Arboviroses: mortes por dengue em 2022 batem recorde no Brasil

Casos prováveis de dengue no RN saíram de 3.886 para 41.400 casos entre 2021 e 2022. Foto: Alex Régis

O Brasil chegou a 987 mortes por dengue este ano, segundo boletim divulgado nesta segunda-feira, 26, pelo Ministério da Saúde. O número é o novo recorde anual de óbitos pela doença, superando o maior patamar anterior, de 986 mortes, registrado em 2015. Desde a década de 1980, quando a dengue ressurgiu no País, não se registraram tantas mortes em um único ano. Como o levantamento considerou os casos registrados até o último dia 17 e ainda há 100 óbitos em investigação, o País ainda pode fechar o ano de 2022 com mais de mil mortes por dengue.

Os casos prováveis notificados de dengue cresceram 965% no Rio Grande do Norte no ano de 2022 em comparação com 2021. Também no período, 20 pessoas morreram por causa da doença, cenário bem diferente do ano passado quando uma pessoa faleceu com dengue no Estado. É o que mostra o último informe epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap). Ao todo, foram registrados 41.400 casos prováveis de dengue no RN – o equivalente a população da cidade de Santa Cruz – até a semana epidemiológica 46 (finalizada em 19 de novembro). No mesmo período do ano passado, o número de casos prováveis contabilizados de dengue era de 3.886.

Segundo especialistas, 2022 foi considerado um ano epidêmico das arboviroses. Assim como a dengue, zika vírus e chikungunya, outras duas doenças causadas pelo mosquito aedes aegypti, também tiveram grandes altas ao longo deste ano. De janeiro até a novembro, o Estado registrou 13.873 casos prováveis de chikungunya (aumento de 215%) com sete mortes ante um óbito no ano passado, além de 3.782 casos prováveis de zika, isto é, um crescimento de 874% em relação ao mesmo período de 2021. Todos os dados são referentes ao intervalo entre as semanas epidemiológicas 1 e 46 (2 de janeiro a 19 de novembro), que é como funciona o calendário na área da saúde.

As mortes este ano no País já superam em mais de 400% as registradas em todo o ano de 2021, quando houve 244 óbitos. O Estado de São Paulo se mantém à frente em número de mortes, com 278 óbitos registrados, seguido por Goiás, com 154. Em uma evidência de que o mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, está se adaptando aos climas mais frios, os Estados da Região Sul aparecem na sequência, completando a lista dos cinco com maior número de mortes: Paraná (108), Santa Catarina (88) e Rio Grande do Sul (66).

O número de casos prováveis de dengue chegou a 1.414.797, com taxa de incidência de 663,2 por 100 mil habitantes. Houve aumento de 163,8% em relação aos casos do mesmo período de 2021. A região Centro-Oeste teve a maior incidência até agora, com 2.028,4 por 100 mil habitantes. O município brasileiro com mais registros é Araraquara, no interior de São Paulo, com 8.716,1 casos por 100 mil moradores. Já em número absoluto, Brasília lidera com 68.654.

Para o infectologista Alexandre Naime Barbosa, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), os números indicam que houve descuido com a prevenção da doença. “Ainda nem acabou a contagem, pois tem dados represados e 100 óbitos em investigação, e já batemos o recorde histórico de mortes por dengue em um ano. Ultrapassamos também 1,4 milhão de casos. Com certeza é o pior ano da dengue em todos os aspectos e isso não aconteceu por acaso. Faltou ação do governo federal em prevenção”, disse.

O número baixo de casos no ano passado, segundo ele, pode ter contribuído para que a população relaxasse nos cuidados básicos, como a eliminação de criadouros do Aedes aegypti, o mosquito transmissor. “Dengue é uma luta contínua, é preciso mostrar que a doença mata e isso se faz com campanhas. Em abril deste ano, nós da Sociedade Brasileira de Infectologia fizemos o primeiro alerta para o grande número de óbitos e a necessidade de retomar as campanhas. Não foi por falta de aviso”, Alexandre Naime Barbosa, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia.

Tribuna do Norte



Verão 2023: bombeiros alertam sobre cuidados durante o final de ano

Foto: Reprodução/@corpodebombeirosdorn

Com a chegada do verão e o aumento do fluxo de veranistas e turistas nas praias do Rio Grande do Norte, o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio Grande do Norte (CBMRN) alerta: água no umbigo sinal de perigo. Dessa forma, para apreciar o verão tranquilo e seguro, são necessários alguns cuidados, como o uso do protetor solar, trânsito seguro e medidas para prevenir o afogamento.

Uma das principais orientações feitas pelos guarda-vidas do CBMRN é para quem vai entrar no ambiente aquático não faça o uso de bebida alcoólica, pois o álcool inibe a noção de perigo. Nadar ou brincar no mar depois de comer não é recomendado, pois corre o risco de congestão. Outra dica é manter-se afastado de pedras e costeiras.

Além dos perigos que os ambientes aquáticos impõem aos adultos, os pais ou familiares devem ficar atentos também com as crianças. Com as praias lotadas nesse período, o CBMRN pede que os familiares tenham atenção redobrada.

Para intensificar as ações educativas no objetivo de prevenir o afogamento e desaparecimento de crianças, o CBMRN e diversos órgãos públicos lançarão no dia 6 de janeiro a Campanha Praia Segura 2023, que está inserida no cronograma da “Operação Verão”.

“O trabalho de prevenção é feito de forma diária, todos os dias da semana e em qualquer período do ano. No entanto, em janeiro,  juntamente com a Cruz Vermelha, distribuímos as pulseirinhas de identificação para a população. É mais um modo de prevenção”, explica o tenente Christian Bari, subcomandante do Grupamento de Busca e Salvamento Aquático.

Revista BZN



RN registra chuva de mais de 100 milímetros durante o fim de semana. Saiba onde mais choveu

Foto: Heilysmar Lima

No final de semana do feriado natalino ocorreram chuvas em todas as regiões do estado, com maior volume de 124,6 milímetros (mm) no município de Coronel Ezequiel, localizado no Agreste Potiguar. Os maiores volumes, por região foram Coronel João pessoa (Oeste Potiguar) com 93,6mm, São Vicente (Central Potiguar) com 92,2mm e Macaíba (Leste Potiguar) com 12,2mm. Os dados do Sistema de Monitoramento Hidrometeorológico Climático e Agrometeorológico do Rio Grande do Norte, administrado pela Empresa de Pesquisa do Rio Grande do Norte (Emparn), referem-se ao período das 7h de sexta-feira (23) até o mesmo horário desta segunda-feira (26). 

As chuvas são causadas pela a associação da condição dos oceanos- as águas do Pacifico seguem mais frias e as do Atlântico, mais aquecidas – e atuação de sistemas meteorológicos. 

No litoral, as temperaturas da última semana do ano poderão atingir a média de 22°C durante as madrugadas e 32°C durante as tardes. Já no interior, os valores poderão variar entre 18°C e 36°C. 

Para o último final de semana do ano, a previsão é de céu parcialmente nublado a claro em todas as regiões, com possibilidade de pancadas de chuva em todas as regiões, na sexta-feira (30) e no sábado (31) e domingo (01), céu parcialmente nublado a claro em todas as regiões.

Portal

Lançado em dezembro de 2021, O portal do sistema de monitoramento, administrado pela Emparn, atingiu 580mil acessos nos últimos doze meses de funcionamento. Neste período,  a média de acessos foi de aproximadamente  2.500 por dia no período chuvoso (jan-jul/2022) e 500 no período seco (ago-dez/2022).

O sistema contribui com a melhoria do planejamento de diversos setores, como turismo, eventos e especialmente as áreas hídrica e agrícola. O portal pode ser acessado pelo site emparn.rn.gov.br, aba meteorologia ou meteorologia.emparn.rn.gov.br

Previsão dia a dia

26/12/22 – segunda-feira – Céu parcialmente nublado a claro no Leste e Agreste. Demais regiões, céu com poucas nuvens.

27/12/22 – terça-feira – Céu parcialmente nublado a claro em todas as regiões, com possibilidade de precipitação no oeste do estado.

28/12/22 – quarta-feira – Céu parcialmente nublado a claro, com possibilidade de pancadas de chuva em todas as regiões.

29/12/22 – quinta-feira – Céu parcialmente nublado a claro em todas as regiões, com possibilidade de pancadas de chuva em todas as regiões.

30/12/22 – sexta-feira – Céu parcialmente nublado a claro em todas as regiões, com possibilidade de pancadas de chuva em todas as regiões.

31/12/22 – sábado – Céu parcialmente nublado a claro em todas as regiões.

01/01/23 – domingo – Céu parcialmente nublado a claro em todas as regiões.

Portal da Tropical



Qualidade de sono das mulheres é pior que a dos homens, indica estudo

Normalmente a duração do período de repouso nos adultos varia entre 7 e 8 horas por noite. Foto: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil

Apesar de dormirem, em média, cerca de 12 minutos a mais do que os homens, a qualidade do sono das mulheres é pior do que a dos homens. A informação é do Instituto do Sono, que cita estudos norte-americanos.

Normalmente a duração do período de repouso nos adultos varia entre 7 e 8 horas por noite. Na análise da ginecologista e pesquisadora do Instituto do Sono, Helena Hachul, a pior qualidade de sono das mulheres está relacionada a alterações hormonais e sobrecarga de tarefas, como atividades profissionais e cuidados com a família.

A pesquisadora explica que sono fragmentado, insônia, sono insuficiente, má percepção de sono e apneia obstrutiva do sono estão entre os problemas mais comuns para as mulheres. Parte desses distúrbios é causada por mudanças hormonais que ocorrem na adolescência, nos ciclos menstruais, na gestação e na menopausa.

Além disso, aspectos sociais contribuem para a piora do sono feminino, já que as mulheres realizam praticamente o dobro de trabalhos domésticos do que os homens e passam duas vezes mais tempo cuidando dos filhos.

“Essa sobrecarga de tarefas, somada muitas vezes às atividades profissionais, resultam em privação de sono. É preciso ver se ela é casada, tem filhos, conta com suporte familiar e trabalha fora. A rotina com múltiplas tarefas e as variações hormonais inerentes ao gênero feminino levam a mulher a precisar de mais tempo de sono. Além disso há o risco aumentado para insônia, que chega a ser 40% superior em comparação ao gênero masculino”, diz Helena.

Fases da vida e hormônios

Segundo Helena, as mulheres na idade reprodutiva tem na primeira metade do ciclo menstrual predomínio de estrogênio e, na segunda, predomínio de progesterona.

“Com isso há as alterações na qualidade do sono que são piores no período pré-menstrual, principalmente se essa mulher tiver Tensão Pré-Menstrual. Há mulheres que têm insônia e outras que têm excesso de sono”.

Outra questão está relacionada a um distúrbio hormonal, o ovário policístico. Esta é uma patologia na qual a mulher tem diversos cistos no ovário que ocasionam a irregularidade menstrual e muitas vezes aumento de hormônio masculino.

“As mulheres que tem ovário policístico têm alterações metabólicas e do ponto de vista de sono apresentam mais ronco e apneia, piorando a qualidade do sono que fica fragmentado”.

A gestação e o pós-parto também contribuem para a baixa qualidade de sono da mulher, variando de acordo com o trimestre pelo qual está passando. No primeiro trimestre é mais comum que haja mais sonolência diurna, no segundo já há maior tranquilidade.

“No terceiro trimestre o sono é fragmentado por conta do aumento do volume abdominal e do tamanho do bebê. Nesse período as interrupções são mais frequentes, podendo haver mais insônia e apneia”.

Helena ressaltou que na menopausa, que marca o final do período reprodutivo, pelo menos 60% das mulheres relata insônia. Neste período há a ausência dos hormônios, o que leva à baixa do estrogênio, causando o aumento das ondas de calor e consequentemente à interrupção do sono.

“Mais de 60% das mulheres na menopausa apresentam insônia e a cada centímetro da cintura que aumenta com a menopausa, aumenta em 5% o risco da mulher ter apneia na pós-menopausa”, explicou a médica.

Agora RN



Qualidade de sono das mulheres é pior que a dos homens, indica estudo

Normalmente a duração do período de repouso nos adultos varia entre 7 e 8 horas por noite. Foto: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil

Apesar de dormirem, em média, cerca de 12 minutos a mais do que os homens, a qualidade do sono das mulheres é pior do que a dos homens. A informação é do Instituto do Sono, que cita estudos norte-americanos.

Normalmente a duração do período de repouso nos adultos varia entre 7 e 8 horas por noite. Na análise da ginecologista e pesquisadora do Instituto do Sono, Helena Hachul, a pior qualidade de sono das mulheres está relacionada a alterações hormonais e sobrecarga de tarefas, como atividades profissionais e cuidados com a família.

A pesquisadora explica que sono fragmentado, insônia, sono insuficiente, má percepção de sono e apneia obstrutiva do sono estão entre os problemas mais comuns para as mulheres. Parte desses distúrbios é causada por mudanças hormonais que ocorrem na adolescência, nos ciclos menstruais, na gestação e na menopausa.

Além disso, aspectos sociais contribuem para a piora do sono feminino, já que as mulheres realizam praticamente o dobro de trabalhos domésticos do que os homens e passam duas vezes mais tempo cuidando dos filhos.

“Essa sobrecarga de tarefas, somada muitas vezes às atividades profissionais, resultam em privação de sono. É preciso ver se ela é casada, tem filhos, conta com suporte familiar e trabalha fora. A rotina com múltiplas tarefas e as variações hormonais inerentes ao gênero feminino levam a mulher a precisar de mais tempo de sono. Além disso há o risco aumentado para insônia, que chega a ser 40% superior em comparação ao gênero masculino”, diz Helena.

Fases da vida e hormônios

Segundo Helena, as mulheres na idade reprodutiva tem na primeira metade do ciclo menstrual predomínio de estrogênio e, na segunda, predomínio de progesterona.

“Com isso há as alterações na qualidade do sono que são piores no período pré-menstrual, principalmente se essa mulher tiver Tensão Pré-Menstrual. Há mulheres que têm insônia e outras que têm excesso de sono”.

Outra questão está relacionada a um distúrbio hormonal, o ovário policístico. Esta é uma patologia na qual a mulher tem diversos cistos no ovário que ocasionam a irregularidade menstrual e muitas vezes aumento de hormônio masculino.

“As mulheres que tem ovário policístico têm alterações metabólicas e do ponto de vista de sono apresentam mais ronco e apneia, piorando a qualidade do sono que fica fragmentado”.

A gestação e o pós-parto também contribuem para a baixa qualidade de sono da mulher, variando de acordo com o trimestre pelo qual está passando. No primeiro trimestre é mais comum que haja mais sonolência diurna, no segundo já há maior tranquilidade.

“No terceiro trimestre o sono é fragmentado por conta do aumento do volume abdominal e do tamanho do bebê. Nesse período as interrupções são mais frequentes, podendo haver mais insônia e apneia”.

Helena ressaltou que na menopausa, que marca o final do período reprodutivo, pelo menos 60% das mulheres relata insônia. Neste período há a ausência dos hormônios, o que leva à baixa do estrogênio, causando o aumento das ondas de calor e consequentemente à interrupção do sono.

“Mais de 60% das mulheres na menopausa apresentam insônia e a cada centímetro da cintura que aumenta com a menopausa, aumenta em 5% o risco da mulher ter apneia na pós-menopausa”, explicou a médica.

Agora RN



Detran divulga Calendário de Licenciamento de Veículos 2023

O valor do tributo não sofreu reajuste e permanece o mesmo cobrado desde 2019, R$ 90,00 – Foto: Divulgação

O Departamento Estadual de Trânsito do RN (Detran) divulgou o calendário anual de Licenciamento de Veículos para o ano de 2023. A taxa tem seus primeiros vencimentos programados para o mês de fevereiro alcançando os veículos com placas finais 1 e 2. O valor do tributo não sofreu reajuste e permanece o mesmo cobrado desde 2019, sendo R$ 90,00 independente do ano ou modelo do veículo.

A taxa de Licenciamento do Rio Grande do Norte se encontra entre as cinco mais baixas dos Detrans de todo o país. O Licenciamento é uma das taxas de pagamento obrigatórias para que o proprietário possa ter acesso ao Certificado de Registro de Licenciamento de Veículo (CRLV) do ano vigente. É exigido que o condutor tenha sempre esse documento em mãos quando dirige veículo automotor e que deve ser apresentando nas blitzen de fiscalização veicular.

O licenciamento é o único tributo referente aos veículos cuja arrecadação é de responsabilidade do Detran, e os valores angariados são utilizados na manutenção física das instalações do Órgão e nas ações empreendidas pela Instituição no estado.

A quitação da taxa pode ser feita pelo site do Detran. O processo de emissão dos boletos é simples, basta que o usuário vá até o endereço eletrônico da instituição digitando www.detran.rn.gov.br ou portal.detran.rn.gov.br. Com a página aberta, o cidadão clica no ícone “Veículos – boletos, infrações, débitos””. Logo em seguida é mostrada uma página onde é possível digitar a numeração da placa e do Renavam do veículo a ser consultado.

Dessa forma é possível ter acesso ao ambiente online onde fica disponível os boletos referentes a taxa de licenciamento, IPVA, DPVAT, Taxa dos Bombeiros, além de possíveis débitos de infrações de trânsito relacionadas ao veículo consultado. Um outro ponto positivo é a possibilidade do proprietário pagar as taxas no banco de sua escolha. É só clicar no imposto que deseja efetuar o pagamento, e imediatamente é aberta uma nova tela com as opções de emissão de boleto direcionado ao Banco do Brasil ou as demais instituições bancárias.



Inflação dos alimentos deve ser menor em 2023, mas ainda desconfortável

Foto: Reprodução

A inflação de alimentos e bebidas tende a subir menos em 2023 do que neste ano, mas deve mostrar um patamar de preços ainda alto e desconfortável para o bolso dos brasileiros, avaliam economistas. A comida cara representa um desafio para o combate à fome no país, uma promessa do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Se a inflação permanece elevada, diminui o alcance de qualquer medida assistencial promovida pelo governo”, afirma o economista André Braz, do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas).

Desde o início da pandemia (de fevereiro de 2020 a novembro de 2022), o grupo alimentação e bebidas acumulou alta de 36,06% no Brasil, conforme dados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).

Só no acumulado de 2022, o grupo alimentação e bebidas avançou 10,91% até novembro, ante 5,13% do índice geral. Em 12 meses até novembro, a alta do segmento foi de 11,84%, contra 5,90% do IPCA.

Para o acumulado de 2023, economistas projetam um avanço de alimentação e bebidas mais próximo do índice geral de preços, cujas estimativas estão na faixa de 5% a 6%.
“A inflação dos alimentos deve ceder, mas lentamente”, prevê Braz. “Deve ser algo em torno de 5% até o final do ano [2023].”

A carestia da comida afeta principalmente a população pobre. Em termos proporcionais, esse grupo destina uma parcela maior do orçamento para a aquisição de produtos básicos.
“Mesmo com a possível desaceleração, a sensação continuará desconfortável [em 2023]”, avalia o economista Fábio Astrauskas, da Siegen Consultoria.

Ele prevê uma inflação de alimentação e bebidas entre 4% e 6% no acumulado do próximo ano, caso não haja grandes problemas climáticos e as projeções positivas para a safra se confirmem.

Na primeira metade de 2022, fortes chuvas reduziram a oferta de frutas, verduras e legumes em regiões como o Sudeste. Houve repasses para os preços. A estiagem que atingiu o Sul também pressionou os alimentos.

Não bastassem os extremos climáticos neste ano, a guerra na Ucrânia elevou as cotações de commodities agrícolas, como milho e trigo, no mercado internacional.

O quadro gerou reflexos no Brasil, já que essas mercadorias servem de base para a fabricação de alimentos.

As pressões de 2022 vieram após a pandemia já ter jogado para cima os custos produtivos no campo. Fertilizantes, por exemplo, ficaram mais caros na crise sanitária.

Em 2023, a provável desaceleração da economia global tende a conter a demanda por commodities e frear os preços, projetam analistas.

Segundo eles, isso deve gerar alguma trégua para a inflação da comida no próximo ano, assim como as boas condições de colheita previstas para o Brasil.

A safra de grãos, cereais e leguminosas de 2023 tende a alcançar 293,6 milhões de toneladas no país, novo recorde de uma série histórica iniciada em 1975, apontou estimativa divulgada neste mês pelo IBGE. O número representaria uma alta de 11,8% em relação a 2022.

“Tudo indica que vamos ter uma produção muito boa em 2023. Tem riscos [para a inflação]? Tem. A guerra continua. Rússia e Ucrânia são grandes produtoras”, afirma o economista Felipe Kotinda, do banco Santander.

Em sua avaliação, que a redução da área plantada de arroz e feijão é um fator de pressão para os preços desses produtos, que vêm perdendo espaço para itens mais voltados ao mercado internacional, como soja e milho. “Preocupa porque está havendo a troca da área plantada.”

Mesmo assim, a inflação dos alimentos para consumo no domicílio deve desacelerar para perto de 4% até o final de 2023, prevê Kotinda. A alta acumulada em 12 meses até novembro de 2022 foi de 13,32%, conforme o IBGE.

As carnes, diz o economista, estão entre os itens que podem ter um alívio mais forte nos preços, em um cenário de trégua dos grãos usados na alimentação animal. “É um cenário mais benigno do que nos últimos anos”, afirma.

O economista Jackson Bittencourt, coordenador do curso de ciências econômicas da PUCPR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná), ainda projeta um avanço na faixa de 8% a 9% para a inflação de alimentação e bebidas no próximo ano. Ele considera “muito difícil” uma variação inferior a esse nível.

“O cenário ainda é de inflação alta. A taxa de desemprego segue pressionada, muita gente está na informalidade. Com preços altos e renda menor, há empobrecimento de parte da população”, afirma.

A carestia, acrescenta o professor, tende a dificultar o combate à fome no ano inicial do novo governo Lula.

“É um grande desafio combater a fome com os preços subindo. Vamos precisar de uma política especial para essa questão”, diz.

“Não sei se vão ser criadas medidas de incentivo, como redução de impostos, empréstimos mais baixos para o agricultor. Mas isso tem um custo, e o governo vai assumir com restrições nas contas públicas”, diz.

Cesta básica supera auxílio Na área social, Lula aposta na manutenção do Auxílio Brasil de R$ 600, com adicional de R$ 150 por criança de até seis anos. O programa social voltará a ser chamado de Bolsa Família.

Em novembro, o preço médio da cesta básica aumentou em 12 das 17 capitais pesquisadas pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
O valor ficou abaixo de R$ 600, o patamar atual do Auxílio Brasil, em apenas cinco cidades. Todas ficam no Nordeste: Aracaju (R$ 511,97), Salvador (R$ 550,67), Recife (R$ 551,30), João Pessoa (R$ 552,43) e Natal (R$ 566,95).

Para frear a carestia, parte dos analistas defende a recomposição pelo governo federal dos estoques reguladores de alimentos, que foram reduzidos nos últimos anos. Essa política visa aumentar a oferta de produtos em períodos de alta dos preços.

“Os estoques são uma política importante de estabilização do fornecimento […]. Trariam mais regularidade, mas é preciso investir em armazenagem, silos, transporte”, diz Astrauskas, da Siegen Consultoria.

Braz, do FGV Ibre, diz que a formação de estoques “não faz milagres e só diminui a volatilidade” dos preços. “Eles são bem-vindos? São muito bem-vindos. Mas não fazem milagre se os preços dos insumos subirem muito.”

Bittencourt, da PUCPR, considera que a medida não é a mais adequada. Segundo ele, a formação de estoques pode desestimular a produção de determinados produtos. “Há políticas de médio ou longo prazo [que podem ser adotadas], mas no curto prazo não tem muita mágica.”

Agora RN



Boletim da Balneabilidade aponta três trechos impróprios e 30 próprios

A base dos dados analisa a quantidade de coliformes termotolerantes encontrados na faixa costeira situada entre os municípios de Nísia Floresta e Extremoz – Foto: Divulgação

O Boletim da Balneabilidade das praias do Rio Grande do Norte Nº 49, emitido nesta sexta-feira (23), informa que 30 trechos analisados estão próprios para banho e três trechos estão impróprios. Os pontos identificados como impróprios são a Praia de Areia Preta, próximo a Praça da Jangada, em Natal; Rio Pium nas proximidades do Balneário Pium, em Parnamirim; e a Foz do Rio Pirangi, localizada em Nísia Floresta.

A base dos dados analisa a quantidade de coliformes termotolerantes encontrados nas águas. A classificação tem por base as normas estabelecidas na Resolução nº 274/2000 do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA.

Foram coletadas e classificadas amostras de água em 33 pontos distribuídos na faixa costeira situada entre os municípios de Nísia Floresta e Extremoz, a fim de informar aos banhistas as condições das praias monitoradas.

O estudo é uma parceria entre o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema), o Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) e a Fundação de Apoio à Educação e ao Desenvolvimento Tecnológico do RN (FUNCERN), e faz parte do Programa Água Azul.

Monitoramento Verão

A equipe de pesquisadores iniciou o monitoramento em outros pontos do Litoral Potiguar, a fim de avaliar a qualidade dos corpos d’água para a recreação de contato primário. Após a quinta coleta consecutiva será possível divulgar a classificação dos trechos analisados. As praias monitoradas estão situadas nos municípios de Baía Formosa, Tibau do Sul, Canguaretama, Ceará-Mirim, Maxaranguape, Touros, Macau, Areia Branca, Grossos e Tibau. Ao todo, durante o período do Verão serão analisados 51 pontos.

As informações completas do boletim estão disponivéis em: idema.rn.gov.br



Rio Grande do Norte tem 42 cidades sob aviso de chuvas; veja lista

A vigência do aviso teve início às 10h da manhã desta sexta e segue até o mesmo horário deste sábado. Foto: Elisa Elsie

O Rio Grande do Norte tem 42 municípios sob aviso de chuvas intensas nesta sexta-feira. O aviso, publicado pelo Instituto Nacional de Meteorologia, tem vigência até às 10h deste sábado (24), véspera de Natal. Durante o período o Inmet alerta para precipitações entre 20 e 30 mm/h ou até 50 mm/dia, além de ventos intensos (40-60 km/h). 

As cidades potiguares listadas no alerta estão concentradas na região Oeste Potiguar. Em decorrência da previsão meteorológica, o Inmet também alerta para baixo risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas.


O instituto também instrui que, em caso de rajadas de vento, as pessoas não se abriguem debaixo de árvores, pois há leve risco de queda e descargas elétricas, além de não estacionar veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda. Durante as chuvas também é recomendado se evitar o uso aparelhos eletrônicos ligados à tomada.

Além do Rio Grande do Norte, o aviso também lista cidades do Ceará, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia. Mais informações podem ser obtidas junto à Defesa Civil (telefone 199) e ao Corpo de Bombeiros (telefone 193).
Veja lista de cidades do RN sob o aviso:

Água Nova

Alexandria 

Almino Afonso 

Antônio Martins 

Apodi 

Baraúna 

Caraúbas 

Coronel João Pessoa 

Doutor Severiano 

Encanto 

Felipe Guerra 

Francisco Dantas 

Frutuoso Gomes 

Governador Dix-Sept Rosado 

Itaú 

João Dias

José da Penha 

Lucrécia 

Luís Gomes 

Major Sales 

Marcelino Vieira 

Martins 

Olho d’Água do Borges 

Paraná 

Patu

Pau dos Ferros 

Pilões 

Portalegre 

Rafael Fernandes 

Rafael Godeiro 

Riacho da Cruz 

Riacho de Santana 

Rodolfo Fernandes 

São Francisco do Oeste 

São Miguel 

Serrinha dos Pintos 

Severiano Melo 

Taboleiro Grande 

Tenente Ananias 

Umarizal 

Venha-Ver 

Viçosa

Tribuna do Norte



“Pavilhão Natalino” de Currais Novos reuniu multidão para show de Geraldo Azevedo e “TBT do DDB”

Foto: Ismael Medeiros

A 1ª edição do “Pavilhão Natalino” que faz parte da programação do “Natal Luzes do Sertão” reuniu uma multidão no largo da Av. Cel José Bezerra na noite desta quinta-feira (22) para os shows de Geraldo Azevedo e o “TBT do DDB”. Antes, o coral “Vozes do Natal” encantou o público que aguardava para o grande momento da noite.


No formato dos grandes eventos realizados no mesmo local, o “Pavilhão Natalino” foi a grande novidade neste ano na programação natalina de Currais Novos, e contou com a parceria importante do CDL, SEBRAE, Sidys Tv a Cabo, Paróquia de Sant’Ana, e diversas empresas que contribuíram com o sucesso do evento, que contou com a presença de visitantes de diversas cidades potiguares e de outros Estados. O cantor pernambucano e um dos principais nomes da Música Popular Brasileira, Geraldo Azevedo foi a atração mais aguardada, e apresentou seu repertório de sucesso com músicas como “Dia branco”, “Táxi Lunar”, “Dona da Minha Cabeça”, dentre tantos outros que levaram milhares de currais-novenses e visitantes à emoção.


O Prefeito Odon Jr e a Vice-Prefeita Ana Albuquerque, além de secretários municipais, recepcionaram o cantor Geraldo Azevedo ao lado da Governadora Fátima Bezerra, que esteve em Currais Novos para reunião com prefeitos do território do “Geoparque Seridó” onde apresentou o projeto básico de sinalização dos geossítios.

Foto: divulgação
Foto: divulgação