Um total de 519.031 famílias de todos os 167 municípios do Rio Grande do Norte receberão o Auxílio Brasil em dezembro. O valor médio do benefício a ser pago é de R$ 606,31 e, além do benefício, o último mês do ano contemplará 145.388 famílias do estado com o Auxílio Gás, no valor de R$ 112.
Para isso, o Governo Federal repassará ao Rio Grande do Norte R$ 330,6 milhões, dos quais R$ 314,32 serão destinados ao pagamento do Auxílio Brasil e R$ 16,28 milhões para o Auxílio Gás.
O Nordeste é a região do país com maior número de contemplados pelo Auxílio Brasil. Em dezembro, serão 9,9 milhões de famílias nordestinas atendidas. Os repasses federais para toda a região somam R$ 5,95 bilhões e o benefício médio pago nos nove estados nordestinos é de R$ 607,16. Já o Auxílio Gás contempla neste mês 2,8 milhões de lares em todo o Nordeste, com um investimento de R$ 315,6 milhões.
Com as quase 520 mil famílias atendidas, o Rio Grande do Norte é o oitavo estado do Nordeste com mais beneficiados pelo Auxílio Brasil, atrás da Bahia (2,62 milhões de famílias), de Pernambuco (1,71 milhão), do Ceará (1,5 milhão), do Maranhão (1,24 milhão), da Paraíba (704 mil), do Piauí (634 mil) e de Alagoas (548 mil).
Demais regiões São Paulo e Bahia são os estados com maior número de contemplados em dezembro, ambos na casa dos 2,62 milhões de famílias beneficiárias. Os repasses federais para os dois estados neste mês somam mais de R$ 3,15 bilhões. Ao todo, oito estados terão mais de um milhão de contemplados em dezembro. Pernambuco (1,71 milhão), Ceará (1,5 milhão), Maranhão (1,24 milhão), Pará (1,37 milhão), Minas Gerais (1,65 milhão) e Rio de Janeiro (1,87 milhão) completam a lista.
Depois do Nordeste, o Sudeste é a segunda região com o maior número de famílias atendidas. São 6,46 milhões de contemplados por meio de um investimento federal da ordem de R$ 3,91 bilhões. Na sequência, aparecem a região Norte (2,62 milhões de famílias beneficiárias), a região Sul (1,46 milhão) e a região Centro-Oeste (1,15 milhão). A região Norte é a que recebe o maior benefício médio do país: R$ 611,44.
Após a Petrobras anunciar na última semana de uma redução de 9,8% do preço do gás de cozinha nas refinarias, o consumidor final do Rio Grande do Norte percebe, desde a última segunda-feira (12), preços mais baixos no botijão de 13 kg do produto.
De acordo com o Sindicato dos Revendedores Autorizados de Gás Liquefeito de Petróleo (Singás/RN), o preço caiu, em média, R$ 2,50 em relação ao que vinha sendo praticado na última semana.
Com a mudança, o produto do botijão de 13 kg, forma mais comum de encontrar o GLP e utilizar para consumo doméstico, está sendo encontrado entre R$ 112 e R$ 115 entre os 750 revendedores que fazem parte do sindicato.
Segundo a Petrobras, conforme divulgado na última semana, a redução “acompanha a evolução dos preços de referência” e busca “equilíbrio dos preços com o mercado”.
Representantes das nove empresas de geração de energia eólica off-shore discutiram com o governo do Rio Grande do Norte nesta terça-feira (13) sobre a capacitação de emprego de mão-de-obra local dos futuros parques de energia eólica off-shore, ou seja, as que vão funcionar no mar.
O encontro, que ocorreu na Secretaria de Desenvolvimento Econômico, contou com representantes também de universidades, do IFRN e do Senai.
A expectativa é de que a cada gigawatts de potência instalada sejam gerados até 1.300 emrpegos diretos na fase de construção e instalação dos parques eólicos off-shore;
Apenas na fase de construção e instalação dos parques eólicos off-show, o estado tem previsão de chegar a cerca de 12 gigawatts de potência nos projetos.
“É preciso o nosso povo nesses empregos. Se nós temos toda essa cadeia aqui que pode ser capacitada. E a gente ocupar esses espaços”, destacou o secretário estadual de desenvolvimento econômico, Jaime Calado.
Reunião aconteceu nesta terça-feira (13) — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi
Na reunião foram apresentadas experiências na costa da Dinamarca, país no qual surgiu a primeira fazendo eólico off-show do mundo, em 1991.
O presidente do fundo de investimentos dinamarquês explicou que as principais áreas de empregabilidade são na fabricação dos componentes, que devem abarcar 56% das vagas, seguida da fase de operação e manutenção, com 28% da contratação de mão-de-obra.
“Desde instalações marinhas, terrestres, estudos ambientais, fundações, engenharias, mergulhadores, piloitos de aeronaves, de embarcações. Então, é extremamente complexo. Existe uma potencialidade muito grande pra atingir uma gama muito ampla de uma população que precisa entrar nesse mercado de trabalho”, explicou Diogo Nóbrega, CEO do fundo de investimentos CIP/COP Dinamarca.
O IFRN e as universidades se disseram dispostas a contribuir com os projetos desenvolvendo projetos e estudos especializados e ainda abrindo novos cursos técnicos e tecnólogos de formação continuada, graduação e de especialização em energias renováveis.
“A gente tem o curso de eletrotécnica, a gente tem o curso de eletromecânica, eletrônico, mas no meu entendimento a gente também precisa ter um curso técnico de energias renováveis”, explicou o coordenador de tecnologia em energia eólica do IFRN, Leonardo Vale.
Projetos foram apresentados como referência para implantação das eólicas no mar no RN — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi
Os nove projetos de energia eólica off-shore do RN serão instalados entre o litoral do Touros e a divisa com o Ceará. Atualmente os projetos estão em fase de licenciamento do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e aguardam ainda a regulamentação nacional do setor.
“A regulamentação é fundamental. É fundamental porque traz menos riscos ao investidor”, pontuou o professor do Centro de Tecnoclogia da UFRN, Mário Gonzales.
Como é que a gente torna não só o estado com grande potencial de riqueza, mas a sua população. E óbvio, tudo aqui se falando respeitando o meio ambiente, porque nós estamos falando de energia limpa em função do meio ambiente e é óbvio que a vertente do meio ambiente também está se discutindo como vai se explorar energia no mar sem afetar o ecossistema marinho” disse o superintendente da Inter TV Cabugi e o diretor de sustentabilidade da CDL-Natal, Dirceu Simabucuru.
A emissão das cédulas de identidade na Câmara de Vereadores de Caicó serão realizadas até esta quarta-feira (14). O serviço entra em recesso e retornará em fevereiro quando acontecerá a assinatura do novo convênio junto à Federação das Câmaras do Rio Grande do Norte, Governo do Estado e o Instituto Técnico-Científico de Perícia ( ITEP).
Durante 2022 foram confeccionadas mais de 700 documentos entre crianças, adultos e idosos que buscam o serviço, que também é realizado na Central do Cidadão.
O serviço de emissão de cédulas de identidade é gratuito para idosos a partir de 60 anos e primeiras vias para crianças. Já para a emissão da 2ª via é cobrado pelo ITEP uma taxa de R$ 35,00. Para realizar o procedimento os originais Certidão Nascimento, RG, CPF e comprovante de residência.
Com o objetivo de melhorar cada vez mais o transporte escolar do Município, a Prefeitura de Cerro Corá/RN, entregou na manhã deste sábado com solenidade em Praça Pública, 05 Veículos 0km, são 03 ônibus e 02 Vans, que atenderão as demandas da Secretaria Municipal de Educação daquele município.
A Solenidade de entrega contou também com a presença da População, Vereadores, Secretários e Vice-prefeito.
“A aquisição desses veículos visa dar condições e bem-estar aos nossos alunos que usufruem todos os dias desses transportes. Em menos de 02 anos de gestão, conseguimos entregar 20 novos veículos para melhor atender a nossa população. Dificuldades existem, mas com determinação, comprometimento, e muito trabalho em equipe, as conquistas aparecem!”
A Câmara Municipal de Campo Redondo realizou, na última quarta-feira (7), a entrega de 50 títulos de cidadãos camporedondense. A honraria é uma forma de homenagear pessoas que não nasceram no município, mas fincaram raízes e fizeram a diferença no âmbito municipal.
Os agraciados são das mais diversas áreas: promotores, juízes, empresários, servidores públicos, advogados, médicos, líderes religiosos, entre outros.
Além dos títulos, também foram direcionadas comendas a cidadãos de Campo Redondo que foram presenças cativas nas sessões semanais na Câmara.
“Prestigiamos porque acreditamos que o trabalho legislativo anda junto a nossa população. São em gestos como esse que trazemos nosso povo pra dentro da política, e valorizamos os esforços de quem faz a diferença em nossa cidade”, afirma o prefeito Renam Luiz.
Além dele, estiveram presentes o ex-prefeito Dr. Alessandru, o prefeito de Lajes Pintadas, Luciano Cunha, secretários municipais e demais entes políticos. “Foi um momento muito especial, pois homenageamos pessoas que contribuíram ou contribuem para nossa cidade. E de alguma forma ajudaram ou ainda ajudam a construir uma cidade melhor para todos” enfatizou o presidente da Câmara, vereador Edmilson Moreno.
Um ilustrador potiguar fez uma série de desenhos dos craques da Seleção Brasileira de Futebol e chamou a atenção do atacante Richarlison. O camisa 9 da seleção repostou a ilustração em seu perfil no Instagram, seguido por 16 milhões de pessoas.
O ilustrador Fernando Paiva postou o desenho que retrata Richarlison logo após a estreia da seleção brasileira na Copa contra a Sérvia, no dia 24 de novembro. Na partida, o camisa 9 fez dois gols e foi o grande destaque do jogo.
A arte, no entanto, estava concluída antes mesmo do apito inicial e demandou cerca de 4h de trabalho do artista. A escolha do “Pombo” já tinha sido feita por outro motivo.
“Escolhi o Richarlison pra começar por ser uma pessoa muito caricata, com as feições muito definidas”, afirmou o ilustrador de 35 anos.
O Governo do Estado empossou nesta terça-feira (06), 281 novos servidores concursados para o Instituto Técnico de Perícia – ITEP. Os novos servidores vão exercer os cargos de agente técnico forense, agente de necropsia, assistente técnico forense, perito criminal, perito médico legista, perito médico psiquiatra e perito odontolegista.
As nomeações fazem parte do plano de Governo para recomposição do efetivo das forças de segurança – Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Penal e Itep – visando a melhoria do serviço prestado à população, valorização das categorias através de concursos públicos, promoções, investimentos em estrutura, equipamentos e treinamento.
Na cerimônia de posse, no auditório do Hotel Praia Mar em Natal, a governadora Fátima Bezerra disse que “vocês assumem agora novos desafios. Esta solenidade conclui um ciclo. Quando assumimos em 2019 o Governo contava com apenas R$ 3 milhões em caixa, dívida de R$ 1,2 bilhão em salários atrasados e dívidas com fornecedores. Mas, com uma equipe competente e eficiente, superamos tudo isso e valorizamos a segurança. Nestes quatro anos todo o sistema de segurança foi valorizado com a contratação de policiais, efetivação das promoções, aumento salarial e aquisição de equipamentos”.
A chefe do Executivo Estadual também citou a elaboração do Plano Estadual de Segurança Pública, trabalho coordenado pelo vice-governador Antenor Roberto. “O plano alinha o RN ao Sistema Único de Segurança Pública – Susp, que define a política de segurança pública para o país. Este é mais um grande avanço. Ela ainda confirmou a construção da nova sede do Itep em Natal, que será a mais moderna e adequada do país, no valor de R$ 19 milhões – R$ 14 milhões em recursos federais e R$ 5 milhões em recursos próprios.
O Rio Grande do Norte tem 64,5% das estradas com algum tipo de problema. É o que aponta a Pesquisa de Rodovias 2022 da Confederação Nacional do Transporte (CNT), que analisou 1.879 quilômetros da malha rodoviária pavimentada do estado e verificou que quase 2/3 das rodovias potiguares apresentam algum tipo de estrago, seja de natureza regular, ruim ou péssimo. Problemas de sinalização, traçado da via e falta de acostamento também foram constatados. O levantamento da CNT também revela que as más condições das vias causarão um prejuízo de R$ 87,7 milhões aos transportadores somente neste ano, o que encarece o frete e consequentemente os preços dos produtos no comércio. A malha estadual possui 3.400 quilômetros e a federal 1.500 quilômetros.
O percentual de 64,5% corresponde ao estado geral das vias potiguares, composto pelas classificações: regular (40,2%), ruim (8,8%) e péssimo (15,5%). O restante da malha está em boas condições: bom (28,4%) e ótimo (7,1%). Em relação a 2021, o Estado Geral das rodovias do RN apresentou melhora de 2,6 pontos percentuais. Em geral, o resultado desta avaliação está diretamente associado ao volume de investimento destinado à manutenção, à restauração e à conservação das rodovias. De acordo com a pesquisa CNT – publicada em outubro último – seriam necessários investir R$ 767,89 milhões para recuperar as rodovias do Rio Grande do Norte com ações de restauração e reconstrução.
O estudo identificou ainda 35 pontos críticos, que são os trechos com buracos maiores que um pneu, por exemplo, e que podem causar acidentes graves. O professor Alexandre Pereira, da Diretoria Acadêmica de Construção Civil do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (Diacon/IFRN), avalia que os resultados da pesquisa confirmam a sensação de insegurança dos motoristas que trafegam pelas estradas do Estado. Segundo ele, uma das principais consequências é o risco para a vida das pessoas.
“As principais consequências de uma malha rodoviária deficiente são o aumento no custo operacional dos veículos devido ao maior desgaste nos equipamentos, consumo maior de combustível e aumento no tempo de viagens, bem como e principalmente no maior risco de ocorrências de acidentes, tanto pela degradação do pavimento (buracos, ondulações e outros problemas na superfície dos pavimentos) como pela má qualidade da sinalização e deficiências no traçado das rodovias”, afirma o especialista.
O motorista Rosembergue de Souza, que faz lotação no trajeto Macau/Assu todos os dias há nove anos, teme sofrer acidentes e diz que as condições precárias das rodovias encarecem a manutenção do carro. “Faz quase dez anos que eu rodo nesse trajeto e é muito buraco, muita estrada ruim. Às vezes fazem esses serviços para tapar os buracos, mas quando dá uma semana o buraco volta porque o serviço é mal feito. É uma pena porque isso encarece o serviço para mim e para os clientes, além do perigo de acidentes, que é o principal de tudo”, destaca o motorista.
Mesmo assim, Rosembergue é otimista quanto à melhora do cenário. “A gente não pode perder as esperanças de que a situação vai melhorar, vamos torcer para que isso aconteça porque já basta de piorar”, confia o profissional. O professor Alexandre Pereira diz que os transtornos precisam ser enfrentados com planejamento e organização, desde a formação de profissionais competentes nos níveis operacionais, técnico e superior, como na melhoria da qualidade dos projetos e obras rodoviárias.
“A deficiência nos projetos acaba gerando custos maiores de manutenção e diminuição da vida útil das rodovias. Os órgãos competentes para cuidar do patrimônio rodoviário no RN devem ser preparados para o enorme e importante desafio de prover e manter infraestrutura rodoviária com qualidade satisfatória, devendo contar com servidores comprometidos com a fiscalização correta da aplicação dos recursos financeiros – cada dia mais escassos – e valorizar a boa prática da engenharia rodoviária, sem recorrer a soluções paliativas e mais onerosas aos cofres públicos”, argumenta.
Governo do RN planeja investir R$ 1,1 bilhão
O Governo do Rio Grande do Norte informou que planeja investir R$ 1,1 bilhão em estradas a partir de 2023, de acordo com levantamento feito pela Secretaria de Estado da Infraestrutura (SIN) com base em projetos já elaborados ou que ainda estão em elaboração. Além disso, a ideia é dar continuidade aos programas de manutenção de rodovias e a Operação Tapa-Buracos. Ainda segundo o Executivo estadual, neste ano, R$ 180 milhões foram investidos na manutenção e recuperação das rodovias com recursos do Estado e do Banco Mundial.
De acordo com a SIN, ações de manutenção corretiva têm acontecido por toda malha viária potiguar. “O Governo tem elaborado um diagnóstico de todo o sistema rodoviário estadual, em seus principais corredores rodoviários, elegendo projetos, que já estão sendo desenvolvidos com recursos do Banco Mundial / Governo Cidadão, e já está sendo preparado um novo de pacote para licitar mais projetos com recursos do Governo do RN”, destaca. Os projetos contemplam recuperações, restaurações e novas implantações nos distritos rodoviários estaduais.
Em nota, o Governo do RN argumentou que o passivo de R$ 2,6 bilhões deixado pela gestão anterior atrapalhou a realização de grandes investimentos ao longo dos últimos quatro anos. Confira o pronunciamento:
“A pesquisa não aponta, nem mesmo na descrição da metodologia, em qual período (mês) foi realizada a coleta de dados e aferição desses resultados; se antes, ou após algumas intervenções realizadas pelo Governo do Estado em parte da malha viária de competência estadual. Isso, portanto, não nos permite saber se no período de referência os dados levados ao relatório refletem os percentuais apontados.
A recuperação das rodovias estaduais faz parte do esforço da atual gestão, especialmente face às dificuldades de recursos desde 2019, quando o atual governo assumiu com um passivo deixado pela gestão anterior referente a quatro folhas salariais atrasadas e ainda dívidas com diversos fornecedores. Aproximadamente R$ 2,6 bilhões de passivo, referente a folhas salariais atrasadas e débitos com fornecedores. A necessidade de pagamento dessa ‘herança’ gerou, naturalmente, dificuldade para realização de investimentos.
Isso implicou na redução da capacidade de investimento do Poder Executivo em obras estruturantes, entre elas as rodovias, ao menos no montante de recursos necessários. De toda maneira, a determinação da governadora Fátima Bezerra foi para que o Departamento de Estradas de Rodagem (DER-RN) e a Secretária de Infraestrutura adotassem providências urgentes para melhorar este cenário, por entender a importância dessa infraestrutura à economia e segurança viária de quem trafega por nossas estradas.
Ao mesmo tempo que ajustava as finanças para devolver o equilíbrio fiscal ao Estado, esta gestão não deixou de realizar investimentos, especialmente naquelas situações de rodovias que antes mesmo desta gestão sequer passaram por qualquer intervenção, ainda que paliativa. O rombo financeiro deixado para a atual gestão inviabilizou a plena execução, nestes quatro anos, do Plano de Recuperação de Rodovias. Agora, com o equilíbrio nas finanças a partir do esforço desde 2019, gerou as condições necessárias à implementação este plano”.
Geometria da via apresenta pior índice
Entre os quesitos analisados, o estudo considera os aspectos: estado geral, sinalização, pavimento, geometria da via, pontos críticos e custo operacional. A geometria das vias no RN é o ponto que apresenta maior índice de problemas, segundo o estudo. A avaliação mostra que 70,2% da extensão da malha rodoviária analisada apresenta algum tipo de problema e 29,8% estão ótimas ou boas. As pistas simples predominam em 92%. Falta acostamento em 50,7% dos trechos avaliados e 40,9% dos trechos com curvas perigosas não têm sinalização.
O perfil da rodovia, a presença de faixas adicionais, a ocorrência de curvas perigosas e a existência de acostamento são exemplos de variáveis que compõem a avaliação da geometria da via na Pesquisa Confederação Nacional do Transporte (CNT), de Rodovias. Esta variável influencia diretamente no modo de condução do motorista. A falta de alguns elementos, bem como a inadequação dos projetos executados, possibilita a ocorrência de acidentes e limita o fluxo de veículos, resultando na perda de eficiência do transporte e no aumento do custo operacional.
O caminhoneiro Valdir Ferreira, presidente da Cooperativa do Caminhoneiro Urbano do Rio Grande do Norte, reclama das condições das vias, que, segundo ele, aumentam o consumo desnecessário de combustível e reflete negativamente na competitividade do Brasil e no preço dos produtos. “A gente acaba tendo que gastar mais por causa das estradas esburacadas. É um absurdo e isso acaba encarecendo os produtos porque o frete fica mais caro. Existem caminhoneiros que não andam pelas estradas daqui. Os governantes não fazem nada, é preciso ter uma atenção a mais para as estradas”, comenta.
Ferreira acrescenta que por causa dos buracos acaba gastando mais com a manutenção dos veículos. “Para comprar um pneu para um carro desse não sai barato não, é muito dinheiro que se gasta”, relata. O caminhoneiro também lembra da “discrepância com a Paraíba”, estado vizinho ao Rio Grande do Norte que apresenta condições melhores. “Nós caminhoneiros não precisamos nem placa para saber quando estamos rodando no Rio Grande do Norte e na Paraíba. Quando a gente vem de lá que entra no RN a diferença é nítida”, diz.
A Pesquisa Confederação Nacional do Transporte (CNT), de Rodovias confirma a sensação do profissional. De acordo com o relatório que mapeou estradas de todos as unidades federativas brasileiras, na Paraíba, o estado geral das rodovias aponta que 49,6% apresenta algum tipo de problema, índice bem abaixo do Rio Grande do Norte que registra 64,5% da malha com alguma falha. Os problemas foram encontrados em toda a malha rodoviária do Brasil, não sendo um privilégio do RN, o que ocasiona prejuízos.