Um quadro de colapso em todo um setor econômico, agravado com riscos para a saúde dos trabalhadores e até fome. Este foi o cenário levado por representantes do segmento pesqueiro nordestino à comissão temporária externa para acompanhar as ações de enfrentamento às manchas de óleo no litoral do Nordeste, que já atingiu outras regiões do país. Maria Eliene, representante de pescadores da região do Fortim (CE), foi enfática: esta é a maior crise que já enfrentaram.
— Estamos passando por necessidade. Jamais sofremos um colapso geral como o que estamos passando agora, nas nossas comunidades. E a crise não é só no Fortim, é em todo o litoral leste do Ceará. Todas as comunidades foram afetadas. E a MP 908 não contempla a maioria dos pescadores artesanais, que são os de maior número. Desde que o óleo invadiu as praias, milhares de famílias estão passando fome, porque não conseguiram vender o pescado. E devido à fome, muita gente acaba comendo estes peixes e mariscos, arriscando a saúde — relatou Eliene na reunião desta quinta-feira (5).
Às vésperas do Dia Mundial de Luta Contra a Aids, celebrado no domingo (1) o Ministério da Saúde fez um alerta: 135 mil pessoas no Brasil convivem com o vírus HIV e não sabem.
Na avaliação do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, houve ganhos importantes nos últimos anos, mas ainda há uma série de desafios.
De acordo com os dados apresentados hoje (29), das 900 mil pessoas com HIV, 766 mil foram diagnosticadas, 594 mil fazem tratamento com antirretroviral e 554 mil não transmitem o HIV.
O balanço aponta ainda que o número de contaminados continua subindo no país: há um ano, eram 866 mil pessoas. Somente no ano passado, foram notificados 43,9 mil novos casos.
Ao ressaltar que o Brasil oferece acesso universal ao tratamento, não só de Aids, mas também HIV, o ministro da Saúde comemorou a redução nos casos e, também, na mortandade causada pela doença. Foram evitados quase 12 mil registros de Aids entre 2014 e 2018, e houve queda de mortalidade em 22,8% no período de cinco anos.
Quem achava que o ano iria terminar sem mais um aumento no preço do gás de cozinha, se enganou. A Petrobras, antes mesmo de completar três meses do último reajuste, anunciou para esta quarta-feira (27) novo valor do botijão GLP 13 kg.
Dessa vez, o percentual de 4,0 %, está baseado nos cálculos do Preço Médio Ponderante Fiscal (PMPF) que é resultado de uma pesquisa de mercado que identifica a diferença dos valores praticados no comércio e sobre ela aplicada a alíquota do Imposto sobre a Circulação de mercadorias e serviços (ICMS).
Na prática, isso significa dizer que o botijão de gás GLP de 13 kg, que atualmente está sendo comercializado entre R$ 70 e R$ 75 a vista, terá um aumento de aproximadamente R$ 3. O preço da unidade pode variar de um estabelecimento para outro, em virtude da livre concorrência.
A direção do Sindicato dos Revendedores de Gás GLP da Paraíba (Sinregás-PB) explica que, nos últimos 30 dias, foram registrados dois reajustes que não foram repassados e que agora foram incorporados a essa nova tabela que atinge o consumidor final. “Não temos como absorver aos custos das revendas esse novo aumento, já que é o terceiro dentro de um curto período de apenas um mês”, disse Marcos Antônio Bezerra, presidente Sinregás-PB.
O novo valor que havia sido anunciado oficialmente desde a última segunda-feira (24) para todo o Brasil, passa a valer a partir desta quarta-feira (27) no estado da Paraíba.
Na área da grande João Pessoa, o número de pontos de venda chega a 500 estabelecimentos comercias autorizados, sendo quase 300 postos de revenda estão distribuídos somente na capital.
A Petrobras também decidiu alterar o preço do GLP industrial e comercial. Mas, nesses dois segmentos, o percentual foi de apenas 0,6%. Com a alteração, os preços dos dois produtos foram igualados.
O Sindicato de Bebidas e Águas Minerais do Rio Grande do Norte (Sicramirn) divulgou que o preço da água mineral natural terá reajuste de 10% em todo estado a partir de dezembro. O consumidor deve perceber a diferença já a partir da próxima segunda, 2.
O preço final do garrafão de 20 litros, atualmente, varia entre R$ 5 e R$ 7. Com o reajuste, o valor deve ir a R$ 5,50 e R$ 7,70.
De acordo com o Sicramirn, há dois anos o produto não sofre aumento. Os empresários do setor de produção da água mineral afirmam que não estão conseguindo arcar com a subida de salários e insumos como energia elétrica, lacres, tampas e rótulos.
O setor ainda enfrenta altos custos dos recipientes, que são produzido com material cobrado em Dólar, e a moeda estadunidense tem se valorizado em relação ao Real.
Ainda de acordo com o sindicato, o RN tem preço mais baixo para o produto, porque em estados vizinhos, como a Paraíba, o produto chegaria a custar R$ 10, e no Sudeste o consumidor paga até R$ 18.
O derramamento de óleo que atingiu o litoral do Nordeste e do Espírito Santo chegou ao Rio de Janeiro. O Grupo de Acompanhamento e Avaliação (GAA), formado pela Marinha do Brasil (MB), Agência Nacional de Petróleo (ANP) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), informou por nota, neste sábado (23), que dia 22 pequenos fragmentos do material – cerca de 300 gramas – foram detectados e removidos na Praia de Grussaí, em São João da Barra, no litoral norte fluminense.
“O material foi analisado pelo Instituto de Estudo do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM) e constatado como compatível com o óleo encontrado no litoral da região Nordeste e Espírito Santo”, afirmou o grupo no texto.
O desmatamento na Amazônia subiu 29,5% entre 1º de agosto do ano passado e 31 de julho deste ano, na comparação com os 12 meses anteriores, atingindo a marca de 9.762 km². É a mais alta taxa desde 2008. Porcentualmente, é também o maior salto de um ano para o outro dos últimos 22 anos. Entre agosto de 2017 e julho de 2018 o corte raso da floresta tinha atingido 7.536 km²
A taxa ficou pelo menos 1.500 km² acima da tendência de aumento do desmatamento que vinha sendo observada a partir de 2012. Segundo técnicos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), se a taxa seguisse a tendência dos últimos anos, teria ficado em torno de 8.278 km².
Essa é a análise preliminar do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), o sistema do Inpe que fornece a taxa oficial anual de desmatamento da Amazônia. Os dados foram divulgados na manhã desta segunda-feira, 18, na sede do Inpe, pelos ministros do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes.
Havia uma grande expectativa em torno desses números depois de vários indicadores apontarem que o primeiro ano do governo Jair Bolsonaro reaqueceu o avanço da motosserra sobre a floresta.
O principal deles foi o Deter – outro sistema do Inpe de análise de imagens de satélite e que fornece dados em tempo real a fim de orientar a fiscalização -, que havia indicado para uma alta de quase 50% no desmatamento no período, na comparação com os 12 meses anteriores. Os alertas do Deter mostraram uma perda de 6 840 km² de floresta neste intervalo, ante 4.571 km² entre agosto de 2017 e julho de 2018.
Esses números vinham sendo desacreditados pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, desde o início do ano, e desencadearam uma crise no governo no final de julho, quando o presidente Jair Bolsonaro, em um café da manhã com a imprensa estrangeira, disse que os dados eram mentirosos e insinuou que o então diretor do Inpe, Ricardo Galvão, estaria “a serviço de alguma ONG”.
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Galvão reagiu, afirmou que a atitude do presidente era “pusilânime e covarde” e disse que os dados do Inpe são transparentes, confiáveis e confirmados por outras instituições em todo o mundo
Bolsonaro chegou a dizer que queria ver os dados do desmatamento antes de sua divulgação, ao mesmo tempo em que Salles anunciou que o governo contrataria outro sistema de monitoramento da Amazônia. O desgaste levou à exoneração de Galvão e a um clima de desconfiança de que os dados do Prodes poderiam sofrer algum tipo de censura.
A crise foi agravada no mês seguinte, quando intensos focos de queimada da Amazônia chamaram a atenção de todo o mundo e renderam críticas a Bolsonaro. Em agosto, o número de focos foi 196% superior ao observado no mesmo mês no ano passado.
Cientistas de várias instituições, inclusive da Nasa, alertaram que boa parte do fogo estava relacionada justamente ao desmatamento que tinha ocorrido nos meses anteriores. Depois de derrubada, a floresta estava sendo queimada para a limpeza do terreno.
A pressão nacional e internacional fez o governo reagir, enviando as Forças Armadas para a região. Em setembro, o fogo diminuiu bastante, chegando ao menor valor da série histórica em outubro, mas o desmatamento, por outro lado, não arrefeceu, como continuam indicando os alertas do Deter.
Mesmo durante a vigência da Garantia da Lei e da Ordem (GLO) na Amazônia, a devastação cresceu, conforme revelado pelo Estado em setembro.
Os casos da febre chikungunya atingiram números alarmantes no Rio Grande do Norte em 2019, segundo o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde. Com 13.250 casos registrados em 2019, o estado lidera a região Nordeste em número de casos. São 377,8 casos a cada 100 mil habitantes.
Apesar do grande número de casos, oito óbitos foram registrados no Rio Grande do Norte, o equivalente a 42,11% dos óbitos na região Nordeste. O relatório diz que a Bahia também relatou oito mortes. Em 2018, no mesmo período, foram notificados 2.050 casos no RN; uma média de 58,9 casos por 100 mil habitantes. Neste período foram apenas dois casos com morte, segundo o relatório.
Os casos da febre chikungunya atingiram números alarmantes no Rio Grande do Norte em 2019, segundo o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde. Com 13.250 casos registrados em 2019, o estado lidera a região Nordeste em número de casos. São 377,8 casos a cada 100 mil habitantes.
Apesar do grande número de casos, oito óbitos foram registrados no Rio Grande do Norte, o equivalente a 42,11% dos óbitos na região Nordeste. O relatório diz que a Bahia também relatou oito mortes. Em 2018, no mesmo período, foram notificados 2.050 casos no RN; uma média de 58,9 casos por 100 mil habitantes. Neste período foram apenas dois casos com morte, segundo o relatório.
A nível nacional, apenas o Rio de Janeiro teve mais registros. Foram 84.309 casos no estado carioca, média de 488,3 casos a cada 100 mil habitantes. Os dados divulgados pelo Ministério correspondem ao período de 30 de dezembro de 2018 a 2 de novembro de 2019.
O Boletim da Balneabilidade das praias do RN (nº 46/2019), baseado na quantidade de coliformes fecais encontrados nas águas (Resolução nº 274/2000 do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA) e emitido nesta quinta-feira (14/11), informa que todas as praias potiguares atualmente monitoradas continuam próprias para o banho.
Considerando o recente derramamento de petróleo em alto mar e a chegada deste em muitas praias da costa do Rio Grande do Norte, continuamos recomendando evitar o banho quando se constatar a incidência deste na areia ou na água das praias.
O estudo é uma parceria entre o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (IDEMA), o Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) e a Fundação de Apoio à Educação e ao Desenvolvimento Tecnológico do RN (FUNCERN), fazendo parte do Programa Água Azul.
Foram coletadas, analisadas e classificadas amostras de água em 33 pontos nas praias potiguares, distribuídas na faixa costeira situada entre os municípios de Nísia Floresta e Extremoz, a fim de classificar e informar aos banhistas quais as condições das praias monitoradas para o banho.
Sujeira, matagal e abandono. Esse é o cenário encontrado em um terreno localizado em uma das principais avenidas de Natal, a Deodoro da Fonseca, na Cidade Alta. O local em questão carrega uma série de polêmicas ao longo dos anos.
Inicialmente, era um prédio de três andares adquirido pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte, por cerca de R$ 800 mil, em 2008. No entanto, nunca foi usado pelo órgão. Pior, com o descaso e abandono, a estrutura foi demolida e restou apenas o terreno.
Desde a última sexta-feira (8) a reportagem tenta o contato com a secretaria para saber como foi estabelecida a cessão do imóvel, desde quando foi cedido, por que foi repassado à SMS, para que vai servir e ainda quem é responsável pela limpeza. O próprio Ministério Público foi procurado, mas também não respondeu às chamadas.
A cerca instalada no perímetro do terreno, após a demolição do prédio, não impede o acúmulo de lixo, muito menos o crescimento do mato. Algumas partes da vegetação já superam um metro de altura. Apenas pequeno espaço aparenta alguma limpeza. Segundo o funcionário de uma obra em um estabelecimento vizinho, o próprio chefe dele foi responsável por mandar limpar. “O mato estava encostando no muro daqui e eu limpei”, contou Jean Carlos.
Outro vizinho também relata os problemas causados pelo abandono. De acordo com Eriberto Ferreira, que trabalha em uma gráfica nos fundos do terreno, é comum bichos aparecerem no local. “Sempre aparece barata, rato, escorpião. Faz muito tempo que não limpam isso aí”, declarou.
A Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) programa para esta terça-feira, 12 uma manutenção na Adutora Monsenhor Expedito. O serviço será realizado próximo a cidade de Monte Alegre e tem previsão de duração de oito horas.
De acordo com a companhia, 31 cidades que já abastecidas pela adutora terão o fornecimento de água suspenso. O prazo de normalização é de 48h após a manutenção.
Os municípios atingidos são: Ruy Barbosa, São Pedro, São Tomé, São Paulo do Potengi, Japi, Coronel Ezequiel, Jaçanã, São Bento do Trairi, Lajes Pintadas, São José de Campestre, Serrinha, Sítio Novo, Boa Saúde, Serra Caiada, Lagoa de Velhos, Barcelona, Bom Jesus, Lagoa Salgada, Lagoa de Pedras, Tangará, Santa Cruz, Monte das Gameleiras, Serra de São Bento, Passa e Fica, Lagoa D`anta, Monte Alegre, Ielmo Marinho, Santa Maria, Senador Eloi de Souza e Campo Redondo.
Também será afetada a cidade de Santa Cruz, que não tem o sistema operado pela Caern, mas que recebe água da Adutora Monsenhor Expedito.