Carta Aberta à Sociedade Brasileira em Função dos Recentes Eventos Envolvendo Riscos Geológicos

Diante dos últimos acontecimentos, a Associação Brasileira de Geologia de Engenharia e Ambiental (ABGE), vem novamente, por meio desta carta aberta à sociedade, se posicionar e contribuir ao tema com proposta estruturada de ações técnico-administrativas pertinentes, pois, novamente, causa indignação e tristeza assistir à repetição de tragédias decorrentes de eventos geológicos e hidrológicos, que levaram, mais uma vez, brasileiros à morte e provocaram milhares de feridos, desabrigados e desalojados.

A ABGE e a comunidade geológica, geotécnica e científica, que tem entre suas atribuições profissionais a avaliação de áreas de risco geológico e hidrológico, já produziu diversos documentos públicos, de caráter técnico-científico, denunciando a sucessão de erros e descasos na gestão de nossas cidades, Geoparques (dentro do conceito da UNESCO) e áreas de interesse turístico, no atualmente designado Turismo Geológico, em particular, em relação aos potenciais problemas relacionados às características geológicas dos terrenos ocupados e explorados.

De fato, o Brasil tem todas as condições técnicas necessárias para evitar a repetição de tragédias como as que ocorreram recentemente na Bahia, estão ocorrendo em Minas Gerais e se repetem frequentemente no Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Norte (Pará), Nordeste (Maranhão) e tantas outras cidades e suas regiões.

Entretanto, após décadas de crescimento desordenado e o aumento significativo de ocorrências dos desastres naturais, os avanços obtidos em relação às políticas públicas brasileiras, seja por meio da regulamentação da Lei 10.257, de 10 de julho de 2001, denominada Estatuto da Cidade; seja em relação à Lei 12.340, de 1º de dezembro de 2010 (que em 2014 passa a dispor sobre transferência de recursos da União aos Estados e Municípios nas ações de prevenção, tendo como um dos requisitos a carta geotécnica de aptidão); e, principalmente em relação à decretação da Lei 12.608, de 10 de abril de 2012, que institui a Política, o Sistema e o Conselho Nacional de Proteção e Defesa Civil ainda estão aquém do que realmente é necessário para minimizar os recorrentes danos causados à população e ao patrimônio público e privado, principalmente, durante os períodos chuvosos.

Passados dez anos da decretação da Lei 12.608, nota-se que pouco se avançou em relação à sua efetiva implementação, principalmente nas esferas municipais. Não ocorreram ações significativas em relação à geração e o uso adequado das informações técnico-científicas (cartas de suscetibilidade natural aos eventos geológicos e hidrológicos, cartas de perigo, de risco e de aptidão do meio-físico à urbanização e à implantação de Geoparques, bem como de gestão de riscos naturais das demais áreas geológicas de exploração turística), sobre a aplicabilidade e utilização pelos órgãos gestores desses dados gerados e as necessárias correlações com planos diretores, planos de emergência e de contingência, planos preventivos de defesa civil, planos municipais de redução de riscos, dentre outros instrumentos. Ademais, há dúvidas se o que foi estabelecido na Lei tem sido cumprido.

Faltam análises sobre a participação da sociedade civil na elaboração dos mapeamentos, conforme previsto em Lei; se os Estados e Municípios avançaram na identificação e no mapeamento de seus territórios e de suas áreas de risco geológico e hidrológico – bem como a atualização periódica dos mesmos; e se as ações preventivas estão sendo efetivamente desenvolvidas ou se estamos apenas produzindo documentos para o cumprimento burocrático de processos administrativos e/ou jurídicos.

O que se percebe atualmente é que continuamos não considerando a análise dos riscos naturais como uma ação que deve ser sistemática, continuada, preventiva e extremamente necessária à preservação de vidas e de patrimônios público e privado, natural e humano.

O desastre ocorrido no lago de Furnas, em Capitólio (MG) deixa explícita a necessidade em se avançar em relação à legislação vigente com a inserção, de modo claro, da obrigatoriedade da realização de mapeamentos geológico-geotécnicos, em especial de risco, nas áreas exploradas pelo turismo ambiental.

A ampliação das discussões envolvendo os atuais instrumentos legais, que devem ser aplicados no âmbito nacional para a gestão integrada e organizada de todos os territórios é premente, já que o crescimento desordenado dos municípios nas últimas décadas, somado ao não controle e falta de planejamento estratégico da expansão urbana atual, unidos à certeza absoluta da continuidade, recorrência e ampliação dos eventos pluviométricos intensos, resultarão, ainda, por um longo tempo, na ocorrência de desastres socio-naturais.

Embora os eventos catastróficos, como os frequentemente ocorridos no Brasil, chamem a atenção e comovam a população, uma efetiva política de redução de riscos geológicos e hidrológicos e das consequências decorrentes da deflagração desses processos, que incluem os desastres naturais, passa por medidas preventivas e, principalmente, de planejamento urbano e ordenamento territorial.

Considerando o quadro atual da grande maioria das cidades brasileiras, fica evidente a necessidade de se discutir, inicialmente e de modo premente, o desenvolvimento dos instrumentos de gestão já previstos na legislação para todos os municípios brasileiros (alguns já existentes, como o Plano Municipal de Redução de Riscos – PMRR), passando posteriormente ao uso adequado da cartografia geotécnica de suscetibilidade natural, de perigo, de risco e de aptidão à urbanização e aos denominados Geoparques e demais sítios turísticos.

Focando na gestão integrada e no desenvolvimento sustentável dos municípios, dos Estados e do País, o planejamento das ações de recuperação e melhoria dos ambientes urbanos e rurais, bem como as intensas demandas habitacionais, terão que, obrigatoriamente, considerar os riscos ambientais como um dos elementos indispensáveis de análise e passíveis de intervenção. A isso, some-se a falta de uma efetiva coordenação de ações emergenciais em níveis interestadual e federal, que, comumente, ocorre apenas em períodos de crise já instalada, com ações erráticas e desconectadas, decorrentes da ausência de um processo permanente de gestão de riscos e desastres.

É urgente que as cidades, os sítios turísticos geológicos e Geoparques incorporem os diagnósticos do meio físico transversalmente à gestão pública, com a adoção de medidas preventivas, as quais devem ser definidas a partir da previsão de condições potencialmente favoráveis à ocorrência e anteriormente à deflagração dos processos geológicos e hidrológicos, e para o que, deve haver uma forte coordenação de governo, ações municipais planejadas e a participação efetiva da sociedade.

Planejamento urbano, ordenamento territorial e gestão de riscos e de desastres sem qualificação, sem responsabilidade técnica e, principalmente, sem a participação do cidadão, só existem no papel. Atualmente, é testemunhada a ação das Defesas Civis nos cenários pós-tragédias, focada apenas no gerenciamento da crise instalada a partir dos desastres ocorridos. É fundamental repensar a estruturação e atuação das defesas civis que, em sua maioria, não possuem e, a médio prazo, não possuirão quadro técnico qualificado para responder pela enorme carga de responsabilidade que lhe é atribuída e que seja capacitado em lidar com os riscos ao invés das crises.

Dentre as medidas urgentes que podem e devem ser adotadas de imediato, considera-se:

1. Elaboração de Cartas Geotécnicas de Risco das cidades e áreas de Turismo Geológico;

2. Monitoramento constante das áreas de riscos geológicos e hidrológicos, com revisões periódicas;

3. Avaliação das áreas de risco geológico e hidrológico, visando a identificação daquelas passíveis de consolidação segura;

4. Remoção de moradias em áreas onde a convivência com os riscos naturais de forma segura não seria possível;

5. Capacitação e valorização de técnicos que atuam na área de prevenção de risco nos municípios e estados;

6. Execução de ações que aumentem a percepção de risco por parte da população; e

7. Consubstanciar Planos de Gerenciamento de Riscos, que melhor e mais eficientemente possibilitem a coordenação e a implementação de ações preventivas e emergenciais entre os entes municipais, estaduais e o governo federal.

A ABGE se solidariza com o sofrimento e com toda a dor das famílias vitimadas e se coloca, mais uma vez, à disposição das autoridades comprometidas com políticas públicas centradas no cuidado e o apoio que são de direito da população para auxiliar na imediata implantação das soluções para os desafios referentes ao tema.

Atenciosamente,

CT Gestão de Riscos Naturais e Cartografia Geotécnica e Geoambiental

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE GEOLOGIA DE ENGENHARIA E AMBIENTAL – ABGE



Detran renova sinalização horizontal e vertical em Parelhas

O município de Parelhas, localizado na região do Seridó, vem recebendo revitalização na sinalização de suas ruas. O Departamento Estadual de Trânsito (Detran), por meio da Coordenadoria de Operações, está pintando canteiros, ruas e faixas de pedestre na parte urbana do município.

A sinalização é tanto horizontal quanto vertical e contempla pintura e revitalização das ruas, faixas laterais e centrais, lombadas e faixas de pedestre. Além da implantação da faixa para caminhada no entorno da igreja matriz da cidade.

O Coordenador de Operações, Francisco Navegantes,  informou que a sinalização também contempla outras  cidades como Cruzeta,  Campo Redondo e São Fernando sendo  um total de 16 quilômetros de vias sendo sinalizadas.

Durante o ano de 2022, o Detran irá realizar mais serviços desse modelo, tanto em Natal quanto nos demais municípios e vias estaduais. Ao Detran, cabe realizar sinalização horizontal e vertical nas vias de sua competência



Reajustes da gasolina e diesel começam a valer a partir de hoje; aumento chega a quase 80% em um ano

A partir desta quarta-feira (12), o preço médio da venda da gasolina da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,09 para R$ 3,24 por litro. O reajuste representa uma alta de 4,8%, mas o acúmulo de alta chega a 77,04% desde janeiro de 2021.

O diesel também vai ser reajustado e passará de R$ 3,34 para R$ 3,61 por litro. Um avanço de 8,08% que acumulado desde janeiro chega a R$ 78,71%.

“Considerando a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro e 73% de gasolina A para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 2,26, em média, para R$ 2,37 a cada litro vendido na bomba. Uma variação de R$ 0,11 por litro”, explicou a companhia, em nota.

Os últimos aumentos ocorreram em 26 de outubro do ano passado. Desde então, o preço cobrado pela Petrobras para a gasolina chegou a ser reduzido em R$ 0,10 litro, em 15 de dezembro. Já o preço do diesel ficou estável.

Abastecimento

De acordo com a Petrobras, esses ajustes “são importantes para garantir que o mercado siga sendo suprido em bases econômicas e sem riscos de desabastecimento pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras: distribuidores, importadores e outros produtores, além da Petrobras”.

A companhia reiterou seu compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado, acompanhando as variações de alta e baixa, “ao mesmo tempo em que evita o repasse imediato para os preços internos, das volatilidades externas e da taxa de câmbio, causadas por eventos conjunturais”.



Após cobrança de preços abusivos, quiosqueiros irregulares são retirados da praia de Ponta Negra

Fiscais da Prefeitura do Natal removeram locadores de mesas e cadeiras e quiosqueiros não autorizados, que comercializavam irregularmente em área exclusiva para banhistas, na Praia de Ponta Negra, nesta quarta-feira (12). O local nas proximidades do Morro do Careca foi alvo de denúncias da população pela prática de cobrança abusiva pelo consumo de produtos e serviços.

Durante ação coordenada pela Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) e contou com agentes da secretaria de Serviços Urbanos (Semsur), Guarda Municipal e Urbana, seis autuações foram emitidas. Além disso, é feita a apreensão de mesas, cadeiras e guarda-sóis utilizados pelos comerciantes de maneira irregular.

“Nosso foco foi o trecho de praia compreendido entre o final do estacionamento da Erivan França até as proximidades do Morro do Careca. Emitimos seis autuações e realizamos três apreensões de materiais, que foram recolhidos ao pátio da Semurb”, conta o supervisor geral de fiscalização ambiental da Semurb, Leonardo Almeida.

Das autuações realizadas, duas delas foram por publicidade irregular com instalação de placas e tabuletas de anúncios em área pública. “Verificamos a venda de passeios turísticos com utilização de publicidade na faixa de areia perto do morro e também no calçadão da praia, o que não é permitido pela legislação”, explica o supervisor.  Ainda durante a ação, um vendedor de passeios tentou obstruir a ação da fiscalização e foi conduzido para a delegacia onde foi aberto Boletim de Ocorrência.

Atualmente existem 53 locadores de mesas e cadeiras e 28 quiosqueiros cadastrados e autorizados a exercer atividades em Ponta Negra. Porém, pessoas não autorizadas estão se infiltrando em áreas de uso proibido para prática comercial com colocação de mesas, cadeiras e guarda-sóis, como foi o caso onde ocorreu a denúncia.

“As fiscalizações já são constantes e vão ser intensificadas com a Operação Verão para identificar e retirar as pessoas não autorizadas, uma vez que os quiosqueiros e locadores corretamente cadastrados na Prefeitura, não cometem esse tipo de infração”, finaliza Almeida.

Caso o consumidor que se sentir lesado pela cobranças é necessário realizar denúncia ao Procon com o comprovante de pagamento em mãos, com a discriminação dos produtos cobrados de forma abusiva. Outra especificidade da fiscalização do Procon Natal, é que só pode lavrar o auto de infração, caso o estabelecimento tenha inscrição de CNPJ.

O telefone para denúncias na Ouvidoria da Semurb é o (84) 3616-9829, que funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h.



Sax in the House lança o clipe “Just For You”

O último lançamento do “SAX IN THE HOUSE”, a música “Just For You” – collab com o artista RAiK, será lançada em clipe no próximo dia 12, no canal do projetono YouTube

A música foi composta por Ruud van Schaik (RAiK), cantor holandês, participante do “The Voice Holanda”. Em 2019, em uma visita ao Brasil, o artista foi apresentado ao Sax in the House e na ocasião veio a ideia de gravarem algo juntos. 

Após algumas alterações na composição e a substituição do refrão original pelo solo do saxofone, acrescentado as batidas que já fazem parte da identidade musical do Sax in the House, nasceu “Just For You”.

Com gravação da Megalume Filmes, o clipe protagonizado pela atriz Natália Souza, tem cenas gravadas em Roterdã (cenas de RAiK), Marinas Resort (Tibau do Sul), Goianinha, e Natal. 

O clipe “Just For You” tem o patrocínio da Lei Aldir Blanc, através Governo do Estado Rio Grande do Norte, Fundação José Augusto, Secretaria Especial de Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal.



Projeto do IFRN “Queijo de manteiga tradicional do Seridó – RN” será desenvolvido a partir do Campus Currais Novos

Projeto do IFRN é 1º lugar em chamada pública do MEC

O projeto terá início em fevereiro de 2022 e doze meses de execução

Na tarde da sexta-feira, 7/1, foi divulgado o resultado da Chamada Pública/Edital nº 63/2021 para seleção de projetos de promoção às Indicações Geográficas, iniciativa da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (Setec/MEC). O IFRN foi contemplado, em 1º lugar com 82,5 pontos, com a aprovação do projeto intitulado “Queijo de manteiga tradicional do Seridó – RN”.

Sob a coordenação da professora Ítala Mesquita, docente no Campus Currais Novos, o projeto foi contemplado no Eixo II, que trata de estruturação de Indicações Geográficas, e será desenvolvido através de atividades de Pesquisa, Inovação e Extensão junto aos produtores da iguaria seridoense em parceria com a Agência do Desenvolvimento Sustentável do Seridó (Adese).

Além da professora Ítala, a equipe conta com a participação do técnico Ramon Araújo, do professor Saint Clair Lira e das estudantes Júlia Dantas, do curso técnico em Alimentos, Ianne Macedo e Érica de Souza, ambas do curso em Tecnologia em Alimentos, além de colaboradores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), do Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Rio Grande do Norte (Emater) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Rio Grande do Norte (Sebrae/RN). “As Indicações Geográficas (IG) agregam valor, contribuem para o desenvolvimento e a valorização da produção regional e garantem ao consumidor a procedência e qualidade, indicando que se trata de um produto genuíno, que traz consigo especificidades de seu local de origem”, disse Ítala. O projeto terá início em fevereiro deste ano e doze meses de execução.

A ação de gestão do projeto tem como objetivo monitorar o acompanhamento e execução de atividades básicas: a sensibilização para IG, o apoio a organização dos produtores, a qualificação dos produtores inseridos na área delimitada – a Região Seridó – e organizar a articulação das instituições parceiras. O público-alvo deste projeto serão unidades produtoras de queijo de manteiga já identificadas, podendo abranger outros produtores que se disponham a elaborar/resgatar o processo de produção do queijo tradicional e desejem formar uma rede colaborativa para apoiar as ações de desenvolvimento regional.

Segundo informações do projeto selecionado, para trabalhar a organização dos produtores tradicionais serão realizadas oficinas de associativismo com exemplos de potenciais benefícios a partir de ações associativas, como compras conjuntas de insumos, embalagens e propaganda, além de reuniões sobre a formação jurídica/legislação de associativismo, registro do estatuto, funcionamento de associações e o tratamento junto às receitas estadual e federal. “Com o objetivo de sensibilizar os produtores de queijos tradicionais, serão realizadas reuniões para falar sobre a importância de proteger o nome geográfico e o saber fazer tradicional bem como os impactos econômicos, sociais e ambientais da indicação geográfica”, descreve a proposta selecionada.

Queijo Manteiga

O queijo de manteiga é um produto único e típico do Nordeste brasileiro, não existindo em outro lugar do mundo. Na região do Seridó ele constitui-se como um símbolo da culinária local, cujas características e sabor peculiar deram notoriedade e reconhecimento dentro do território potiguar e em outros estados do Nordeste. “Apesar de ser um produto de tão estimado valor cultural ao longo dos anos, a cadeia produtiva vem enfrentando alguns problemas, como a ausência de integração e articulação entre os produtores, a formalização da unidade de produção nos órgãos fiscalizadores e principalmente as fraudes por uso de ingredientes como óleo de soja, margarina, farinha de trigo e araruta no processamento do queijo de manteiga. Portanto, a aprovação deste projeto será um grande passo para o fortalecimento desta importante atividade econômica, no sentido de valorizar sua existência e permanência, bem como evitar a descaracterização do produto, que constitui um dos símbolos da identidade cultural do povo seridoense”, disse João Teixeira, diretor de inovação tecnológica do IFRN.

O projeto ainda prevê a promoção de dois seminários, um virtual e outro presencial, sobre as Indicações Geográficas, já que se trata de uma temática bem recente na realidade potiguar e uma completa desconhecida para a maioria da população. Serão realizadas, ainda, capacitações nas instalações do Centro de Tecnologia do Queijo, unidade do CampusCurrais Novos do IFRN para os produtores de queijo e multiplicadores do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e Emater, tanto com aulas teóricas quanto práticas na usina. Umas dessas capacitações será voltada às Boas Práticas de Fabricação.



Bandidos violam túmulos e roubam imagens de Cristo feitas de bronze no cemitério público de Natal

Pelo menos 28 túmulos foram violados e depredados no cemitério público de Ponta Negra, zona sul de Natal. Criminosos invadiram o local e roubaram monumentos decorativos de bronze fixados nos túmulos.

De acordo com a administração do cemitério, o crime aconteceu na madrugada desta terça-feira (11). Ao chegarem no local, os funcionários se depararam com os túmulos abertos e depredados. Imagens de Cristo feitas de bronze, que eram usadas para decorar os túmulos, foram levadas pelos bandidos. Geralmente, eles vendem esse material e ficam com o dinheiro.

A administração do cemitério denuncia que não há segurança no turno da noite, não somente nesse ponto em Ponta Negra, mas também em todos os demais cemitérios públicos de Natal, fato que colabora para a ocorrência de roubos.

Os familiares das pessoas enterradas nos túmulos violados foram avisadas sobre a ação criminosa. Segundo a administração do cemitério, é possível que ocorra algum protesto por parte das famílias, que ficaram revoltadas com o registro dos roubos. Até o momento, nenhum suspeito foi preso.

Portal da Tropical



Inmet alerta para chuvas intensas em 84 cidades do Rio Grande do Norte

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de chuvas com perigo potencial para 84 cidades do Rio Grande do Norte. O aviso vale desta terça-feira (11) até 10h da quarta-feira (12).

Os municípios atingidos, principalmente, no litoral potiguar, desde a Costa Branca, aos litorais Norte e Sul do estado. (veja lista abaixo).

A chuva de perigo potencial é a segunda numa escala de quatro níveis do órgão. Nesse nível, são previstas chuvas entre 20 e 30 milímetros por hora ou até 50 mm por dia, além de ventos intensos – de 40 a 60 km/h.

Segundo o Inmet, há baixo risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas.

O órgão recomenda, em caso de rajadas de vento, que as pessoas não se abriguem debaixo de árvores por haver um leve risco de queda e descargas elétricas. Também é recomendado não estacionar veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda, além de evitar usar aparelhos eletrônicos ligados à tomada.

O alerta também é válido para cidades de outros estados do Nordeste, do Norte, do Sudeste, do Norte e do Centro-Oeste.

Cidades do RN afetadas:

  1. Assú
  2. Afonso Bezerra
  3. Alto do Rodrigues
  4. Apodi
  5. Areia Branca
  6. Arez
  7. Baía Formosa
  8. Baraúna
  9. Barcelona
  10. Bento Fernandes
  11. Bom Jesus
  12. Brejinho
  13. Caiçara do Norte
  14. Caiçara do Rio do Vento
  15. Canguaretama
  16. Carnaubais
  17. Ceará-mirim
  18. Espírito Santo
  19. Extremoz
  20. Felipe Guerra
  21. Galinhos
  22. Goianinha
  23. Governador Dix-Sept Rosado
  24. Grossos
  25. Guamaré
  26. Ielmo Marinho
  27. Ipanguaçu
  28. Jandaíra
  29. Januário Cicco
  30. Jardim de Angicos
  31. João Câmara
  32. Jundiá
  33. Lagoa D’Anta
  34. Lagoa de Pedras
  35. Lagoa de Velhos
  36. Lagoa Salgada
  37. Lajes
  38. Macaíba
  39. Macau
  40. Maxaranguape
  41. Montanhas
  42. Monte Alegre
  43. Mossoró
  44. Natal
  45. Nísia Floresta
  46. Nova Cruz
  47. Parazinho
  48. Parnamrim
  49. Passa e Fica
  50. Passagem
  51. Pedra Preta
  52. Pedro Avelino
  53. Pedro Velho
  54. Pendências
  55. Poço ranco
  56. Porto do Mangue
  57. Pureza
  58. Riachuelo
  59. Rio do Fogo
  60. Ruy Barbosa
  61. Santa Maria
  62. Santo Antônio
  63. São Bento do Norte
  64. São Gonçalo do Amarante
  65. São José de Mipibu
  66. São José do Campestre
  67. São Miguel do Gostoso
  68. São Paulo do Potengi
  69. São Pedro
  70. Senador Elói de Souza
  71. Senador Georgino Avelino
  72. Serra Caiada
  73. Serra de São Bento
  74. Serra do Mel
  75. Serrinha
  76. Sítio Novo
  77. Taipu
  78. Tangará
  79. Tibau
  80. Tibau do Sul
  81. Touros
  82. Upanema
  83. Várzea
  84. Vera Cruz


Em reunião com Conselho de Turismo, blocos de rua sugerem realizar carnaval público de Caicó na Ilha de Santana

O Conselho de Turismo de Caicó acatou pedido dos dirigentes de blocos de rua e realizou reunião sobre carnaval nesta terça-feira, 11, com blocos, representantes das forças de segurança e empresários de Caicó.

A secretária de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Mara Costa, abriu a reunião e pontuou: “viemos para ouvir os blocos”. Ela estava acompanhada do secretário adjunto de sua pasta, George Victor, e da Procuradora Adjunta, Maria Alice Pereira.

Ao ser facultada a palavra aos dirigentes dos blocos, o primeiro a falar foi o presidente do Bloco Canguru, Anderson Ugiete: “a idéia seria criar barreiras sanitárias e, não tendo como fazer na rua, a realização do carnaval público na Ilha de Santana. O que a gente precisa é que tenha carnaval”, defendeu.

Hoderlan Dantas, presidente do Bloco Furiosa cobrou: “queríamos sair daqui hoje com uma definição, uma alternativa. Uma das alternativas é fazer o carnaval na Ilha de Santana para o público”, defendeu.

Ruy Evandro, diretor do Bloco Treme Treme, disse que a solução aponta para um carnaval na Ilha de Santana: “não vamos deixar o carnaval de Caicó acabar. Se tem como fazer o privado, tem como fazer o público. Precisamos decidir e agir: como fazer o carnaval de Caicó na Ilha de Santana”, expos.

O vereador Diogo Silva defendeu o que já vem expondo em suas redes sociais: “se não puder ter carnaval público, que não tenha o privado”, afirmou.

Já o vereador Andinho Duarte, externou sua preocupação em haver aumento de casos de covid e gripe: “hoje, 80% da população de Caicó é contra a realização do carnaval. Eu me posiciono contra a realização do carnaval”, declarou.

Representando os donos de hotéis e pousadas, Tarcísio Medeiros ‘Vaca Velha’, disse que é a favor do carnaval de rua e de clube: “quem fomenta uma cidade é a economia. O dinheiro que fica aqui num carnaval, nos ajuda gerir o ano todo. Sou economista e sou gerador de emprego, e sei o quanto um carnaval desse deixa para todos os segmentos. Não ter o carnaval é um suicídio para cidade de Caicó”, expressou.

A presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, OAB Caicó, Kalina Leila, esteve presente e afirmou: “entendo que devemos ouvir as autoridades sanitárias. Fico feliz em ouvir a segurança pública e os representantes da nossa economia. Num momento oportuno, vamos nos posicionar enquanto OAB”, afirmou a advogada.

As forças de segurança também se pronunciaram.

O Capitão Jardel Cleber de Araújo, comandante do 6º BPM falou sobre o trabalho da polícia: “a segurança pública a gente vai oferecer. Tenha ou não carnaval. Não havendo carnaval em outros lugares, pergunto: a Ilha de Santana vai dar conta de aglomerar tanta gente?”, questionou.

Capitão Messias, sub-comandante do 3º DPRE, ratificou que a polícia de trânsito está pronta para agir se o carnaval de rua acontecer nas vias ou na Ilha de Santana: “se for na Ilha é melhor, mas onde for estaremos prontos para atuar”, afirmou.

O Capitão Rafael Victor Targino de Araújo, comandante da 2ªCompanhia e Policiamento Ambiental de Caicó, disse que a saúde da população define se deve acontecer, ou não, o carnaval: “não havendo carnaval em outras cidades do Nordeste, Caicó deverá receber mais gente. E precisamos pensar: não é só a covid, mas a gripe também está aí”, alertou.

O representante do Corpo de Bombeiros, Tenente Sharduick e o representante da PRF, Inspetor Santiago, Chefe do Núcleo de Policiamento e fiscalização da delegacia PRF em Caicó, também declararam que suas instituições estão prontas para trabalhar em prol da população, tendo ou não carnaval.

Em alguns momentos, dirigentes de blocos cobraram uma definição se haveria ou não o carnaval de rua, o que foi mediado pela secretária Mara Costa: “estamos aqui para ouvir as sugestões e vamos repassar para o prefeito Dr. Tadeu, e vamos escutar o Comitê Científico Estadual, além de estarmos no aguardo de um decreto do governo do estado sobre a realização do carnaval nos municípios”, ponderou.

Por fim, a procuradora adjunta do município de Caicó, Maria Alice da Silva Pereira, afirmou que “fazer ou não o carnaval de rua de Caicó, não é uma decisão fácil. Dr. Tadeu já assumiu o município dentro da pandemia. E, até agora, a atuação dele tem sido pautada com o cuidado com a vida da população de Caicó”, afirmou.