Inserida no cronograma da Operação Verão do Estado, a ‘Campanha Praia Segura 2023’ do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio Grande do Norte (CBMRN) foi finalizada neste sábado (21) com um balanço positivo. A ação, que completou dez anos nesta edição, teve como intuito conscientizar e alertar turistas e veranistas sobre acidentes de trânsito, afogamentos e desaparecimentos de crianças nas praias.
Especialmente em janeiro deste ano as ações foram realizadas no feriado de Santos Reis em Natal e em três fins de semana, com registros de quase 20 mil orientações em todo o Rio Grande do Norte. Como nos anos anteriores, as ações educativas foram divididas em três vertentes: Blitz Educativa (Pium, Tibau e no trevo das Estivas, em Extremoz), Criança a Vista, e Turista Legal. Na ocasião, foram distribuídos panfletos com dicas de segurança no trânsito e nas praias, pulseiras de identificação para crianças, além de abordagens a turistas em hotéis e pousadas da cidade. Mesmo após o fim da campanha, as atividades preventivas no litoral continuarão intensificadas.
Representando o coronel Luiz Monteiro Júnior, comandante-geral do Corpo de Bombeiros do RN, o coronel Josenildo Acioli, subcomandante-geral do CBMRN, agradeceu a todos os envolvidos na campanha e elogiou a integração no trabalho preventivo entre os órgãos envolvidos.
A Campanha Praia Segura 2023, iniciativa do Comando Geral do CBMRN, foi fruto da integração da Secretaria de Segurança Pública do Estado (SESED), Corpo de Bombeiros Militar do RN, Polícia Militar (CPRE), Hospital Rio Grande, Cruz Vermelha Filial RN, Idema, Polícia Rodoviária Federal (PRF), Detran-RN, SAMU RN e Secretaria de Estado do Turismo (SETUR).
No mundo cada vez mais digital, ainda há uma grande dificuldade para que estudantes de escolas públicas, tenham acesso ao conhecimento sobre tecnologia. A inclusão de disciplinas do gênero na grade curricular foi vetado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Política Nacional de Educação Digital, sob o argumento de que há a necessidade de passar antes pelo Ministério da Educação e pelo Conselho Nacional de Educação. Enquanto esse debate não acontece, a rede pública sequer tem internet disponível na totalidade de suas escolas. No Rio Grande do Norte, 39 sequer tem sinal de internet e em 68,9% falta laboratório de informática.
Os dados, disponibilizados pela Agência Nacional de Telecomunicações no painel de conectividade das escolas, apontam que, das 2.794 (1.585 na área urbana e 1.209 na área rural), há 1.925 (68,9%) sem laboratório de informática. Os números incluem a rede de ensino pública de competência federal, estadual e municipal.
Da rede federal, todas as 26 têm internet e laboratórios de informática. A maioria que sofre com a deficiência de acesso às tecnologias, a começar pela dificuldade de acessar a rede mundial de computadores, está na abrangência dos municípios. São 39, estando 35 na área rural, que sequer dispõem de sinal de internet. Outras 1.691 não têm laboratório de informática.
Nas estaduais, todas as unidades aparecem com sinal de internet, mas 234 (39,9%) ainda necessitam de um laboratório, ambiente adequado para aulas sobre conhecimentos digitais.
A Secretaria de Estado da Educação, da Cultura, do Esporte e do Lazer (SEEC) informou que está trabalhando para ampliar os espaços de informática em suas unidades de ensino. “Prova disso é que está em fase de licitação o projeto de levará internet de banda larga, isto é, de alta velocidade, para todas as unidades de ensino. Trata-se do Geração Conectada, um dos eixos do Programa Nova Escola Potiguar, que prevê a realização de programas pedagógicos com foco na inovação e no uso das TICs (tecnologias de informação e comunicação)”, disse em nota.
De acordo com a pasta, serão adquiridos equipamentos (notebooks, computadores de mesa, periféricos), além do citado sinal de banda larga, para todas as escolas da rede estadual. Para a compra de equipamentos e alinhamento de ações serão investidos R$18 milhões.
O esforço é para incluir os alunos na era digital e prepará-los para as inovações tecnológicas, mas ainda há um longo caminho a ser percorrido. Para o professor Dennys Leite Maia, da área de Tecnologia Educacional, vinculado ao Instituto Metrópole Digital (IMD), não existe a necessidade de todas as pessoas aprenderem a programar e desenvolver software, por exemplo, mas, sim, de desenvolver habilidades informacionais e competências relacionadas ao mundo digital, porque esse campo deve ampliar possibilidades, como as de emprego.
“Se pensar em ferramentas mais simples, não necessariamente no sentido que as pessoas agora vão ter que aprender a programar e dominar diferentes linguagens de programação mas, sim, cada vez mais fazer tratamento apurado de informação, ter noções de pensamento computacional, eu acho que é é um caminho que vai se tornar sem volta”, avalia o professor.
Neste sentido, a robótica aparece como um dos elementos desse conjunto de competências e habilidades necessárias para o desenvolvimento dos estudantes. A robótica é o ramo educacional responsável pela tecnologia em máquinas, computadores, softwares e sistemas, com controle mecânico e automático.
“É uma possibilidade interessante, na perspectiva de usar essas tecnologias em que o aluno seja protagonista do início ao fim. Eu acho que o aluno tem que projetar as soluções para o problema que é apresentado a ele para que mobilize esse conhecimento de programação, da prototipação do design do robô e da solução do problema”, explica o professor, que coordena o Programa de Pós-graduação e Inovação em Tecnologias Educacionais (PPgITE) da UFRN.
O Potyguar conquistou importante resultado na luta pela classificação. O clube de Currais Novos empatou em 1×1 contra o Potiguar nesta tarde e permanece em segundo em sua chave.
Os gols foram marcados por Romeu para o Potiguar e Felipinho para o Leão.
O próximo compromisso do Potyguar é contra o Globo na quarta. O duelo será disputado em Currais Novos.
A Barragem Marechal Dutra, mais conhecida como Açude Gargalheiras, localizada no município potiguar de Acari, foi oficialmente reconhecida como patrimônio cultural, histórico, geográfico, paisagístico, ambiental e turístico do Rio Grande do Norte.
A lei confirmando o reservatório hídrico na lista de patrimônios culturais foi publicada no Diário Oficial do Estado neste sábado (21). O decreto foi assinado pela governadora Fátima Bezerra (PT).
Localizado próximo à cidade de Acari, o açude Gargalheiras é o quarto maior reservatório do Rio Grande do Norte. Construído na década de 1950, a obra do reservatório aproveitou as características geomorfológicas das serras das Cruzes e do Pai Pedro.
Segundo dados da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), o açude hoje está com 10,97% do volume total. Isso representa 4,8 milhões de metros cúbicos de água.
O relevo da região é composto por serras, e á cortado pelo Rio Acauã, que forma o gargalo (Gargalheiras) aproveitado no barramento das águas fluviais para o abastecimento da região neste que é o principal açude da região Seridó potiguar. Ainda hoje existe uma comunidade remanescente da época da construção da barragem, quando foi construída uma pequena vila para os trabalhadores. Recentemente, o local foi utilizado nas filmagens do filme “Bacurau”.
Os interesses principais do geossítio são o geomorfológico, o hidrológico e o petrológico. Pode-se elencar um valor nacional para o local.
Veja a o texto da lei:
LEI Nº 11.365, DE 20 DE JANEIRO DE 2023 Reconhece como patrimônio cultural, histórico, geográfico, paisagístico, ambiental e turístico do Rio Grande do Norte, a Barragem Marechal Dutra – Açude Gargalheiras. A GOVERNADORA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE: FAÇO SABER que o Poder Legislativo decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º Fica reconhecida como patrimônio cultural, histórico, geográfico, paisagístico, ambiental e turístico do Rio Grande do Norte, a Barragem Marechal Dutra – Açude Gargalheiras, localizada no município de Acari, no Estado do Rio Grande do Norte. Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Palácio de Despachos de Lagoa Nova, em Natal/RN, 20 de janeiro de 2023, 202º da Independência e 135º da República
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou nesta quinta (19) a restrição e o recolhimento de quatro pomadas capilares para modelar tranças. Ao todo, a venda de 11 pomadas modeladoras está suspensa.
De acordo com a Anvisa, os produtos são alvo de investigação por parte da própria agência reguladora e dos órgãos de Vigilância Sanitária locais devido a relatos de pacientes sobre a ocorrência de eventos adversos graves após o uso. Todos esses produtos podem oferecer risco à saúde. Confira a lista:
A Anvisa explica que a interdição do produto é uma medida cautelar que visa proteger a saúde da população em caso de risco à saúde e que permanece vigente enquanto são realizados testes, provas, análises ou outras providências são requeridas para investigação mais aprofundada do caso.
O que fazer se tiver adquirido o produto
No caso de o consumidor ter um dos produtos em casa, a recomendação é que não o utilize e entre em contato com a empresa para verificar a forma de devolução.
Se o produto já tiver sido usado, em caso de qualquer efeito adverso, o conselho da agência é procurar imediatamente o serviço de saúde e informar a Anvisa pelas páginas de cidadão e profissional que maneja o produto ou de empresas e profissionais da saúde.
Uma enorme nuvem com um formato inusitado chamou a atenção dos moradores da cidade de Bursa, no noroeste da Turquia, nessa quinta-feira (19/1). A imagem, que viralizou nas redes sociais, mostra uma nuvem com uma formação semelhante a um objeto voador não identificado (ovni).
Chamada de nuvem lenticular e vista principalmente em regiões montanhosas, o fenômeno é formado quando o ar estável e úmido flui sobre obstáculos como cordilheiras e montes, se condensa e ganha uma aparência semelhante a um ovni.
Nuvens lenticulares são encontradas normalmente em alturas entre 2.000 e 5.000 metros de altitude. A nuvem quase circular, que apareceu ao nascer do sol e apresentava um grande buraco no meio, permaneceu intacta por cerca de uma hora no céu de Bursa.
De uma diversidade imensa de riquezas minerais, Currais Novos é reconhecida como a “capital da Scheelita”, e é nesta perspectiva de fortalecer e desenvolver o setor mineral na região que o IFRN implantou o Centro de Tecnologia (CT) Mineral, que vem sendo ampliado e conquistado importantes recursos federais via emendas parlamentares, para incrementar os serviços prestados à diversos setores econômicos como a indústria.
O prefeito Odon Jr, a Vice-Prefeita Ana Albuquerque, e vereadores, receberam a visita da Senadora Zenaide Maia, que destinou emenda para a construção do Centro de Gemologia e Lapidação no CT Mineral de Currais Novos, espaço que será um dos mais importantes para o setor no país. Além da construção, a Senadora destinou cerca de R$3 milhões para a aquisição de equipamentos.
A arrecadação de royalties de petróleo no Rio Grande do Norte – somados os valores referentes ao Estado e aos Municípios – cresceu 77,3% entre 2019 e 2022, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Em 2019, a soma das receitas estadual e municipais, decorrentes da arrecadação dos royalties somava R$ 397.795.028,66 e foi a R$ 705.318.023,19 no ano passado. Para o secretário executivo da Associação Brasileira de Produtores Independentes de Petróleo e Gás Natural (ABPIP), Anabal Santos Júnior, a chegada das empresas independentes à Bacia Potiguar, aliada à alta do preço do barril (em dólar) e do câmbio, são fatores que impulsionaram o aumento das receitas.
Segundo ele, desde que as empresas independentes chegaram ao RN, em dezembro de 2019, já foram investidos R$ 1,5 bilhão na recuperação de poços. A aplicação do capital acontece após a venda dos ativos da Petrobras. “A produção, a meu ver, é o principal fator de aumento de arrecadação do RN, ligado à disponibilidade de as empresas fazerem investimentos. Outra conjuntura importante é que, apesar da redução da alíquota de royalties, ou melhor, por causa dela, é que há esse aumento. Parece um contrassenso, mas não é. Quanto maior a alíquota, mas o investimento é inibido”, afirma.
A redução da alíquota de royalties a que se refere Santos Júnior foi aprovada pela ANP no início de 2022, como forma de democratizar à exploração de petróleo no território brasileiro. “O RN contempla muitas empresas pequenas e médias, então, os efeitos da medida da ANP se comprovam na prática”, aponta o secretário da ABPIP. O presidente da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte, Luciano Santos, explica que a exploração dos poços por novas empresas tem aumentado o volume de petróleo extraído
“Os pequenos produtores, que extraíam cerca de 4 mil barris por ano em 2019, passaram a extrair 16 mil barris em 2022. Cabe ressaltar que esses pequenos produtores são responsáveis por cerca de 42% de toda a produção norte-rio-grandense”, destaca Santos, que também remete a boa arrecadação e produção, ao aumento do preço médio do barril. “Em 2019, o valor [do barril], que era cerca de US$ 60, passou a US$ 110, em 2022”, descreve.
Gutemberg Dias, presidente da Redepetro RN, concorda: “No último ano nossa produção melhorou e ficou em torno de 39 mil barris/dia. O preço do barril também impactou muito, assim como a Guerra da Ucrânia. O barril, por exemplo, chegou a patamares bem baixos durante a pandemia e, depois, com a retomada da produção mundial, o petróleo sobe, puxado pelo conflito na Europa”, comenta Dias.
De acordo com a ANP, em novembro de 2021, a produção de petróleo no RN estava em 37.436 mil barris/dia. Já no ano passado, no mesmo mês, o volume foi a 39.482 mil barris/dia, um aumento de 5,46% no período. “Para esse aumento, temos que observar que algumas empresas independentes produzem mais do que a Petrobras. Mas é algo escalonado, que cresce aos poucos”, observa Gutemberg Dias.
De acordo com ele, o Polo Potiguar, que ainda não conta com a operação de uma empresa independente, é motivo de grande expectativa. “O Polo responde por mais de 20 mil barris de produção no Estado. Já tivemos um incremento quando os produtores independentes assumiram alguns campos e acreditamos que outras áreas têm uma possibilidade muito grande de ampliação [com o Polo] e o RN dará um salto em na produção”, prevê o presidente da Redepetro.
O Campus Currais Novos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte sediará a 6ª Semana de Ciência, Tecnologia e Extensão do IFRN, encontro que reunirá entre os dias 04 e 06 de outubro cerca de 3.500 inscritos na extensa programação da mostra tecnológica, simpósios, entre outros eventos que fazem parte deste que é um dos maiores eventos educacionais do Estado.
Na manhã desta quarta-feira (18), o Prefeito Odon Jr se reuniu com o diretor do campus local do IFRN, Andreilson Oliveira, e equipe do instituto que participa da organização do evento, para afirmar o compromisso do município com a realização da semana tecnológica. O secretário municipal de turismo, David Narwith, e a coordenadora da SEMTUR, Fátima Souza, também participaram da reunião.
A SECITEX de 2023 tem como tema central “O salto científico e tecnológico pós-pandemia”, e é um evento importante onde se mostra o que se produz no ensino, pesquisa e extensão dos Institutos Federais do Estado, e é aberta para todos os alunos, pesquisadores, extensionistas e demais pessoas que se interessarem pela programação, quer como apresentadores ou ouvintes credenciados, quer como visitantes, especialmente alunos da rede estadual e municipal de ensino.
O local de maior viabilidade técnica à instalação do porto-indústria é o município de Caiçara do Norte, no litoral norte do Rio Grande do Norte, conclui o estudo desenvolvido por pesquisadores da UFRN, cujo relatório foi apresentado à governadora Fátima Bezerra nessa quinta-feira 19. O Governo do Estado, em parceria com a Universidade Federal do RN (UFRN), numa ação inédita, investiu na contratação dos estudos para balizar uma tomada de decisão técnica. O porto-indústria é um equipamento essencial à viabilidade de projetos para exploração de energia eólica offshore (no mar) e a exportação de diversos outros produtos, entre eles o hidrogêni o verde (H2V).
Os estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental apontam o município de Caiçara do Norte como a região que melhor responde aos critérios de área para a instalação desse equipamento no Rio Grande do Norte. O professor Mario Gonzalez, do Departamento de Engenharia da Produção da universidade, coordenou o estudo. Os dados apontam que apenas, na primeira fase de operação do Porto, podem ser gerados ao menos 50 mil empregos no estado.
O estudo de viabilidade é uma condição essencial para a tomada de decisões, seja do ponto de investimentos públicos, ou na busca por potenciais investidores privados. “A transição energética é uma agenda irreversível, e acho que o Rio Grande do Norte não pode perder essa oportunidade. Vai ser muito desafiador, mas não vamos nos acomodar, temos que ter ousadia para pensar no melhor, primeiro para o povo do Rio Grande do Norte, depois para no que isso vai projetar o Brasil”, enfatiza a governadora dizendo que “é papel nosso pensar nas gerações futuras”.
Fátima Bezerra autorizou o início do EIA/RIMA, que é o estudo e relatório ambiental, dando, assim, continuidade aos estudos técnicos para a construção do porto-indústria em Caiçara do Norte, que, segundo o relatório técnico, terá condições de começar a funcionar em meados de 2026.
A perspectiva de 50 mil empregos gerados ainda no início da operação do empreendimento. Ou seja, na primeira fase (de 1 a 4 anos), se dá “porque na primeira fase já teremos o cais, uma retroárea definida, a fabricação de peças e componentes, indústrias instaladas de operação e manutenção, que gera muitos empregos, porque são serviços. Portanto, já estará funcionando”, esclarece Hugo Fonseca, coordenador do Desenvolvimento Energético da Secretaria do Desenvolvimento Econômico (Sedec).
Para a chefe do Executivo estadual, a construção do porto-indústria permite bem mais que a geração de empregos. Com a construção do porto-indústria, o Rio Grande do Norte assume o protagonismo da transição energética no país, avançando na produção de energia sustentável. Com a finalidade principalmente de produzir energia no mar (offshore) e hidrogênio verde (considerado o combustível do futuro), o porto também tem expectativas de trabalhar com diversos outros setores econômicos, como fruticultura, sal, mineração, pesca, óleo e gás, e também de energia eólica, fortalecendo a industrialização do estado. Dada a grandeza e importância do projeto, a governadora Fátima Bezerra afirmou que levará a agenda para o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França.
“Devido ao alto potencial do estado para geração de energia de fontes renováveis, e a tendência mundial para a prática da ‘economia verde’ em todos os setores econômicos, o porto-indústria do RN deveria ter a denominação de Porto-Indústria Verde”, afirma o professor Gonzalez. O conceito de “energia verde” é aquele que trabalha com geração de energia sem grandes impactos ambientais por meio de fontes sustentáveis.
“Os portos dos países mais desenvolvidos estão trabalhando para se transformar em ‘verdes’. Mas aqui já podemos nascer ‘verdes’, dentro dessa perspectiva”, afirma o professor, destacando que um porto-indústria também tem a função de fabricar, armazenar mercadorias, além de preparar mercadorias, por exemplo, para instalação de parques eólicos, como também para movimentar cargas.
O estudo
O estudo contratado pelo Governo do Estado e desenvolvido pela UFRN já havia apresentado resultados como o Atlas Eólico e Solar do Rio Grande do Norte e o Hub de Serviços para eólica onshore (em terra) e offshore (no mar). Além desses, o Estudo de Alternativa Técnica e Locacional para Infraestrutura de Transmissão Offshore e o Programa Norte-rio-grandense de Hidrogênio Verde também fazem parte da proposta mais ampla, que é o porto-indústria verde, um projeto de desenvolvimento econômico e sustentabilidade energética no Rio Grande do Norte. Todos esses estudos técnicos dão segurança às empresas que já apontam seu interesse no setor visando instalar-se no estado, sinalizando adequadamente para o investidor, criando um ambiente de confiança para o investimento e a Parceria Público Privada (PPP).
“Esse projeto não chegou de paraquedas. Ele começou em 2019 e faz parte de uma carteira de projetos que a gente considera estratégica em setores importantes, e que tem essa característica de sustentabilidade”, afirma Hugo Fonseca.
O estudo de viabilidade técnico-econômica-ambiental apresentado nessa quinta-feira (19) à governadora e para gestores e técnicos dos órgãos do Estado, como do IDEMA e da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, contou com profissionais de diversas áreas, como de análise econômica e financeira, biologia e oceanografia, geologia marinha e ambiental, engenharias, assim como de logística e infraestrutura portuária, entre outros, contando, inclusive, com acadêmicos de universidades do Reino Unido e da Dinamarca.
O projeto está dividido em várias fases, e a fase atual, que é a fase um, foi justamente esse estudo de viabilidade, onde foi atestado que o projeto pode seguir adiante, o que foi autorizado pela governadora através da determinação do início do EIA/RIMA.
Além de avaliar a localização geográfica, que culminou na escolha de Caiçara do Norte como local ideal, o estudo apresentou um plano estratégico para operacionalização do porto-indústria e o desenvolvimento de sua cadeia produtiva e industrial.
Os benefícios do empreendimento para o Rio Grande do Norte são inúmeros, a começar pelo fortalecimento da industrialização do estado e pela geração de empregos e capacitação de mão de obra. Sem falar nos benefícios fiscais e econômicos, na redução do custo logístico e na melhoria da infraestrutura logística marítima, além da maior competitividade no setor de energias renováveis, no qual o Rio Grande do Norte já assume protagonismo como líder nacional.
Também participaram da reunião o vice-governador, Walter Alves; o diretor-geral do IDEMA, Leon Aguiar; os secretários de estado e os adjuntos das secretarias de Desenvolvimento Econômico (SEDEC), Jaime Calado e Sílvio Torquato, e de Agricultura, da Pecuária e da Pesca (SAPE), Guilherme Saldanha e Davi Soares; o Procurador-Geral do Estado e o Procurador-chefe da PGE, Antenor Roberto e José Marcelo, respectivamente; o chefe de gabinete da Secretaria de Planejamento (SEPLAN), Flaubert Torquato; e a subsecretária de Política e Gestão Turística da Secretaria de Turismo (SETUR), Solange Portela.