A governadora Fátima Bezerra sancionou a Lei nº 11.297, nesta quinta-feira (15), que cria o selo social “Empresa Amiga da Mulher”, a ser publicada no Diário Oficial do Estado de amanhã (16). A lei é iniciativa do deputado estadual Subtenente Eliabe, e incentiva a prática, promoção e defesa dos direitos das mulheres no ambiente de trabalho tanto de empresas públicas quanto de empresas privadas.
O selo será concedido anualmente, no mês de março de cada ano, em alusão ao Dia Internacional da Mulher. As empresas selecionadas serão apresentadas ao público em solenidade a ser realizada pela Secretaria de Estado das Mulheres, da Juventude, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos – SEMJIDH.
A seleção das empresas será realizada por um Comitê Julgador da mesma secretaria, e as orientações para inscrição das interessadas serão publicadas na imprensa oficial do Estado. Não haverá premiação em dinheiro para as empresas selecionadas.
Os principais critérios a serem observados serão especialmente para aquelas empresas que incentivem a contratação e valorização da mulher no mercado de trabalho, buscando igualdade de gênero no quadro de pessoal; que estimulem o combate ao assédio moral e sexual no ambiente corporativo; e que promovam a igualdade salarial de gêneros, contribuindo para a redução de desigualdades.
O selo “Empresa Amiga da Mulher” será concedido à empresa que seguir três ou mais dos critérios a seguir:
I – implementação de políticas que valorizem a presença da mulher no ambiente de trabalho; II – promoção e divulgação de ações afirmativas e informativas abordando questões referentes aos direitos da mulher, em âmbito interno e externo da empresa; III – desenvolvimento de ações, projetos e programas de prevenção e combate ao assédio moral e sexual no ambiente de trabalho; IV – oferecimento de um ambiente de trabalho saudável, com observância à integridade física e emocional e à dignidade da mulher; V – apoio e orientação às mulheres pertencentes a seu quadro de pessoal, que tenham sido vítimas de qualquer tipo de violência de gênero; VI – oferecimento de vagas de trabalho para mulheres em situação de violência doméstica e familiar.
A Lei Orçamentária Anual (LOA 2023), que estima a receita e fixa a despesa do Estado foi aprovada pelos deputados estaduais na sessão plenária desta quinta-feira (15) na Assembleia Legislativa. A previsão é de R$ 17,99 bilhões em receitas e R$ 18,23 bilhões em despesas, com déficit orçamentário de R$ 234,8 milhões.
Desse montante da LOA 2023, R$ 14,58 bilhões são do orçamento Fiscal e cerca de R$ 3,41 bilhões do orçamento da Seguridade Social. A LOA 2023 é superior em cerca de R$ 2 bilhões ao orçamento anterior, que foi de R$ 15 bilhões.
O projeto original do governo recebeu emendas na Casa durante a sua tramitação e teve como relator o deputado Getúlio Rêgo (PSDB) na Comissão de Finanças e Fiscalização (CFF). A proposta do governo de abrir créditos suplementares de 15% do valor do orçamento foi mantida.
Na apresentação do relatório, o deputado Getúlio Rêgo (PSDB) afirmou que na Comissão de Finanças e Fiscalização (CFF) não houve impedimento à admissibilidade da matéria.
O relator também chamou a atenção para o momento financeiro do RN: “Vivemos não só a escassez econômica e financeira, mas a escassez de expectativas da redução das despesas que mais impactam no orçamento público, como as despesas com pessoal e previdenciária”, observou.
Durante o debate da LOA, o deputado Francisco do PT elogiou o processo de redação do relatório, conduzido pelo deputado Getúlio Rêgo, e destacou o diálogo aberto durante toda a atividade. “Fizemos diversas reuniões, recebemos inúmeras contribuições e chegamos a um consenso que se materializa na redação desse relatório”, disse.
O deputado Subtenente Eliabe (SDD) aproveitou o momento para fazer reivindicações para a Segurança Pública, mais especificamente para a formação dos aprovados no concurso da Polícia Civil do RN. Por fim, o deputado Tomba Farias (PSDB) apontou uma “falta de diálogo” com o Governo do Estado. “Mais uma vez, tivemos temas chegando de última hora, a gente não tem direito de discutir”, disse.
Na sua justificativa, o governo defende que a peça orçamentária foi formulada com transparência, apontando um quadro realista e condizente com a situação financeira do Estado e que não esconde o quadro delicado das contas públicas do Estado, que reduziu o déficit orçamentário em cerca de R$ 230 milhões.
Nos anexos da mensagem governamental as ações encartadas encontram-se organizadas por programas de governo e demonstram alocação de recursos em plena consonância com as diretrizes estratégicas e os macro objetivos previstos no Plano Plurianual para o Quadriênio 2020-2023 e com as metas e prioridades integradas à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO/ 2023).
Um total de 519.031 famílias de todos os 167 municípios do Rio Grande do Norte receberão o Auxílio Brasil em dezembro. O valor médio do benefício a ser pago é de R$ 606,31 e, além do benefício, o último mês do ano contemplará 145.388 famílias do estado com o Auxílio Gás, no valor de R$ 112.
Para isso, o Governo Federal repassará ao Rio Grande do Norte R$ 330,6 milhões, dos quais R$ 314,32 serão destinados ao pagamento do Auxílio Brasil e R$ 16,28 milhões para o Auxílio Gás.
O Nordeste é a região do país com maior número de contemplados pelo Auxílio Brasil. Em dezembro, serão 9,9 milhões de famílias nordestinas atendidas. Os repasses federais para toda a região somam R$ 5,95 bilhões e o benefício médio pago nos nove estados nordestinos é de R$ 607,16. Já o Auxílio Gás contempla neste mês 2,8 milhões de lares em todo o Nordeste, com um investimento de R$ 315,6 milhões.
Com as quase 520 mil famílias atendidas, o Rio Grande do Norte é o oitavo estado do Nordeste com mais beneficiados pelo Auxílio Brasil, atrás da Bahia (2,62 milhões de famílias), de Pernambuco (1,71 milhão), do Ceará (1,5 milhão), do Maranhão (1,24 milhão), da Paraíba (704 mil), do Piauí (634 mil) e de Alagoas (548 mil).
Demais regiões São Paulo e Bahia são os estados com maior número de contemplados em dezembro, ambos na casa dos 2,62 milhões de famílias beneficiárias. Os repasses federais para os dois estados neste mês somam mais de R$ 3,15 bilhões. Ao todo, oito estados terão mais de um milhão de contemplados em dezembro. Pernambuco (1,71 milhão), Ceará (1,5 milhão), Maranhão (1,24 milhão), Pará (1,37 milhão), Minas Gerais (1,65 milhão) e Rio de Janeiro (1,87 milhão) completam a lista.
Depois do Nordeste, o Sudeste é a segunda região com o maior número de famílias atendidas. São 6,46 milhões de contemplados por meio de um investimento federal da ordem de R$ 3,91 bilhões. Na sequência, aparecem a região Norte (2,62 milhões de famílias beneficiárias), a região Sul (1,46 milhão) e a região Centro-Oeste (1,15 milhão). A região Norte é a que recebe o maior benefício médio do país: R$ 611,44.
Um gerente de banco foi preso nesta quarta-feira (14) suspeito de envolvimento em um roubo que aconteceu em janeiro deste ano em uma agência bancária de Natal, onde ele trabalhava. Na ocasião, o homem afirmou que tinha sido rendido e agredido pelo assaltante.
A prisão foi confirmada no início da tarde pela Delegacia Especializada em Furtos e Roubos (Defur) da Polícia Civil.
Segundo a delegada Daniella Filgueira, mais de R$ 1,3 milhão foram roubados na ação. O dinheiro ainda não foi recuperado. Na casa do suspeito, os policiais também encontraram moedas de ouro que já teriam sido furtadas pelo gerente antes do assalto de janeiro. O crime teria sido planejado para encobrir os demais roubos.
Segundo a delegada, as investigações começaram com base nas imagens do circuito interno de segurança do banco, que foram cedidas à polícia.
Nas imagens divulgadas pela polícia na época do crime, era possível ver um homem entrando e saindo da agência com uma mochila. Outros funcionários relataram, no entanto, que não tinham percebido o crime.
Pouco tempo após a saída do assaltante, funcionários ouviram os gritos do gerente pedindo socorro e o encontraram preso em uma das salas da agência. O Corpo de Bombeiros foi acionado para abrir a sala trancada e libertar o funcionário, que foi levado a um hospital.
Segundo a polícia, no entanto, a cena não passava de uma armação.
“O gerente ali interpreta, ele faz toda uma encenação do que seria um grande roubo quando na verdade era tudo armado, já estava tudo combinado”, afirma.
O crime aconteceu no dia 24 de janeiro, por volta das 15h30, em uma agência do Banco do Brasil localizada na Rua Jundiaí, no bairro do Tirol. No momento do suposto assalto, havia 19 pessoas na agência, sendo 15 bancários, 2 vigilantes e 2 auxiliares de serviços gerais.
Criminoso entrou em agência bancária de Natal e saiu do local com mochila cheia de dinheiro — Foto: Reprodução
Em novembro, em uma operação denominada “Poker Face”, a Defur cumpriu três mandados de busca e apreensão relacionados ao roubo. Durante as diligências, a equipe policial chegou até um homem de 22 anos, que, em depoimento, confessou a participação no crime.
Durante a operação, os policiais apreenderam celulares e notebooks que foram enviados à Polícia Federal, para extração de dados que levaram aos demais suspeitos. Segundo a polícia, o homem que entrou na agência recebeu R$ 10 mil para praticar o roubo.
Além do gerente, uma amiga dele também foi presa. Ela é sogra do suspeito detido em novembro. Ele seria a pessoa que entraria na agência para fazer o assalto. No entanto, as investigações apontam que ele teve medo e acionou um amigo, que, por sua vez, chamou um terceiro para entrar na agência. A filha da amiga do gerente também é alvo da investigação.
Após o roubo, os suspeitos teriam realizado viagens e usado o dinheiro para comprar carros de luxos, entre outros bens.
Ainda segundo a Polícia Civil, a amiga do gerente, que é apontada como mentora do grupo, teria inclusive realizado pesquisas sobre a delegada e o juiz que acompanha o caso para tentar tirá-los da investigação.
Após a Petrobras anunciar na última semana de uma redução de 9,8% do preço do gás de cozinha nas refinarias, o consumidor final do Rio Grande do Norte percebe, desde a última segunda-feira (12), preços mais baixos no botijão de 13 kg do produto.
De acordo com o Sindicato dos Revendedores Autorizados de Gás Liquefeito de Petróleo (Singás/RN), o preço caiu, em média, R$ 2,50 em relação ao que vinha sendo praticado na última semana.
Com a mudança, o produto do botijão de 13 kg, forma mais comum de encontrar o GLP e utilizar para consumo doméstico, está sendo encontrado entre R$ 112 e R$ 115 entre os 750 revendedores que fazem parte do sindicato.
Segundo a Petrobras, conforme divulgado na última semana, a redução “acompanha a evolução dos preços de referência” e busca “equilíbrio dos preços com o mercado”.
A Prefeitura de Currais Novos inicia nesta quinta-feira (15) o programa de Corte de Terra na zona rural do município. De acordo com a Secretaria Municipal de Agricultura, Meio Ambiente e Abastecimento (SEMAAB), serão atendidas cerca de 1.200 famílias em todas as comunidades rurais. A antecipação do corte de terra se dá pelas previsões animadoras para o período chuvoso do início de 2023.
O programa de corte de terra realizado pela Prefeitura oferece melhores condições para que os agricultores tenham chance de uma boa colheita no período de chuvas, e a ação consiste em cortar a terra de modo “seco”, ou seja, com cortes verticais que contribuem para a melhor infiltração da água no solo, já deixando a terra pronta para receber as sementes nas primeiras chuvas.
De acordo com o Secretário da SEMAAB, Lucas Galvão, o trator irá atender cada família por no mínimo 02 horas, e a expectativa é que até o final de fevereiro de 2023 sejam atendidas todas as demandas das comunidades. “Com as boas previsões de inverno, iniciaremos o corte de terra e garantir uma boa colheita para os agricultores, interferindo diretamente na economia do município”, disse Lucas.
O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) deflagrou nesta quinta-feira (15) uma operação para combater o exercício ilegal da Medicina em cidades do interior do Estado. Um médico e dois falsos médicos também são investigados por falsidade ideológica e associação criminosa. O MPRN apura o envolvimento de secretários municipais de Saúde nos crimes.
A operação Curandeiros cumpriu sete mandados de busca e apreensão nas cidades de Upanema, Paraú, Campo Grande, Mossoró, Parnamirim e Triunfo Potiguar. A ação contou com o apoio da Polícia Militar. Ao todo, seis promotores de Justiça, 16 servidores do MPRN e 28 policiais militares participaram da ação.
Entre os investigados, estão profissionais sem cadastro no Conselho Regional de Medicina e até um policial militar que sequer possui alguma formação na área.
Para o MPRN, a investigação comprovou um sistemático e reiterado exercício ilegal da Medicina pelos falsos médicos, com consequências gravíssimas para o funcionamento da saúde pública, atingindo a população menos abastada, que dela depende quase inteiramente para assegurar sua higidez, além de macular a própria credibilidade do Poder Público perante a sociedade.
De proposição do vereador Nivaldo Bacurau, o curraisnovense Carlson Gomes, atual secretário de Obras da capital potiguar, recebeu o título de cidadão natalense nesta quarta-feira (14).
Filho do ex-prefeito Geraldo Gomes, Carlson ocupa desde o início da gestão de Álvaro Dias a equipe de auxiliares e passou a ser, agora, um cidadão natalense de forma oficial.
A Associação de Bares e Restaurantes do Rio Grande do Norte (Abrasel-RN) se juntou a outras entidades do setor produtivo e se posicionou contra a possibilidade de aumento da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). A Abrasel frisou os impactos que a proposta do Governo do Estado para aumentar a alíquota teriam para o setor, que já tem sofrido com a inflação dos produtos alimentícios.
“Para o setor de alimentação, que amargou longos 124 dias de fechamento nos últimos dois anos, os impactos são ainda mais cruéis. As pesquisas realizadas pela Abrasel nos últimos 24 meses apontam com muita clareza os traumas que isso pode acarretar. O setor de alimentação tem sido ainda mais impactado com a inflação, visto que a alta dos alimentos é bem maior que a média inflacionária, tendo produtos da cesta básica aumentado mais que 100% como carnes, óleos e produtos dolarizados”, disse a associação, em nota.
O projeto de lei do Governo foi enviada nessa segunda-feira (12) à Assembleia Legislativa do RN (ALRN) e já tramita no legislativo. O poder executivo justificou o projeto alegando a necessidade de “recompor as perdas de arrecadação”. Por meio de nota, o governo afirmou que a Lei Complementar nº 194, da Presidência da República, provocou ao Rio Grande do Norte perdas de R$ 343 milhões na arrecadação de ICMS de junho ao início de dezembro deste ano. E que o Estado perderia mais R$ 1 bilhão ao longo de 2023, mantendo a alíquota atual.
A pauta entregue aos deputados estaduais objetiva, em linhas gerais, aumentar a alíquota do imposto dos atuais 18% para 20% já em 2023. Conforme o governo, uma das propostas de projeto de lei trata da alíquota modal do ICMS e, neste, um dos principais aspectos é que prevê a redução no percentual do imposto sobre os itens que compõem a cesta básica, dos atuais 18% para 7%.
A Abrasel citou a redução do ICMS sobre o preço dos combustíveis como uma medida positiva para diminuir o quadro de alta na inflação. Temendo efeito em cadeia de um eventual aumento do imposto, a associação afirma que os setores de turismo e serviços, juntamente com o comércio, sofreriam com a efetivação da medida.
“As experiências passadas mostram com clareza que o aumento do ICMS compromete investimentos privados e resulta em diminuição das atividades econômicas, o que paradoxalmente gera queda de arrecadação e consequente redução de postos de trabalho e diminuição do consumo nos setores mais carentes, causado pela alta dos preços”, disse a Abrasel.
Outras entidades Nessa segunda-feira (12), entidades como Fiern (Federação das Indústrias do RN), Fecomércio-RN, Faern (Federação da Agricultura, Pecuária e Pesca do Rio Grande do Norte) e a CDL Natal, após reunião com o governo do Estado, já tinham manifestado em entrevistas à TRIBUNA DO NORTE um descontentamento em relação à medida. Além da Fiern e Fecomércio, participaram da reunião representantes da Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Nordeste (Fetronor), Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL), Associação Comercial e Empresarial (ACRN), Câmara de Dirigentes Lojistas de Natal (CDL Natal), Câmara dos Dirigentes Lojistas de Mossoró (CDL Mossoró), Sindicato do Comércio Varejista de Mossoró (Sindilojas).
Os representantes das entidades representativas do setor produtivo do Estado frisaram impactos danosos que o aumento do ICMS teriam para as pessoas, para os negócios e para a economia potiguar como um todo. Tese essa que foi corroborada pela Abrasel, em nota. “Com reajuste de impostos depois de períodos tão turbulentos da nossa economia é um equívoco [aumentar o ICMS] que poderá gerar o efeito inverso, retraindo a economia do RN, afastando turistas e tirando o acesso dos mais sacrificados a produtos básicos de consumo”, afirmou. “A Abrasel com certeza não ?cará impassível com essa proposta, colocando em campo todas as ações para conter esse aumento”, completou.
A associação tem o receio de o aumento da alíquota gerar perda de competitividade e fazer com que o setor de alimentação não consiga reajustar seus cardápios como deveria. De acordo com a entidade, mais de 75% dos negócios do setor haviam reajustado seus preços abaixo do que deveriam em setembro, com 4% dos estabelecimentos preci?cando seus pratos aumentando a margem de lucro.
Assurn alerta para riscos de medida A Associação dos Supermercados do Rio Grande do Norte (Assurn) também manifestou posicionamento contrário à proposta do Governo do Estado de elevar a base do ICMS de 18% para 22%, a partir de 2023. Em nota, assinada pelo presidente da Assurn, Gilvan Mikelyson, a entidade alerta para os riscos e consequências que a medida ocasionará.
“A entidade vê com grande preocupação a medida, por entender que aumentar essa carga tributária dificultará os negócios de modo geral, trazendo um ônus demasiado que, ao fim, impactará de forma negativa a sociedade potiguar – empreendedores, empregados e os próprios consumidores”, afirma a Assurn.
Ainda na nota, a entidade lembra que “a redução do ICMS dos combustíveis foi adotada como uma das formas para se tentar controlar a inflação, e reforça que anular ou criar uma medida compensatória em um momento onde o setor ainda se recupera dos abalos da pandemia da covid-19, trará consequências significativas para o consumidor final diante do inevitável reajuste nos preços dos produtos”.
Nos últimos meses, segundo a nota, o setor supermercadista tem lidado com dificuldades na tentativa de minimizar os efeitos do aumento dos preços ao consumidor final em virtude da crise econômica e da perda de renda das famílias. “A proposta de elevação da base do ICMS por parte do Governo Estadual agrava ainda mais a situação”, afirma a nota. A entidade também lamenta a “falta de diálogo que encontre soluções para além de reajustes tributários”.
Com uma média de 90 mil doses aplicadas em novembro, a procura por imunização contra a covid-19 disparou no Rio Grande do Norte no mês passado e cresceu cerca de 369% em relação a outubro, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap). Kelly Lima, coordenadora de Vigilância em Saúde da pasta atribui o crescimento, dentre outros fatores, à elevação de casos de doenças respiratórias registradas do mês passado para cá. Segundo ela, a perspectiva é de que a alta procura se mantenha também em dezembro, uma vez que os casos confirmados de covid-19 têm crescido nos últimos dias.
Na última terça-feira (6), conforme divulgado pela Sesap, foi registrado um aumento de 46,33% para as confirmações de covid-19 no RN em relação ao mesmo período imediatamente anterior à data da divulgação. Em números reais, foram 5.224 casos, segundo os dados do período divulgado pela Secretaria na semana passada. De quarta-feira (7) até esta terça-feira (13), de acordo com um levantamento feito pela Tribuna do Norte, a partir dos boletins epidemiológicos emitidos diariamente pela pasta, foram 4.077 confirmações.
A tendência, segundo Kelly Lima, da Sesap, é de aumento dos casos em dezembro e também em janeiro, atribuído, especialmente, ao período de férias. Por isso, afirma, espera-se que a procura por vacina nesses dois meses também se mantenha expressiva. “A Sesap acredita que a tendência de aumento de casos registrada recentemente seguirá até o próximo mês”, explica.
Para evitar uma escalada de casos e prejuízos à rede assistencial, Kelly Maia orienta que a recomendação é o uso de máscaras em ambientes fechados, como prevê o último decreto governamental e a aplicação das doses de reforço. “Em relação à vacina, a gente observa que o aumento na procura deve seguir a mesma perspectiva de novembro também agora, neste mês e ainda em janeiro, se a gente levar em conta o último ano, quando nós tivemos uma procura bastante latente nesses dois meses”, acrescenta Kelly Lima.
A coordenadora de Vigilância em Saúde da Sesap esclarece que a maior parte das buscas registradas em novembro se deu por pessoas que estão com as doses de reforço atrasadas – especialmente a D3 e D4. Os dados divulgados pela Secretaria se referem ao número de vacinas aplicadas entre os dias 1º de novembro e 1º de dezembro.
“Nós observamos um crescimento na procura tanto pela terceira quanto pela quarta dose – de forma mais considerável, pela terceira dose. Além do aumento das síndromes virais e respiratórias, que faz com que as pessoas se sintam mais mobilizadas a buscar proteção, estamos colocando na mídia a importância da aplicação das doses de reforço”, pontua Kelly Lima.
Estado aguarda novas doses do Ministério A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) segue sem previsão de quando receberá novas doses do Ministério da Saúde (MS) para ampliar a imunização de crianças de três a quatro anos de idade. Na edição de ontem da Tribuna do Norte, Kelly Lima indicou que o MS não deu “nenhuma esperança” de recebimento das doses neste ano.
A esta reportagem, a gestora reforçou que não há perspectiva quanto à data de chegada de novas doses. “Não existe nenhum calendário que nos garanta ampliar essa vacinação, nem com o imunizante CoronaVac, nem com a Pfizer Baby [para crianças acima de 6 meses e menores de 3 anos). Por isso, a orientação é segurar as doses para todas as crianças que tomaram a primeira, para que a gente possa completar o sistema vacinal delas”, disse.
De acordo com dados da Sesap, o Ministério da Saúde repassou ao Estado cerca de 16 mil doses em setembro e mais 16 mil em novembro. Segundo a pasta, seriam necessárias ao menos mais 90 mil doses para garantir a imunização deste grupo.
Sem o reabastecimento de imunizantes, grande parte dos municípios potiguares relata insuficiência na quantidade de doses. No entanto, ainda não se sabe ao certo o número exato e quais municípios relatam falta de vacina. O Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do RN (Cosems) informou que é necessário buscar os dados município por município, o que ainda não foi feito.
A TRribuna do Norte procurou a Secretaria de Municipal de Saúde de Natal (SMS) para saber como está a situação nas Unidades Básicas de Saúde em relação aos imunizantes para crianças. “Só aplicamos as doses que recebemos. Assim que recebermos, elas serão aplicadas”, limitou-se a responder a pasta, sem informar como estão os estoques e administração das doses.
Na outra ponta, a Sesap e as gestões municipais pactuaram na semana passada a ampliação da campanha de vacinação para idosos, com a implementação da quinta dose (D5), a chamada terceira dose de reforço, para esse público-alvo. De acordo com a pasta, foram distribuídas 59,1 mil doses para os 167 municípios potiguares. Ao todo, segundo Kelly Lima, são 250 mil pessoas acima dos 60 anos aptos a tomar a D5.
“A distribuição das doses já aconteceu a contento e a ideia é que a gente consiga avançar com essa vacinação o quanto antes”, destacou a coordenadora de Vigilância em Saúde da Sesap. A decisão foi tomada pela Secretaria e pelos municípios a partir do atual cenário epidemiológico da covid-19 no Estado e da possível sazonalidade da doença e outros fatores.
Até esta terça-feira, com o avanço do número de confirmações, o Rio Grande do Norte registrava 575.909 casos de covid-19 e 8.589 óbitos em razão da doença, sendo oito mortes nos últimos sete dias, três a menos do que igual período anterior, quando foram registrados 11 óbitos pela doença.
Novo lote O governo federal recebeu, na madrugada de hoje (13), um lote de 1,4 milhão de doses de vacinas contra covid-19. Os imunizantes, do tipo bivalente, protegem contra a variante Ômicron original e a variante BA1.
As vacinas vão passar por avaliação e análise do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde e serão distribuídas após divulgação de nota técnica pelo Ministério da Saúde, com orientações sobre aplicação e público-alvo.
Pelas redes sociais, o ministério registrou a chegada do carregamento de vacinas com um vídeo curto: “Chegou, nesta madrugada, mais um lote de vacinas bivalentes contra a covid-19. Os imunizantes ficam disponíveis para os brasileiros menos de um mês após a aprovação para uso emergencial pela Anvisa.” O governo brasileiro já encomendou, junto a farmacêutica Pfizer, imunizantes adaptados às variantes Ômicron BA4 e BA5. A previsão é que cerca de 9 milhões de doses bivalentes já estejam à disposição até o dia 19.
Vacinas bivalentes são aquelas já atualizadas em relação às mutações do vírus e protegem também contra suas variantes.