RN: Agricultores e pecuaristas temem chuvas abaixo do normal e prejuízo na produção

Os últimos anos foram de boas chuvas para os agricultores da região Oeste potiguar — Foto: Reprodução/Inter TV Costa Branca

Os agricultores e pecuaristas do Rio Grande do Norte temem que 2021 seja um ano de chuvas abaixo do normal, o que pode fazer com que a produção tenha mais prejuízo nesta temporada. Apesar de bons anos recentes, eles guardam ainda na recordação o difícil período de seca entre 2012 e 2017.

“Os anos de seca foram muito difíceis pra gente, pra gente pobre que planta, que cria um bicho, não tinha ajuda. Aí foi muito difícil. O Seguro Safra, quando vinha, era pouco. A gente ficava naquele sufoco. Nós perdemos muitos bichos aqui, não tinha condições”, disse o agricultor e pecuarista Antônio Pedro da Silva.

Essa foi uma triste realidade enfrentada, por exemplo, por muitos agricultores da comunidade Espinheirinho, na zona rural de Mossoró. Sem o alimento para os bichos, muitos tiveram que se desfazer dos rebanhos, para não ver os animais morrerem de fome.

“Muitos desistiram de criar, desses anos pra cá, porque não tinha mais condições, não tinha condições de comprar novamente. E as condições foram deixar de plantar e ir trabalhar em firma. Porque o negócio é a alimentação, principalmente pros bichos. Primeiro pra gente, depois para os bichos”, reforçou o agricultor.

Os últimos anos foram de boas chuvas para os agricultores da região Oeste potiguar. A colheita de 2020 trouxe alívio para atravessar o ano, mas chegado o novo período invernoso, a alimentação do rebanho voltou a ser uma preocupação.

“Esse ano contou com três chuvas boas. Muito pouco e espaçosa. Foram mais de 15 dias, 20 dias que nem serenava. O tempo se preparava. Então, eu plantei no seco e arrisquei. O trator cortou e eu plantei no seco. É esperar em Deus e ver o que vai acontecer. Eu ia plantar milho, mas plantei o sorgo que é melhor pra ração”, disse a agropecuarista Neurismar Oliveira.

O alimento dos bichos é a principal preocupação da agricultora, que mantém um rebanho com cerca de 30 ovelhas. Enquanto o sorgo não nasce e o pasto não aparece, os animais estão sendo alimentados com as vargens das algarobas – uma mistura triturada na forrageira – na esperança de mantê-los alimentados e evitar perdas no rebanho, que já sofre com a falta de alimentação adequada.

“Estão aí, todos magros. Era gordos, bonitos, agora estão todos magros. Desse fim do ano para cá morreram alguns. Os bezerros são poucos e todos magros, sem dar leite”, disse.

De 2011 a 2017, os especialistas estimam que a seca prolongada tenha deixado um prejuízo de R$ 5 bilhões no RN. A pecuária foi o setor mais atingido e mesmo com os anos de bom inverno, os muitos não conseguiram recuperar os rebanhos.

De acordo com o levantamento do Monitor da Seca, da Agência Nacional de Águas, em fevereiro deste ano houve uma expansão da área com seca moderada no Oeste do estado, devido às chuvas abaixo da média no último trimestre. As últimas análises climáticas, inclusive a da Emparn, indicam que os próximos meses também devem ser de chuvas abaixo do esperado.

“Não quer dizer que não vai chover. Vai chover, mas em quantidades não suficientes para a normalidade, como para a recarga dos mananciais. É claro que isso é previsão, mas fevereiro e março não estão sendo bons. Normalmente os meses mais chuvosos são fevereiro, março e abril. O mês de maio já começa a diminuir. A tendência é ficar perto da normalidade e abaixo. A tendência é que algumas regiões fiquem com déficit hídrico”, disse o meteorologista da Emparn Josemir Araújo.

Em janeiro, a seca moderada, que é a segunda no grau de classificação de estiagem, estava em 49% e agora aumentou para 81,8%, com impactos de curto e longo prazos em parte do Seridó e de curto prazo nas outras áreas do RN.

“A parte do litoral tá em seca fraca e o restante em moderada. O fenômeno de seca ocorre de forma silenciosa e lenta. Não é igual as enchentes. Mas isso acontece com o passar dos anos”, explicou. Por Hugo Andrade, Inter TV Costa Branca



Prefeitura de Campo Redondo entrega cinco toneladas de peixes da Semana Santa na cidade e zona rural

O prefeito, Renam Luiz, acompanhou a ação de perto e conversou com a população

A Prefeitura de Campo Redondo realizou durante toda esta quinta-feira (1º) a entrega do Peixe da Semana Santa. Cinco toneladas do alimento foram distribuídas por toda cidade e zona rural. A ação, que aconteceu através da Secretaria Municipal de Trabalho, Habitação e Assistência Social, atendeu famílias que vivem em vulnerabilidade social e pessoas que devido a pandemia da Covid-19 encaixaram-se no perfil.

O prefeito, Renam Luiz, acompanhou a ação de perto e conversou com a população. Diversos pontos de apoio foram montados. A distribuição aconteceu sem aglomerações, já que as equipes visitaram as ruas e comunidades, respeitando o distanciamento social.

A distribuição do peixe é uma tradição do calendário litúrgico da Semana Santa e acontece tradicionalmente na quinta-feira que antecede a sexta-feira da paixão.



Entrevista de Lula bate audiência da live semanal de Bolsonaro no YouTube, no Facebook a situação se inverteu

A entrevista de Lula começou por volta das 18h, e durou 1h25

A transmissão no YouTube da entrevista que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu ao jornalista Reinaldo Azevedo, da Rádio BandNews FM, bateu a audiência da live semanal do presidente Jair Bolsonaro. A diferença foi de mais de 700.000 pessoas.

As duas transmissões foram feitas nesta 5ª feira (1.abr), quase simultaneamente. A entrevista de Lula começou por volta das 18h, e durou 1h25. A live de Bolsonaro teve início depois das 19h, e teve 58 min.

Até as 21h51 desta 5ª feira (1.abr), 134.331 pessoas tinham visto a live de Bolsonaro, no canal do presidente. No mesmo horário, a audiência da entrevista de Lula batia 848.074 visualizações, no canal da Rádio BandNews FM.

No Facebook a situação se inverteu. A live de Bolsonaro teve 875.000 visualizações, 69.000 comentários e 28.000 compartilhamentos. A entrevista de Lula, transmitida na página da, Rádio BandNews FM, rendeu 261.000 visualizações, 32.000 comentários e 9.400 compartilhamentos. 

(Veja mais aqui) 

MSN NOTÍCIAS



Morre ex-vereador de Natal Renato Dantas, vítima da covid-19

Foram  mais de 20 dias lutando contra os efeitos do coronavírus

Faleceu, nesta sexta-feira (2), o ex-vereador de Natal Renato Dantas, aos 60 anos de idade, após sofrer uma parada cardiorrespiratória. Eles estava desde o dia 11 de março internado da UTI em tratamento da covid-19. 

O último boletim médico, divulgado na quinta-feira (1), apontou uma piora do quadro pulmonar. Foram  mais de 20 dias lutando contra os efeitos do coronavírus. 

Renato Dantas nasceu no dia 15 de julho de 1960, em Natal. Empresário, iniciou a vida política no movimento estudantil. Foi eleito vereador na 13ª, 14ª e 15ª Legislaturas, nos períodos de 1996 a 2000, 2001 a 2004 e 2005 a 2008. Reeleito em 2000 como o vereador mais votado da cidade. Elegeu-se presidente da Câmara Municipal na 14ª Legislatura, no período 2003-2004.



Papa cita Shakespeare em apelo contra a destruição ambiental

Conservadores da Igreja Católica, muitos alinhados a forças políticas, são céticos sobre a mudança climática e contestam a opinião científica majoritária de que o aquecimento global é causado principalmente pelo homem

O papa Francisco adaptou uma citação famosa do “Hamlet“, de Shakespeare, em um apelo para que as pessoas não continuem cegas à destruição do meio ambiente e à migração em massa que ela pode causar, escrevendo: “Ver ou não ver, eis a questão.”

Francisco ainda pediu às pessoas que trabalhem juntas para proteger “a criação, nossa casa comum” e não se “recolham” no individualismo. O apelo foi feito no prefácio de um documento do Escritório de Desenvolvimento do Vaticano para o Cuidado Pastoral de Pessoas Deslocadas por Eventos Climáticos.

“Sugiro que adaptemos o famoso ‘ser ou não ser’, de Hamlet, e afirmemos: ‘ver ou não ver, eis a questão!’ Isso começa com a visão de cada um, sim, a minha e as suas”, escreveu Francisco.

“Não sairemos de crises como a do clima e da covid-19 nos recolhendo no individualismo, mas somente ‘estando muitos juntos’, pelo encontro, o diálogo e a cooperação”, acrescentou no prefácio do estudo de 30 páginas divulgado nessa terça-feira (30).

Conservadores da Igreja Católica, muitos alinhados a forças políticas, são céticos sobre a mudança climática e contestam a opinião científica majoritária de que o aquecimento global é causado principalmente pelo homem.

“Quando pessoas são expulsas porque seu meio ambiente local se torna inabitável, pode parecer um processo da natureza, algo inevitável. Mas muitas vezes o clima em deterioração é resultado de escolhas ruins e atividade destrutiva, do egoísmo e da negligência, que colocam a humanidade em choque com a criação, nossa casa comum.”

Agência Brasil



Representantes caicoenses de bares, restaurantes, hotéis e similares criam associação para lutar por direitos

Os bares, hotéis e estabelecimentos de alimentação estão entre os mais afetados pela pandemia e alguns dos empresários não tiveram como manter seu quadro de funcionários

Foi fundada nesta segunda-feira (29), a associação caicoense de bares, restaurantes, hotéis e similares. A associação tem à frente o empresário Zenon de Medeiros, administrador do Bar de Zeca Barrão. Na composição estão também outros representantes dos setores de hospedagem e alimentação.

Os bares, hotéis e estabelecimentos de alimentação estão entre os mais afetados pela pandemia e alguns dos empresários não tiveram como manter seu quadro de funcionários. “Os bares “foram os primeiros a fechar e serão os últimos a abrir”, nas palavras do presidente da associação.

Zenon foi entrevistado hoje pelo programa 90 Minutos da Rádio Seridó FM 100.7. Ele falou sobre os objetivos e demandas dos associados, demonstrou preocupação com os empregados do setor e afirmou ter esperança que a situação retorne à normalidade para que os estabelecimentos possam trazer de volta seus funcionários. Ouça a entrevista completa.



RN: Reservatórios da região Oeste recebem recarga das últimas chuvas

Nesse fim de semana, precipitações de até 172 milímetros foram anotadas

O Governo do Estado do Rio Grande do Norte, por meio do Instituto de Gestão das Águas do RN (Igarn), monitora os 47 reservatórios, com capacidades superiores a 5 milhões de metros cúbicos, responsáveis pelo abastecimento das cidades potiguares.

O Relatório do Volume dos Principais Reservatórios Estaduais, divulgado nesta segunda-feira (29), indica que os reservatórios da Região Oeste do Estado receberam bons aportes de água das últimas chuvas. Nesse fim de semana, precipitações de até 172 milímetros foram anotadas. 

As reservas hídricas superficiais totais do RN atualmente acumulam 1.836.963.746 m³, percentualmente, 41,97% do volume total dos 47 reservatórios monitorados pelo Igarn juntos. Já no relatório divulgado no último dia 25 de março, as reservas hídricas somavam 1.833.228.915 m³, equivalentes a 41,88% da sua capacidade total. 

A barragem Armando Ribeiro Gonçalves, maior reservatório do RN, com capacidade para 2.373.066.510 m³, acumula, 1.209.607.811 m³, que correspondem a 50,97% do seu volume máximo. Já no último relatório divulgado, o manancial represava 1.208.479.237 m³, percentualmente, 50,92% da sua capacidade. 

Já a segunda maior barragem do RN, Santa Cruz do Apodi, acumula 159.384.154 m³, correspondentes a 26,58% da sua capacidade, que é de 599.712.000 m³. No relatório anterior, o reservatório estava com 158.972.425 m³, percentualmente, 26,51% do seu volume total. 

A barragem Umari, localizada em Upanema, acumula 199.263.306 m³, equivalentes a 68,05% da sua capacidade total, que é de 292.813.650 m³. No último relatório, o manancial estava com 199.474.866 m³, correspondentes a 68,12% do seu volume total. 

O reservatório que teve maior aumento percentual de volume foi Flechas, localizado em José da Penha, que acumula 945.300 m³, equivalentes a 10,56% da sua capacidade, que é de 8.949.675 m³. No dia 25 de março, o açude estava com 347.775 m³, percentualmente, 3,89% da sua capacidade. 

Outro reservatório que recebeu boa recarga foi Encanto, localizado no município de Encanto, que acumula 3.760.048 m³, percentualmente, 72,41% da sua capacidade total, que é de 5.192.538 m³. No último relatório ele estava com 3.462.103 m³, equivalentes a 66,67% do seu volume total. 

O açude Passagem, localizado em Rodolfo Fernandes, acumula 5.566.017 m³, correspondentes a 67,27% da sua capacidade total, que é de 8.273.877 m³. Já no relatório do dia 25 de março, ele estava com 5.278.713 m³, percentualmente, 63,80% do seu volume total. 

O reservatório de Marcelino Vieira também recebeu recarga. Acumula atualmente 5.356.844 m³, correspondentes a 47,83% da sua capacidade total, que é de 11.200.125 m³. Já no último dia 25 de março, o manancial estava com 5.057.125 m³, percentualmente, 45,15% do seu volume total. 

O açude Jesus Maria José, localizado em Tenente Ananias, acumula 1.975.877 m³, correspondentes a 20,5% da sua capacidade total, que é de 9.639.152 m³. Já no último relatório, ele estava com 1.798.351 m³, percentualmente, 18,66% da sua capacidade. 

O reservatório de Pilões acumula 2.395.400 m³, equivalentes a 40,59% da sua capacidade total, que é de 5.901.875 m³. No último relatório divulgado, o manancial estava com 2.316.612 m³, correspondentes a 39,25% da sua capacidade. 

Outros reservatórios receberam recargas, percentualmente, inferiores a 1% da sua capacidade, casos de: Bonito II, localizado em Bonito; Carnaúba e Sabugi, ambos localizados em São João do Sabugi; Esguicho, localizado em Ouro Branco; Lucrécia, localizado em Lucrécia;  Morcego, localizado em Campo Grande; Riacho da Cruz II, localizado em Riacho da Cruz; Rodeador, localizado em Umarizal; Santana, localizado em Rafael Fernandes; Tabatinga, localizado em Macaíba e Tourão, localizado em Patu. 

Os reservatórios monitorados pelo Igarn, que permanecem com volumes inferiores a 10% da sua capacidade, e, portanto são considerados em Nível de Alerta, são: Esguicho, localizado em Ouro Branco, com 1,06%; Zangarelhas, com 5,81% e Itans, localizado em Caicó, com 4,08%. Passagem das Traíras, continua em reforma.

Já os reservatórios monitorados pelo Igarn, que permanecem secos, são: Inharé, localizado em Santa Cruz e Trairi, localizado em Tangará. 

Situação das Lagoas

A lagoa de Extremoz recebeu recarga das últimas chuvas e acumula 10.728.299 m³, correspondentes a 97,36% da sua capacidade total, que é de 11.019.525 m³. No último relatório o manancial estava com 10.218.654 m³, percentualmente, 92,73% da sua capacidade. 

A lagoa do Boqueirão também recebeu aporte de água e acumula 9.397.301 m³, equivalentes a 84,85% da sua capacidade total, que é de 11.074.800 m³. Já no relatório anterior, ela estava com 9.070.646 m³, correspondentes a 81,90% do seu volume total. 

A lagoa do Bonfim também recebeu águas e acumula 42.014.190 m³, percentualmente, 49,86% da sua capacidade total, que é de 84.268.200 m³. No dia 25 de março ela acumulava 41.516.589 m³, correspondentes a 49,27% do seu volume total. 



UFRN busca patenteamento de novo combustível para foguetes e mísseis

Foguetes e mísseis funcionam com base na lei de ação e reação de Newton: jogar algo para a direção contrária a que se quer seguir e assim adquirir velocidade.

A substância que faz os foguetes se moverem no espaço é o propelente, uma mistura de combustível com comburente, substância que fornece oxigênio para a reação, já que ele não está disponível no espaço. A depender de situações como forte gravidade e densa atmosfera, essa “tabelinha” entre os dois precisa ser mais intensa, pois influenciam na força de propulsão. E é aí que as reações químicas entram em jogo.

Na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), um pesquisador desenvolveu uma nova tecnologia que propicia a utilização de uma substância já existente, mas com a aplicação inovadora na composição do propelente.

O depósito de pedido de patente foi feito pela UFRN junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) sob o nome “Hidroxipropilmetilcelulose como aglutinante e Combustível para a preparação de propelentes Sólidos ou híbridos para foguetes e mísseis”. Robson Farias realçou que a aplicação da tecnologia é voltada para a área das tecnologias do setor de defesa, trazendo como vantagem empregar uma substância de baixo custo (comparativamente) e com elevada combustionabilidade, aumentando o número de possíveis formulações de propelentes, o que significa aumentar as possibilidades tecnológicas, num setor estratégico.

O que é um pedido de patente?

O pedido de patente do novo combustível para foguetes passa a integrar o portfólio da vitrine tecnológica da UFRN, invenções que podem ser acessadas através do endereço www.agir.ufrn.br. A patente em si é um título de propriedade temporária sobre uma invenção ou modelo de utilidade, outorgado pelo Estado aos inventores, autores ou outras pessoas físicas ou jurídicas detentoras de direitos sobre a criação. Assim, o depósito de pedido de patente é o primeiro passo para garantir direitos de comercialização exclusiva, por um determinado período, de uma nova invenção com aplicação industrial.

A proteção das tecnologias desenvolvidas por inventores da UFRN tem como objetivo resguardar os diretos patrimoniais da instituição frente aos investimentos intelectuais e financeiros dispendidos durante o seu desenvolvimento, mas também permitir que estes novos produtos e processos sejam licenciados por empresas que possam explorá-los comercialmente, gerando recursos para a instituição na forma de royalties que novamente serão investidos em inovação.

Nesse primeiro momento, o Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI) “guarda” o documento por 18 meses em sigilo. Em seguida, o estudo é publicado e fica o mesmo período aberto a contestações. Após os três anos, o Instituto parte para a análise em si e, se não encontrar nada parecido, faz a concessão. Por causa disso, a concessão costumeiramente acontece após cinco anos do depósito.

Na UFRN, a Agência de Inovação (AGIR) é a unidade responsável pela proteção e gestão dos ativos de propriedade intelectual, como patentes e programas de computador. Em tempos de pandemia, as orientações e explicações a respeito dos aspectos para patentear uma determinada invenção são dadas através do e-mail [email protected] ou via aplicativos de mensagens, pelo telefone 99167 6589.



Jovem de 22 anos morre após ser atingido por raio enquanto pescava na zona rural de Serra Negra do Norte

O fato se deu no Sítio Pintado. Lucas faria aniversário no dia 24 de maio – Foto: Internet/ Blog da GL

Lucas Medeiros, jovem de 22 anos, conhecido como Preto, morreu ao ser atingido por um raio, enquanto pescava com amigos em um açude na zona rural de Serra Negra do Norte nesta noite chuvosa de sábado, 27 de março.

Segundo informações chegadas ao blog, cerca de cinco amigos saíram para pescar e, chegando ao açude, começou a chover com muitos relâmpagos e trovões. Eles foram ficar debaixo de uma árvore para se protegerem, momento em que o raio atingiu o grupo. A descarga foi tão forte que alguns desmaiaram, mas Lucas não resistiu. O fato se deu no Sítio Pintado. Lucas faria aniversário no dia 24 de maio.

Blog da GL



Estudo da UFRN com polvos aumenta compreensão sobre o sono

Embora ninguém saiba com certeza, as descobertas levam os pesquisadores a sugerir que é possível que os polvos possam até experimentar algo semelhante aos sonhos

Assim como os mamíferos, pássaros e répteis, os polvos também dormem. Essa é a conclusão de novo estudo de pesquisadores do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (ICe/UFRN). Segundo a pesquisa, realizada em parceria com pesquisadores do Laboratório de Cefalópodes (UFRN e atualmente na UFSC), publicada na iScience, os polvos têm dois principais estados alternados de sono, muito parecidos com os estados REM e não-REM observados nas pessoas.

Embora ninguém saiba com certeza, as descobertas levam os pesquisadores a sugerir que é possível que os polvos possam até experimentar algo semelhante aos sonhos.

Os pesquisadores costumavam pensar que apenas mamíferos e pássaros tinham dois estados de sono. Mais recentemente, foi demonstrado que alguns répteis também apresentam sono não REM e REM. Um estado de sono semelhante ao REM foi relatado também em lulas, um cefalópode parente do polvo. Isso levou o coordenador da pesquisa, professor Sidarta Ribeiro, chefe do Laboratório de Sono, Sonho e Memória do ICe/UFRN a se perguntar se eles também poderiam ver evidências de dois estados de sono em polvos, observando que os polvos têm o sistema nervoso mais centralizado de qualquer invertebrado e são conhecidos por terem uma alta capacidade de aprendizagem.

Para descobrir, os pesquisadores capturaram gravações de vídeo de polvos no laboratório. Eles descobriram que durante o ‘sono quieto’ os animais ficavam imóveis, com a pele pálida e as pupilas dos olhos contraídas em uma fenda. Durante o “sono ativo”, foi uma história diferente. Os animais mudavam dinamicamente sua cor e textura de pele. Eles também moviam os olhos enquanto contraíam as ventosas e o corpo com contrações musculares.

O ciclo se repete em intervalos de cerca de 30 a 40 minutos. Para estabelecer que esses estados realmente representavam o sono, os pesquisadores mediram o limiar de excitação dos polvos usando testes de estimulação visual e tátil. Os resultados desses testes mostraram que em ambos os estados, ‘Sono Ativo’ e ‘Sono Quieto’, os polvos precisavam de um forte estímulo para evocar uma resposta comportamental em comparação com o estado de alerta. Em outras palavras, eles estavam dormindo.

As descobertas têm implicações interessantes para polvos e para a evolução do sono. Também levanta novas questões intrigantes.“A alternância de estados de sono observada no Octopus insularis parece bastante semelhante à nossa, apesar da enorme distância evolutiva entre cefalópodes e vertebrados, com uma divergência precoce de linhagens há cerca de 500 milhões de anos”, diz Sylvia.

“Se de fato dois diferentes estados de sono evoluíram duas vezes independentemente em vertebrados e invertebrados, quais são as pressões evolutivas essenciais que moldam esse processo fisiológico?” questiona a pesquisadora. “A evolução independente em cefalópodes de um ‘sono ativo’ análogo ao sono REM dos vertebrados pode refletir uma propriedade emergente comum aos sistemas nervosos centralizados que atingem uma certa complexidade, ” afirma.

Em estudos futuros, os pesquisadores gostariam de registrar dados neurais de cefalópodes para entender melhor o que acontece quando eles dormem. Eles também estão curiosos sobre o papel do sono no metabolismo, pensamento e aprendizagem dos animais.