Para marcar essa celebração o Germinar estará promovendo um grande evento no dia 14 de Outubro a partir das 8h da manhã no Aero Club/ Palácio de Esportes.
Neste dia contaremos com a presenca confirmada da Irmã Maria Raquel do Instituto Hesed que é fruto desta obra e estará pregando para nós.
Além disso uma vasta programação está sendo preparada, onde passearemos pela nossa história com adoração, missa, teatro, terço e encerramento com o Show do Ministério de Música Semear.
Será um dia para entrar na história de todas as famílias de Currais Novos e região.
As vendas acontecerão exclusivamente pelo site que iremos disponibilizar a partir das 12h dessa sexta 01/09. O ingresso custará 20 reais + taxa do site.
Lembramos que as vagas são limitas, venha e traga sua família, seus amigos, sua caravana.
Um estudo realizado pela Associação Europeia de Pilotos, a European Cockpit Association (ECA), revelou dados preocupantes sobre a gestão dos riscos relacionados ao cansaço desses profissionais. Segundo o relatório, três em cada quatro pilotos informou ter caído no sono pelo menos uma vez enquanto operavam uma aeronave.
Já um quarto dos entrevistados informou ter passado por até cinco ou mais episódio do tipo. A pesquisa foi feita com 6.900 profissionais da categoria em 31 países europeus entre 1º e 22 de julho, período considerado alta estação no hemisfério norte.
“Estes são sinais preocupantes e indicações claras de que os riscos de segurança relacionados com a fadiga não são bem geridos em muitas companhias aéreas europeias”, afirma o presidente da ECA, Otjan de Bruijn.
Um dos motivos para essa situação é a precarização da atividade, as oportunidades de descanso cada vez mais raras para evitar a fadiga cumulativa e extensão dos horários de trabalho” da categoria para além dos “parâmetros legais do que é seguro”
O relatório identifica ainda deficiências estruturais na forma como as companhias aéreas europeias gerem o risco de fadiga.
Um exemplo disso é que apenas 10,8% dos pilotos responderam que os relatórios de fadiga levaram a sua companhia aérea a fazer alterações operacionais para melhorar a segurança, apenas 13,2% selecionaram “a empresa comunica bem com a tripulação sobre os relatórios de fadiga” e apenas 12% afirmaram confiar no sistema de relatórios da sua companhia aérea.
Como observa Baines Simmons, consultoria de gestão de segurança da aviação responsável pela pesquisa: “Sem um sistema de relatórios eficaz, é pouco provável que a companhia aérea tenha uma imagem precisa da fadiga na operação, limitando a sua capacidade de gerir o risco de fadiga através da implementação de mitigações eficazes”.
O estudo reforça o alerta feito pela Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA), no fim de junho, para o risco elevado de cansaço entre tripulantes durante o verão e pedido às companhias aéreas que evitassem estender os turnos de trabalho dos pilotos.
Leia na íntegra a nota da AMSO-TR sobre posicionamente referente a mobilização ontem sobre o FPM, que aconteceu na quarta-feira (30).
“A mobilização ocorrida ontem, a partir da unidade do movimento municipalista, não foi contra ou em defesa a qualquer Governo. Neste sentido, Odon Junior, prefeito de Currais Novos e presidente do consórcio público Geoparque Seridó, participou de um ato suprapartidário em função do fortalecimento dos municípios, causa permanente de luta das entidades CNM, FEMURN, Associações e Consórcios Públicos.
Ademais, Odon, como ex-vereador, prefeito e líder municipalista, sempre foi presente e solidário em outros momentos quando iniciativas patrocinadas pelas prefeituras e suas entidades trataram de pautas institucionais de defesa ou fortalecimento dos municípios e das políticas sociais que executa. Ao muito estimado Prefeito Odon Júnior, o respeito e o reconhecimento de seu posicionamento republicano, valor como homem público, gestor municipal e colega de trabalho por todos os que fazem a AMSO-TR.”
O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Carlos Ciocchi, disse, nesta semana, que o sistema de proteção de uma usina demorou mais tempo que o previsto para entrar em ação, gerando uma sobrecarga que causou o apagão energético do último dia 15.
“Esta avaliação só foi possível graças às informações que os agentes [do setor elétrico] nos passaram, mostrando o tempo que o aparelho [um regulador de tensão] de uma usina demorou a entrar em ação”, revelou Ciocchi na abertura da reunião conjunta das comissões de Fiscalização Financeira e Controle e de Minas e Energia da Câmara dos Deputados.
Segundo o diretor-geral do ONS – entidade privada responsável por coordenar e controlar a operação das instalações de geração e transmissão de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional – o equipamento em questão deveria ter demorado 15 milissegundos para entrar em ação, conforme previsto nos projetos habilitados pelos agentes econômicos, mas demorou entre 80 milissegundos e 100 milissegundos.
Ainda de acordo com Ciocchi, ao tentar reconstituir, em simuladores, os fatos que antecederam o apagão do último dia 15, os especialistas do setor não conseguiam obter o desligamento das fontes geradoras usando o tempo de resposta indicado nos projetos. Só ao receber “a pista” de que o equipamento de uma usina pode ter demorado além do tempo previsto para entrar em ação, os técnicos conseguiram reproduzir o evento.
“A grande pista, já discutida com técnicos, engenheiros e com vários experts do setor, é que aí está a causa de uma série de outros eventos, de aberturas de linhas, que levaram a esta desconexão que atingiu praticamente todo o Brasil”, acrescentou o diretor-geral do ONS.
Ciochi reforçou que, conforme divulgado anteriormente, o chamado “evento zero” que contribuiu para que o apagão acontecesse foi o desligamento da linha de transmissão 500kV Quixadá-Fortaleza. Segundo as autoridades do setor, isso ocorreu milissegundos antes da pane momentânea no sistema, por “atuação indevida” dos mecanismos de proteção do Sistema Interligado.
“Repetindo o que falamos à época, isso não foi a causa do fenômeno, pois o sistema brasileiro tem suas redundâncias [proteções em sequência] e é projetado para resistir a uma perda simples desta natureza”, comentou Ciochi, voltando a classificar a ocorrência do dia 15 como um “fenômeno completamente inusitado”.
O apagão energético deixou cerca de 29 milhões de brasileiros sem energia em quase todo o país, com exceção do estado de Roraima, cujo sistema não está ligado ao do resto do país. A interrupção do fornecimento de energia elétrica, que começou por volta das 8h30 (horário de Brasília) do dia 15, afetou as regiões do país de forma diferente.
Nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, de acordo com Ciochi, o serviço foi restabelecido quase que integralmente em menos de uma hora. Já na Região Nordeste, a recuperação demorou mais. Foram necessárias três horas para restabelecer apenas 70% da carga afetada. O impacto foi ainda maior na Região Norte. “Foi praticamente um blecaute total e a recuperação enfrentou algumas dificuldades. Ainda assim, às 15h49, mais de 90% da carga estava recuperada”, apontou o diretor-geral do ONS, admitindo que, em termos nacionais, o apagão foi “de grandes proporções”.
O detalhamento das causas e responsabilidades pelo apagão constarão de um relatório consolidado que o ONS divulgará nas próximas semanas.
Após quatro anos do derramamento de óleo nas praias dos nove estados do Nordeste, além do Espírito Santo e Rio de Janeiro, pescadores ainda reivindicam reparação pelo comprometimento de suas atividades produtivas e dos impactos ambientais nas áreas afetadas. Integrantes da campanha Mar de Luta estão em Brasília em reunião com autoridades e, nesta terça-feira (29), realizaram um ato em frente ao Palácio do Planalto.
A pescadora artesanal Joana Mousinho, de Itapissuma (PE), da Articulação Nacional das Pescadoras, disse que, até hoje, os impactos daquele acidente são muito fortes na economia e na saúde da população. Ela reclama que o Estado não deu nenhum tipo de acompanhamento aos pescadores prejudicados.
“De vez em quando, está aparecendo petróleo nas praias, sumiu algumas espécies, diminuiu as nossas espécies de pescado, de crustáceo, e também tem o problema da saúde. Muita gente que pegou no petróleo, para retirar das praias, dos manguezais, têm sequelas hoje, problemas de saúde”, disse à Agência Brasil.
“Nós estamos reivindicando praias limpas, nem um poço a mais, nem uma perfuração de petróleo a mais, e também para que cuidem de nossa saúde e que tenhamos um ambiente para poder trabalhar. Não queremos cesta básica, a gente quer o direito de trabalhar tranquilamente para cuidar dos nossos familiares”, reivindicou, alertando sobre os perigos de uma possível exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas.
De agosto de 2019 a março de 2020, foram encontradas manchas de óleo em mais de mil localidades, em 11 estados litorâneos, além do que restou submerso ou presente na forma de micropartículas no ambiente. Em dezembro de 2021, a Polícia Federal concluiu a investigação, que apontou que o material veio de um navio petroleiro de origem grega.
A estimativa é que o desastre ambiental afetou o modo de vida de aproximadamente 500 mil pescadores artesanais, que ficaram impossibilitados de vender e consumir os pescados. Na ocasião, o governo federal fez uma concessão extraordinária do seguro defeso e instituiu o auxílio emergencial financeiro para pescadores artesanais, encerrado em 2020. Mas, segundo Joana, a política foi ineficiente e a minoria desses trabalhadores recebeu os recursos, além do valor de um salário mínino, segundo ela, ter sido insignificante diante da repercussão das perdas financeiras.
A campanha Mar de Luta pede ainda a realização de pesquisas sobre a poluição e os impactos socioeconômicos e o rigoroso monitoramento das praias, mangues e oceanos da região afetada.
Pescadores e pescadoras artesanais participam de ato em frente ao Palácio do Planalto – Foto: Henrique Cavalheiro/Divulgação
Após o ato na Praça dos Três Poderes, os representantes da campanha agendaram reunião com a Secretaria-Geral da Presidência, responsável pelo diálogo do governo com a sociedade civil. A assessoria da pasta confirmou a agenda para recepção das reivindicações. Nesta segunda-feira (28), eles também estiveram na Defensoria Pública da União, e ainda há previsão de reunião com parlamentares e promotores.
A campanha Mar de Luta foi lançada em agosto de 2020 para pautar os impactos às comunidades pesqueiras afetadas pelo derramamento de petróleo e reivindicar respostas e reparações do Estado. Ela é organizada por movimentos sociais de pescadores artesanais e organizações ligadas às temáticas de direitos humanos e socioambientais, como o Conselho Pastoral dos Pescadores, o Movimento de Pescadores e Pescadoras Artesanais e a Articulação Nacional das Pescadoras.
Um empresa da área de móveis e eletros está recrutando pessoas do sexo feminino para trabalhar com telemarketing. Vaga só para Currais Novos.
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A Secretaria da Administração Penitenciária (SEAP), em parceria com a Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN), iniciou a instalação de novos pórticos detectores de metais em todas os estabelecimentos prisionais do Rio Grande do Norte. Em breve, o Sistema Penitenciário também será contemplado com novos scanners de Raios-x, tipo esteira, para detecção de materiais. O investimento total é de R$ 1,3 milhão, em mais uma ação de modernização e aparelhamento da Polícia Penal.
Os equipamentos são importantes para manter a rotina e os procedimentos de segurança nos estabelecimentos, sobretudo, tendo em vista as demandas das assistências previstas na Lei de Execuções Penais (LEP).
Os 20 novos pórticos serão instalados na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, Penitenciária Estadual Rogério Coutinho Madruga, Penitenciária Estadual de Parnamirim, Cadeia Pública de Natal, Complexo Penal João Chaves, Unidade Psiquiátrica de Custódia e Tratamento, Central de Recebimento e Triagem, Centro de Detenção Provisória Feminino, Cadeia Pública Dinorá Simas, Cadeia Pública de Mossoró, Complexo Penal Agrícola Doutor Mário Negócio, Complexo Penitenciário Regional de Pau dos Ferros, Cadeia Pública de Caraúbas, Cadeia Pública de Apodi, Penitenciária Estadual do Seridó e Cadeia Pública de Nova Cruz.
O secretário da Administração Penitenciária, Helton Edi, explicou que a ação faz parte da reestruturação da Polícia Penal. Estão previstos R$ 26 milhões para a aquisição de câmeras corporais, esteiras de raios-x, pórticos, aquisição e manutenção de bodyscans, laboratórios de educação e trabalho, projetos de leitura e esporte, reaparelhamento das unidades de saúde, aquisição de insumos para oficinas de costura, chinelos e blocos de concreto, além de construção de uma unidade prisional e a contratação do serviço de monitoramento eletrônico.
Já os scanners para inspeção de materiais serão instalados em sete unidades prisionais. Os equipamentos vão garantir a segurança e intensificar a fiscalização nas entradas principais, coibindo a incursão de objetos que possam trazer riscos a integridades dos policiais penais, servidores e visitantes.
Esses equipamentos são semelhantes aos utilizados na fiscalização de bagagens nos embarques dos aeroportos. São aparelhos robustos para aguentar o ritmo de inspeções diárias, além de possuir sistema computacional de alta tecnologia e sistema de exibição de imagens de alta resolução.
ONDE SERÃO INSTALADOS OS DETECTORES DE METAIS
Penitenciária Estadual de Alcaçuz Penitenciária Estadual Rogério Coutinho Madruga Penitenciária Estadual de Parnamirim Cadeia Pública de Natal Complexo Penal João Chaves Unidade Psiquiátrica de Custódia e Tratamento Central de Recebimento e Triagem Centro de Detenção Provisória Feminino Cadeia Pública Dinorá Simas Cadeia Pública de Mossoró Complexo Penal Agrícola Doutor Mário Negócio Complexo Penitenciário Regional de Pau dos Ferros Cadeia Pública de Caraúbas Cadeia Pública de Apodi Penitenciária Estadual do Seridó Cadeia Pública de Nova Cruz
A Nestlé anunciou a abertura das inscrições para o Programa de Trainee 2024. Esta oportunidade é voltada para profissionais que concluíram seus cursos de ensino superior (graduação, técnico ou licenciatura) no período entre dezembro de 2021 e dezembro de 2023. As inscrições estarão disponíveis até o dia 2 de outubro.
Além de um salário atrativo, os trainees receberão diversos benefícios, incluindo participação nos lucros, cobertura médica, odontológica e farmacêutica, seguro de vida, descontos em produtos Nestlé, licenças parentais, vale refeição, possibilidade de estacionamento (dependendo da localização), acesso ao programa de bem-estar e a uma plataforma online que oferece suporte de profissionais como nutricionistas e psicólogos, além de atividades físicas e mais. Adicionalmente, terão acesso ao Trainee Hub, um incentivo para investir em sua educação contínua.
As áreas abrangidas pelas oportunidades de trainee são variadas, incluindo marketing, finanças, e-commerce, vendas, engenharia, agricultura, tecnologia da informação, cadeia de suprimentos, qualidade, transformação de negócios, Nestlé Professional, centro de serviços compartilhados, entre outras. É importante notar que os candidatos precisarão estar abertos a mudanças de cidade ou estado, bem como a viagens frequentes.
O processo de seleção engloba várias fases, começando por testes online, seguidos de painéis de avaliação com a equipe de Recursos Humanos e líderes da Nestlé, além de entrevistas. Os candidatos escolhidos também terão acesso ao Nestlé LAB, uma plataforma gamificada que oferece módulos sobre gestão de pessoas, sustentabilidade, inovação, empreendedorismo e desenvolvimento de habilidades interpessoais.
Uma comitiva com 60 desenvolvedores brasileiros está na Gamescom, importante evento de jogos eletrônicos realizado em Colônia, na Alemanha. O projeto de internacionalização do setor é uma parceria da Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (ApexBrasil) – e da Associação Brasileira das Desenvolvedoras de Games (Abragames), com participação do Ministério da Cultura (Minc).
A Aoca Game Lab é uma das empresas de games que estão na Alemanha em busca de parcerias. O estúdio, criado em 2016, em Salvador, tem como principal produto o jogo Árida, que tem como personagem central Cícera, uma jovem de 13 anos que vive no sertão brasileiro, no final do século 19, e parte em busca do povoado de Canudos. “A série é desenvolvida em torno dessa relação do universo ficcional, que é o Árida, com esse evento histórico que é muito importante para a formação da identidade do país”, explica o CEO Filipe Pereira.
O jogo foi lançado em 2019, inicialmente para computadores. Com a boa aceitação do público, ganhou uma versão para celulares e tradução para 12 línguas, além do português e inglês. Agora, Pereira quer aumentar as possibilidades de comercialização da aventura histórica e para possibilitar a continuação da série. “Conseguir novas lojas, novos espaços de distribuição do jogo. Mas, também, buscar parceiros para o Árida 2”, diz.
Segundo o Minc, a receita do mercado de games no Brasil é de mais de US$ 2,3 bilhões por ano. Entre as empresas do setor que operam no país, 25% são internacionais.
Desde 2014, o número de estúdios nacionais dedicados aos jogos eletrônicos passou de 200 para mais de mil.
As exportações de frutas pelo Rio Grande do Norte podem ter um crescimento de 5 a 15% em volume e valores na safra, iniciada neste mês de agosto, segundo expectativas e projeções de representantes e interlocutores da fruticultura potiguar ouvidos pela Tribuna do Norte. A avaliação dos produtores locais é de que as principais frutas que saem do Estado, como melão, mamão e melancia seguem em alta e com boa aceitação no mercado europeu, que neste ano, chegou a solicitar antecipação de toneladas de frutas em virtude de questões climáticas na Europa.
Com o melão já consolidado no mercado, a expectativa dos produtores é seguir buscando parcerias e perspectivas para novas transações, em especial na China. Nesta semana, em Mossoró, a 30ª Feira Internacional da Fruticultura Tropical Irrigada (Expofruit) movimentou R$ 80 milhões em negócios e anunciou o início da safra na próxima semana.
Segundo números do Comitê Executivo da Fruticultura do Rio Grande do Norte (Coex/RN), a expectativa para safra de 2023/2024 é de exportação de 400 mil toneladas de frutas, o equivalente a cerca de 18 mil contêineres. As negociações globais podem ultrapassar a casa de R$ 1,5 bilhão. Dados do Coex mostram ainda que cerca de 40% das exportações de frutas do país saem do Rio Grande do Norte e abastecem cerca de 20 países, com destaque para a União Europeia, Estados Unidos, Rússia, Canadá, Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai e diversos países do Oriente Médio. Atualmente, o setor emprega diretamente mais de 20 mil pessoas de forma direta e mais de 50 mil de forma indireta.
Para o presidente do Coex, Fábio Queiroga, as expectativas são animadoras e a safra da fruta, que vai de agosto a março, deve alcançar patamares registrados antes da pandemia de covid-19. Entre as exportações estão melão, melancia, mamão, banana, abóbora e pequenos campos de limão e pitaya.
“Esse quantitativo de 17,5 mil conteineres seria um aumento de 10% em relação ao ano passado mas aproximaríamos os índices que já vínhamos obtendo antes da pandemia quando tivemos as restrições marítimas. Vamos preparar o terreno para crescer ainda mais na próxima edição”, explica.
As avaliações otimistas também são endossadas pelo diretor institucional da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) e da Agrícola Famosa, Luiz Barcellos. “Tivemos pedidos antecipados. A Espanha, nosso concorrente, teve problemas de produção, então por isso a demanda começou muito forte. Estamos embarcando já uma quantidade até maior que no ano passado. Apesar do momento conturbado que a Europa vive economicamente pós pandemia, os fretes estão regularizando, então estamos otimistas. De modo geral nosso crescimento não é tão grande, algo em torno de 5%. O consumo ainda é incerto, mas com essas questões na Europa com menos produção, podemos crescer em relação ao ano passado”, acrescenta.
O secretário de Agricultura e Pesca do Rio Grande do Norte, Guilherme Saldanha, aponta que as expectativas para a safra “são as melhores possíveis” uma vez que a Europa passou por problemas de ordem climática. “Há 30 dias alguns exportadores já pediam a produtores do RN para enviar navios com certa antecedência. Começaremos na próxima semana os embarques para a Europa. Acredito que pelas ocorrências das questões climáticas e o alto custo da energia elétrica na Europa, avalio que devemos crescer e ser o maior exportador de frutas do Brasil. No ano passado exportamos US$ 177 milhões de melão, melancia e mamão. Acredito que em volume devemos crescer em pelo menos 10 a 15%”, avalia.
Apesar das expectativas, os produtores também reforçaram os gargalos existentes no Estado, como condições das estradas e do Porto de Natal, uma vez que parte das frutas do RN é exportada pelos portos do Ceará ou Pernambuco. “Tínhamos a comodidade de termos o porto doméstico e, por consequência, a companhia marítima, a CMA, tomou a decisão de trabalhar em Mucuripe, já visando a necessidade de atracar navios de grande porte – o nosso Porto tem restrições de calado e a CMA com seus navios não poderia atracar. Não é um gargalo porque estamos numa região um tanto próximo do Porto de Mucuripe. Uma restrição maior é a condição de rodovias para Natal e o fato de nossas cargas terem atravessar a cidade para chegar até o Porto”, ressalta Fábio Queiroga.
Setor planeja novos envios à China
Com certificação e autorização para exportação para a China desde janeiro de 2020, o melão produzido no Rio Grande do Norte aguarda parceiros comerciais sólidos e um mecanismo de exportação viável para adentrar de vez o país asiático. É o que apontam interlocutores da fruticultura potiguar, que confirmam que o Estado já enviou pelo menos quatro remessas “testes” de melão e deverá enviar novas na safra que se inicia.
De acordo com Fábio Queiroga, do Coex, logo após a liberação oficial da exportação, empresas sediadas no RN se prestaram a fazer os primeiros embarques para ver a performance da fruta ao longo dos dias que transcorre o trânsito do navio.
“O único que conseguimos foi de São Paulo, então a fruta demorou mais de cinquenta dias para chegar à China, o que não é uma condição ideal. Estamos em busca de outro equipamento que faça uma viagem dedicada cujo trânsito seja inferior a 30 dias”, explica Queiroga.
Ao longo dos últimos três anos, Queiroga confirma que foram feitos embarques marítimos e programas comerciais através do modal aéreo. “Os embarques aéreos são pequenos, apenas pallets. Estamos falando de 10, 15 toneladas por envio. Os marítimos vão com 20 toneladas. Então enviamos de 100 a 120 toneladas via mar e muitos embarques aéreos, mas de pequenas frações”, confirma.
“Recebi uma cotação de uma empresa que se dispôs a fazer um transporte dedicado Brasil/China inferior a 30 dias. Vamos contatar os produtores para que possamos agendar o embarque e validar a performance da fruta na condição que ela tolera”, acrescenta.
O diretor institucional da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), Luiz Barcellos, aponta que o mercado chinês poderá representar um salto no quantitatido de produção e exportação. A autorização por parte do país asiático aconteceu em janeiro de 2020 e desde então produtores potiguares tentam resolver questões logísticas para iniciar as exportações.
“O grande desafio já foi vencido que é a autorização fitossanitária para mandarmos nosso melão à China. Isso é o mais importante e demorou sete anos. O problema é que isso aconteceu no meio da pandemia e os fretes encareceram demais, mesmo para mandar para a Europa saindo daqui já é difícil, imagine para dar a volta ao mundo. Está muito caro e irregular. Esperamos que no pós pandemia com as coisas se equalizando possamos acessar esse mercado. O desafio é encontrar um parceiro comercial adequado que compre nossa fruta”, explica.