Um concerto especial gratuito que uniu o erudito ao popular. “Rio Grande do Norte 523 anos”, apresentado pela Orquestra Sinfônica do Rio Grande do Norte (OSRN) na noite da última quarta-feira (28), no Papódromo, contou com participações de cantores, compositores e grupos potiguares que celebraram a cultura e a história potiguar.
De 31 de julho até 7 de agosto, acontece o Festival Johannes Martin Kränzle, promovido pela Escola de Música da UFRN (EMUFRN). A programação se inicia com uma aula de canto em formato de masterclass, do professor e músico homenageado, Martin Kränzle, que ocorre às 10h do dia 31, no Auditório Oriano de Almeida. Além disso, as atividades incluem a realização de concertos musicais, bem como exposições artístico-culturais, e são abertas para todo o público.
Ainda no primeiro dia, às 19h, haverá um recital lieder (um tipo de canção particular da cultura germânica) com poesias de Henrich Heine musicadas por Clara Schumann, Fanny Mendelssohn, F. Schubert, R. Schumann e canções brasileiras, interpretadas por alunos e ex-alunos da graduação e pós-graduação da EMUFRN. Às 20h, acontece a palestra intitulada Vida e obra de Heinrich Heine e a sua presença na imprensa brasileira oitocentista, com participação da professora Wiebke Röben de Alencar Xavier, do Departamento de Letras Modernas (DLLEM).
Às 19h do dia 1º de agosto, ocorre uma sessão dedicada à música de câmara (uma formação instrumental executada por poucos músicos). Participam Edmarcos Pereira da Costa e Luís Henrique Menezes Marinho, no violino; Diego Paixão e Fábio Presgrave, no violoncelo; Pedro Zaqueu Dantas Neto, na viola; Guilherme Rodrigues, no piano; e a cantora Alzeny Nelo.
Começou na segunda-feira (13) a 22ª Semana Nacional dos Museus em todo o Brasil. O Governo do Rio Grande do Norte mais uma vez adere ao evento e realiza na Pinacoteca do Estado, por meio da Secretária Extraordinária de Cultura e da Fundação José Augusto (FJA), uma série de encontros, nos dias 14 (terça-feira), 16 (quinta-feira) e 18 (sábado), data em que é celebrado o Dia Internacional dos Museus. A entrada para a Pinacoteca é gratuita e o acesso às atividades é livre. Basta chegar e participar.
Definido anualmente pelo Conselho Internacional de Museus (ICOM), o tema da 22ª Semana Nacional de Museus (SNM) é “Museus, Educação e Pesquisa”. A Semana dos Museus é promovida pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), vinculado ao Ministério da Cultura (Minc).
A encenação da Paixão de Cristo em Carnaúba dos Dantas-RN é uma das mais tradicionais do interior do Nordeste, com quase meio século de existência. O espetáculo, que acontece aos pés do Monte do Galo e atrai anualmente romeiros e turistas do sertão potiguar e estados vizinhos, tinha sido interrompido pela pandemia e está retomando agora em 2024, com a 46ª edição.
O cenário será montado na nova Praça dos Romeiros, agora reformada com o erguimento do Santuário de Nossa Senhora das Vitórias. “O espetáculo envolve cerca de 70 atores, entre crianças e adultos, com destaque para participantes que têm mais de trinta anos de atuação, mantendo viva uma tradição que vai se passando de pai para filho”, explica o diretor Jairo Dantas.
O projeto tem importância cultural, econômica e social para a comunidade, considerando que a confecção de figurino e cenário, além de gravação de áudio e outros serviços de produção envolvem a contratação de trabalhadores da cultura e prestadores de serviço da própria cidade. A chegada de romeiros impulsiona o comércio formal e informal, contribuindo para a geração de renda.
O novo pároco de Carnaúba dos Dantas, padre Ronney Galvão, anuncia como novidade que esse ano serão dois dias de espetáculo, 28 e 29 de março, quinta e sexta-feira da Semana Santa.
“A retomada do espetáculo da Paixão de Cristo no Monte do Galo não apenas fortalece os laços de fé entre os carnaubenses, mas também projeta a cidade como um importante destino para o turismo religioso, dentro do Geoparque Seridó. Que este retorno seja celebrado não apenas como um espetáculo teatral, mas como uma manifestação coletiva de fé, união e prosperidade para Carnaúba dos Dantas”, ressalta padre Ronney.
A realização da Paixão de Cristo é da Associação de Desenvolvimento Cultural Dom José Adelino Dantas e da Paróquia de Carnaúba dos Dantas, com patrocínio da Lei Câmara Cascudo, Fundação José Augusto e Governo do Rio Grande do Norte, e apoio da Prefeitura de Carnaúba dos Dantas e Geoparque Seridó.
O Arrastão do Boi encerrou sua programação carnavalesca, na noite desta terça-feira (14), levando milhares de pessoas as ruas de Currais Novos. Foram dias intensos de muita alegria música boa e diversão. A concentração aconteceu na Praça da Rodoviária, em seguida o arrastão saiu as ruas da cidade ao som da Orquestra Chico Caçote.
No palco montado no Largo do Coreto Guarany a Banda currais-novense Impressão Digital e a cantora Nara Castro, fizeram a alegria dos foliões.
Arrastão do Boi é um movimento formado por artistas que anualmente se unem, organizam e fortalecem a programação de Carnaval da cidade de Currais Novos.
Na manhã desta sexta-feira (05) com a sanção da Lei nº 3.931 de 02 de janeiro de 2024 foi criada a Secretaria Municipal de Cultura de Currais Novos, que terá como uma das competências o desenvolvimento de atividades, instituições e iniciativas de natureza artística e cultural. Anteriormente vinculada à Secretaria Municipal de Educação, a Secretaria de Cultura terá em sua estrutura a administração das bibliotecas, museus e eventos culturais, por exemplo.
A solenidade de assinatura da lei ocorreu no Salão Nobre do “Palácio Raul Macedo”, sede do executivo municipal, com a presença do Prefeito Odon Jr, do Secretário Municipal de Cultura, Ronaldo Gomes, do Vereador e representante da Câmara Municipal, Mattson Ranier, além de artistas, produtores culturais, educadores, secretários municipais, vereadores, servidores municipais, e representantes de associações culturais.
Citando alguns artistas locais que lutaram pela criação da secretaria, como o artista plástico João Antônio, o Secretário Ronaldo Gomes ressaltou a importância da secretaria para o município.
A Prefeitura de Acari tem a alegria em convidar toda população e visitantes para prestigiarem a 2ª noite de programação cultural na Festa de Nossa Senhora do Rosário 2023. Hoje iremos recordar as “Mais Belas Vozes” da época em que Nonno Som comandava esse evento que descobria talentos há décadas.
Com a organização e apresenatação de Nonno Som e Albervânia Medeiros, o “Nonno Show”, trará as vozes da cidade ao palco do Pavilhão, e você é nosso convidado especial.
Data: 26/12 (hoje) Horário: Após a novena Local: Praça Ciprieno Pereira (Coreto)
A terceira edição do Festival de Literatura de Currais Novos (Flic) consolidou Currais Novos como um dos pontos de encontro da literatura do Seridó e do Rio Grande do Norte. Com uma série de atividades, como rodas de conversa, encontros musicais, debates e feira de livros, o Flic movimentou centenas de pessoas na cidade, incluindo escolas, grupos culturais e espaços numa semana com programação gratuita todos os dias.
Para o coordenador do evento, Mattson Ranier, a terceira edição Flic 2023 reforçou ainda mais o cenário cultural curraisnovense e se consolidou como um espaço no calendário de atividades literárias do Rio Grande do Norte.
“A maturidade que o FLIC atingiu em 2023 será crucial para construirmos um festival ainda maior em 2024, com mais força e com um legado ainda mais importante para a literatura do Seridó e do Rio Grande do Norte””, disse.
Mesmo pensamento tem o também coordenador João Gustavo Guimarães. Para o produtor, a vasta programação cultural, com atividades para vários públicos de gostos e idades diferentes foi um diferencial para que o evento atingisse seu objetivo.
“O FLIC 2023, confirmou a sua consolidação como evento Cultural e literário, através da sua diversidade, pluralidade e maturidade. A maior festa de confraternização da cultura e literatura potiguar”, afirmou.
O Festival Literário de Currais Novos tratou ainda de promover homenagens a grandes ícones e nomes da literatura e cultura norteriograndense, como a escritora paraibana radicada no RN Zila Mamede (1928-1985), que leva o nome da principal biblioteca do Estado; e ao artista plástico e educador João Antônio (1973-2022), autor de inúmeros quadros, peças plásticas e idealizador do Espaço Avoante, que recebe diversas atividades artísticas da cidade e de grupos da região até os dias atuais.
O FLIC tem apoio institucional da Prefeitura Municipal e SESC, apoio Cultural da Aura, e patrocínio do Governo do Estado, Fundação “José Augusto”, Lei Câmara Cascudo e Cimento ELO.
O Festival Literário de Currais Novos (FLIC) viveu um de seus principais momentos na quarta-feira (08), no Espaço Avoante de Cultura. De acordo com a produção, centenas de pessoas puderam acompanhar uma programação extensa entre teatro de mamulengos, contação de causos e grupos teatrais.
Ainda de acordo com a organização do evento, o ponto alto foi uma homenagem ao artista plástico João Antônio, um dos nomes mais importantes da história da cultura de Currais Novos, falecido em 2022.
Mensagem em inglês convidando para a festa de Halloween nas escolas não é uma cena de filme estrangeiro, mas de possíveis cenários de escolas brasileiras em 2023. Saci, conforme explicam os pesquisadores, é uma lenda que ensina crianças e adultos, e a negação desse mito espelha o racismo nacional de cada dia.
Segundo pesquisadores ouvidos pela Agência Brasil, contestar a destruição das nossas lendas é uma missão para a sociedade, uma ‘travessura’ ou uma ‘traquinagem’ necessárias para fazer viver o menino cheio de energia. “Um país que se honra tem a cultura e a educação interligadas. A gente sabe que o nosso país tem dificuldade de respeitar as crianças. Então, esse menino vem com uma roupagem de moleque, só que não é (apenas) um moleque”, diz a pesquisadora Neide Rafael.
Ela é uma das professoras pioneiras no Brasil no ensino da história e da cultura afro-brasileira pelo menos duas décadas antes de essa conduta virar a Lei 10.639 (de 2003), que completou 20 anos e determina a inclusão desses assuntos em sala de aula em prol de uma educação antirracista.
Guardião Neide explica que a lenda não está revestida de maldade. “O Saci tem uma atribuição. É o guardião da flora e da fauna. Ele precisa ser apresentado aos estudantes como aquele que preserva a vida”, diz a professora. O Saci, então, representa a nossa ancestralidade, identidade e valores.
“É aquele que transgride e questiona. Ele busca a liberdade para todos os oprimidos”. A imagem do Saci com uma perna também poderia ser utilizada para inclusão, no entender da professora. “Opõe-se a qualquer Halloween da vida, que não tem nada a ver com a gente”.
Duas pernas Também pesquisador do tema, o professor de arte Edmar Galiza contextualiza que o Saci Pererê nasceu na mitologia dos indígenas Guarani, na metade do século 18. “Era uma figura que tinha duas pernas. Ele vivia nas matas para protegê-las dos caçadores, saqueadores e destruidores da floresta. O Saci é uma das figuras mais reconhecidas e importantes do folclore brasileiro”, afirma.
Mesmo assim, e com a evolução da legislação, o país não foi capaz de alterar o racismo impregnado. Para o professor, que faz doutorado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), no estudo da construção da educação antirracista e decolonial, é “muito difícil” a escola estar fora do lugar social em que vivemos. “A escola pode trazer mudanças, mas não sozinha. O racismo está em todas as nossas instituições, por isso falamos em “racismo estrutural”, pois permeia nossas instituições cotidianamente”. Essa lógica ajuda a entender que a marginalização da nossa cultura afro, indígena e híbrida atua em prol da valorização da cultura europeia e estadunidense. “As nossas referências vão sendo cada vez mais importadas”.
Sincretismo O pesquisador Edmar Galiza sugere, inclusive, que uma possibilidade de o tema ser trabalhado em sala de aula é lembrar a origem da lenda e como a figura do Saci foi se transfomando. “Trazer o tema para a sala de aula, para aumentar o universo cultural e artístico dos e das estudantes, mostrando a nossa cultura, nosso folclore, nossas histórias e lendas”, exemplifica.
Para a professora Neide Rafael, é necessário recordar que a lenda está ligada à liberdade e à democracia do ser, que guarda elementos do sincretismo cultural brasileiro. “O cachimbo e a fumaça vêm com os indígenas. E o mito negro e africano são da maior importância. Ele é energia, um encantado, um orixá dentro das religiões de matriz africana”.
Os pesquisadores entendem que a construção feita pelo escritor Monteiro Lobato sobre o Saci distorceu a lenda. “Essa figura do menino negro de uma perna só passa principalmente pela recriação do personagem (no Sítio do Picapau Amarelo)”, diz o professor Edmar Galiza.
O saci de Monteiro Lobato colocaria, na avaliação de Neide, a lenda de “maneira pejorativa”. “O Saci é guardião, é energia, liberdade mental que todo ser humano tem , principalmente, uma criança precisa ter”, diz. Para ela, é necessário valorizar as raízes que fazem com que as crianças brinquem de amarelinha ou trava-línguas.