Lei de incentivo à Literatura de Cordel nas escolas públicas é aprovada pela Assembleia Legislativa

O Rio Grande do Norte terá uma nova política de incentivo e fomento à Literatura de Cordel nas escolas que compõe a rede pública do estado. O Poder Legislativo aprovou projeto de lei de autoria do deputado Ezequiel Ferreira (PSDB) que prevê diretrizes para que ocorra a expansão do cordel nas escolas. Para o parlamentar, a medida vai contribuir para aproximar os estudantes da poesia e de uma das mais especiais formas literárias do país. 

“Estudar o cordel e o repente na escola significa ter contato com o mundo da poesia a partir do cotidiano, com uma carga de  significados que dificilmente outra forma literária tem no Brasil, especialmente para nós, potiguares”, justificou Ezequiel Ferreira.

A lei aprovada prevê que as escolas deverão ter instituídas diretrizes para o incentivo e o fomento à Literatura de Cordel, contribuindo para o conhecimento da comunidade escolar acerca da cultura popular brasileira, estimular a cultura de popular, extinguir a discriminação relacionada à cultura regional nordestina, fomentar o reconhecimento identitário norte-rio-grandense, valorizar os cordelistas e ampliar o acesso a uma multiplicidade de gêneros literários como parte integrante do processo educacional

Para a aplicação, o Governo e os municípios poderão criar diretrizes específicas para o fomento da Literatura de Cordel nos equipamentos públicos de educação, cabendo ainda ao Poder Executivo fazer a regulamentação da proposta. 

Com profundas origens na cultura popular, o cordel vem sendo cada vez mais estudado e venerado como gênero literário rico e de grande relevância para a constituição da identidade cultural brasileira. O cordel também é responsável por romper preconceitos, valorizar a cultura, nossa terra e incentivar os estudantes potiguares a buscarem compreender mais sobre suas  origens. Como diz o mestre Paulo Freire, a aprendizagem ocorre mais fácil quando aquilo que estudamos tem significado para nós, faz parte de nossa vida”, disse Ezequiel Ferreira.



43 municípios registram piora na pandemia e RN volta a ter cidade em alerta vermelho

O Indicador Composto, com dados analisados na última semana encerra nessa terça-feira (29), apontam que a pandemia registrou piora nos índices em 43 municípios do Rio Grande do Norte. Desse total, 11 estão na 6ª Regional de Saúde, que tem sede em Pau dos Ferros.

Na 2ª Regional de Saúde, de São José de Mipibu, 9 municípios pioram. Na 3ª, de João Câmara, 8 pioraram. Já na 4ª, de Caicó, foram 7 cidades com redução nos índices. A 2ª, de Mossoró, teve piora em 5 municípios. Na 5ª, de Santa Cruz, foram 2; e na 8ª, de Assú, apenas 1. A 7ª Regional, que é a Metropolitana, não houve piora.

Além das cidades que tiveram piora, o Rio Grande do Norte ainda teve 88 municípios que se mantiveram em estabilidade e 36 que melhoraram. Os número acendem o alerta já que na semana passada foram apenas 5 municípios que pioraram, enquanto 105 ficaram estáveis e 57 melhoraram a situação.

De acordo com o relatório, apenas um município está com alerta vermelho, com o escore de avaliação em 5 – o pior da avaliação: Francisco Dantas, no Oeste Potiguar. Por outro lado, são 8 cidades em verde claro, com escore 1 – o melhor da análise: Ruy Barbosa, Jardim de Angicos, João Dias, Messias Targino, Monte das Gameleiras, Rafael Godeiro, Serra de São Bento e Timbaúba dos Batistas.

A última vez que o estado havia registrado municípios em alerta vermelho foi no Indicado Composto de 8 de junho. Na ocasião, apenas dois municípios estavam na pior condição do relatório: Apodi e São Rafael.

Lista dos 20 piores municípios

Francisco Dantas
José da Penha
Pau dos Ferros
Marcelino Vieira
Lajes
Olho d’Água do Borges
Caraúbas
Água Nova
Assú
Jucurutu
Alto do Rodrigues
Santana do Matos
Carnaúba dos Dantas
Grossos
São Rafael
Alexandria
Santo Antônio
Lagoa Nova
Equador
Extremoz

Lista dos 20 melhores municípios

Ruy Barbosa
Jardim de Angicos
João Dias
Messias Targino
Monte das Gameleiras
Rafael Godeiro
Serra de São Bento
Timbaúba dos Batistas
Bento Fernandes
Santa Maria
João Câmara
São Miguel do Gostoso
Cerro Corá
Coronel Ezequiel
Pilões
Pedro Avelino
Rio do Fogo
Viçosa
Tangará
Jaçanã



Ex-Controlodora do Município de Caicó morre vítima da Covid-19

Nesta quarta-feira (30), faleceu vítima da Covid-19, no Hospital Regional do Seridó, em Caicó, a ex-Controladora do Município de Caicó, Maria Aparecida Lopes (Cida).

Ela trabalhou na gestão Batata e era uma pessoa querida por todos, muito prestativa e uma grande profissional no trabalho que exercia. Cida também se destacou em outros trabalhos na sociedade caicoense, através da loja Madesel e também atuou na CDL. Nas redes sociais, Cida recebeu várias homenagens de seus amigos e familiares.



Cosern constrói nova rede elétrica entre Caicó, Ipueira e São José, no Seridó

Obra beneficiou 4.100 famílias, unidades de saúde e produtores rurais dos três municípios

A Cosern concluiu a construção de uma nova rede de média tensão com seis quilômetros de extensão entre os municípios de Caicó, Ipueira e São João do Sabugi, na região do Seridó.

A obra beneficiou 4.100 famílias, além de unidades de saúde, empresas, moradores e produtores rurais.

O novo trecho de rede elétrica passou a contar com sete equipamentos telecomandados com tecnologia que diminui o tempo de reestabelecimento do fornecimento de energia elétrica de duas horas, em média, para menos de 60 segundos.

“Os trabalhos foram executados cumprindo todos os protocolos de segurança e prevenção à covid-19, definidos pelas autoridades sanitárias e pela Neoenergia”, explica Talles Medeiros, supervisor da Cosern na região.

Em dezembro de 2019, a Cosern colocou em operação a Subestação Itans, em Caicó – a segunda do município – ampliando a oferta de energia para 50 mil famílias nos municípios de Caicó, Ipueira, São João do Sabugi e São José do Seridó.

A Cosern ressalta que a população sempre mantenha distância da rede elétrica. Para outras orientações de segurança, acesse o site www.cosern.com.br.



Complexo Eólico Currais Novos é apresentado em Audiência Pública Virtual

Complexo Eólico Currais Novos é apresentado em Audiência Pública Virtual, promovida pelo IDEMA, para cinco municípios do Seridó e um da Paraíba

Com o objetivo de contribuir para manter o País como protagonista na geração renovável, a Ventos de São Rafael realizará no dia 07 de julho (quarta-feira), às 9h15, audiência pública remota para apresentação e discussão do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) referente à construção do Complexo Eólico Currais Novos nos cinco municípios da Área de Influência Direta (AID), quais sejam: Currais Novos, São Tomé, Lajes Pintadas, Campo Redondo (Rio Grande do Norte) e Picuí (Paraíba).

A audiência pública será realizada de forma on-line na plataforma virtual Google Meet e com transmissão no Youtube no canal “IDEMA Socioambiental”. Devido à pandemia da Covid-19, o evento seguirá os protocolos de segurança para prevenção do novo Coronavírus nos pontos de apoio onde vão acontecer a transmissão. A audiência pública tem como meta expor aos interessados e populações impactadas o conteúdo do estudo ambiental, sanar dúvidas e recolher dos presentes as críticas e as sugestões sobre o estudo de viabilização do Complexo Eólico Currais Novos, de interesse da Ventos de São Rafael.

A participação é aberta aos moradores de Currais Novos, São Tomé, Lajes Pintadas, Campo Redondo (Rio Grande do Norte), Picuí (Paraíba) e mais oito comunidades rurais pertencentes aos municípios mencionados (lista ver das comunidades abaixo) mediante acesso ao Google Meet pelo link: meet.google.com/xgo-schn-mtr, para perguntas orais e no canal do IDEMA Socioambiental no YouTube (www.youtube.com/user/IDEMASOCIOAMBIENTAL) com espaço para perguntas e comentários escritos. A condução da audiência pública será feita pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (IDEMA) com participação das empresas Maron Consultoria e Saberes – Planejamento e Gestão Ambiental, responsáveis pela elaboração do estudo.

Para ter acesso ao estudo, basta clicar no link http://sistemas.idema.rn.gov.br/rimas/rimas.asp e buscar por “Rima do Complexo Eólico Currais Novos”, na tabela. O documento é de domínio público. O estudo atende a resolução do CONAMA nº 01/86 e 09/87, bem como a resolução CONAMA nº 494/2020. O Complexo Eólico Currais Novos, denominado juridicamente como Ventos de São Rafael Energias Renováveis S.A., do grupo Casa dos Ventos, será composto por 16 parques eólicos, com potência de 1.016,4 MegaWatts, provenientes de 242 aerogeradores.



Alerta: violência contra a mulher cresce 29% no RN no primeiro semestre de 2021

Anailzy Suany Marques da Costa, de 32 anos, foi morta a facadas na noite de segunda-feira (28) dentro do próprio condomínio em que morava, em Parnamirim. O principal suspeito do crime é o ex-marido. Maria Letícia da Costa, de 15 anos, foi morta a tiros no próprio quarto no município de Assú, no domingo (27), pelo então companheiro, que ainda ligou para a família dela para avisar do crime.

Natália Abade foi agredida no sábado (26) com socos e chutes após uma crise de ciúme do então namorado em uma festa de aniversário em Extremoz. Ela teve, ao todo, 27 marcas de agressões, segundo exame de corpo de delito. As três são exemplos recentes da violência contra a mulher, que aumentou 29% no primeiro semestre de 2021 no Rio Grande do Norte em comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados são da coordenadoria de estatística da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Sesed).

Apenas no mês de junho, mesmo antes do fim, a Secretaria de Segurança Pública já tem registrado 195 casos de violência contra a mulher. No caso de Anailzy, ela já tinha uma medida protetiva contra o ex-marido, com quem foi casada por 12 anos e estava separada há 3 meses. Ela se mudou de São Tomé, onde morava, para Parnamirim, onde passou a dividir um apartamento com a irmã e o filho.

O ex-marido de Anailzy se mudou para o prédio há 3 semanas. Sem que a ex-mulher soubesse, ele alugou um apartamento ao lado do bloco dela. Ela não chegou a comunicar o condomínio da medida protetiva para que o ex-marido fosse impedido de entrar. Já Natália Abade resolveu denunciar as agressões do então namorado para cobrar punição publicamente. Ela fez relatos em redes sociais. Ele chegou a ser preso em flagrante, mas foi solto após audiência de custódia. E ela passou a temer o pior.

Lei Maria da Penha

O instrumento jurídico mais forte para garantir às mulheres proteção contra violência doméstica é a Lei 11.340, conhecida como Lei Maria da Penha.

A lei estabelece que as mulheres devem denunciar os agressores ao primeiro sinal de violência doméstica e estabelece medidas legais para proteção, como a medida protetiva, que garante uma distância mínima entre o agressor e a vítima. Casos de descumprimento podem gerar prisão de até 3 anos. Em flagrante, o crime é inafiançável.

A delegada reforça, no entanto, que as mulheres devem manter sempre a situação atualizada e comunicarem qualquer descumprimentos das medidas protetivas, por exemplo.

“Ás vezes as mulheres se retratam, pedem desistência das medidas protetivas e não informam os descumprimentos dessas medidas. Então, essas medidas precisam ser cumpridas de forma integral, tanto pelos agressores, como pelas mulheres também”, diz.



Boletim do Hospital Regional do Seridó registra 01 óbito por Covid-19 nesta terça

Boletim Covid-19
Hospital Regional Telecila Freitas Fontes
29/06/21
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Esse boletim é referente a pacientes internados nas últimas 24 horas no Hospital Regional do Seridó.
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🖤 Óbito por COVID-19 no HRS em 29/06/21:

📍Ouro Branco – 01

❤️ Alta hospitalar por COVID-19 no HRS em 28/06/21 após a emissão do boletim:

📍Santana do Matos – 01
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vacinasalvavidas

useamáscara

nãoaglomere

higienizeasmãos

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@hrserido



Vacinação deverá impulsionar matrículas no ensino superior, diz estudo

Faculdades e universidades particulares esperam uma retomada das matrículas no ensino superior, impactadas pela pandemia, principalmente a partir do ano que vem. O levantamento Observatório da Educação Superior: análise dos desafios para 2021 – 3ª edição, apresentado hoje (29), mostra que a vacinação é um dos principais fatores que dão segurança aos estudantes e elevam a intenção de começar os estudos.

A pesquisa mostra que 39% dos entrevistados que tomaram pelo menos a primeira dose do imunizante contra a covid-19 desejam começar a graduação ainda em 2021, no próximo semestre, e 41% no início de 2022. Entre os jovens que ainda não foram vacinados, apenas 16% responderam que têm intenção de começar seus cursos no meio do ano e 43% vão aguardar o próximo ano letivo.

Os não imunizados representam o público mais inseguro: 29% não se decidiram sobre quando se matricular. Entre os vacinados, esse percentual é de 9%, ou seja, 3,2 vezes menor.

“A gente percebe que começou a melhorar a procura, especialmente pelo ensino presencial, que foi a modalidade mais afetada durante a pandemia. Mas, está claro que a retomada forte ficará para 2022”, diz o diretor presidente da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes), Celso Niskier.

“Entendemos que a vacinação é decisiva para a retomada forte no ano de 2022 e quanto antes, melhor, porque o risco de mais um semestre de atraso na procura pelo ensino superior é que esses jovens vão se formar também um semestre depois, o que certamente vai provocar risco de um apagão de mão de obra qualificada para retomada econômica do país”, acrescenta.

O ensino superior privado concentra a maior parte das matrículas do Brasil, 75,8% em 2019, de acordo com o último Censo da Educação Superior, sendo 35% na modalidade a distância (EAD) e 65%, na presencial.

Com a pandemia e a suspensão das aulas presenciais, o setor foi impactado. Em junho do ano passado, o mesmo levantamento mostrou que 43% dos jovens que poderiam estar cursando o ensino superior decidiriam quando começar os estudos apenas quando a situação se normalizasse. Agora, esse percentual caiu para 26%, o que indica que há uma possibilidade de retomada, principalmente por conta da vacinação.

Cursos da saúde
O levantamento mostrou ainda um aumento da procura por cursos da área da saúde, indicada como escolha de 30% dos estudantes, sendo 38% em cursos presenciais (no ano passado, eram cerca de 32%) e 18% na modalidade a distância. Em seguida, estão as ofertas de negócios, escolhida por 20% dos participantes – 12% presencial e 30% em EAD. Também foram citadas as áreas de direito (12%), educação (11%), engenharias (8%), arte e design (7%), tecnologia da informação (5%) e outros (8%).

“Tem-se verificado no Brasil todo a importância dos cursos da área de saúde”, diz o diretor executivo da Abmes, Solon Caldas. Segundo ele, na pandemia, essas carreiras mostraram-se com maior estabilidade no mercado de trabalho. “Os estudantes perceberam essa questão agora com a pandemia. Em momentos de crise, situações econômicas ruins do país, o pessoal da área de saúde teve uma garantia maior da manutenção dos seus empregos”, avalia o diretor executivo da Abmes, Solon Caldas.

Impactos
De acordo com Niskier, o setor estima uma perda de matrículas no ensino presencial em torno de 8% a 9%, seja pela queda no ingresso, seja pela evasão durante a pandemia. Os dados serão confirmados no próximo Censo da Educação Superior. “Estamos falando não só de ingresso menor, mas de alunos que pararam de estudar, seja por dificuldade financeira, seja por dificuldade tecnológica [para atender as aulas a distância]”, diz.

A queda coloca o Brasil ainda mais distante de cumprir o Plano Nacional de Educação (PNE), lei aprovada em 2014 que estipula metas desde a educação infantil até a pós-graduação para serem cumpridas até 2024. “Estávamos longe de atingir, agora ficaremos ainda mais distantes, seja pela queda da base, fruto não só da captação quanto da queda por abandono, seja pela distância do PNE”.

Pela lei, o Brasil deve elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% e a taxa líquida para 33% da população de 18 a 24 anos. Segundo o último relatório de monitoramento, referente a 2018, essas taxas eram respectivamente 30% e 20%.

Pesquisa  
O levantamento Observatório da Educação Superior: análise dos desafios para 2021 – 3ª edição foi realizado pela empresa de pesquisas educacionais Educa Insights em parceria com a Abmes, entre 19 e 22 de junho, pela internet. Ao todo, participaram 1.212 homens e mulheres, de 17 a 50 anos, que desejam ingressar em cursos de graduação presenciais e EAD ao longo dos próximos 18 meses, em todas as regiões brasileiras.

A duas edições anteriores do estudo foram divulgadas em fevereiro e abril. O acompanhamento é continuidade do estudo Coronavírus vs Educação Superior: o que pensam os alunos e como sua Instituição de Ensino Superior (IES) deve se preparar, realizado ao longo de 2020.

Com informações da Agência Brasil



Variante delta do coronavírus pode causar mais reinfecções, diz estudo da Fiocruz

Uma pesquisa que teve participação de cientistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) sugere que a variante delta do novo coronavírus (SARS-CoV-2) tem potencial maior de causar reinfecções e novos quadros de covid-19 em pessoas que haviam se curado da doença. A variante foi detectada pela primeira vez na Índia, mas já está presente em 85 países e causou a primeira morte no Brasil no último fim de semana.

O trabalho foi publicado na revista científica Cell e detalhes foram divulgados ontem (28) pela Agência Fiocruz de Notícias. As conclusões da pesquisa mostram que pessoas previamente infectadas por outras cepas do novo coronavírus têm um soro com anticorpos menos potentes contra a variante delta, que é uma das quatro variantes de preocupação já identificadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

A Fiocruz destaca que o aumento do risco é marcante no caso das pessoas que tiveram uma infecção anterior da variante gama, que foi identificada pela primeira vez em Manaus e se tornou a cepa dominante no Brasil. Nesses casos, a capacidade de os anticorpos neutralizarem a variante delta é 11 vezes menor. O mesmo ocorre com a variante beta, que foi descoberta na África do Sul.

A divergência antigênica da variante delta é menor quando comparada à variante alfa, que foi a primeira de preocupação a entrar no radar da OMS, ao surgir no Reino Unido. De acordo com a Fiocruz, cientistas avaliam que “o achado indica que vacinas baseadas na variante alfa podem proteger amplamente contra as variantes atuais, o que pode ser uma informação relevante para a formulação de novos imunizantes”.

Apesar de sugerir um escape maior do vírus ao ataque dos anticorpos produzidos em infecções anteriores, a pesquisa revela que as vacinas de RNA mensageiro e vetor viral, como Pfizer e AstraZeneca, continuam eficazes contra a infecção pela cepa delta. Essa eficácia, porém, é reduzida com a mutação sofrida pelo vírus na proteína S, que forma a estrutura viral usada para iniciar a invasão da célula do hospedeiro.

A pesquisa constatou que a capacidade de neutralizar a variante delta é 2,5 vezes menor no caso da vacina da Pfizer, e 4,3 vezes menor para a AstraZeneca. Segundo o artigo, esses índices são semelhantes aos que já haviam sido registrados nas variantes alfa e gama. Desse modo, a variante beta continua a ser a única em que há evidência de fuga generalizada da neutralização. 

“Parece provável, a partir desses resultados, que as vacinas atuais de RNA e vetor viral fornecerão proteção contra a linhagem B.1.617 [que tem três sublinhagens, incluindo a variante delta], embora um aumento nas infecções possa ocorrer como resultado da capacidade de neutralização reduzida dos soros”, afirma um trecho do artigo traduzido pela Fiocruz.

O estudo foi liderado pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, e envolveu 59 pesquisadores do Reino Unido, da China, do Brasil, dos Estados Unidos, da África do Sul e Tailândia. No Brasil, participaram o Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), o Laboratório de Ecologia de Doenças Transmissíveis na Amazônia do Instituto Leônidas e Maria Deane (Fiocruz Amazônia) e a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS/AM).

Nas análises, os pesquisadores investigaram a ação de 113 soros, obtidos a partir de pacientes infectados e imunizados, englobando seis cepas do novo coronavírus: uma linhagem próxima do vírus inicialmente detectado em Wuhan, na China, no começo da pandemia; as variantes de preocupação alfa, beta, gama e delta; e a variante de interesse kapa, que é a mesma da linhagem variante delta.



Lei prevê multa para quem divulgar ‘fake news’ sobre pandemia da covid-19 no RN

A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, sancionou nova lei que prevê multa para quem divulgar ‘fake news’ sobre a pandemia da covid-19 no âmbito do estado potiguar. A lei, de número 10.937/2021 foi publicada na edição do Diário Oficial desta terça-feira (29). 

O projeto de lei havia sido proposto, em abril de 2020, pelo então deputado estadual Sandro Pimentel. Após mais de um ano de trâmites, o texto foi aprovado pela Assembleia Legislativa e sancionado pelo Executivo. De acordo com o deputado autor da proposta, a lei tem o objetivo de impedir a divulgação ou compartilhamento, por qualquer meio, de notícia ou informação falsa, que afete o interesse público ou vise a obtenção de vantagens de qualquer natureza em temas relacionados à pandemia do coronavírus.

O texto estabelece multa de R$ 1.000,00 para quem divulgar ou compartilhar fake news que causem pânico ou tumulto social. A pena é dobrada se a notícia for comprovadamente atribuída a autoridade pública.

Na justificativa, Sandro ressaltou que as chamadas ‘fake news’, além de atrapalhar o trabalho de conscientização dos Órgãos de Saúde e do Governo no combate a essas doenças, acabam causando pânico e colocando em risco a segurança e saúde das pessoas, o que é uma infração de contravenção penal.

A lei das “Fake News” tem validade enquanto perdurar o estado de emergência relativo à pandemia pelo coronavírus. Ainda de acordo com o texto, o valor arrecadado com as multas será revertido no combate à pandemia.