RN e empresas debatem capacitação de profissionais para projetos de geração de energia eólica no mar

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Representantes das nove empresas de geração de energia eólica off-shore discutiram com o governo do Rio Grande do Norte nesta terça-feira (13) sobre a capacitação de emprego de mão-de-obra local dos futuros parques de energia eólica off-shore, ou seja, as que vão funcionar no mar.

O encontro, que ocorreu na Secretaria de Desenvolvimento Econômico, contou com representantes também de universidades, do IFRN e do Senai.

A expectativa é de que a cada gigawatts de potência instalada sejam gerados até 1.300 emrpegos diretos na fase de construção e instalação dos parques eólicos off-shore;

Apenas na fase de construção e instalação dos parques eólicos off-show, o estado tem previsão de chegar a cerca de 12 gigawatts de potência nos projetos.

“É preciso o nosso povo nesses empregos. Se nós temos toda essa cadeia aqui que pode ser capacitada. E a gente ocupar esses espaços”, destacou o secretário estadual de desenvolvimento econômico, Jaime Calado.

Reunião aconteceu nesta terça-feira (13) — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi

Na reunião foram apresentadas experiências na costa da Dinamarca, país no qual surgiu a primeira fazendo eólico off-show do mundo, em 1991.

O presidente do fundo de investimentos dinamarquês explicou que as principais áreas de empregabilidade são na fabricação dos componentes, que devem abarcar 56% das vagas, seguida da fase de operação e manutenção, com 28% da contratação de mão-de-obra.

“Desde instalações marinhas, terrestres, estudos ambientais, fundações, engenharias, mergulhadores, piloitos de aeronaves, de embarcações. Então, é extremamente complexo. Existe uma potencialidade muito grande pra atingir uma gama muito ampla de uma população que precisa entrar nesse mercado de trabalho”, explicou Diogo Nóbrega, CEO do fundo de investimentos CIP/COP Dinamarca.

O IFRN e as universidades se disseram dispostas a contribuir com os projetos desenvolvendo projetos e estudos especializados e ainda abrindo novos cursos técnicos e tecnólogos de formação continuada, graduação e de especialização em energias renováveis.

“A gente tem o curso de eletrotécnica, a gente tem o curso de eletromecânica, eletrônico, mas no meu entendimento a gente também precisa ter um curso técnico de energias renováveis”, explicou o coordenador de tecnologia em energia eólica do IFRN, Leonardo Vale.

Projetos foram apresentados como referência para implantação das eólicas no mar no RN — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi

Os nove projetos de energia eólica off-shore do RN serão instalados entre o litoral do Touros e a divisa com o Ceará. Atualmente os projetos estão em fase de licenciamento do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e aguardam ainda a regulamentação nacional do setor.

“A regulamentação é fundamental. É fundamental porque traz menos riscos ao investidor”, pontuou o professor do Centro de Tecnoclogia da UFRN, Mário Gonzales.

Como é que a gente torna não só o estado com grande potencial de riqueza, mas a sua população. E óbvio, tudo aqui se falando respeitando o meio ambiente, porque nós estamos falando de energia limpa em função do meio ambiente e é óbvio que a vertente do meio ambiente também está se discutindo como vai se explorar energia no mar sem afetar o ecossistema marinho” disse o superintendente da Inter TV Cabugi e o diretor de sustentabilidade da CDL-Natal, Dirceu Simabucuru.

g1 RN



Emissão das cédulas de identidade na Câmara de Caicó serão realizadas até esta quarta-feira

Foto: internet

A emissão das cédulas de identidade na Câmara de Vereadores de Caicó serão realizadas até esta quarta-feira (14). O serviço entra em recesso e retornará em fevereiro quando acontecerá a assinatura do novo convênio junto à Federação das Câmaras do Rio Grande do Norte, Governo do Estado e o Instituto Técnico-Científico de Perícia ( ITEP).

Durante 2022 foram confeccionadas mais de 700 documentos entre crianças, adultos e idosos que buscam o serviço, que também é realizado na Central do Cidadão.

O serviço de emissão de cédulas de identidade é gratuito para idosos a partir de 60 anos e primeiras vias para crianças. Já para a emissão da 2ª via é cobrado pelo ITEP uma taxa de R$ 35,00. Para realizar o procedimento os originais Certidão Nascimento, RG, CPF e comprovante de residência.



Cerro Corá realiza entrega de cinco novos veículos para a educação

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Com o objetivo de melhorar cada vez mais o transporte escolar do Município, a Prefeitura de Cerro Corá/RN, entregou na manhã deste sábado com solenidade em Praça Pública, 05 Veículos 0km, são 03 ônibus e 02 Vans, que atenderão as demandas da Secretaria Municipal de Educação daquele município.

A Solenidade de entrega contou também com a presença da População, Vereadores, Secretários e Vice-prefeito.

“A aquisição desses veículos visa dar condições e bem-estar aos nossos alunos que usufruem todos os dias desses transportes. Em menos de 02 anos de gestão, conseguimos entregar 20 novos veículos para melhor atender a nossa população. Dificuldades existem, mas com determinação, comprometimento, e muito trabalho em equipe, as conquistas aparecem!”



Carnatal 2022: Confira os horários e programação dos blocos para o segundo dia

Foto: Heilysmar Lima

O Carnatal chega ao segundo dia neste sábado (10). E esta noite tres blocos irão percorrer o corredor da folia. A saída está prevista para às 18h.

De acordo com os organizadores do evento, o primeiro bloco a  sair será o Vumbora, com Bell Marques.

Às 18h30, é a vez do Bloco da Anitta, no segundo ano consecutivo da cantora na micareta.

Por úmtimo às 19h, é a vez do bloco Vem com o Gigante, com todo o suingue de Léo Santana. 

Quem ainda não adquiriu o abadá pode comprar na loja oficial do evento, a Central fo Carnatal, no Natal Shopping ou pelo site www.carnatal.com.br

Os abadás estão sendo entregues desde a quinta-feira (8) no Centro de Convenções e ainda podem ser pegos no local até às 17h deste sábado.

Confira a programação deste sábado (10)

  • 18h: Vumbora com Bell Marques
  • 18h30: Bloco da Anitta
  • 19h: Vem com o Gigante com Léo Santana

Portal da Tropical



Campo Redondo: Câmara recebe população para distribuição de títulos de cidadania

A Câmara Municipal de Campo Redondo realizou, na última quarta-feira (7), a entrega de 50 títulos de cidadãos camporedondense. A honraria é uma forma de homenagear pessoas que não nasceram no município, mas fincaram raízes e fizeram a diferença no âmbito municipal.

Os agraciados são das mais diversas áreas: promotores, juízes, empresários, servidores públicos, advogados, médicos, líderes religiosos, entre outros.

Além dos títulos, também foram direcionadas comendas a cidadãos de Campo Redondo que foram presenças cativas nas sessões semanais na Câmara.

“Prestigiamos porque acreditamos que o trabalho legislativo anda junto a nossa população. São em gestos como esse que trazemos nosso povo pra dentro da política, e valorizamos os esforços de quem faz a diferença em nossa cidade”, afirma o prefeito Renam Luiz.

Além dele, estiveram presentes o ex-prefeito Dr. Alessandru, o prefeito de Lajes Pintadas, Luciano Cunha, secretários municipais e demais entes políticos.
“Foi um momento muito especial, pois homenageamos pessoas que contribuíram ou contribuem para nossa cidade. E de alguma forma ajudaram ou ainda ajudam a construir uma cidade melhor para todos” enfatizou o presidente da Câmara, vereador Edmilson Moreno.



Richarlison reposta arte de ilustrador potiguar que retrata sua estreia na Seleção

Foto: divulgação

Um ilustrador potiguar fez uma série de desenhos dos craques da Seleção Brasileira de Futebol e chamou a atenção do atacante Richarlison. O camisa 9 da seleção repostou a ilustração em seu perfil no Instagram, seguido por 16 milhões de pessoas. 

O ilustrador Fernando Paiva postou o desenho que retrata Richarlison logo após a estreia da seleção brasileira na Copa contra a Sérvia, no dia 24 de novembro. Na partida, o camisa 9 fez dois gols e foi o grande destaque do jogo. 

A arte, no entanto, estava concluída antes mesmo do apito inicial e demandou cerca de 4h de trabalho do artista. A escolha do “Pombo” já tinha sido feita por outro motivo. 

“Escolhi o Richarlison pra começar por ser uma pessoa muito caricata, com as feições muito definidas”, afirmou o ilustrador de 35 anos.

G1 RN



Governo empossa 281 novos servidores no Itep

Agentes e assistentes de perícia técnica foram aprovados em concurso público

O Governo do Estado empossou nesta terça-feira (06), 281 novos servidores concursados para o Instituto Técnico de Perícia – ITEP. Os novos servidores vão exercer os cargos de agente técnico forense, agente de necropsia, assistente técnico forense, perito criminal, perito médico legista, perito médico psiquiatra e perito odontolegista.

As nomeações fazem parte do plano de Governo para recomposição do efetivo das forças de segurança – Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Penal e Itep – visando a melhoria do serviço prestado à população, valorização das categorias através de concursos públicos, promoções, investimentos em estrutura, equipamentos e treinamento.

Na cerimônia de posse, no auditório do Hotel Praia Mar em Natal, a governadora Fátima Bezerra disse que “vocês assumem agora novos desafios. Esta solenidade conclui um ciclo. Quando assumimos em 2019 o Governo contava com apenas R$ 3 milhões em caixa, dívida de R$ 1,2 bilhão em salários atrasados e dívidas com fornecedores. Mas, com uma equipe competente e eficiente, superamos tudo isso e valorizamos a segurança. Nestes quatro anos todo o sistema de segurança foi valorizado com a contratação de policiais, efetivação das promoções, aumento salarial e aquisição de equipamentos”.

A chefe do Executivo Estadual também citou a elaboração do Plano Estadual de Segurança Pública, trabalho coordenado pelo vice-governador Antenor Roberto. “O plano alinha o RN ao Sistema Único de Segurança Pública – Susp, que define a política de segurança pública para o país. Este é mais um grande avanço. Ela ainda confirmou a construção da nova sede do Itep em Natal, que será a mais moderna e adequada do país, no valor de R$ 19 milhões – R$ 14 milhões em recursos federais e R$ 5 milhões em recursos próprios.



Qualidade das estradas no RN causa prejuízo de até R$ 87 milhões

Pesquisa avaliou 1,8 mil quilômetros de estradas. Governo do Estado questionou metodologia, mas destacou investimentos. Foto: Elisa Elsie

O Rio Grande do Norte tem 64,5% das estradas com algum tipo de problema. É o que aponta a Pesquisa de Rodovias 2022 da Confederação Nacional do Transporte (CNT), que analisou 1.879 quilômetros da malha rodoviária pavimentada do estado e verificou que quase 2/3 das rodovias potiguares apresentam algum tipo de estrago, seja de natureza regular, ruim ou péssimo. Problemas de sinalização, traçado da via e falta de acostamento também foram constatados. O levantamento da CNT também revela que as más condições das vias causarão um prejuízo de R$ 87,7 milhões aos transportadores somente neste ano, o que encarece o frete e consequentemente os preços dos produtos no comércio. A malha estadual possui 3.400 quilômetros e a federal 1.500 quilômetros.

O percentual de 64,5% corresponde ao estado geral das vias potiguares, composto pelas classificações: regular (40,2%), ruim (8,8%) e péssimo (15,5%). O restante da malha está em boas condições: bom (28,4%) e ótimo (7,1%). Em relação a 2021, o Estado Geral das rodovias do RN apresentou melhora de 2,6 pontos percentuais. Em geral, o resultado desta avaliação está diretamente associado ao volume de investimento destinado à manutenção, à restauração e à conservação das rodovias. De acordo com a pesquisa CNT – publicada em outubro último – seriam necessários investir R$ 767,89 milhões para recuperar as rodovias do Rio Grande do Norte com ações de restauração e reconstrução.

O estudo identificou ainda 35 pontos críticos, que são os trechos com buracos maiores que um pneu, por exemplo, e que podem causar acidentes graves. O professor Alexandre Pereira, da Diretoria Acadêmica de Construção Civil do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (Diacon/IFRN), avalia que os resultados da pesquisa confirmam a sensação de insegurança dos motoristas que trafegam pelas estradas do Estado. Segundo ele, uma das principais consequências é o risco para a vida das pessoas.

“As principais consequências de uma malha rodoviária deficiente são o aumento no custo operacional dos veículos devido ao maior desgaste nos equipamentos, consumo maior de combustível e aumento no tempo de viagens, bem como e principalmente no maior risco de ocorrências de acidentes, tanto pela degradação do pavimento (buracos, ondulações e outros problemas na superfície dos pavimentos) como pela má qualidade da sinalização e deficiências no traçado das rodovias”, afirma o especialista.

O motorista Rosembergue de Souza, que faz lotação no trajeto Macau/Assu todos os dias há nove anos, teme sofrer acidentes e diz que as condições precárias das rodovias encarecem a manutenção do carro. “Faz quase dez anos que eu rodo nesse trajeto e é muito buraco, muita estrada ruim. Às vezes fazem esses serviços para tapar os buracos, mas quando dá uma semana o buraco volta porque o serviço é mal feito. É uma pena porque isso encarece o serviço para mim e para os clientes, além do perigo de acidentes, que é o principal de tudo”, destaca o motorista.   

Mesmo assim, Rosembergue é otimista quanto à melhora do cenário. “A gente não pode perder as esperanças de que a situação vai melhorar, vamos torcer para que isso aconteça porque já basta de piorar”, confia o profissional. O professor Alexandre Pereira diz que os transtornos precisam ser enfrentados com planejamento e organização, desde a formação de profissionais competentes nos níveis operacionais, técnico e superior, como na melhoria da qualidade dos projetos e obras rodoviárias.

“A deficiência nos projetos acaba gerando custos maiores de manutenção e diminuição da vida útil das rodovias. Os órgãos competentes para cuidar do patrimônio rodoviário no RN devem ser preparados para o enorme e importante desafio de prover e manter infraestrutura rodoviária com qualidade satisfatória, devendo contar com servidores comprometidos com a fiscalização correta da aplicação dos recursos financeiros – cada dia mais escassos – e valorizar a boa prática da engenharia rodoviária, sem recorrer a soluções paliativas e mais onerosas aos cofres públicos”, argumenta.

Governo do RN planeja investir R$ 1,1 bilhão

O Governo do Rio Grande do Norte informou que planeja investir R$ 1,1 bilhão em estradas a partir de 2023, de acordo com levantamento feito pela Secretaria de Estado da Infraestrutura (SIN) com base em projetos já elaborados ou que ainda estão em elaboração. Além disso, a ideia é dar continuidade aos programas de manutenção de rodovias e a Operação Tapa-Buracos. Ainda segundo o Executivo estadual, neste ano, R$ 180 milhões foram investidos na manutenção e recuperação das rodovias com recursos do Estado e do Banco Mundial.

De acordo com a SIN, ações de manutenção corretiva têm acontecido por toda malha viária potiguar. “O Governo tem elaborado um diagnóstico de todo o sistema rodoviário estadual, em seus principais corredores rodoviários, elegendo projetos, que já estão sendo desenvolvidos com recursos do Banco Mundial / Governo Cidadão, e já está sendo preparado um novo de pacote para licitar mais projetos com recursos do Governo do RN”, destaca. Os projetos contemplam recuperações, restaurações e novas implantações nos distritos rodoviários estaduais.

Em nota, o Governo do RN argumentou que o passivo de R$ 2,6 bilhões deixado pela gestão anterior atrapalhou a realização de grandes investimentos ao longo dos últimos quatro anos. Confira o pronunciamento:

“A pesquisa não aponta, nem mesmo na descrição da metodologia, em qual período (mês) foi realizada a coleta de dados e aferição desses resultados; se antes, ou após algumas intervenções realizadas pelo Governo do Estado em parte da malha viária de competência estadual. Isso, portanto, não nos permite saber se no período de referência os dados levados ao relatório refletem os percentuais apontados.

A recuperação das rodovias estaduais faz parte do esforço da atual gestão, especialmente face às dificuldades de recursos desde 2019, quando o atual governo assumiu com um passivo deixado pela gestão anterior referente a quatro folhas salariais atrasadas e ainda dívidas com diversos fornecedores. Aproximadamente R$ 2,6 bilhões de passivo, referente a folhas salariais atrasadas e débitos com fornecedores. A necessidade de pagamento dessa ‘herança’ gerou, naturalmente, dificuldade para realização de investimentos.

Isso implicou na redução da capacidade de investimento do Poder Executivo em obras estruturantes, entre elas as rodovias, ao menos no montante de recursos necessários. De toda maneira, a determinação da governadora Fátima Bezerra foi para que o Departamento de Estradas de Rodagem (DER-RN) e a Secretária de Infraestrutura adotassem providências urgentes para melhorar este cenário, por entender a importância dessa infraestrutura à economia e segurança viária de quem trafega por nossas estradas.

Ao mesmo tempo que ajustava as finanças para devolver o equilíbrio fiscal ao Estado, esta gestão não deixou de realizar investimentos, especialmente naquelas situações de rodovias que antes mesmo desta gestão sequer passaram por qualquer intervenção, ainda que paliativa. O rombo financeiro deixado para a atual gestão inviabilizou a plena execução, nestes quatro anos, do Plano de Recuperação de Rodovias. Agora, com o equilíbrio nas finanças a partir do esforço desde 2019, gerou as condições necessárias à implementação este plano”.

Geometria da via apresenta pior índice

Entre os quesitos analisados, o estudo considera os aspectos: estado geral, sinalização, pavimento, geometria da via, pontos críticos e custo operacional. A geometria das vias no RN é o ponto que apresenta maior índice de problemas, segundo o estudo. A avaliação mostra que 70,2% da extensão da malha rodoviária analisada apresenta algum tipo de problema e 29,8% estão ótimas ou boas. As pistas simples predominam em 92%. Falta acostamento em 50,7% dos trechos avaliados e 40,9% dos trechos com curvas perigosas não têm sinalização.

O perfil da rodovia, a presença de faixas adicionais, a ocorrência de curvas perigosas e a existência de acostamento são exemplos de variáveis que compõem a avaliação da geometria da via na Pesquisa Confederação Nacional do Transporte (CNT), de Rodovias. Esta variável influencia diretamente no modo de condução do motorista. A falta de alguns elementos, bem como a inadequação dos projetos executados, possibilita a ocorrência de acidentes e limita o fluxo de veículos, resultando na perda de eficiência do transporte e no aumento do custo operacional.

 O caminhoneiro Valdir Ferreira, presidente da Cooperativa do Caminhoneiro Urbano do Rio Grande do Norte, reclama das condições das vias, que, segundo ele, aumentam o consumo desnecessário de combustível e reflete negativamente na competitividade do Brasil e no preço dos produtos. “A gente acaba tendo que gastar mais por causa das estradas esburacadas. É um absurdo e isso acaba encarecendo os produtos porque o frete fica mais caro. Existem caminhoneiros que não andam pelas estradas daqui. Os governantes não fazem nada, é preciso ter uma atenção a mais para as estradas”, comenta.

Ferreira acrescenta que por causa dos buracos acaba gastando mais com a manutenção dos veículos. “Para comprar um pneu para um carro desse não sai barato não, é muito dinheiro que se gasta”, relata. O caminhoneiro também lembra da “discrepância com a Paraíba”, estado vizinho ao Rio Grande do Norte que apresenta condições melhores. “Nós caminhoneiros não precisamos nem placa para saber quando estamos rodando no Rio Grande do Norte e na Paraíba. Quando a gente vem de lá que entra no RN a diferença é nítida”, diz.

A Pesquisa Confederação Nacional do Transporte (CNT), de Rodovias confirma a sensação do profissional. De acordo com o relatório que mapeou estradas de todos as unidades federativas brasileiras, na Paraíba, o estado geral das rodovias aponta que 49,6% apresenta algum tipo de problema, índice bem abaixo do Rio Grande do Norte que registra 64,5% da malha com alguma falha. Os problemas foram encontrados em toda a malha rodoviária do Brasil, não sendo um privilégio do RN, o que ocasiona prejuízos.

Tribuna do Norte



Brasil teve recorde da população abaixo da linha de pobreza em 2021, diz IBGE

Brasil teve recorde da população abaixo da linha de pobreza em 2021, diz IBGE

A redução no pagamento do Auxílio Emergencial em meio ao segundo ano de pandemia de covid-19 elevou a pobreza no País a níveis recordes. Em 2021, havia um ápice de 62,525 milhões de brasileiros abaixo da linha de pobreza, o equivalente a 29,4% da população sobrevivendo com menos de R$ 16,20 por dia, segundo os dados da Síntese dos Indicadores Sociais (SIS) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 2.

O contingente de miseráveis também alcançou um pico de 8,4% da população do País, que estava estimada em 212,577 milhões de habitantes no ano passado: 17,858 milhões de brasileiros viviam em situação de pobreza extrema, sobrevivendo com menos de R$ 5,60 por dia.

Na passagem de 2020 para 2021, ano mais mortal da pandemia, o Brasil viu crescer em 11,5 milhões o total de pessoas vivendo na pobreza, um aumento de 22,7%. O contingente de miseráveis foi engrossado em mais 5,8 milhões de habitantes em apenas um ano, um salto de 48,2%.

“A redução dos valores e abrangência e aumento dos critérios para concessão do Auxílio Emergencial, em 2021, provavelmente tiveram impactos sobre o aumento da extrema pobreza e da pobreza neste último ano”, apontou o estudo do IBGE, lembrando que os programas emergenciais de transferência de renda tiveram importante papel na redução da pobreza e da desigualdade em 2020 “Adiciona-se a esta dinâmica a ausência de uma recuperação efetiva do mercado de trabalho em 2021 (…) que teve efeitos significativos sobre o rendimento dos domicílios, em especial dos mais pobres.”

Sem os pagamentos de benefícios de programas sociais, a proporção de pobres subiria a 32,5% da população brasileira em 2021, enquanto a de miseráveis alcançaria 12,2%.

Pelos critérios dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas e recomendações do Banco Mundial, a pobreza extrema é caracterizada por uma renda familiar per capita disponível inferior a US$ 1,90 por dia, o equivalente a um rendimento médio mensal de R$ 168 por pessoa em 2021, na conversão pelo método de Paridade de Poder de Compra (PPC) – que não leva em conta a cotação da taxa de câmbio de mercado, mas o valor necessário para comprar a mesma quantidade de bens e serviços no mercado interno de cada país em comparação com o mercado nos Estados Unidos.

Já a população que vive abaixo da linha de pobreza é aquela com renda disponível de US$ 5,50 por dia, o equivalente a R$ 486 mensais por pessoa em 2021. A série histórica da pesquisa do IBGE, que usa dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), teve início em 2012.

Mais pobres pretos do que brancos

Além da faixa etária, a questão racial também indica vulnerabilidade. Entre os brasileiros pretos e pardos, 37,7% viviam em situação de pobreza em 2021, mais que o dobro da proporção de brancos (18,6%) nessa situação.

No grupo de negros, 11,0% estavam sobrevivendo em condição de pobreza extrema, enquanto que entre os brancos essa incidência era reduzida pela metade (5% de miseráveis no grupo de brancos)

Crianças mais vulneráveis

Em 2021, a proporção de crianças menores de 14 anos abaixo da linha de pobreza chegou a um auge de 46,2%. Embora a população nessa faixa etária tenha registrado ligeira redução no País, o contingente vivendo em situação de pobreza subiu a 20,314 milhões, um aumento de quase 19,3% em relação a 2020, 3,283 milhões de crianças pobres a mais em apenas um ano.

A proporção de crianças brasileiras vivendo em situação de pobreza extrema foi de 13,4% em 2021, também recorde na série histórica.

O resultado significa um salto de 50,1% ante 2020, totalizando 5,875 milhões de pequenos cidadãos na miséria, 1,961 milhão de crianças a mais em situação de extrema pobreza em relação ao ano anterior.

Segundo André Geraldo de Moraes Simões, analista do IBGE que integra a equipe responsável pela pesquisa, a pobreza é maior entre as crianças porque as políticas públicas de transferência de renda voltadas a beneficiá-las têm valor mais baixo que as destinadas à população mais velha, como aposentadorias e o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

“No caso das crianças, elas estão mais sujeitas a programas de transferência de renda do Bolsa Família, que não são tão elevados quanto os dos mais idosos. E elas não estão no mercado de trabalho”, justificou Simões.

“As crianças estão em famílias mais numerosas. Isso faz com que você tenha uma renda familiar per capita menor”, acrescentou Betina Fresneda, também pesquisadora do IBGE.

Desigualdades regionais

Mais da metade dos miseráveis do País moravam na região Nordeste, 53,2%. Outros 25,5% moravam no Sudeste; 13,0% eram da região Norte; 5%, do Sul; e 3,3% do Centro-Oeste.

Quanto à população vivendo em situação de pobreza, 44,8% estavam no Nordeste; 29,5%, no Sudeste; 13,3%, no Norte; 6,9%, no Sul; e 5,5%, no Centro-Oeste.

A região Nordeste tinha quase metade de seus habitantes (48,7%) em situação de pobreza. No Norte, 44,9% dos moradores eram pobres.

Entre as Unidades da Federação, o Maranhão tinha 57,5% da sua população abaixo da linha de pobreza. O Estado também tinha a maior proporção de habitantes em situação de miséria, com 21,1% da população local vivendo na extrema pobreza, seguido por Pernambuco (18,7%), Acre (16,5%), e Bahia (15,8%).

Já Santa Catarina (2,1%) Rio Grande do Sul (2,8%) e Mato Grosso (3,0%) registraram as menores proporções de população em situação de miséria.

Renda domiciliar per capita

O IBGE lembrou que o rendimento médio domiciliar per capita no País caiu 6,9% em 2021, para R$ 1.353,40, o menor nível da pesquisa. A queda foi maior nos rendimentos das pessoas pretas ou pardas (-8,6%) do que entre as pessoas brancas (-6,0%). O IBGE ressalta ainda que os negros ganharam a metade da renda dos brancos em toda a série da pesquisa, iniciada em 2012. Em 2021, os pretos e pardos recebiam, em média, R$ 949 por mês por pessoa, enquanto os brancos ganhavam R$ 1.866.

Mais prejudicados tanto no mercado de trabalho quanto pela redução nas transferências de renda, a perda foi maior entre os mais pobres: entre os 10% com menores rendimentos, a renda média per capita encolheu em um terço, tombo de 32,2% ante 2020, para somente R$ 93,63 mensais por pessoa, cerca de R$ 3,12 diários.

Na faixa seguinte, que engloba os de 10% a 20% mais pobres, a renda tombou 19,8% em 2021, para R$ 281,49 mensais, cerca de R$ 9,38 por dia por pessoa.

O instituto lembra ainda que 58,7% dos lares brasileiros possuíam algum grau de insegurança alimentar em 2021, ou seja, quase seis a cada dez famílias no País não tinham assegurado o acesso a alimentos para satisfazer suas necessidades básicas diárias.

Agora RN



Exportações do RN acumulam alta de 48% de janeiro a novembro deste ano

Maior parte dos produtos exportados pelo Estado se destinaram à Singapura e Estados Unidos. Foto: Adriano Abreu

As exportações do Rio Grande do Norte cresceram 48% no acumulado entre janeiro e novembro de 2022, em relação a 2021, acumulando US$ 672,9 milhões nos onze meses desse ano. Na mesma tendência, a balança comercial registrou um superávit de US$ 277,8 milhões no período. Os dados preliminares foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia. No acumulado do ano, a variação das importações também é positiva (33,2%) em relação a 2021, com U$$ 394,2 em produtos adquiridos do exterior.

Apesar do bom desempenho no acumulado do ano em relação ao ano passado, quando se compara com o mês anterior, novembro representou um saldo negativo na balança comercial, com US$ 35,8 milhões em exportações e US$ 46,9 milhões em importações, o que resulta  uma diferença de US$ 11,1 milhões na balança comercial. No mês passado as exportações potiguares também tiveram volume menor do que em novembro de 2021, que registrou U$$ 51,8, o que representa uma queda de -30,8%.

O óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos. Esse grupo foi responsável por movimentar U$$ 336 milhões. Em seguida, as frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas, que representam 19% das exportações do estado somaram R$ 126 milhões.

Outros minerais aparecem com U$$ 43,3 milhões, representando 6,4% das exportações. Tecidos de algodão (4,4%), outros produtos da industria de transformação (3,2%), açúcares e melaços (2,6%), matérias brutas de animais (2,5%), foram juntos responsáveis por U$$ 87 milhões. Na lista de produtos, aparece ainda peixes, frutos do mar e  pedras preciosas.

Singapura e Estados Unidos são os países que mais consomem o que o RN exporta. Somente a Singapura responde por 49% dos produtos que saem do Estado (U$$ 331 milhões). Os americanos foram o segundo maior mercado consumidor neste ano (13%), movimentando U$$ 88,3 milhões.

Além desses,  Países Baixos-Holanda (6,5%), Reino Unido (5,6%), Espanha (4,5%) e Nigéria (2,5%) foram os países que mais compraram do RN, gerando U$$ 130,5 milhões em exportações para o estado.

Quando o assunto é importação, o Rio Grande do Norte adquiriu componentes eletrônicos (válvulas e tubos termônicas, de cátdo frio ou foro-cátodo, diodos, transistores), que representaram 23% das importações. Esse é o tipo de insumo usado para compor a fabricação de eletroeletrônicos dos mais variados e movimentaram U$$ 91,5 milhões.

O trigo e centeio não moídos foram responsáveis por U$$ 86,5 milhões (22%) das importações e os geradores elétricos e suas partes (19%) aparecem como o terceiro produto mais comprado, gerando U$$ 73,7 milhões.

O maior volume (45%) de compras de mercadorias pelo Rio Grande do Norte no mercado estrangeiro, vem da China (U$$ 176 milhões). Em seguida, a Argentina (U$$ 54,7 milhões), Estados Unidos (U$$ 41,9 milhões), Índia (U$$ 21,6 milhões), Espanha (U$$ 20,2 milhões) e Uruguai (U$$ 20,1 milhões) aparecem como países que o estado mais consumiu produtos neste ano.

Brasil

No Brasil, a balança comercial bateu recorde e registrou superávit de US$ 6,7 bilhões em novembro (ante déficit de US$ 1,1 bilhão, em novembro do ano passado). As exportações, somaram R$ 28,2 bilhões, o que representa alta de 30,5%, e a corrente de comércio, que  alcançou US$ 49,7 bilhões numa elevação de 12% em relação a igual mês de 2021, também foram os melhores para o mês desde 1989. Em relação às importações, houve queda de 5,5% na comparação entre as médias de novembro deste ano com as de igual mês do ano passado.

No acumulado do ano, o saldo comercial superavitário em US$ 58 bilhões resulta de US$ 308,8 em exportações e US$ 250,8 bilhões em importações. A corrente de comércio do ano, portanto, já alcançou US$ 559,6 bilhões.

Entre os principais parceiros comerciais do Brasil, a Secex destacou o aumento de 35,6% nas vendas para a China, em novembro (na comparação com igual mês do ano passado, totalizando US$ 7,19 bilhões. Para a Europa, houve crescimento de 44,7%, alcançando valor de US$ 5,46 bilhões. As remessas para a América do Norte subiram 3,3%, totalizando US$ 3,97 bilhões no mês.

Do lado das importações, as compras da China cresceram 6,7% em novembro, totalizando US$ 5,06 bilhões. Houve redução de 7,6% nas compras oriundas da Europa e de 15,8%, da América do Norte.

Tribuna do Norte