Quem sonha em seguir a carreira militar deve ficar em alerta para não se distrair com o Carnaval e, assim, perder o prazo final para se inscrever no concurso da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, nesta quinta-feira 22. A prova objetiva do certame, organizado pelo Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação (IBFC), será realizada no dia 26 de março.
Combater a injustiça, lutar contra a criminalidade e atuar em benefício da sociedade. Esses são os princípios e valores a serem seguidos por quem deseja integrar a carreira militar. E para ampliar o quadro da segurança pública estadual é que o estado do Rio Grande do Norte abriu neste ano as 1.158 vagas para compor o quadro de soldados da corporação.
A prova objetiva, conforme definido pelo edital, abordará as seguintes disciplinas: Língua Portuguesa; Raciocínio Lógico; Noções de Informática; Noções de Direito Constitucional; Noções de Direito Penal Militar; Noções de Direito Penal; Legislação Extravagante; e Legislação da Polícia Militar do Rio Grande do Norte. Ao passar no concurso, o aluno soldado e aluno soldado músico receberão a remuneração de R$1.302 durante a formação. Para ser aprovado será preciso obter pelo menos 40% por disciplina e 60% no total da prova. As avaliações ainda contarão com exame de aptidão física e de habilitação musical no caso dos alunos músicos.
Candidatos negros terão 226 vagas – obedecendo ao percentual de 20%, conforme a Lei Estadual nº 11.015/2021.
Deveres
Entre as funções elencadas no edital para o Quadro de Praças Policiais Militares (QPPM) estão atender ocorrências; dirigir viaturas, realizar abordagens; realizar policiamento ostensivo; policiamento preventivo; policiamento repressivo; efetuar prisão em flagrante; executar operações policiais; cumprir mandados judiciais.
Além disso, um militar também deve participar de solenidades cívico-militares; ministrar palestras e/ou treinamentos; participar de treinamentos; dentre outras. Um militar também atua no cotidiano lidando com o público, de forma individual ou em equipe, sob supervisão permanente.
Durante esta segunda-feira (20), parte dos moradores atingidos pelos estragos das chuvas em São Sebastião, no litoral norte paulista, tentavam acessar as casas em meio a lama. O município contabiliza 39 das 40 mortes causadas pelos deslizamentos e enxurradas no litoral norte. São 1,7 mil pessoas desalojadas e 766 desabrigadas na região.
No bairro da Topolândia, em São Sebastião, voluntários trabalhavam com o apoio de escavadeiras e caminhões para tirar a lama e o entulho das ruas. “Hoje, passei o dia todo tirando lama da viela”, contou Carlos José de Santana, que mora com a mulher e o filho adolescente em uma das casas atingidas.
Na madrugada de domingo, a família deixou a residência com água acima do joelho. Segundo Carlos, que vive de vender queijo nas praias, eles já desconfiavam que o temporal muito acima do normal poderia trazer problemas. “Nós não dormimos nessa noite. Ficamos preocupados. Era muita água. Muita água mesmo”, lembra. Os 682 milímetros de chuvas registrados na região são o maior acumulado da história do país.
Mas, nem todos os moradores perceberam de antemão o perigo. A estudante Geovana Mandinga, de 19 anos, disse que, mesmo com os sinais iniciais, a família não previu que um deslizamento ia destruir a casa onde viviam.
“Lá em cima, tem uma barreira de terra que, com a chuva, desceu. Quando eu percebi, eram 3h. Só estava descendo terra. Parecia tranquilo. Só que eu dormi e às 6h eu vi uma casa sendo levada para baixo, a casa da frente”, relata.
Quando o desastre se mostrou iminente, a mãe, o padrasto, os quatro irmãos e os dois sobrinhos ainda bebês da jovem deixaram a casa levando o pouco que conseguiram carregar. “A gente pegou umas peças de roupa e documentos. A gente teve que pular o muro dos vizinhos para conseguir [sair]. A gente ficou ilhado algumas horas antes de descer todo mundo”, conta.
Solidariedade
Apesar de fortemente afetados pela catástrofe, a família ainda encontrou espaço para ser solidária com quem está em uma situação pior. Geovana levou o excedente das doações que recebeu a uma escola que está abrigando pessoas que também perderam as casas. “Tudo o que sobrou, que a gente não tem onde colocar, estamos levando para o fundo social. Porque tem muitas famílias que a gente conhece que perderam [tudo] também”, diz a jovem, que está temporariamente na residência de parentes.
Durante os trabalhos de limpeza nas ruas do bairro, não param de chegar fardos com água mineral e alimentos que são organizados em casas que não foram atingidas ou em tendas improvisadas, algumas por igrejas. “Estamos tentando ajudar mais os voluntários e os moradores que estão lá em cima. Eles não conseguem fazer comida, estão sem água”, diz Raíssa Morais, moradora há 20 anos da região que faz parte de um dos grupos que organiza as doações.
Raíssa, que trabalha como assessora de um vereador do município, disse que também participou da mobilização para que empresários e moradores da cidade oferecessem o apoio as pessoas atingidas pelas chuvas. “Começamos a movimentar, ligando para um, pedindo para outro. Foi quando começou a chegar as doações para a gente”, diz.
A empregada doméstica Tatiana Pereira da Silva foi uma das beneficiadas pelas doações da escola, que virou abrigo. Ela percorria as ruas enlameadas do bairro descalça. Ela, o marido e o filho escaparam por pouco da tragédia.
“Quando eu abri a porta, a lama já estava entrando na minha casa. Eu fiquei desesperada. Tranquei tudo e sai correndo. A lama já estava no meio da canela quando a gente desceu”, conta.
Alertas
Assim como todas as pessoas ouvidas pela Agência Brasil, ela afirma não ter recebido nenhum alerta da prefeitura ou da Defesa Civil.
Em entrevista coletiva hoje, o prefeito de São Sebastião, Felipe Augusto, disse que a administração municipal emitiu alertas a partir das 21h de sábado, quando começaram as chuvas na cidade. Segundo ele, apesar de ter conhecimento prévio de que o município receberia fortes chuvas, o volume surpreendeu.
“O que não se esperava era a densidade dessas chuvas, que ultrapassaram 600 milímetros num curto espaço de tempo. Às 3h [de domingo], o Centro de Coordenação de Emergência e de Contingência foi ativado. Nós nos reunimos no centro operacional da prefeitura, com a presença do Corpo de Bombeiros, coordenando todas as ações e já recebendo os primeiros chamados de escorregamentos e alagamentos”, disse.
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) informou que as defesas civis locais já tinham conhecimento dos riscos de um evento extremo no litoral norte desde a última quinta-feira (16).
Bairros ilhados
Alguns bairros do município permanecem ilhados devido aos deslizamentos que atingiram estradas fundamentais para o deslocamento na região. A área que vai da Barra do Sahy até Boiçucanga só pode ser acessada por helicóptero ou pelo mar. É dessa forma que estão sendo feitos os resgates e o envio de mantimentos para as pessoas que estão isoladas nessa parte do município. Os estragos ainda estão sendo avaliados, mas, há indícios que trechos das rodovias Rio-Santos e da Mogi-Bertioga foram completamente destruídos.
Com tristeza e pesar informamos o falecimento da Irmã Margarida, do Mosteiro das Clarissas em Caicó. Ela tinha mais de oitenta anos e estava acometida de Alzheimer.
A religiosa faleceu no Hospital Regional por complicações decorrentes da COVID 19. O sepultura aconteceu às 05 hs da manhã no mosteiro e haverá missa na capela às 16hs.
Miguel Medeiros de Araújo Júnior, 33 anos, natural de São José do Seridó (RN), faleceu após passar mal enquanto curtia o show de Raí Saia Rodada no Frevo do Meio Dia.
O fato se deu na tarde desta segunda-feira (20.fev.23), no corredor da folia do carnaval em Caicó (RN). De imediato, o homem foi atendido na Unidade Básica de Saúde do centro da cidade, mas não resistiu.
De acordo com informações, Miguel era filho de uma agente de saúde do bairro Samanaú e, no próximo dia 24, passaria por um procedimento cirúrgico no coração. O corpo foi removido para os procedimentos do Itep.
A cada hora cerca de duas mulheres morreram em razão do uso nocivo de álcool em 2020. Ao todo, 15.490 brasileiras perderam a vida por motivos atribuídos ao álcool naquele ano. A faixa etária mais afetada foi a das mulheres de 55 anos e mais (70,9%), seguida por 35 a 54 anos (19,3%), 18 a 34 anos (7,3%) e de 0 a 17 anos (2,5%). Os dados fazem parte de estudo inédito, divulgado nesta semana pelo Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa) para marcar o Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo, comemorado hoje (18).
Segundo o levantamento, as principais causas desses óbitos foram doença cardíaca hipertensiva (15,5%), cirrose hepática (10,4%), doenças respiratórias inferiores (8,7%) e câncer colorretal (7,3%).
O consumo abusivo de álcool pelas brasileiras aumentou 4,25% de 2010 a 2020. A tendência foi registrada em 12 capitais e no Distrito Federal. Os maiores aumentos no consumo foram verificados em Curitiba (8,03%), São Paulo (7,34%) e Goiânia (6,72%). O levantamento é realizado pelo Cisa, com dados do Datusus 2021.
Por consumo abusivo considera-se a ingestão de quatro ou mais doses, para mulheres, ou de cinco ou mais doses, para homens, em um mesmo dia. O aumento mais significativo foi observado entre mulheres, passando de 7,8% em 2006 para 16% em 2020. O centro considera que uma dose padrão corresponde a 14g de etanol puro no contexto brasileiro. Isso corresponde a 350 ml de cerveja (5% de álcool), 150ml de vinho (12% de álcool) ou 45ml de destilado (como vodca, cachaça e tequila, com aproximadamente 40% de álcool).
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o consumo de álcool pode causar mais de 200 doenças e lesões. Está associado ao risco de desenvolvimento de problemas de saúde como distúrbios mentais e comportamentais, incluindo dependência ao álcool, doenças graves como cirrose hepática, alguns tipos de câncer e doenças cardiovasculares, bem como lesões resultantes de violência e acidentes de trânsito. Em todo o mundo, 3 milhões de mortes por ano resultam do uso nocivo do álcool, representando 5,3% de todas as mortes.
Consumo abusivo
Os perigos do consumo nocivo de bebidas alcoólicas afetam, de formas diferentes, homens e mulheres. Segundo a presidente da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas (Abead), Alessandra Diehl, as mulheres têm predisposição a ter adoecimento clínico e psíquico mais rápido do que os homens.
“Uma das questões aí é a vulnerabilidade biológica”, disse, em entrevista à Agência Brasil. A psiquiatra explicou que as mulheres têm menor concentração de enzimas que fazem a metabolização do álcool, o que faz com que ele seja mais tóxico para o organismo feminino do que para o masculino. Segundo Alessandra, as mulheres, às vezes, com menos tempo de uso crônico de álcool que os homens, já apresentam mais prejuízos para a saúde, como hepatite, cirrose e envelhecimento.
De acordo com o psiquiatra e presidente do Cisa, Arthur Guerra, os efeitos do consumo de álcool entre as mulheres também podem variar conforme o ciclo menstrual, a gestação e amamentação. Além disso, elas sofrem impactos por fatores sociais, como a maternidade e participação no mercado de trabalho.
“Outro ponto é que as mulheres acabam tendo outras influências hormonais, como ciclo menstrual por exemplo, que acabam afetando o consumo de álcool também. Algumas delas, durante a fase pré-menstrual, a famosa TPM, ficam mais sensíveis e vão usar o álcool como se fosse um remédio para aliviar os sintomas”, explicou o médico.
Para a socióloga Mariana Thibes, coordenadora do Cisa, o aumento no consumo de bebida alcóolica tem um componente cultural.
“As mulheres estão bebendo mais e isso é uma mudança cultural importante que foi acontecendo ao longo da última década. Provavelmente tem a ver com a maior presença delas no mercado de trabalho, acho que esse é o fator mais importante. A mulher está nos mesmos espaços que os homens, então ela sai para um happy hour com os colegas homens e por que ela vai consumir menos álcool?”, questionou.
Segundo Mariana, o acúmulo das jornadas também é relevante para o aumento do consumo abusivo de álcool entre as mulheres.
“O acúmulo de trabalho dentro de casa, fora de casa, cuidar dos filhos, da profissão, do trabalho doméstico. Esse aumento das pressões acaba levando muitas mulheres a procurar no álcool uma espécie de recurso para relaxar. No período da pandemia, vimos a hastag #winemom viralizar, com muitas mães postando fotos com taça de vinho no fim do dia, como uma espécie de recompensa depois daquele dia duro de acúmulo de jornada. Esse estresse que as mulheres passaram a sofrer nos últimos anos também pode ajudar a explicar o aumento do consumo abusivo de álcool”, afirmou.
As facilidades de movimentações financeiras, com pagamentos por meio de cartões ou de aplicativos, podem expor os consumidores a riscos de fraudes, no carnaval. Mas, algumas medidas preventivas podem dificultar a ação de criminosos, nas aglomerações geradas pela folia. A Agência Brasil reuniu orientações da Federação dos Bancos do Brasil (Febraban), do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) e de especialistas para os foliões curtirem a festa em segurança.
É importante que o consumidor mantenha-se atento no momento de pagar com cartão. A Febraban aponta que um golpe comum nesta época do ano é a troca do cartão por golpista que se passa por ambulante. O diretor do Comitê de Prevenção a Fraudes da Febraban, Adriano Volpini, explica como ocorre a fraude: “o golpista usa algum truque e desvia a atenção do folião para que a vítima digite a senha no campo destinado ao valor da compra. Isso permite que bandido descubra o código secreto. É importante ressaltar que o campo de senha deve mostrar apenas asteriscos”.
“Também é muito importante que a própria pessoa insira o cartão na maquininha e confira se o cartão devolvido é realmente o seu”, acrescenta Volpini.
O carnavalesco deve também digitar a senha de modo que não seja vista por outros, verificar o valor digitado na maquininha, pedir o comprovante impresso e conferir a operação pelo aplicativo do banco.
Há ainda casos de golpistas que entregam a maquininha para o cliente digitar a senha do cartão e observam os números marcados. Também é comum que o falso vendedor entregue para o comprador a máquina com o campo destinado ao valor da compra e não ao código secreto, fazendo com que se descubra a senha.
A federação também pede atenção ao visor da máquina, que se estiver danificado, o consumidor não deve inserir o cartão. Além disso, é importante pedir sempre o recibo impresso da transação ou verificar se o valor está correto nas mensagens da instituição financeira. No caso de pagamento via QR Code ou transferência, conferir sempre o valor e o destinatário do dinheiro. Em caso de roubo, o banco deve ser comunicado imediatamente e o consumidor deve registrar um boletim de ocorrência.
Pagamento por aproximação
O Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) alerta que o pagamento por aproximação requer cuidados. Um golpista pode se aproximar de bolsos, mochilas e pochetes para debitar valores em cartões. Para maior segurança, os seguidores de blocos de rua devem optar por levar dinheiro trocado. Mas se quiserem levar o cartão, além de reforçar a proteção, é aconselhável diminuir o limite de transação diária.
“Além da possibilidade de máquinas com vírus no comércio, o uso com a função ativada em locais de grande circulação de pessoas pode resultar na realização involuntária de transações, por conta de golpistas que programam as maquininhas para leitura de valores aleatoriamente”, aponta Ione Amorim, coordenadora do programa de Serviços Financeiros do Idec.
Um meio de proteção é o uso de placas ou cartões com frequência de ondas magnéticas que bloqueiam a comunicação do cartão quando não estão em uso.
Pix
A Febraban aconselha aos clientes reduzirem os valores de cada transação do Pix. Para isso, basta acessar a função Meus Limites Pix, no aplicativo de cada banco. No caso de pagamento via QR Code ou transferência, conferir o valor e o destinatário do dinheiro.
Celulares
Mais um alerta é para o caso de o folião ter o celular furtado. Como prevenção, o usuário não deve ter senhas de bancos e cartões de pagamento salvas no aparelho, por exemplo, em blocos de notas, e-mails, mensagens de Whatsapp ou em outros locais do celular. Outro mecanismo de proteção é ativação do bloqueio automático de tela inicial e biometria facial/digital para acessar o celular e os aplicativos.
No fim de semana do pré-carnaval, em São Paulo, pelo menos 110 celulares foram furtados, segundo balanço das polícias Civil e Militar. Esses foram os aparelhos recuperados pelos agentes. Além disso, 14 pessoas foram presas durante os blocos. As ações policiais foram ampliadas neste mês para atuar e coibir crimes contra os foliões. A maior parte das ocorrências, foram de roubos e furtos.
Porém, se mesmo com todos os cuidados, o roubo ou golpe for consumado, o banco deve ser comunicado imediatamente, para que medidas extras de segurança sejam adotadas pela entidade, como bloqueio do app e senhas de acesso. A vítima do crime deve, ainda, registrar um boletim de ocorrência na polícia local.
Responsabilidade dos bancos
A coordenadora do Idec chama atenção para a responsabilidade dos bancos. “As instituições bancárias e de pagamentos devem manter os consumidores informados sobre esses cuidados. Além de estabelecer um termo de adesão ao mecanismo, como informar limites por transação, onde e como proteger os instrumentos de pagamento, além do cartão físico, o aparelho de celular e smartwatch.”
Segundo Ione, o Banco Central estabeleceu uma norma para que os bancos se ajustem às questões de segurança desse mecanismo de pagamento por aproximação, mas o prazo para entrar em vigor é julho. “Consiste em oferecer ao cliente a possibilidade de ativação e desativação do pagamento por aproximação diretamente no aplicativo da instituição. Essa medida é importante porque permite que o consumidor não fique vulnerável em situações pontuais, sem precisar ligar no banco para obter a desativação temporária.”
O Bloco Treme-treme e o Sistema Rural de Comunicação prestaram uma homenagem especial a foliã Zaira Cruz, que era apaixonada pelo Carnaval de Caicó, que certamente estaria participando da edição deste ano, se não tivesse sido a forma cruel e covarde como foi assassinada, em pleno sábado do Carnaval de 2019.
A homenagem foi feita antes da saída do bloco nesta sexta-feira (17) que teve como atrações os cantores Giulian Monte e Marquinhos Carrera.
Que sua morte jamais seja esquecida e que ecoemos sempre o grito de VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES NUNCA MAIS. JUSTIÇA NO CASO ZAIRA CRUZ.
Carnaval é época de diversão e durante a folia acontece muita paquera. No entanto, o que não é consentido é considerado crime: a Lei 13.718, em vigor desde 2018, criminaliza os atos de importunação sexual e divulgação de cenas de estupro, nudez, sexo e pornografia.
A pena para as duas condutas é prisão de 1 a 5 anos. A importunação sexual foi definida em termos legais como a prática de ato libidinoso contra alguém sem a sua anuência “com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro”.
Atos considerados por muitos como parte da festa como passar a mão no corpo de alguém ou roubar um beijo hoje são tipificados como crime de importunação sexual. Beijo à força ou qualquer outro ato consumado mediante violência ou grave ameaça, impedindo a vítima de se defender, de acordo com a mesma lei, configura crime de estupro. Beijo, portanto, só consentido.
A psiquiatra Danielle Admoni, especialista pela Associação Brasileira de Psiquiatria, explica porque, apesar da lei, é tão difícil o entendimento de que “não é não”, principalmente pelos homens.
“Muitas vezes o ‘não’ é entendido como: ‘ela quer, mas quer dar uma de difícil’, ‘ela quer, mas está com vergonha’, e isso é terrível porque essa pessoa está falando não, e não é não. Mesmo que ela fale de forma educada, ou sorrindo, não é não. Mas a pessoa que está do outro lado não tem esse entendimento por essa questão sociocultural, de que ele está acima.”
A pedagoga Claudia Petry, especialista em Sexologia Clínica e em Educação para a Sexualidade pela Universidade Federal de Santa Catarina, concorda que, mesmo com a lei, a questão é cultural, mas principalmente de não saber lidar com as frustrações.
“Nossa sociedade, ao longo da nossa história, foi muito permissiva para as questões do homem sobre a mulher. Assim, formamos no passado, e também no presente, uma sociedade em que o homem pensa ter o poder – e posse – e, que pode ter tudo o que quer, não aprendendo a lidar com quaisquer frustrações e principalmente, com os direitos da mulher ou de qualquer outra pessoa. Ouvir um ‘não’ – e aceitá-lo – é respeitar o livre arbítrio do outro e tirar do abusador o ‘poder’ de fazer o que quer”.
Já a psicóloga Monica Machado, especialista em Psicanálise e Saúde Mental pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein, alerta que, em caso de violências, abuso ou importunação, é preciso procurar ajuda psicológica.
“Não deixe de falar com pessoas próximas e procure ajuda profissional. Muitas mulheres se sentem envergonhadas e preferem se calar. No entanto, essa ferida pode gerar um trauma e transtornos psicológicos. Guardar para si é alimentar a continuidade da situação e não pensar que alguém próximo também pode ser vítima algum dia”, reforça.
Medidas de prevenção Mesmo com a tipificação de crime e ações governamentais para acolhimento às vítimas, algumas dicas de especialistas podem ajudar a se proteger no carnaval:
Cuidado com os golpes da bebida: não aceite bebidas de estranhos e não deixe seu copo sozinho na mesa. Essas medidas impedem que os abusadores coloquem qualquer tipo de substância que possa deixar a vítima desorientada e assim facilitar o abuso.
Apito: tenha em mãos um apito e uma caneta marca texto preta, para riscar um “X” (símbolo de socorro) na palma da mão e deixar visível, caso precise. “Estas técnicas já ajudaram muitas mulheres a se livrar de situações de risco”, ressalta a psicóloga Monica Machado.
Mantenha contato com seu grupo de amigos: antes de sair, crie um grupo com os amigos que estarão com você. Caso se perca deles ou precise de ajuda, contate-os pelo grupo. Vale ainda marcar um ponto de referência, de preferência, que seja movimentado. “Evite ficar sozinha. Mesmo em meio à multidão, você será um alvo fácil, principalmente para homens sob efeito de álcool/drogas. Ao se sentir perseguida ou em situação vulnerável, busque um policial próximo ou entre em um estabelecimento”, aconselha a sexóloga Claudia Petry.
Cuidado com o celular e pertences: além de cuidar de sua integridade física, cuide também de seus pertences. Leve o mínimo possível para a folia. Guarde seu celular em uma ‘doleira’, por baixo da roupa, assim como a cópia da sua identidade e o dinheiro. Evite pagar por PIX e delete todos os aplicativos de banco. Além da violência sexual, os abusadores podem roubar a vítima também.
Atenção no transporte público: na volta para casa, seja de metrô ou ônibus, procure sentar perto do motorista ou de outras pessoas, principalmente se for tarde da noite. Evite ficar isolada e dormir no banco. Se estiver de carro, certifique-se de que não há ninguém próximo ao ir embora. Também evite estacionar em ruas desertas.
Como denunciar Se presenciar ou for vítima de importunação sexual, as denúncias podem ser feitas para o Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher ou procurando diretamente a Guarda Municipal da sua cidade ou a Polícia Militar, ligando 190.
A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) convoca técnicos em enfermagem para atuar na Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal (UTINeo) do Hospital Pediátrico Maria Alice Fernandes, em Natal/RN. A convocação foi publicada no Diário Oficial do Estado deste sábado, 18, e o processo de contratação inicia com a publicação. Os candidatos tem 20 dias para envio dos documentos necessários.
O prazo de validade do Processo Seletivo para Contratação Temporária de Excepcional Interesse Público é de 12 meses, contados a partir da data da publicação da Homologação no Diário Oficial do Estado -(DOE/RN), podendo ser prorrogado uma única vez por igual período.
A lista de documentos necessários para a contratação está disponível no site da Sesap (www.saude.rn.gov.br), na Aba Serviços, no link Concursos. A contratação será feita do modo presencial, no edifício-sede da Sesap, na Av. Deodoro da Fonseca, 730, Centro, Natal/RN.
O Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol do RN publicou edital de citação e intimação nesta quinta-feira (16) para julgamento sobre notícia de infração apresentada pelo Alecrim Futebol Clube contra o ACD Potyguar Seridoense durante o Campeonato Potiguar 2023. A sessão será ser realizada na próxima quinta-feira (23) às 18h30.
A denúncia traz os artigos 214 e 191 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que tratam do uso de atletas irregulares em partida e descumprimento do regulamento da competição. As penas possíveis para as infrações são a perda de pontos e multa.
A Federação Norte-Rio-Grandense de Futebol aguardará o resultado do julgamento para prosseguir com as eliminatórias de rebaixamento da competição, uma vez que uma possível pena pode alterar a tabela de classificação.