Mudanças climáticas e savanização da Amazônia irão impactar populações pelo calor

O desmatamento em grande escala da Floresta Amazônica associado às mudanças climáticas aumentará o risco de exposição ao calor extremo.

Esses níveis de calor, que serão fisiologicamente intoleráveis ao corpo humano, afetarão profundamente regiões onde residem populações altamente vulneráveis, segundo estudo publicado hoje pelos pesquisadores Beatriz Alves de Oliveira, da Fiocruz; Marcus Bottino e Paulo Nobre, ambos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe); e Carlos Nobre, do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA/USP). Trata-se da primeira análise dos impactos combinados do desmatamento e das mudanças climáticas na saúde humana.

Segundo os resultados do estudo Desmatamento e mudanças climáticas projetam aumento do risco de estresse térmico na Amazônia Brasileira, existe um limite de desmatamento da Amazônia que impactará a sobrevivência da espécie humana. Esse limite é acompanhado por um “efeito extremo na saúde” que deixará, até 2100, mais de 11 milhões de pessoas da região Norte do Brasil expostas ao risco extremo de estresse térmico, quando teremos atingido os limites de adaptação fisiológica do corpo humano devido ao desmatamento. Em outras palavras, não seremos capazes de manter nossa temperatura corporal sem adaptação.

Os pesquisadores enfatizam a necessidade urgente de medidas coordenadas para evitar efeitos negativos sobre as populações vulneráveis. “Os efeitos locais das mudanças no uso da terra estão diretamente ligados às políticas e estratégias de sustentabilidade das florestas, e as mudanças nessas áreas estão ao alcance da sociedade. Nessas áreas, o setor de saúde poderia ser um importante motivador na formulação de políticas integrativas para mitigar o risco de estresse térmico e a redução da vulnerabilidade social”, afirma Beatriz Oliveira, pesquisadora da Fiocruz Piauí.

Desmatamento e aumento da temperatura corporal

Sob condições ambientais desfavoráveis que incluem alta exposição à temperatura e umidade, as capacidades de resfriamento do corpo são enfraquecidas, resultando em aumento da temperatura corporal. A exposição sustentada a tais condições pode ocasionar desidratação e exaustão e, em casos mais graves, tensão e colapso das funções vitais, levando à morte. Além disso, o estresse causado pelo calor pode afetar o humor, os distúrbios mentais e reduzir o desempenho físico e psicológico das pessoas.

“As condições extremas de calor induzidas pelo desmatamento podem ter efeitos negativos e significativamente duradouros na saúde humana. Precisamos entender globalmente que se o desmatamento continuar nas proporções atuais, os efeitos serão dramáticos para a civilização. Essas descobertas têm sérias implicações econômicas que vão além dos danos às lavouras de soja”, afirma Paulo Nobre, do Inpe.

No Brasil, os efeitos combinados do desmatamento e das mudanças climáticas já estão sendo relatados com base em dados observacionais, com os valores de aquecimento mais extremos relatados em grandes áreas desmatadas de 2003 a 2018.

Nas modelagens climáticas realizadas pelos pesquisadores, a combinação de mudança no uso da terra e aquecimento global pode ampliar ainda mais os riscos ocupacionais. Além disso, fatores induzidos pelo homem responsáveis pela savanização da Amazônia, como aumento do número de incêndios florestais, bem como expansão de áreas agrícolas e atividades de mineração, tendem a impulsionar o crescimento desordenado e um processo de urbanização não planejado, com falta de infraestrutura sanitária básica e trabalho informal mais frequente. Esses fatores estão associados ao processo de desmatamento e ao aumento da desigualdade e da vulnerabilidade, que atuam em sinergia com os efeitos das mudanças climáticas, aumentando ainda mais a demanda por serviços de saúde e proteção social na região da Amazônia brasileira.

Impacto na economia

Os resultados do estudo mostram que os efeitos serão em escala regional, com os maiores impactos diretos na região Norte do país. Do total de 5.565 municípios brasileiros, 16% deles (30 milhões de pessoas) sofrerão impactos por estresse térmico com a savanização da Floresta Amazônica. Da população impactada, 42% residem em municípios da Região Norte, que apresenta baixa capacidade de resiliência e alta vulnerabilidade social. Nesta região, aproximadamente, 12 milhões de pessoas poderão ser expostas ao risco extremo de estresse por calor até 2100. Com a savanização da Amazônia e as limitações na capacidade de adaptação da Região Norte do Brasil, a população dessa área poderá viver em condições precárias de sobrevivência, impulsionando efeitos como a migração em massa, afirmam os autores.

Além disso, o aumento da exposição ao estresse térmico poderá impactar várias áreas da economia, com redução da produtividade do trabalho, uma vez que os trabalhadores estarão expostos a condições térmicas fatais. No Brasil, os trabalhadores ao ar livre já estão expostos ao estresse térmico, e as projeções apontam para um aumento da exposição a alto risco nas próximas décadas. O aumento de 1,5°C na temperatura média global, com base nas projeções dos modelos climáticos dos pesquisadores, poderá representar 0,84% das perdas de jornada de trabalho até 2030, o equivalente a 850 mil empregos de tempo integral, principalmente nos setores agrícola e de construção civil – na agricultura, o alto risco associado ao trabalho intenso e à sobrecarga térmica já foi observado entre os cortadores de cana-de-açúcar.

Nas estimativas dos pesquisadores não foi considerado o crescimento populacional ou mudanças na estrutura demográfica ou expectativa de vida. Assim, os resultados expostos no estudo refletem os efeitos isolados da mudança climática e da savanização e podem ser interpretados para representar os efeitos que seriam observados se a população atual fosse exposta às distribuições projetadas de estresse térmico. Já a vulnerabilidade da população exposta foi avaliada por meio do Índice de Vulnerabilidade Social (IVS) dos municípios brasileiros. Este índice é baseado em 16 indicadores que refletem fragilidades no sistema de saúde e educação (capital humano), infraestrutura urbana e renda e trabalho.



Campanha Quanto Antes Melhor alerta para prevenção ao câncer de mama

© Divulgação/Sociedade Brasileira de Mastologia

O prolongamento da pandemia de covid-19 e a redução da procura de serviços médicos por parte das mulheres têm preocupado especialistas da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM). Segundo a entidade, houve queda de 70% na presença de mulheres nas unidades hospitalares.

No Outubro Rosa, mês de conscientização sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama, a entidade reforça a importância da realização de exames preventivos e visitas regulares ao médico.

A campanha Quanto Antes Melhor chama a atenção para a necessidade de adoção de um estilo de vida que inclua a prática de atividades físicas e uma alimentação saudável, minimizando riscos não só do câncer de mama, como de muitas outras doenças. Outra mensagem-chave da entidade diz respeito ao início imediato de tratamento, logo após o diagnóstico, aumentando a sobrevida e chances de cura da paciente.

O presidente da SBM, o médico mastologista Vilmar Marques, alerta que o atual contexto requer muita atenção devido ao quadro pandêmico que reduziu a procura e a realização de exames preventivos.

De janeiro a julho de 2020, o número de mamografias realizadas caiu 45% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo pesquisa da Rede Brasileira de Pesquisa em Câncer de Mama, em parceria com a SBM.

“Mastologistas da SBM em todo o Brasil monitoraram essa movimentação que, certamente, variou de região para região, porém em todo o território nacional houve queda na procura por exames preventivos e tratamento”, afirma Marques.

O especialista alerta que as consequências da redução do rastreamento no último ano não são boas. “O câncer não espera. As mulheres que deixaram de realizar os exames preventivos correram e correm o risco de, se diagnosticadas, terem avançado na doença, pois de um modo geral, o tumor demora cerca de 10 anos para atingir um centímetro, porém, a partir daí a cada 6 meses tende a dobrar de tamanho, avançando muito rapidamente, claro, tendo suas especificações de tipo de câncer”, alerta.

Por isso, o diagnóstico precoce é tão importante. “Insistimos na mensagem do diagnóstico precoce porque realmente ele é determinante para a paciente e suas chances de passar por tratamento e cirurgias menos invasivas, além da real chance de cura. No Brasil, cerca de 25% a 30% dos cânceres de mama são diagnosticado em estágio avançado”, afirma o médico.

Para ele, a crise econômica causada pela pandemia, que levou muitas famílias a abandonarem seus planos de saúde, é um dos um dos motivos pela baixa procura nos exames, mas não o principal. “Este é um dos fatores, mas não o principal. O principal foi o isolamento social, sem dúvida alguma”.

Ele lembra que, além do Sistema Único de Saúde (SUS), as mulheres podem fazer os exames de forma gratuita nas instituições filantrópicas como as Santas Casas e outras entidades assistenciais.

“Compreendemos a nossa impotência diante da pandemia e do isolamento social que foi necessário em certo período. Mas, agora, com o avanço da vacinação, é primordial que não só seja retomada a rotina de tratamento, como acelerada. Quanto antes retomar, melhor”, alerta o mastologista.

Confiança na cura

A costureira Maria Gorete da Costa Majewski conta que sempre foi muito cuidadosa com a sua saúde. Por isso, apesar da pandemia, não deixou de fazer as consultas e os exames de rotina. Foi numa dessas consultas que ela descobriu o câncer de mama, aos 61 anos.

“Havia feito a mamografia em setembro de 2020 e meu médico me deu o pedido para fazê-la novamente no começo deste ano. Fiz na primeira semana de março. Quando levei para o meu ginecologista, notei que o semblante dele ficou diferente ao verificar as imagens. Ele é meu médico há 34 anos e me encaminhou para uma mastologista de confiança. Na mesma semana consegui marcar a consulta e levei a mamografia para ela ver. A partir daí começou a minha luta, fiz diversos exames, até chegar na biópsia que constatou o linfoma muito invasivo.”

Maria Gorete da Costa Majewski
Maria Gorete da Costa Majewski – Maria Gorete da Costa Majewski/Arquivo pessoal

Ela acredita que ter mantido os exames de rotina em dia, apesar da pandemia, a ajudou a descobrir logo a doença. “Mesmo estando numa pandemia não deixei de fazer meus exames de rotina, foi minha sorte. Quando soube do resultado da biópsia, a primeira reação é de questionar: por que eu que sempre faço meus exames em dia estou com esta doença? Mas, depois, mais calma, aceitei que não sou melhor que ninguém, vou enfrentar essa doença. Em nenhum momento tive medo de começar o tratamento por estarmos em uma pandemia, só pensei que precisava me livrar dessa doença.”

Maria Gorete fez uma cirurgia e segue com o tratamento. “A mesma mastologista que me acolheu desde o início fez a minha cirurgia. O linfoma tinha seis milímetros. Estou fazendo quimioterapia branca, são 12 sessões e já fiz dez, faço toda sexta-feira e a cada 21 dias tomo uma vacina. Quando acabar as quimioterapias, iniciarei as sessões de radioterapia que serão 15, de segunda a sexta. O tratamento é longo, não é fácil, acho que o pior, para mim, foi quando tive que raspar minha cabeça, estou careca, usando touca o dia todo, não consigo me ver sem cabelo o dia todo, consegui uma peruca numa ONG, mas não é a mesma coisa que ter o nosso cabelo.”

A costureira, que mora em Belo Horizonte, aconselha a todas que estão começando ou já fazem tratamento a não pensar no lado negativo. “É uma fase ruim que iremos vencer, não descuide da saúde, se alimente direito, viva um dia de cada vez, sem pensar no pior, somos fortes.”

Ela ainda faz um alerta para quem deixou de ser cuidar durante a pandemia. “O câncer parece que veio com força total na pandemia, muitas pessoas não estão se cuidando, fazendo os exames de rotina. Não foi o meu caso porque sou muito taxativa quando se trata de saúde e, mesmo assim, estou enfrentando a doença. Espero poder ajudar a alertar as pessoas que não estão se cuidando.”

Rastreamento seguro

Para quem ainda não fez exames de rotina desde o início da pandemia e continua com receio de se expor aos ambientes clínicos e hospitalares, o presidente da SBM reforça que os locais estão aptos a atender as pacientes de forma segura.

“Todo o atendimento, seja no consultório, seja nas unidades hospitalares e centros cirúrgicos, está sendo realizado seguindo todos os protocolos sanitários e de segurança, respeitando rigorosamente as medidas de higienização que garantam a integridade de pacientes e equipe médica”.

Para quem acha que o autoexame é suficiente, o especialista afirma que ele é importante, mas deve ser associado ao exame clínico. “Conhecer o corpo é de extrema importância para qualquer indivíduo, principalmente, a mulher. O autoexame possibilita você se conhecer, porém ele não basta. O exame clínico realizado pelo mastologista somado aos exames de imagem, dentre eles, a mamografia, que é o mais eficaz para detectar o câncer de forma precoce, são insubstituíveis”.

Fatores de risco

A SBM informa que diversos estudos revelam que o sobrepeso e a obesidade, além da falta de atividades físicas no dia a dia, aumentam os riscos para câncer de mama e ainda proporcionam uma má qualidade de vida para quem está em tratamento.

Um alto índice de massa corporal (IMC) no momento do diagnóstico pode reduzir a eficácia da quimioterapia à base de taxano, piorando os resultados de sobrevida. O taxano é uma droga lipofílica, assim a gordura presente no corpo da paciente pode absorver parte da droga antes que ela atinja o tumor. De acordo com esses estudos, pacientes com sobrepeso e obesidade tratadas com um regime de quimioterapia baseado no taxano tiveram sobrevida livre de doença e sobrevida global significativamente pior em comparação com pacientes magras tratados com o mesmo regime.

“O estilo de vida é determinante nesse sentido. Por isso, estamos pelo segundo ano consecutivo com o nosso mote Quanto Antes Melhor, visando a chamar a atenção da população para algumas medidas que amenizam esses riscos. Como a rotina de saúde preventiva, visitando regularmente o mastologista e, as mulheres a partir dos 40 anos, realizando anualmente a mamografia, pois o diagnóstico precoce é fundamental para evitar cirurgias radicais, além de aumentar consideravelmente as chances de cura”, reforça o Marques.

Dicas de hábitos para uma rotina saudável:

• Alimente-se bem e não fique muito tempo sem comer, ou seja, prefira comer em intervalos menores, em pequenas quantidades. Priorize os alimentos naturais e evite os alimentos industrializados.

• Evite o excesso de gorduras e carboidratos simples, como açúcar adicionado aos alimentos, doces, sucos de caixinha ou saquinho, refrigerantes, pão branco, macarrão, sempre preferindo as opções integrais.

• Procure ingerir proteínas de boa qualidade, principalmente frutas, legumes e verduras por serem fontes de vitaminas e minerais essenciais e ricas em fibras que ajudam na saciedade e no funcionamento adequado do intestino.

• Faça exercícios físicos durante a semana. O ideal são 150 minutos de exercícios físicos moderados divididos entre os cinco dias ou 75 minutos de exercícios vigorosos divididos pelos dias da semana.

• Planeje o seu dia alimentar e tente segui-lo.



Ministério do Turismo anuncia volta de cruzeiros marítimos em novembro

Suspensos no país desde o início da pandemia de covid-19, os cruzeiros marítimos retornarão à costa brasileira em novembro, anunciou o Ministério do Turismo. Em nota, a pasta informou que uma portaria será assinada nos próximos dias.

Após a publicação da portaria, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) editará uma norma com os protocolos sanitários. As viagens também deverão respeitar as regras das cidades onde os navios atracarem.

Entre os protocolos a serem definidos pela Anvisa, estão a realização de testes antes do embarque em todos os passageiros, vacinação e testagem dos tripulantes, uso de máscaras, distanciamento, ocupação reduzida nos navios, desinfecção e higienização constantes nas embarcações e fornecimento de ar fresco sem recirculação (nos moldes dos filtros especiais dos aviões).

A liberação dos cruzeiros ocorre três semanas depois de a Anvisa ter se posicionado contra a medida. Em 10 de setembro, a agência havia informado que as evidências sanitárias e epidemiológicas ainda não apontavam a retomada dos cruzeiros como ação segura. Naquele momento, não havia previsão de uma nova reavaliação da medida.

Segundo o Ministério do Turismo, a autorização para a temporada de cruzeiros 2021/2022 envolveu a aprovação conjunta de medidas dos Ministérios da Saúde, da Justiça, da Infraestrutura, da Casa Civil e da Presidência da República. A expectativa, informou o governo, é gerar R$ 2,5 bilhões para a economia e criar 35 mil empregos, o que representaria crescimento de 11% em relação à temporada 2019/2020.

Estimativas
Para a temporada de cruzeiros 2021/2022, que vai de novembro até abril do próximo ano, estão previstos sete navios, informou o Ministério do Turismo. As embarcações devem ofertar mais de 566 mil leitos, 35 mil a mais que na temporada 2019/2020, e farão cerca de 130 roteiros e 570 escalas em portos brasileiros. Entre os destinos previstos, estão Rio de Janeiro, Santos, Salvador, Angra dos Reis, Balneário Camboriú, Búzios, Cabo Frio, Fortaleza, Ilha Grande, Ilhabela, Ilhéus, Itajaí, Maceió, Porto Belo, Recife e Ubatuba.

Por meio de um vídeo gravado nos Emirados Árabes Unidos, onde participa da Expo Dubai 2020, o ministro do Turismo, Gilson Machado, comentou a liberação dos cruzeiros.

“A temporada está autorizada pelo governo. O presidente Bolsonaro determinou empenho total para que conseguíssemos liberar, porque os navios geram em torno de 42 mil empregos no Brasil, entre diretos e indiretos. Teremos uma temporada belíssima este ano”, declarou Machado.



Após perder a mãe para o câncer de mama, potiguar cria projeto para recuperar autoestima de mulheres vítimas da doença

Aline Costa | Foto: Cedida

Todos os anos, no mês conhecido como ‘Outubro Rosa’, são reforçadas as ações de conscientização e a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama. Essa é uma doença que, a cada ano, faz muitas vítimas. Uma delas foi a mãe da potiguar Aline Costa, que faleceu em decorrência do câncer de mama. Diante da perda, a filha decidiu canalizar a dor e transformá-la em energia para fazer a diferença na vida de diversas mulheres.

Aline realiza a técnica chamada micropigmentação de aréolas. Trata-se de uma alternativa que permite fazer uma pigmentação na área, valorizando os seios daquelas mulheres que precisaram fazer a cirurgia para retirada do turmor. O pigmento é implantado na camada superficial da pele e, devido ao peso molecular adequado, não atinge camadas mais profundas como acontece com uma tatuagem. O trabalho de micropigmentação da aréola enfoca as características naturais da área, principalmente em caso de mastectomia ou acidente, permitindo assim novos desenhos da aréola.

Há 21 anos, Dona Ludeni, mãe de Aline Costa, foi diagnosticada com câncer de mama e, na época, teve que fazer a remoção total de uma de suas mamas, a chamada mastectomia. Foram 12 anos de tratamento, em que ela não se reconhecia completamente, pela falta de um detalhe tão importante para a feminilidade, que é a mama. Dona Ludeni faleceu por causa da doença em 2012.

Aline, quando começou a trabalhar com a micropigmentação, colocou o curso de reconstrução aureolar como um foco total em sua vida, a fim de devolver a autoestima de mulheres que viveram o mesmo que sua mãe, de forma totalmente gratuita. Foi assim que surgiu o Projeto Reviver Mulher. “O objetivo é poder fazer por elas (mulheres), o que eu não pude fazer pela minha mãe, que foi vítima de câncer de mama e veio a falecer sem aréola”, afirmou.

“Essas mulheres vêm precisando de acolhimento e serem ouvidas. Entender essas dores é o principal, já que vivi isso em casa, com a pessoa que mais amei em toda minha vida! A principal missão nisso tudo é entregar cuidado e empatia para essas mulheres através de um serviço que irá devolver sua autoestima”, destacou Aline.

A profissional começou o projeto em 2018 e até hoje realizou cerca de 20  micropigmentações de aréolas. Quem quiser participar do projeto, basta procurar Aline pelo Instagram dela (https://www.instagram.com/alinecostamicropigmentacao/). 

Sou eternamente grata

Fernanda Rafaela Hortência | Foto: Cedida

Para mostrar a importância desse tipo de procedimento na vidas das mulheres, nada melhor que conversar com uma que fez a micropigmentação da aréola. A empreendedora natalense Fernanda Rafaela Hortência descobriu o primeiro câncer de mama bilateral aos 27 anos, ainda amamentando a filha de 1 ano 7 meses.

“Fiz a mastectomia preventiva com preservação de bico e auréola. Depois de 7 anos  curada, aparece um cisto na mama esquerda, próximo do auréola,  bem sobre a pele. Dele eu suspeitei,  e pedi uma biopsia. E foi confirmado que o aquele cisto oleoso era um outro tipo de câncer de mama. 

No processo de tratamento, na mesa de cirurgia, foi percebido um aumento muito rápido do nódulo, e o cirurgião optou por não  preservar  a mama, e sim fazer a mastectomia radical. Tive que usar prótese de silicone por uns bons meses até fazer a cirurgia de reconstrução”, recorda.

Apesar de sempre estar bem consigo mesma em todos os aspectos e tendo feito a reconstrução do seio, Fernanda conta que viu na micropigmentação a oportunidade fazer algo a mais por ela. “Havia pensado em fazer uma tatuagem, mas como nada é por acaso, em pleno Outubro Rosa, uma amiga me indicou o projeto de Aline, resolvi aceitar o convite”.

O resultado, segundo Fernanda, não poderia ser melhor. “Estou muito satisfeita. A Aline me surpreendeu, me emocionou, ficou além das minhas expectativas. Projeto lindo que uniu perfeitamente, sou eternamente grata”.



Em Currais Novos ocorre a 5ª Cavalgada da Paróquia de São Francisco de Assis

A Paróquia de São Francisco de Assis vive a festa do seu padroeiro. Neste domingo (3) aconteceu a 5ª Cavalgada, onde cavaleiros e amazonas percorrerm as principasi ruas da cidade.

O evento faz parte da programação social da festa, que movimenta o bairro Parque Dourado. Padre Welson Rodrigues acompanhou todo o trajeto em carro aberto ao lado da imagem do padroeiro considerado o padroeiro dos animais.

Caminhada teve participação popular


Currais Novos: acontece neste domingo a Bênção dos Animais referente a Programação da Festa de São Francisco 2021

Foto: Reprodução/Ilustrativa

Começou a Festa de São Francisco 2021 esta semana em Currais Novos, e dentro da programação acontece neste domingo (3) a “Bênção dos Animais”.

O padre Welson Rodrigues em entrevista para a Sidy´s Tv afirma que: “São Franciso sempre tentou durante sua vida encontrar uma harmonia entre ele e os animais (..) Faz parte da devoção franciscana a bênção aos animais, então, desde as origens da festa é natural acontecer”. São Francisco é tido como o “Pai da Ecologia” e é padroeiro dos animais. O evento ocorre na igreja na Paróquia De São Francisco De Assis às 16:30.



Campanha Nacional de Multivacinação: Currais Novos conta com 10 salas de vacinação

A Campanha Nacional de Multivacinação começou na última sexta-feira (1) e Currais Novos conta com dez salas para ações. De acordo com a coordenadora de imunização, Jéssica Keyciane, o público-alvo são as crianças e adolescentes de até 15 anos.

“O Rio Grande do Norte inteiro teve uma baixa dessas vacinas, a meta é 90% mas não chegou a isso devido a vários fatores, inclusive a pandemia, as pessoas tinham medo de procurar, o acesso era mais difícil, mas hoje diante do contexto epidemiológico, as pessoas podem procurar os ponto de vacinação!”, afirmou a coordenadora em entrevista a Sidy´s TV. O Dia D de Vacinação será dia 16 e a ação segue até dia 29 de outubro em todo país.



Incêndio atinge pátio de delegacia na zona norte de Natal

Um incêndio foi registrado, na noite desse sábado (2), no pátio da 2ª Delegacia de Plantão da Zona Norte de Natal, localizada no bairro Potengi. O fogo destruiu vários veículos que estavam estacionados no local. 

O Corpo de Bombeiros foi acionado e conseguiu controlar as chamas. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram a proporção do incêndio, que iniciou por volta das 21h. De acordo com o CBM, três viaturas de combate a incêndio foram direcionadas para controlar o fogo.  A causa do incêndio ainda é desconhecida. Ninguém se feriu.



Eleitores voltam às urnas em 19 cidades para escolha de novo prefeito

TSE – Tribunal Superior Eleitoral Urna eletrônica

Os eleitores de 19 municípios, em seis estados, voltam às urnas neste domingo (3) para escolher seus novos prefeitos. Isso é necessário porque a Justiça Eleitoral acabou por impedir que a chapa eleita em 2020 exercesse o mandato.

Isso pode ocorrer por razões que levam a um indeferimento tardio do registro de candidatura, por exemplo. Nesses casos, muitas vezes, o candidato vencedor em 2020 disputou o pleito por força de uma liminar (decisão provisória) judicial que acabou não se confirmando.

Esse foi o caso, por exemplo, de Antônio José de Oliveira (PT), que venceu a eleição para prefeito de Juazeiro do Piauí, mas acabou tendo o registro de candidatura indeferido posteriormente por ser responsável por uma rádio clandestina.

Outras razões são a cassação do mandato pela Justiça Eleitoral, por alguns dos motivos previstos na legislação eleitoral.

As cidades que voltam às urnas neste domingo são: Firmino Alves (BA); Juazeiro do Piauí (PI); Goianésia do Pará (PA); Capoeiras e Palmeirina (PE); Paranhos (MS); Mendonça (SP), São Lourenço da Serra (SP), Mineiros do Tietê (SP), Guaíra (SP), Apiaí (SP), Campina do Monte Alegre (SP), Itaoca (SP), Piacatu (SP), Santo Antônio do Jardim (SP), Trabiju (SP), Anhembi (SP), Cajati (SP)e Angatuba (SP).

Os candidatos vencedores nas eleições suplementares devem ocupar o cargo até dezembro de 2024.