o retorno de uma das principais “artilheiras” da atualidade, a oposta Tijana Boskovic, ausência na última Liga das Nações. Na semi, as sérvias bateram os Estados Unidos por 3 sets a 1, com parciais de 25/21, 25/20, 17/25, 25/23. Na ocasião, Boskovic acabou sendo responsável por 33 pontos.
Projeto leva arte popular e cultura aos municípios do Rio Grande do Norte e promove o Prêmio Artista Cidadão – Foto: divulgação
Após percorrer seis municípios levando arte e cultura popular, com foco na formação de artistas, além de promover o desenvolvimento da economia criativa, o Projeto Conexão Elefante Cultural, apoiado pelo Instituto Neoenergia, encerrará a temporada 2022 em duas cidades do Seridó. A partir deste sábado (15) até a próxima terça-feira (18), a Trupe da Luz se apresenta em Campo Redondo. Da quarta-feira (19) até o sábado (22), os artistas se despedem da turnê, iniciada em agosto, se apresentado para o público de Currais Novos.
Para Renata Chagas, diretora do Instituto Neoenergia, a realização do projeto em oito cidades potiguares acontece em um momento muito importante nos 60 anos de história da Neoenergia Cosern. Nos últimos 25 anos, a empresa se consagrou como a maior apoiadora da cultura norte-rio-grandense com mais de 300 projetos contemplados em editais.
O Conexão Elefante Cultural, um dos vários projetos apoiados pelo Instituto Neoenergia por meio do edital Transformando Energia em Cultura e da Lei Estadual de Incentivo à Cultura Câmara Cascudo, começou a rodar o Rio Grande do Norte nesta semana. A primeira cidade a receber a caravana foi Alexandria, no Alto Oeste, no início de agosto. De lá para cá, os artistas que integram a Trupe da Luz se apresentaram em Riacho da Cruz, Senador Elói de Souza, Paraú, Grossos e Lajes Pintadas.
Sob o comando da diretora Diana Fontes, os artistas desenvolvem oficinas nas áreas de arte-comunidade, cena, música, reuso de material e audiovisual. Essa ação tem como público-alvo estudantes e educadores. Durante a passagem pelos municípios, também são realizadas oficinas artísticas para crianças e adolescentes da rede pública e projetos sociais, palestras sobre empreendedorismo cultural e elaboração de projetos, intervenções urbanas através da criação de mural artístico, cortejo e instalação cênica em praça pública.
Na edição 2022, o projeto conta com equipe formada por Diana Fontes (cena), Danilo Guanais (música), Jhoão Junnior (arte-comunidade), André Rosa (audiovisual), Leonardo Prata (customização plástica) e os intérpretes Álvaro Dantas e Thaíse Galvão.
Prêmio Artista Cidadão
Além das atividades de cunho formativo, o Conexão Elefante Cultural também realiza, em 2022, o Prêmio Artista Cidadão. A láurea tem o objetivo de oportunizar aos selecionados, a concretização do sonho de contribuir com a sua comunidade através da cultura.
Um projeto de cada cidade da circulação será selecionado e receberá mentoria de artistas consolidados na cena potiguar e suporte financeiro para execução.
O prazo para inscrição no Prêmio Artista Cidadão está atrelado à data de circulação do projeto nos municípios. Durante a passagem pelas cidades, será realizada uma oficina específica para auxiliar os interessados na elaboração das propostas. O edital com todas as informações sobre o prêmio está disponível no linktr.ee/conexaoelefantecultural
Durante os meses de agosto e setembro, foram verificados 1636 instrumentos metrológicos. Foto: IPEM/RN
As equipes de fiscalização do Instituto de Pesos e Medidas do Rio Grande do Norte (IPEM/RN) verificaram, durante os meses de agosto e setembro, 1636 instrumentos metrológicos na Grande Natal, Mossoró e nos municípios de Umarizal, Riacho da Cruz, Campo Grande, Carnaubais, Felipe Guerra, Grossos, Olho d’água do Borges, Taboleiro Grande, Rodolfo Fernandes e Porto do Mangue.
Foram verificadas 865 bombas de combustíveis, 452 taxímetros, 164 balanças comerciais, 54 medidores de velocidade (radares), entre outros. Desses itens o único que apresentou irregularidades foram as bombas de combustíveis com erros em 9% dos instrumentos verificados. Nos casos em que a irregularidade poderia trazer prejuízo ao consumidor, os instrumentos foram retirados de uso até serem reparados e o estabelecimento comercial foi autuado e poderá ser multado.
Sobre o IPEM/RN
O Instituto de Pesos e Medidas do Rio Grande do Norte (IPEM/RN) é um órgão delegado do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) e também uma autarquia do governo estadual, vinculada administrativamente à Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec/RN).
Possui equipes de fiscalização formadas por especialistas e técnicos em que realizam diariamente, em todo o Rio Grande do Norte, verificações periódicas visando garantir o correto e seguro funcionamento de balanças, bombas de combustíveis, esfigmomanômetros (medidores de pressão arterial), taxímetros, medidores de velocidade (radares), brinquedos, bicicletas infantis, produtos têxteis, extintores de incêndio, produtos pré-medidos, entre outros materiais.
Quem desconfiar ou encontrar irregularidades pode informar a Ouvidoria, pelo telefone: 0800-281-4054 (ligação gratuita), [email protected] ou pelo whatsapp (84) 3222.9079 e 98147-9433.
O Seridó está em festa! A cidade de Currais Novos completa 132 anos de emancipação política neste sábado (15). A data marca a desvinculação da cidade de Acari, que aconteceu em 15 de outubro de 1890.
Na Monarquia, Currais Novos foi instituída Distrito de Paz, através da resolução provincial nº 301 de 06 de setembro de 1854. O Distrito pertenceu primeiramente ao município de Vila do Príncipe (Caicó), de 31 de julho de 1788 a 11 de abril de 1833, quando passou a pertencer ao município de Acari.
Somente em 15 de outubro de 1890, o decreto nº 59, do então governador provisório Pedro Velho de Albuquerque Maranhão, declarou instituído o município de Currais Novos, com instalação em Sessão Solene realizada no dia 26 de fevereiro de 1891 pelo então presidente da Intendência acariense, o Capitão Cipriano Bezerra de Santa Rosa. Após o desmembramento, o município de Currais Novos teve sua área delimitada pelo topógrafo Juventino da Silveira Borges. Teve como primeiro administrador, Quintino Galvão, que governou o município de 06/02/1891 a 03/04/1892.
Somente em 29 de novembro de 1920, o município foi elevado à condição de cidade pela Lei nº 486, sancionada pelo Governador Antônio José de Melo e Sousa, durante o segundo mandato do então prefeito João Alfredo Pires. Nessa época, a população era de 14 mil habitantes, com 12 ruas, 1 avenida, 2 praças e 3 travessas. Posteriormente, do município de Currais Novos foram desmembrados Cerro Corá, em 1953, e Lagoa Nova, em 1962.
Durante a Festa do Boi, os leilões movimentaram mais de R$ 3,7 milhões, com comercialização de 164 animais, superando a expectativa que era de R$ 3,5 milhões. Foto: Adriano Abreu
A 60º edição da Festa do Boi movimentou cerca de R$ 60 milhões, de acordo com a Associação Norte-Rio Grandense de Criadores (Anorc). O evento contou com cerca de 300 expositores, entre produtores e empresas parceiras e um público de mais de 500 mil visitantes. Foram quatro leilões, shows e uma programação repleta de eventos culturais para a população, que visa mostrar o trabalho de pequenos produtores agropecuários do Rio Grande do Norte. Ainda segundo a associação, esta edição superou as expectativas e entrou para a história como uma das maiores, depois de mais de meio século de existência.
A festa tem final neste sábado (15), mas a sensação “é de dever cumprido”, de acordo com um dos sócios da Anorc e leiloeiro oficial, Eduardo Melo. “Nos que fazemos a Anorc avaliamos com alegria e dever cumprido de fazermos uma exposição que é um exemplo para o Brasil. A melhor do Norte-Nordeste e uma das melhores do Brasil. Isso nos gratifica”, diz Melo. Os leilões movimentaram mais de R$ 3,7 milhões, com comercialização de 164 animais. Na quarta-feira, dia das crianças, houve congestionamento nas imediações da arena. Esse foi o dia com maior movimentação. “Lotou tudo, no estacionamento de carro, vendeu quase seis mil reais”, declara. O dia contou com uma programação especial quase completamente voltada para o público infantil, das 14h as 20h, incluindo entrega de brindes para as crianças. “O parque de diversão nunca vendeu tanto, uma coisa boa”, afirma. Após dois anos de incertezas, com a pandemia de coronavírus, em 2020, e uma série de cancelamento de shows, em 2021, este ano a festa voltou com força, atraindo muitos visitantes.
Um dos expositores é Karine Araújo, 42 anos. Esse foi o primeiro ano da Cabugi, da qual é funcionária. Ela já espera colher os frutos da exposição após a feira, ou seja, espera ter mais clientes. “É uma experiência que está sendo muito boa porque nós estamos aqui para divulgar a nossa marca, o nosso produto. Espero que o próximo ano possa ser melhor”, afirma. Mesmo sendo a primeira vez que expõe na festa, avalia a participação de forma positiva. A marca produz e comercializa itens conhecidos no RN. Manteiga da terra, queijo coalho, queijo manteira e iogurte são algumas das especialidades. Com produção em Angicos, interior do Estado, a Cabugi busca crescer no mercado.
Sebrae, um dos maiores expositoresO Sebrae, um dos parceiros, teve resultados superiores ao que se previa, de acordo com o Diretor Técnico Sebrae no RN, João Hélio. “Os resultados foram superiores ao que nós havíamos previsto”, afirma. Quantidade de visitantes, palestras e caravanas de visitação foram pontos destacados por ele. Mais de 2,5 mil produtores foram trazidos em caravanas do interior Estado, além de atividades que pensam a economia criativa, cultura e terroir (exposição de produtos da terra). “Está tendo uma visitação recorde”, continua. Foram cerca de 350 pessoas envolvidas no funcionamento da exposição, entre empresas e equipe da Sebrae. Foram cerca de 100 mil visitantes ao longo da semana e 10 mil consultorias prestadas. O conteúdo das palestras e consultorias foram pensados a partir dos impactos diretos na vida dos produtores. “Nós trouxemos muita inovação, tecnologia, acesso ao mercado”, afirma. Por isso, foram realizados encontros de negócios e rodadas de negócios. A ideia é que um pequeno negócio possa ter acesso ao mercado por meio de crédito e prospere. “Os bancos oficiais ofertando crédito e facilitando esse fechamento, pois o crédito irá garantir a produção daquilo que eles estão fechando”, completa Hélio. O terroir foi uma atração à parte. Uma ala inteira para produtores de iguarias potiguares. Nele, pequenos produtores puderam mostrar produtos da terra e incentivar restaurantes a adquirirem esses produtos para seus restaurantes. “Produtos made in RN, produtos agroecológicos de excelente qualidade que nós garantimos aqui”, completa. Desde a cachaça ao mel, além de ostra e queijo contaram com exposições na área do Sebrae. Inclusive, expositores de queijos medalhistas no Campeonato Mundial de Queijos, que aconteceu em São Paulo, puderam participar e comercializar.
Diariamente um queijeiro potiguar transforma litros de leite in natura em queijos de coalho e manteiga, além de manteiga do sertão e doce de leite feitos artesanalmente. As oficinas são ministradas pela manhã e no final da tarde, com degustação dos produtos pelos participantes ao final de cada oficina. Números Movimentação total:R$ 60 milhões Financiamento BNB:R$ 20 milhões LeilõesDomingo – R$ 660 mil Terça – R$ 1 milhão e 60 mil Quinta –R$ 995 mil e 400 Sexta – Expectativa era de mais de R$ 1 milhão Público:Cerca de 500 mil Expositores:300, entre empresas e produtores Fonte: Anorc BNB fechou R$ 20 milhões em financiamentosOutro parceiro que contribuiu com a movimentação foi o Banco do Nordeste do Brasil (BNB). Segundo o superintendente Tiago Dantas, foram mais de R$ 20 milhões em financiamento ao longo da semana. O valor, anunciado nesta sexta-feira (14), quase dobrou o valor financiado no ano passado, que foi de R$ 11 milhões.
De acordo com ele, a sensação é de expectativas superadas. “Expectativas superadas. É bom ver esse ecossistema do agronegócio funcionando e funcionando com essa velocidade novamente”, afirma.
O superintendente afirma, ainda, que essas atividades são importantes para complementar a economia do Estado e favorecer produtores locais. “A gente sabe o quanto é importante para o Estado que a gente adicione atividades econômicas ao Estado que não só comércio e serviços”, aponta.
Também de acordo com ele, são nessas atividades, como agricultura e pecuária, onde se fortalece o Estado, o que pode ser visto através da Festa do Boi. “A Festa do Boi é isso, a cadeia do agronegócio e agente observou isso com expectativas superadas”, conclui.
Cenário da fruticultura é promissor, diz Coex As perspectivas da fruticultura no País, especialmente no Rio Grande do Norte, são animadoras. Na última safra, o Brasil chegou a exportar em torno de US$ 1,2 bilhão, enquanto no Estado as cifras movimentadas foram da ordem de R$1 bilhão. Os números foram apresentados pelo presidente do Comitê Executivo de Fruticultura do Rio Grande do Norte (Coex/RN), Fábio Queiroga, durante o Seminário Frut&Tec, realizado na última quinta-feira (13), na Agência Sebrae Festa do Boi. Juntamente com o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Pesca do Rio Grande do Norte (Sape), Guilherme Saldanha, ele e outros especialistas discutiram o cenário atual da fruticultura no Estado e no País.
De acordo com o principal executivo do Coex, o Rio Grande do Norte já é conhecido pela produção do melão e da melancia, e possui um grande potencial para consolidar outras culturas. “Temos uma região com uma grande capacidade de crescimento para fruticultura, levando nossa produção em uma posição de destaque no cenário nacional e internacional. E isso não apenas quando falamos em áreas, mas também em diversas culturas, visto que nossas condições edafoclimáticas são favoráveis”, afirmou Queiroga.
Para Queiroga, um ponto primordial para o aproveitamento do potencial da fruticultura é o planejamento. “O mundo passa hoje por um momento muito singular, com tensões e problemas macroeconômicos. Mas precisamos estar prontos para no instante em que essas questões se resolverem, o estado esteja pronto para utilizar todo o potencial que possui”, completou o presidente do Coex/RN. Para isso, é preciso investir no diagnóstico dos possíveis gargalos da atividade para então traçar metas e incentivar o desenvolvimento da produção de outras culturas em solo potiguar. Com isso, a expectativa é que o Rio Grande do Norte possa dobrar o resultado atual em aproximadamente oito anos.
O seminário também trouxe ao Rio Grande do Norte o professor doutor da universidade de São Paulo (USP) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Marcos Fava Neves, que é comentarista de agronegócio da rede CNN Brasil, para ministrar palestra sobre a importância do agronegócio e da fruticultura para o País. “O Brasil conseguirá se desenvolver, gerando e distribuindo renda, criando oportunidades às pessoas pelas exportações do agro. A fazenda, a indústria de alimentos, de bioenergia e o restaurante do mundo”, diz o especialista.
De acordo com ranking apresentado por Marcos Fava Neves, o Rio Grande do Norte tem atualmente o terceiro maior volume de fruta produzida, e a melancia, que alcançou a produção de 2,1 milhão de toneladas em 2020, tornou-se responsável por 15,5% de toda a produção nacional da fruta. Já na área de comércio exterior, os melões são a segunda fruta mais exportada pelo Brasil, ficando atrás somente da manga. O valor negociado no mercado internacional teve um crescimento de 12% entre 2020 e o ano passado, subindo de US$ 147,9 milhões para US$ 165,1 milhões. Os envios também foram ampliados de um ano para o outro saindo de 236,2 mil toneladas para 257,9 mil toneladas – o que representa um aumento de 9 por cento.
Ainda não se sabe a causa da presença dos resíduos no litoral potiguar. Governo Federal vai investigar a proveniência do material, segundo o Idema. Foto: Magnus Nascimento
Mais de uma tonelada de óleo foi coletada no Rio Grande do Norte até a segunda-feira (10), de acordo com informações do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema). Pelo menos 1.256 kg do material foram encontrados por homens da Defesa Civil de 12 cidades litorâneas do Estado até o domingo (9). Na segunda, foram recolhidos, segundo o Idema, “fragmentos oleosos de grande tamanho nas praias de Maracajaú, Caraúbas, Barra de Maxaranguape e Muriú”. A pesagem da substância, no entanto, ainda não havia sido informada nem ao Idema nem à Defesa Civil do RN até esta quinta-feira (13), pelas prefeituras.
Desde a segunda, segundo a Defesa Civil do RN, não são encontrados fragmentos no litoral do Estado. As investigações estão a cargo da Marinha e da Polícia Federal, mas as causas seguem sem resposta. Na capital, informou o Idema, os registros mais recentes são do domingo – três quilos – totalizando 73 kg desde o surgimento da substância no litoral do Estado, no mês passado.
Os vestígios têm sido encontrados, principalmente, na região localizada entre o posto policial e o antigo Hospital de Campanha, na Via Costeira. A maior parte do óleo recolhido no RN até agora está no litoral Sul, especialmente nos municípios de Nísia Floresta (500 kg) e Baía Formosa (400 kg). Além disso, também no litoral Sul, foram encontrados fragmentos em Tibau do Sul (47 kg), Canguaretama (31 kg) e Parnamirim (26 kg).
Os municípios de Senador Georgino Avelino e Touros ainda não possuem registros, mas estão no radar do monitoramento feito a partir de um grupo de trabalho.
No litoral Norte, os registros indicavam o recolhimento de 46 kg em Extremoz, 30 kg em Ceará-mirim (sem os resultados da nova pesagem) e 103 kg em Rio do Fogo. Segundo os dados do Idema, na segunda-feira foram realizadas vistorias nas praias de Touros, Carnaubinhas, Perobas, Rio do Fogo, Zumbi, Pititinga, Maracajaú, Caraúbas, Barra de Maxaranguape, Muriú, Portomirim, Jacumã e Pitangui. “Fragmentos oleosos de grande tamanho” foram encontrados nas praias de Maracajaú, Caraúbas, Barra de Maxaranguape [todas em Maxaranguape] e Muriú [Ceará-Mirim], sendo necessária ações de limpeza, dessas áreas, segundo o Idema.
A pesagem oficial do material, contudo, ainda não tinha sido informada até a quinta. As informações sobre a quantidade de óleo encontrada são repassados pelas prefeituras para o Idema e para a Defesa Civil do Estado. “Da segunda-feira para cá [quinta-feira] não foram registrados novos aportes de óleo no litoral potiguar”, afirmou o coordenador da Defesa Civil do RN, coronel Marcos Carvalho.
A subcoordenadora de Planejamento e Educação Ambiental do Idema, Iracy Wanderley, disse que o enfrentamento direto da questão cabe à União e que as investigações estão a cargo da Marinha e da Polícia Federal. No mês passado, a Marinha informou ter coletado amostras do óleo encontrado no Estado e enviou para análise do Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira (Ieapm), no Rio de Janeiro. Procurada pela Tribuna do Norte para esclarecer em que pé andam as análises, a Marinha não respondeu até o fechamento desta edição.
A PF do Rio Grande do Norte, por sua vez, disse que, “tal investigação deve estar ocorrendo na PF/PE, onde teriam sido registrados os primeiros casos. Na PF/RN, até está data, não há nada sobre o assunto”. A PF de Pernambuco não retornou aos questionamentos da reportagem. O Idema, que monitora as aparições da substância por meio de um grupo de trabalho, composto pela Defesa Civil do RN, Defesas Civis municipais, Marinha (via Capitania dos Portos), PF e Secretaria de Saúde do Estado (Sesap/RN), afirmou não ter recebido nenhuma previsão de resposta sobre as análises.
“Aqui no Rio Grande do Norte, nós não temos manchas de óleo. O que temos são fragmentos – pedaços de óleo. Quem faz a limpeza são as prefeituras, com a orientação do grupo de trabalho, através de protocolos de meio ambiente e saúde. Tão logo a gente tenha a sinalização do recorte de óleo, ou seja, quando ele não aparecer mais, todo o material vai ser encaminhado à empresa Mizu Cimentos, que irá recepcioná-lo como aconteceu em 2019 e 2020”, explicou Iracy Wanderley, do Idema.