O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou integralmente o projeto que excluía do pagamento de adicional de periculosidade a motoristas de veículos com tanque suplementar de combustível. O veto foi publicado no Diário Oficial da União.
Aprovado em votação final na Comissão de Infraestrutura (CI) em setembro, o PL 1.949/2021, da Câmara dos Deputados, tinha como objetivo deixar claro na legislação que a quantidade de inflamável no tanque de combustível original e suplementar do veículo (para consumo próprio) não poderia ser considerada atividade ou operação perigosa que implique riscos ao trabalhador, a ponto de constituir direito ao adicional de periculosidade.
Na justificativa para o veto, o governo alegou que o projeto fere a legislação trabalhista.
“A proposição legislativa contraria o interesse público, pois estabeleceria, em lei, hipóteses de descaracterização de periculosidade das atividades e operações sem indicar, de maneira objetiva, critérios e parâmetros para as quantidades de inflamáveis líquidos ou gasosos liquefeitos que possam ser transportadas de forma a garantir a proteção e a segurança dos trabalhadores do setor de transporte de cargas e de passageiros, em desacordo ao disposto na legislação trabalhista”.
Uma norma do Ministério do Trabalho exclui do pagamento de periculosidade o transporte de até 200 litros de combustível líquido e 135 quilos para inflamáveis gasosos liquefeitos. Mas de acordo com o relator do projeto na CI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), a legislação está desatualizada, o que gera ações na Justiça.
“Os caminhões aumentaram muito em capacidade de carga e tração, bem como em autonomia, avanços que, obviamente, demandaram um aumento da capacidade dos seus tanques de óleo diesel, bem como, por vezes, a instalação de tanques suplementares, para ampliação dessa autonomia. Ao mesmo tempo, houve um grande avanço na segurança veicular dos caminhões”.
A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT – Decreto-Lei 5.452, de 1943) considera atividades ou operações perigosas as que impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador a inflamáveis, explosivos ou energia elétrica em geral, entre outros fatores. Também se enquadram na categoria de periculosidade os trabalhadores usam motocicleta. O trabalhador recebe como adicional de periculosidade um percentual de 30% sobre o salário.
O veto deverá ser analisado em sessão do Congresso Nacional.
A Escola Agrícola de Jundiaí (EAJ), por meio da Comperve, divulga o edital para o processo seletivo dos cursos técnicos nas modalidades Integrado e Subsequente. Os cursos ofertados são: Agroindústria (integrado e subsequente), Agropecuária (integrado e subsequente), Aquicultura (integrado e subsequente), Informática (integrado), Gastronomia (subsequente) e Veterinária (subsequente). As inscrições serão realizadas até o dia 19 de novembro de 2023, exclusivamente pelo site comperve.ufrn.br.
As provas serão aplicadas no dia 10 de dezembro de 2023, nos municípios de Natal, Caicó, Currais Novos, Santa Cruz e Macaíba. Ao todo são 316 vagas ofertadas. Os cursos técnicos integrados ao ensino médio ofertados pela EAJ funcionarão em tempo integral (dois turnos) e os cursos técnicos na modalidade subsequente poderão funcionar em tempo integral ou parcial, no turno diurno.
Os cursos técnicos integrados ao ensino médio (Agropecuária, Agroindústria, Aquicultura e Informática) terão duração de três anos. Os cursos técnicos subsequentes terão duração de um ano e meio (Aquicultura e Gastronomia) e dois anos (Agroindústria, Agropecuária e Veterinária).
Inscrição e isenção
A inscrição será realizada pela internet, a partir das 08h do dia 23 de outubro de 2022 até às 23h59min do dia 19 de novembro de 2022. A taxa de inscrição será no valor de R$ 30. Para se inscrever, o estudante deve, obrigatoriamente, ter Cadastro de Pessoa Física (CPF), documento de identificação e preencher todos os campos do formulário de inscrição, disponibilizado no site da Comperve.
No preenchimento do formulário de inscrição, o candidato deverá, anexar seu histórico escolar do Ensino Fundamental (para modalidade integrado) ou do Ensino Médio (para modalidade subsequente), digitalizado de forma legível e no formato PDF. Na impossibilidade de anexar o histórico escolar, o(a) candidato(a) poderá anexar declaração de conclusão de curso, devidamente assinada e carimbada.
O candidato terá direito apenas a uma inscrição. No entanto, no ato da inscrição o estudante poderá indicar a 1ª e a 2ª opção de curso, na modalidade em que está concorrendo (integrado ao ensino médio ou subsequente). Após o envio do formulário de inscrição, não será possível substituir as opções de curso e de local de realização das provas. A inscrição somente será consolidada mediante confirmação do pagamento efetuado pela Comperve.
Para isenção do pagamento da taxa de inscrição do seletivo, o candidato necessita estar inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), e ser membro de família de baixa renda. O processo de isenção será entre 23 de outubro a 03 de novembro de 2023.
Locais das provas e aplicação
Os candidatos a partir do dia 24 de novembro de 2023, devem acessar o site da Comperve (www.comperve.ufrn.br) para consultar a validação de sua inscrição. O candidato que não obtiver a validação da inscrição, deverá mandar a cópia do comprovante de pagamento, no período de 25 a 26. Os locais de realização das provas serão divulgados a partir do dia 01º de dezembro de 2023.
A prova para cursos técnicos integrados ao ensino médio será constituída de 40 questões de múltipla escolha, nas áreas de: Português (20) e Matemática (20). Para os cursos técnicos na modalidade subsequente, a prova objetiva será constituída de 30 questões de múltipla escolha, sendo (15) Português e (15) Matemática.
Os candidatos terão no máximo 3 (três) horas para responder a todas as questões e preencher a Folha de Respostas. Ademais, os alunos deverão levar, no dia de aplicação das provas, caneta esferográfica, de tinta na cor preta em material transparente.
A fim de debater a temática da História dos Sertões, o Centro de Ensino Superior do Seridó (Ceres/UFRN) promove a 6ª Jornada Nacional de História dos Sertões. Organizado por mestrandos do Programa de Pós-graduação em História dos Sertões (PPGHC), o evento acontece no período de 21 de novembro a 1º de dezembro, em formato remoto, pelo YouTube. Para os interessados em participar, as inscrições já estão abertas.
Realizado concomitante ao 2º Colóquio Regional Sertões, Tempo, Espaço e Natureza, a 6ª edição da Jornada Nacional de História dos Sertões apresenta o tema Conflitos, guerras e resistências nos sertões. Segundo Gabriel Freire, mestrando do PPGHC e um dos organizadores do evento, esse assunto está relacionado a uma política de despovoamento e repovoamento. “A particularidade do que foram esses conflitos acabou por se tornar um grande laboratório para se compreender a complexidade que foram e o que são os sertões do Brasil”, pontua.
O mestrando comenta ainda que, a partir da percepção mais abrangente de conflito, de guerras e de resistências, cabe pensar como os agentes de diversos sertões do Brasil reagiram à invasão e ao cerceamento de suas liberdades. “Refletir sobre esses eventos em sua relação com os sertões, as sociedades sertanejas e o modo como estas foram situadas se faz necessário, urgente e pertinente”, ressalta Gabriel Freire.
A partir da contribuição de pesquisadores da História e das humanidades, a ação aposta no fortalecimento do campo da História dos Sertões, além de buscar prosseguir edições anteriores da Jornada, realizada desde 2016. O evento é promovido, também, por meio da contribuição do Grupo de Pesquisa Sociedade e Cultura em Sertões Coloniais (Sercol) e do Laboratório de Estudos de Populações Sertanejas (Lapops).
A Jornada contará com cinco mesas temáticas, a serem realizadas no horário das 14h às 16h30. No dia 21 de novembro, os participantes assistirão à primeira mesa, com o tema Natureza e espaço em disputa nos sertões: um olhar historiográfico, com os professores Adilson Junior, da Universidade Federal do Pará (UFPA), e Tyego Franklim, doutor pelo Programa de Pós-Graduação em História (PPGH), vinculado ao Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA/UFRN). No dia 24 de novembro, haverá o segundo encontro, intitulado As relações história, natureza e território, conduzido pelos docentes Ana Isabel Ribeiro, da Universidade Regional do Cariri (Urca), e Lígio José, da UFRN.
Já no dia 27 de novembro, a comunidade acadêmica participará da mesa temática Resistência e Memórias em comunidades quilombolas nos sertões, ministrada pelos professores Eurípedes Antônio, da Universidade Federal do Ceará (UFC), e Sebastião Genicarlos, doutorando pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). O quarto encontro acontece no dia 30 de novembro, com a mesa temática Novos olhares sobre a conquista dos sertões – a “Guerra dos Bárbaros”, com as docentes Kalina Vanderlei, da Universidade de Pernambuco (UPE), e Lucia Paiacu, da Liderança Indígena Tapuia Paiacu do Apodi.
Para finalizar a 6ª edição da Jornada Nacional de História dos Sertões, no dia 1º de dezembro, será realizada a quinta mesa temática, com o tema Palmares revisitado – Novos olhares sobre a conquista dos sertões. O debate será conduzido pelos docentes Rômulo Luiz Xavier, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), e Rosa Lucia Lima, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal).
Gestores, profissionais e responsáveis técnicos da área da saúde do homem reuniram-se na manhã desta segunda-feira (6) para discutir as perspectivas de cuidado integral dessa população no Rio Grande do Norte. A ação faz parte da programação do Novembro Azul conduzida pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), através da Área Técnica de Atenção à Saúde do Homem.
O encontro dá também continuidade ao II Seminário Estadual da Saúde do Homem, realizado em setembro. Criado em 2003, o movimento do Novembro Azul visava inicialmente a conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de próstata. Atualmente, porém, também a partir das orientações do Ministério da Saúde, o período serve para ampliar discussões sobre o cuidado do homem, que por média procura menos os serviços de saúde e se cuida menos. De acordo com o Ministério da Saúde, entre 2014 e este ano, apenas 25,4% dos atendimentos individuais da atenção primária à saúde foram de usuários do sexo masculino entre 20 a 59 anos.
“Temos que trabalhar com a perspectiva integral do cuidado, levando em conta os fatores históricos. É preciso pensar estratégias e ações que atraiam os homens para os serviços de saúde no RN”, comentou Jussara Dantas, coordenadora da Área Técnica de Atenção à Saúde do Homem da Sesap.
Entre outros pontos, durante o evento os profissionais puderam discutir situações como as principais causas de adoecimento na população masculina de 20 a 59 anos no RN. São elas (2018-2023): 28,86% causas externas, 13,32% doenças do aparelho digestivo, 10,20% neoplasias, 9,81% doenças infecciosas e parasitárias, 8,63% doenças do aparelho circulatório de acordo. Já entre 2018 e 2021, os dados de mortalidade no mesmo grupo apontam que 38% dos óbitos foram decorrentes de causas externas (agressões, acidentes de transporte e lesões autoprovocadas voluntariamente), 15% doenças do aparelho circulatório (principalmente infarto agudo do miocárdio), 12% doenças infecciosas e parasitárias, 9% neoplasias e 7% doenças do aparelho digestivo.
Em termos de câncer de próstata, que é o segundo tipo de câncer mais incidente na população masculina em todas as regiões do país, as estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA) apontam que o RN deve ter cerca de 1450 casos novos em 2023. O Ministério da Saúde reforça a recomendação a estados e municípios para não realizarem campanhas para convocar homens assintomáticos para a realização de rastreamento com PSA e/ou toque retal, devendo-se abordar a saúde da população masculina a partir de uma perspectiva integral, que aproxime os homens das práticas de cuidado de si e de seus familiares.
A Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil (BB) começam, nesta terça-feira (7), a renegociar as dívidas de estudantes com o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Os débitos em atraso poderão ter até 100% de desconto em juros e multas e, no caso de liquidação integral do contrato, o desconto chega a 99% do valor consolidado da dívida.
Na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou lei que autoriza as renegociações. Nesta segunda-feira (6), o ministro da Educação, Camilo Santana, disse que a preocupação do presidente é dar celeridade aos procedimentos.
“São mais de 1 milhão e 240 mil pessoas no Brasil que terão direito e o presidente tem chamado de Desenrola da Educação. Significa R$ 54 bilhões de dívidas desses brasileiros e brasileiras que muitas vezes estão com seu nome comprometido, o nome sujo, né, como se diz, no Serasa, e que terão oportunidade de renegociar suas dívidas. Inclusive, com condições muito favoráveis, podendo chegar até 99% do principal e 100% dos juros e multa, ou seja, a pessoa pode pagar 1% da dívida dependendo da condição que ela esteja”, disse após reunião com Lula, no Palácio do Planalto.
Também participaram do encontro representantes da Caixa, do BB e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que opera o Fies. Segundo Camilo Santana, na última sexta-feira (2), o comitê gestor do Fies esteve reunido e aprovou resolução com as condições para as renegociações. O documento será publicado ainda hoje no Diário Oficial da União.
A lei criou condições mais favoráveis de amortização para estudantes com contratos do Fies celebrados até o fim de 2017 e com débitos vencidos e não pagos em 30 de junho de 2023. O ministro da Educação afirmou ainda que, mesmo quem está com as contas em dia com o Fies terá algumas vantagens para pagamento da dívida principal.
De acordo com o Ministério da Educação (MEC), o estudante beneficiário que tenha débitos vencidos poderá liquidá-los nos seguintes termos:
• Estudantes com débitos vencidos e não pagos há mais de 90 dias em 30 de junho de 2023, com desconto de até 100% sobre encargos (juros e multas pelo atraso no pagamento) e de 12% sobre o valor financiado pendente, para pagamento à vista; ou parcelamento em até 150 parcelas mensais e sucessivas do valor financiado pendente, com desconto de 100% dos encargos (juros e multas pelo atraso no pagamento), mantidas as demais condições do contrato (ou seja, ficam mantidas as condições de garantia e eventuais taxas de juros do contrato).
• Estudantes com débitos vencidos e não pagos há mais de 360 dias em 30 de junho de 2023, que estejam inscritos no Cadastro Único ou que tenham sido beneficiários do Auxílio Emergencial 2021, com desconto de até 99% do valor consolidado da dívida, inclusive principal, por meio da liquidação integral do saldo devedor em até 15 prestações mensais e sucessivas.
• Estudantes com débitos vencidos e não pagos há mais de 360 dias em 30 de junho de 2023, que não se enquadrem na hipótese prevista no item anterior, com desconto de até 77% do valor consolidado da dívida, inclusive principal, por meio da liquidação integral do saldo devedor em até 15 prestações mensais e sucessivas.
A lei sancionada pelo presidente Lula também estabeleceu um teto de contribuição ao Fundo Garantidor do Fundo de Financiamento Estudantil (FG-Fies), de 27,5%, referente aos aportes sobre as obrigações financeiras das universidades que aderem, voluntariamente, ao programa, após o quinto ano de sua adesão.
Segundo o MEC, a medida visa contornar o quadro de elevada contribuição pelas mantenedoras ao Fundo Garantidor, o que onera as mantenedoras e prejudica sua capacidade de oferta de vagas ao Fies.
Na 3ª Semana da Cultura, a Administração Municipal de Acari se orgulha de apresentar um trabalho audiovisual notável intitulado “Sementes do Acari”, uma web série composta por seis emocionantes episódios.
O projeto “Sementes do Acari” é, como o próprio nome sugere, uma metáfora para as ideias e iniciativas que podem ser semeadas, cultivadas e cuidadas por todos nós. Esse processo já está em andamento, muitas vezes de forma intuitiva, pelas mãos dedicadas dos acarienses.
Subintitulada com “Primeira Expedição Seridó”, esse trabalho audiovisual foi conduzido pelo renomado diretor de cinema, Duto Sperry. Sua missão foi registrar e compartilhar as histórias, tradições e conhecimentos dos sábios filhos e filhas da terra de Acari. O objetivo é não apenas divulgar, mas também incentivar e inspirar outras iniciativas a florescerem.
As imagens e relatos captados com sensibilidade e carinho agora serão disponibilizados a partir de 8 de novembro em uma web série acessível nas plataformas digitais da Prefeitura de Acari no perfil oficial @prefeituradeacari e também será veiculada na TV Climatempo. Não perca a oportunidade de mergulhar nas riquezas culturais e humanas desta terra incrível. Junte-se a nós e seja parte da jornada de descoberta de “Sementes do Acari”.
A jovem ativista palestina Ahed Tamimi, de 22 anos, foi presa na madrugada desta segunda-feira (6) pelo Exército de Israel na Cisjordânia ocupada. Ícone da resistência palestina, Tamimi foi acusada de “incitação ao terrorismo”.
Segundo o Exército israelense, Tamimi foi detida em uma operação “destinada a deter indivíduos suspeitos de estarem envolvidos em atividades terroristas e de incitamento ao ódio”, segundo a agência internacional de notícias RTP.
A ativista ficou mundialmente famosa aos 14 anos, em 2012, ao ser filmada mordendo um soldado israelense para tentar impedir a detenção do irmão mais novo. Em 2017, ela ficou detida por oito meses por ter dando tapas em dois soldados israelenses próximo à residência da sua família, em Nabi Saleh, na Cisjordânia Ocupada, enquanto pedia que eles fossem embora.
Em uma rede social, o ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Bem Gvir, publicou uma foto da ativista sendo presa e comemorou a detenção. “Tolerância zero com terroristas e apoiadores do terrorismo”, disse.
A prisão de Tamimi ocorre em meio a uma série de operações do Exército de Israel na Cisjordânia ocupada, que viu a violência aumentar após o ataque do Hamas contra Israel, no dia 7 de outubro.
Desde o dia 7 de outubro, o número de palestinos assassinados por força de Israel na Cisjordânia chegou 141, incluindo 43 crianças. Outros oito palestinos foram mortos por colonos israelenses e dois israelenses foram mortos por palestinos, segundo informe do Escritório das Nações Unidas para Assuntos Humanitários (Ocha).
O território da Palestina reconhecido internacionalmente é formado pela Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas, e pela Cisjordânia, controlada parcialmente pela Autoridade Palestina, entidade essa que, ao contrário do Hamas, é reconhecida por Israel e pela maior parte da comunidade internacional como o legítimo representante do povo palestino.
A Subsecretaria do Trabalho da Sethas-RN, por meio do SINE-RN, oferece, nesta segunda-feira (6), 170 vagas de empregos para as cidades de Natal, Mossoró, Santa Cruz e Currais Novos.
Para concorrer às vagas, o(a) candidato(a) deve se cadastrar via Internet no Portal Emprega Brasil do Ministério do Trabalho e Emprego, através do endereço empregabrasil.mte.gov.br ou nos aplicativos Sine Fácil e Carteira de Trabalho Digital, disponíveis para Android e IOS.
As vagas para pessoas com deficiência são uma parceria da Subsecretaria do Trabalho da SETHAS com a Coordenadoria de Promoção e Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Semjidh.
Todas as oportunidades estão sujeitas a alteração. Para saber em tempo real qual ocupação está de acordo com seu perfil profissional é necessário acessar o empregabrasil.mte.gov.br com o seu login (PIS) e senha ou através do celular no aplicativo SINE Fácil.
Caso o candidato queira tirar alguma dúvida ou agendar atendimento para Seguro Desemprego, é necessário ligar para os números (84) 3190-0783 e 3190-0788. O atendimento é de segunda a sexta, das 8h às 14h.
Natal e Região Metropolitana
ADVOGADO DE EMPRESA 01 Escolaridade: superior completo em direito
AJUDANTE DE FORNEIRO 01 Experiência profissional exigida de 06 meses Escolaridade: ensino fundamental completo
AUXILIAR DE CABELEIREIRO 02 Experiência profissional exigida de 06 meses Escolaridade: ensino médio completo
AUXILIAR DE MECÂNICO DE AUTOS 01 Experiência profissional exigida de 06 meses Escolaridade: ensino fundamental completo
COSTUREIRA EM GERAL 01 Experiência profissional exigida de 06 meses Escolaridade: ensino fundamental completo
ESTOFADOR DE MÓVEIS 01 Experiência profissional exigida de 06 meses Escolaridade: ensino fundamental completo INSTALADOR DE SISTEMAS ELETROELETRÔNICOS DE SEGURANÇA 02 Experiência profissional exigida de 06 meses Escolaridade: ensino médio completo
MAGAREFE 01 Experiência profissional exigida de 06 meses Escolaridade: ensino fundamental completo
MANICURE/PEDICURE 04 Experiência profissional exigida de 06 meses Escolaridade: ensino médio completo
TÉCNICO AGRÍCOLA 01 Experiência profissional exigida de 06 meses Escolaridade: ensino médio completo
Mossoró e Região
COSTUREIRA EM GERAL 01 Experiência profissional exigida de 06 meses Escolaridade: ensino fundamental completo
ENCANADOR 01 Experiência profissional exigida de 06 meses Escolaridade: ensino fundamental completo
MOTORISTA ENTREGADOR 02 Experiência profissional exigida de 06 meses Escolaridade: ensino fundamental completo
Santa Cruz e Região
CARPINTEIRO 02 Experiência profissional exigida de 06 meses Escolaridade: ensino fundamental completo
MOTORISTA DE ÔNIBUS RODOVIÁRIO 01 Experiência profissional exigida de 06 meses Escolaridade: ensino médio completo Trabalhador deve possuir habilitação
OPERADOR DE MOTOSSERRA 20 Experiência profissional exigida de 06 meses Escolaridade: ensino fundamental completo
PEDREIRO 02 Experiência profissional exigida de 06 meses Escolaridade: ensino fundamental completo
SERVENTE DE OBRAS 80 Experiência profissional exigida de 06 meses Escolaridade: ensino fundamental completo
SINALEIRO DE CAMPO NAS OPERAÇÕES DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DE ELEVAÇÕES 45 Experiência profissional exigida de 06 meses Escolaridade: ensino fundamental completo
Currais Novos e Região
AJUDANTE DE MOTORISTA 01 Experiência profissional exigida de 06 meses Escolaridade: ensino fundamental completo Trabalhador deve possuir habilitação
A previsão do tempo, compilada pelo Portal Clima Tempo nesta segunda-feira (6), aponta uma semana com chance de chuva em 90% todos os dias até sexta-feira (10) em Natal, enquanto os principais municípios da região Oeste, Seridó e Polo Costa Branca do Rio Grande do Norte não devem registar precipitações. A maior temperatura da semana fica com Caicó, com 40ºC. As expectativas podem sofrer alterações ao decorrer a semana. Confira detalhes:
Natal
Para todos os dias, de segunda (6) a sexta-feira (10), a previsão do Portal Clima Tempo aponta Sol com algumas nuvens, chuva passageira durante a tarde e tempo firme durante o período da noite. A chance de precipitações ficam em 90%, com 3 a 5mm. As temperaturas devem variar entre a mínima de 25ºC e máxima de 32ºC.
Parnamirim
Cidade região metropolitana de Natal, Parnamirim segue a mesma previsão da capital para a semana. De segunda a sexta-feira será de Sol com algumas nuvens, chuva passageira durante a tarde e tempo firme durante o período da noite. A chance de chuva é de 90%, com 5mm todos os dias. As temperaturas ficam entre 35ºC e 32ºC.
Mossoró
Na Região Oeste do RN, de segunda a sexta-feira será de Sol com algumas nuvens, mas sem possibilidade de chuvas. A mínima será de 23ºC e a máxima pode alcançar até 36ºC.
Caicó
O Seridó tem previsão semelhante ao Oeste, com Sol acompanhado de algumas nuvens. A chance de chuva fica em 0% de segunda a sexta-feira. A máxima é a maior entre todas as cidades analisadas, com 40ºC. A mínima fica a partir de 24ºC.
Macau
Representando o Polo Costa Branca, Macau tem a semana seguindo o mesmo padrão das regiões do Seridó e Oeste do Rio Grande do Norte. O Sol prevalece com algumas nuvens e sem chance de chuva. As temperaturas ficam entre a mínima de 24ºC e máxima de 35ºC.
Desde o início da guerra Israel-Hamas, Isa Zeita, 36, só fuma, joga cartas e toma café em um tradicional ponto de encontro de trabalhadores da construção civil de um vilarejo próximo a Ramallah, na Cisjordânia. Ali ele passa os dias esperando uma ligação, uma mensagem de WhatsApp, uma informação qualquer sobre quando voltará a trabalhar.
“Naquele dia eles me ligaram a noite dizendo que não era para eu ir ao trabalho no dia seguinte, que tudo ia parar”, conta Zeita, em referência ao 7 de Outubro, o sábado em que o conflito estourou. “Liguei para meu patrão na segunda-feira, mas ele disse que não sabia quando íamos voltar a trabalhar. Desde então, ele não atende mais minhas ligações.”
Zeita, pai de quatro filhos pequenos, é um dos quase 100 mil trabalhadores palestinos que trabalhavam na construção civil em Israel até o massacre perpetrado pelo Hamas que deixou cerca de 1.400 mortos. Desde aquele dia, o governo de Binyamin Netanyahu suspendeu as permissões de trabalho para palestinos que vivem na Cisjordânia e em Gaza. Ao todo, o governo da Autoridade Nacional Palestina (ANP) estima que cerca de 140 mil pessoas estão sem trabalhar em decorrência da medida.
“Estou há quase um mês sem conseguir fazer um único centavo”, diz Zeita. “As coisas estão começando a ficar muito complicadas.”
Ele e os outros trabalhadores que passam o dia jogando cartas não estão conseguindo nem mesmo comprar o café que tomam. “Eles estão todos desempregados, o que eu posso fazer? Um dia eles me pagam”, diz Samir Saad, 70, dono do modesto café onde os agora desempregados se reúnem. “Trabalho aqui há mais de 30 anos, nunca vi uma situação assim, nem na Segunda Intifada.”
Os trabalhadores palestinos respondem por mais de 60% da mão de obra que atua no serviço mais pesado da construção civil. Os 40% restantes são trabalhadores do Leste Europeu, do Sudeste Asiático e até mesmo do extremo Oriente, como a China. Israelenses geralmente se recusam a trabalhar em postos de baixa qualificação.
“Estamos num momento muito complicado no setor. Não temos os trabalhadores necessários para que as obras sigam; de uma hora para a outra perdemos dezenas de milhares de operários”, diz Haim Feiglin, 70, vice-presidente da Associação das empresas de Construção Civil de Israel. “Nós não conseguimos ver a possibilidade de voltar a trabalhar com os palestinos nos próximos anos. Simplesmente não há mais espaço para isso depois do que aconteceu.”
Feiglin diz que o setor de construção está pressionando o governo de Israel para que libere até 100 mil vistos de trabalho, de modo que as empresas possam trazer operários de outros países para substituir os palestinos. “Nós estamos negociando com a Índia para que possamos já nesse primeiro momento contratar entre 50 mil e 100 mil operários. Não podemos ficar na situação em que estamos”, diz Feiglin.
Nem todos os operários se foram. Chineses e árabes-israelenses que têm a cidadania do país seguem trabalhando. “Em alguns lugares há alguma atividade, mas em muitos pontos, como aqui, os prefeitos decidiram proibir qualquer atividade na construção até que possamos trazer estrangeiros e garantir que não teremos palestinos. É uma decisão política”, acrescenta Feiglin.
Foi o que aconteceu em Ramat Gan, uma cidade ao lado de Tel Aviv. Ali a prefeitura suspendeu todas as atividades ligadas à construção. “As pessoas estão assustadas, apavoradas, não podem nem ao mesmo ouvir alguém falar em árabe e estão pressionando os governos locais”, conta o líder setorial.
A empresa de Feiglin está construindo três edifícios, com 180 apartamentos, vendidos por cerca de US$ 1 milhão cada um. Nos arredores das obras, vizinhos se dizem aliviados com a suspensão das atividades. “Acabou, não há mais espaço para eles aqui. Teremos que trazer pessoas de outros lugares. Não há mais como termos palestinos entre nós”, afirma Avi, 65, que não quis dizer o sobrenome à reportagem.
Como muitos outros, ele descarta a possibilidade de haver qualquer coexistência com os palestinos, mesmo com aqueles que vivem na Cisjordânia. “Agora temos que achar pessoas que queiram vir aqui para trabalhar, que não queiram casar, viver, ter uma vida aqui. Temos que achar quem entenda que isso é trabalho.”
A decisão do governo israelense em suspender o visto de trabalho dos palestinos deve provocar impactos devastadores na economia da Cisjordânia. “É uma tragédia. Nossa capacidade de consumo deve cair quase 50%; os salários pagos em Israel eram parte extremamente importante no PIB”, diz Samir Huleileh, economista e ex-secretário do gabinete do primeiro-ministro da ANP.
Huleileh estima que com o fim da possibilidade de trabalho em Israel, a taxa de desemprego na Cisjordânia possa chegar a níveis similares aos de Gaza antes de a guerra começar. Em 2022, a estimativa era de que quase 45% da população economicamente ativa de Gaza estava desempregada. “Isso só vai tornar as coisas mais difíceis. Vai trazer mais pobreza, mais reações violentas. Eu realmente espero que o governo de Israel reveja essa posição.”
Além dos operários da Cisjordânia que perderam o direito ao trabalho, outros 10 mil trabalhadores de Gaza também ficaram sem emprego. Cerca de mil deles estavam em Israel quando os ataques aconteceram e agora estão abrigados em alojamentos em diferentes cidades da Cisjordânia, sem emprego e sem a possibilidade de retornar para suas famílias em Gaza.
No pequeno café em que Isa Zeita passa seus dias nos arredores de Ramallah há um misto de desespero e resignação. Muitos não sabem como vão conseguir dinheiro para sustentar suas famílias com a súbita perda do trabalho. Mas, de alguma forma, parecem aceitar a ideia de que as coisas agora são diferentes de outras crises do passado.
“O que podemos fazer? Só Deus sabe o futuro que nos está reservado. Vamos esperar”, diz Zeita.