A comunicação e a conectividade entre Brasil e Europa vai passar por uma grande transformação a partir de junho. Um cabo de fibra ótica foi instalado no Oceano Atlântico entre Fortaleza, no Ceará, e Sines, cidade localizada a 120 km de Lisboa, capital de Portugal.
Testes estão sendo conduzidos para que a infraestrutura já comece a funcionar em junho. No Brasil, o cabo de fibra ótica submarino foi instalado no Oceano Atlântico, em Fortaleza, em dezembro do ano passado.
Após ser “iluminada”, que é o termo técnico para a ativação da fibra, a previsão é de que a conexão seja expandida para estações no Rio de Janeiro, São Paulo, Guiana Francesa, Argentina e Chile, na América do Sul, além de levar mais cobertura de rede para todos os países da Europa, África e ilhas do Atlântico.
O Ministério das Comunicações, em parceria com a Telebrás, garantiu o primeiro investimento para viabilizar o projeto, cuja conclusão ficou a cargo da empresa EllaLink.
A implementação da infraestrutura prepara o Brasil para a internet de altíssima velocidade que será oferecida pelo 5G. A iniciativa resulta em melhoria de todas as plataformas de telecomunicações.
As informações vão trafegar por mais de 6 mil km do cabo que atravessa o oceano, numa velocidade de 100 terabits e tempo de resposta na transmissão dos dados de 60 milissegundos. Os dados são transmitidos na velocidade da luz nos quatro pares de fibras que compõem o cabo submarino.
A Fifa realizará um estudo de viabilidade sobre a realização da Copa do Mundo e da Copa do Mundo Feminina a cada dois anos, depois de apoiar uma proposta em seu congresso anual nesta sexta-feira (21).
Atualmente, as duas competições são realizadas a cada quatro anos, mas a Federação de Futebol Saudita (Saff) apresentou uma proposta de um estudo sobre o impacto de um evento bienal.
“Acreditamos que o futuro do futebol está em uma conjuntura crítica. As muitas questões que o futebol enfrenta são ainda mais exacerbadas agora pela pandemia em curso”, disse o presidente da Saff, Yasser Al-Misehal. “É hora de rever como o esporte global está estruturado e considerar o que é melhor para o futuro de nosso esporte. Isto deveria incluir se o ciclo atual de quatro anos continua sendo a base ideal para como o futebol é administrado tanto da perspectiva da competição quanto da comercial”, acrescentou ele.
O presidente da Fifa, Gianni Infantino, a classificou como “uma proposta eloquente e detalhada”, e 166 federações nacionais votaram a favor e 22 contra. Infantino disse que o estudo analisará os sistemas de classificação dos torneios.
A Secretaria de Saúde do Maranhão confirmou hoje os primeiros casos oficiais da cepa indiana (B.1.617.2) do novo coronavírus no Brasil. Os contaminados foram seis tripulantes do navio Shandong da Zhi, que veio da África do Sul e foi fretado pela Vale para entregar minério de ferro em São Luís.
A confirmação veio em entrevista coletiva concedida pelo secretário de saúde Carlos Lula, que também é presidente do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde). Segundo ele, seis dos 24 tripulantes fizeram o teste genômico pelo Instituto Evandro Chagas e todos testaram positivo.
Um dos tripulantes segue internado em um hospital particular de São Luís. O quadro de saúde dele é estável, segundo o último boletim médico. Agora, de acordo com a SES, dentro do navio continuam 14 tripulantes com covid-19: Dois com sintomas leves e 12 assintomáticos. Outros nove não foram diagnosticados com a doença. O secretário informou ainda que cerca de cem pessoas tiveram contato com os tripulantes que testaram positivo. Elas devem ser testadas, acompanhadas e, se necessário, serão isoladas..
O navio Shandong da Zhi segue ancorado na costa de São Luís e todos os tripulantes estão isolados e acompanhados por profissionais de saúde, segundo a secretaria.
A preocupação com a cepa indiana no país começou quando a Secretaria de Saúde informou, no último sábado (15), que um homem de nacionalidade indiana, de 54 anos, havia sido internado em um hospital de São Luís com sintomas do novo coronavírus.
O homem começou a sentir os sintomas da doença em 4 de maio e teve febre, segundo a SES. Logo depois, ele foi encaminhado em um helicóptero para um hospital da rede privada. Na segunda (17), outros dois tripulantes do navio apresentaram sintomas da doença e foram encaminhados para o mesmo hospital, mas já tiveram alta e retornaram à embarcação, que segue em alto mar, em uma área de fundeio, e sem permissão para atracar em São Luís.
Militantes palestinos na Faixa de Gaza dispararam foguetes contra Jerusalém e o sul de Israel nesta segunda-feira (10), ameaçando punir as autoridades israelenses pelos confrontos violentos com palestinos em Jerusalém. O Ministério da Saúde de Gaza disse que nove palestinos foram mortos em ataques aéreos israelenses no território da Palestina, após os ataques contra Israel. O exército israelense não emitiu nenhum comentário imediato sobre qualquer ação que tenha tomado no enclave.
Sirenes de foguetes soaram em Jerusalém, além de cidades e comunidades próximas a Gaza minutos depois de um ultimato do grupo islâmico Hamas, que governa o enclave, exigindo que Israel retire as forças no complexo da mesquita de Al Aqsa e outro ponto de conflito na cidade sagrada já que o prazo determinado expirou.
Não houve relatos imediatos de vítimas do lançamento de foguetes em Israel, mas a mídia local informou que uma casa nas colinas de Jerusalém havia sido danificada, no surto mais sério de hostilidades com o Hamas em meses. Ao longo da fronteira fortificada Gaza-Israel, um míssil anti-tanque palestino disparado do território costeiro atingiu um veículo civil, ferindo um israelense, disseram os militares.
O Hamas e o pequeno grupo militante da Jihad Islâmica assumiram a responsabilidade pelos ataques com foguetes. Relatos da mídia israelense disseram que mais de 30 foguetes foram disparados. “Esta é uma mensagem que o inimigo deve entender bem”, disse Abu Ubaida, porta-voz do braço armado do Hamas.
Violência em torno da Mesquita de Al Aqsa
Enquanto Israel celebrava o “Dia de Jerusalém” na segunda-feira, marcando a captura das partes orientais da cidade sagrada na guerra árabe-israelense de 1967, a violência irrompeu na mesquita de Al Aqsa, o terceiro local mais sagrado do Islã. O Crescente Vermelho Palestino disse que mais de 300 palestinos ficaram feridos em confrontos com policiais que dispararam balas de borracha, granadas de atordoamento e gás lacrimogêneo no complexo, que também é reverenciado por judeus nos locais dos templos bíblicos.
As escaramuças, nas quais a polícia disse que 21 policiais também ficaram feridos em Al Aqsa, haviam morrido no momento em que o Hamas deu o ultimato às 18h (horário de Brasília). As hostilidades pegaram o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu em um momento difícil, enquanto os oponentes negociam a formação de uma coalizão governamental para destituí-lo após uma eleição inconclusiva de 23 de março.
Para o Hamas, disseram alguns comentaristas, seu desafio a Israel foi um sinal para os palestinos, cujas próprias eleições foram adiadas pelo presidente Mahmoud Abbas, de que agora é o país que comanda a responsabilização de Israel pelos acontecimentos em Jerusalém.
Conflitos recentes em Jerusalém aumentaram a preocupação internacional sobre um conflito mais amplo, e a Casa Branca pediu a Israel que assegurasse a calma durante o “Dia de Jerusalém”. O bairro de Sheikh Jarrah em Jerusalém Oriental também tem sido um ponto focal dos protestos palestinos durante o mês sagrado muçulmano do Ramadã.
Várias famílias palestinas enfrentam despejo, sob ordem judicial israelense, de casas reivindicadas por colonos judeus em um processo judicial de longa duração. Em um esforço para acalmar as tensões, a polícia mudou o rumo de uma marcha tradicional do Dia de Jerusalém, na qual milhares de jovens judeus com bandeiras israelenses caminham pela Cidade Velha. Eles entraram pelo Portão de Jaffa, contornando o Portão de Damasco fora do bairro muçulmano, que tem sido um ponto crítico nas últimas semanas.
A polícia apressou os manifestantes para cobrir o Portão de Jaffa depois que as sirenes soaram. Israel vê toda Jerusalém como sua capital, incluindo a parte oriental que foi anexada após a guerra de 1967, em um movimento que não ganhou reconhecimento internacional. Os palestinos querem que Jerusalém Oriental seja a capital de um estado que procuram em Gaza e na Cisjordânia ocupada por Israel.
O Ministério do Interior do Afeganistão informou que pelo menos 58 pessoas morreram em um atentado com bombas feito na noite deste sábado (8) junto de uma escola em Cabul. Mais de 100 pessoas ficaram feridas nas explosões.
Segundo a pasta, primeiro houve a explosão de um carro na porta da escola, depois a detonação de duas outras bombas quando as estudantes fugiam, em pânico, do edifício.
Nenhum grupo reivindicou a autoria do atentado, mas o presidente do Afeganistão atribuiu a responsabilidade aos talibã, que negam qualquer envolvimento.
As autoridades locais disseram que a maioria dos mortos eram estudantes. Algumas famílias ainda procuravam em hospitais por seus filhos.
Neste domingo (9), o Papa Francisco classificou o ataque como um “ato desumano” em declarações aos peregrinos na Praça de São Pedro, na Cidade do Vaticano.
Impulsionados por João Paulo II (1920-2005), os processos de canonização cresceram ainda mais com o papa Francisco no comando da Igreja Católica. Agora, começam a ser retomados depois de uma interrupção atribuída à pandemia de Covid-19. O atual pontífice é o maior responsável por consagrações de santos na história do catolicismo, com 45% das canonizações.
Francisco pontífice sempre demonstrou ter apreço por estimular e reconhecer devoções populares e há muito superou o antecessor polonês. De março de 2013, quando se tornou papa, até outubro de 2019, na celebração da última missa de canonização, o argentino consagrou aos altares a incrível marca de 897 santos. João Paulo II, por sua vez, canonizou 482 nomes durante os 16 anos de pontificado.
O ano de 2020 foi um raro momento dos tempos modernos em que o Vaticano não reconheceu nenhum novo santo. Desde a primeira canonização presidida por João Paulo II, em 1982, só haviam passado em branco 1985 e 1994 — este último, com uma possível explicação: o papa havia fraturado o fêmur e precisou reduzir a agenda devido às dificuldades de locomoção.
Nesta segunda-feira (3), haverá um consistório em que será anunciada a data para a retomada da consagração de santos. Sete religiosos serão canonizados: o oficial das Forças Armadas, explorador, geógrafo, linguista e eremita francês Charles de Foucauld (1858-1916); o oficial da corte indiano Devasahayam Pillai (1712-1752), que assumiu o nome cristão de Lázaro; o padre francês Cesar de Bus (1544-1607); os padres italianos Luigi Palazzolo (1827-1886) e Giustino Russolillo (1891-1955); e as religiosas italianas Maria Domenica Mantovani (1862-1934) e Maria Francesca de Jesus (1844-1904), cujo nome de batismo era Anna Maria Rubatto.
Consistório é o nome que se dá para a reunião de cardeais, convocada e presidida pelo papa. No caso do encontro agendado para esta segunda-feira, trata-se de um consistório ordinário, ou seja, embora todos os purpurados sejam convidados, espera-se a presença apenas daqueles que estejam em Roma ou arredores. Essa característica dos tempos de pandemia tornará mais simples o encontro.
Voz do povo tem força nas canonizações
Em 28 de novembro, quando ocorreu o último consistório realizado para a nomeação de novos cardeais, houve ausências por conta da situação sanitária. “Geralmente os que não podem comparecer justificam a ausência. Mas nesse último, pela primeira vez, alguns participaram por videoconferência”, explica o vaticanista Filipe Domingues, doutor pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.
Ele acredita que, dado o precedente aberto, eventualmente os consistórios a partir de agora possam permitir esse tipo de participação remota, em casos de necessidade. “Mas a ideia dos cardeais presentes fisicamente em Roma é uma questão histórica e simbólica”, salienta ele, sobre o papel dos cardeais como conselheiros papais.
Já a celebração da canonização em si, cuja data será anunciada na segunda, realmente seria difícil de ocorrer com a pandemia fora de controle. “Seria complicado, pelo próprio sentido da cerimônia”, explica a vaticanista Mirticeli Medeiros, pesquisadora de história do catolicismo da Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.
“Numa canonização, a pessoa recebe o título de ‘santa’ e seu culto é ‘estendido a toda a Igreja Universal’, para usar a linguagem técnica. Não é um ato só da hierarquia católica, ao contrário do que se pensa. Os canonistas reiteram que além do processo em si, a ‘vox populi’, ou seja, a voz do povo de Deus, tem seu peso. O povo, que espalha a fama de santidade da pessoa, é parte fundamental desse processo”, afirma Medeiros.
O vaticanista italiano Andrea Gagliarducci avalia que uma canonização de forma reservada “não faria sentido”. “Os fiéis devem estar presentes [à cerimônia], e o papa deve celebrá-la”, pontua ele, que acredita haver condições para realizar a celebração neste ano de 2021 seguindo protocolos de segurança.
Missas de canonização costumam ser celebrações concorridas, com a Praça São Pedro lotada de fiéis, geralmente reunindo caravanas dos países de origem dos novos santos. Em outubro de 2019, na última celebração do tipo, eram muitas as bandeiras brasileiras empunhadas na cerimônia que fez de Irmã Dulce (1914-1992) a 37ª santa brasileira. Cerca de 25 autoridades do Brasil, como o vice-presidente Hamilton Mourão, os então presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara, Rodrigo Maia, acompanharam a cerimônia. Também integraram a comitiva nacional o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, e o então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
Há casos em que o Vaticano celebra as canonizações no país de origem do novo santo — exigindo uma logística impossível em um período sanitariamente inviável. Foi assim, por exemplo, que o mundo viu o então papa Bento XVI reconhecer, em maio de 2007, Frei Galvão (1739-1822) como o primeiro santo nascido em solo brasileiro. A missa, naquela ocasião, foi celebrada no Campo de Marte, em São Paulo.
As origens dos novos santos
Dentre os sete novos nomes apresentados, o mais aguardado é o do francês Charles de Foucauld. Sua biografia é bastante interessante: órfão de pai e mãe na infância, tornou-se oficial das Forças Armadas da França e acabou enviado para a Argélia. Aos 23 anos, deixou a vida militar e decidiu explorar o Marrocos. Convertido ao catolicismo, viveu como monge trapista por um período — depois saiu da ordem e adotou hábitos de ermitão.
Assassinado no deserto da Argélia, Foucauld tornou-se, para a Igreja, um mártir da fé. “É considerado o profeta do diálogo religioso entre o cristianismo e o islã, entre os vários títulos ligados à sua trajetória. Sendo assim, nada mais significativo que a canonização seja feita pelo papa Francisco, que investe muito nessa aproximação”, avalia Medeiros. “A vida de Foucauld se tornou universalmente conhecida e é óbvio que muitos fiéis rezam a ele, conhecem sua história”, acrescenta Gagliarducci. “Sua história é fascinante.” Também vale ressaltar a presença de um mártir indiano entre os que serão canonizados, no caso o oficial da corte indiano Devasahayam Pillai, depois conhecido como Lázaro. Embora o país não tenha maioria católica, é um local que tem sido contemplado pelo olhar atento de Francisco às periferias do mundo. Em 2019, na última cerimônia de canonização ocorrida, foi canonizada Mariam Thresia Chiramel Mankidiyan (1876-1926), uma religiosa indiana.
“Trata-se de um país onde a fé católica se fortalece, com muitas vocações”, analisa o vaticanista Domingues. “Francisco enfatiza a questão da fé popular, então observa essas devoções e as joga para toda a Igreja.”
Os demais nomes são todos de lideranças de ordens religiosas — e, claro, há um fator político importante que acaba influenciando em tais processos, que acabam por conferir maior prestígio e notoriedade para tais congregações.
Francisco, o fazedor de santos
Se em oito anos de papado Francisco já vai atingir a incrível marca de ter canonizado 904 nomes, considerando os apresentados nesta segunda, é preciso fazer uma ressalva que esse número só foi possível graças a canonizações coletivas, quando o papa reconhece como santos, de uma vez só, um grupo de grande de cristãos, geralmente martirizados.
E em maio de 2013, Francisco bateu o recorde absoluto de santos feitos de uma só vez, quando canonizou os 813 moradores da cidade de Otranto, no sul da Itália, que foram dizimados por otomanos em 14 de agosto de 1480. A maior canonização coletiva da Igreja anterior a isso havia sido presidida por João Paulo II em outubro de 2000: na ocasião, foram santificados 120 mártires chineses.
A reportagem da CNN Brasil cruzou dados levantados pelo teólogo e filósofo Fernando Altemeyer Júnior, chefe do departamento de Ciências Sociais da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), com informações da Congregação para as Causas dos Santos, organismo da Cúria Romana responsável pelos processos de canonização. Com os sete nomes a serem oficializados neste ano, a Igreja atingirá a marca de 2 mil santos.
Considerando aqueles cuja identidade é conhecida — o que nem sempre é possível nos casos desses grupos de mártires santificados em conjunto —, o levantamento mostra de 68% são de religiosos como padres, bispos, papas, monges, freiras etc. E a preponderância é masculina: 78% dos eleitos para os altares católicos são homens.
O Papa Francisco estabeleceu hoje (29) nova regulamentação anticorrupção para assegurar que os próprios cardeais e gestores do Vaticano são transparentes e honestos.
As novas regras implicam que os cardeais e gestores declarem periodicamente que investem apenas em fundos compatíveis com a doutrina católica e que não estão sob investigação criminal ou têm dinheiro em paraísos fiscais. Esses requisitos éticos para o investimento excluiriam, por exemplo, a fabricação de armas.
Uma nova lei publicada hoje contém também uma proibição que, a ser amplamente aplicada, significará uma revolução na cultura da Cúria: proíbe qualquer empregado do Vaticano de receber presentes relacionados com o trabalho com valor superior a 40 euros.
Como “relacionado ao trabalho” poderia levar a interpretações ambíguas, a proibição visa claramente a reduzir os presentes, por vezes de luxo, que costumam receber as autoridades do Vaticano de benfeitores ricos, amigos e membros do clero.
A medida restritiva do papa ocorre quando os procuradores do Vaticano estão há quase dois anos a desenvolver uma investigação anticorrupção que envolve investimento do Vaticano em um empreendimento imobiliário em Londres.
Francisco pregou sobre a eliminação da corrupção no Vaticano, durante anos, mas a nova lei marca o seu maior passo até agora para assegurar que os próprios cardeais e gestores estão “limpos”.
O chefe da Igreja Católica decretou que todas as novas contratações devem estar sujeitas à assinatura de uma declaração, atestando que o candidato nunca foi condenado por um crime e não está sob investigação por situações que incluam lavagem de dinheiro, corrupção, fraude, exploração de menores ou evasão fiscal.
A declaração deve ser renovada a cada dois anos, estando contemplada a possibilidade de dispensa como penalização por mentira.
Também incluída na declaração está a garantia de que nem o gestor, nem terceiros, dispõem de investimentos em paraísos fiscais e que todos os investimentos estão em linha com a doutrina social da Igreja Católica.
Na introdução da lei, Francisco escreveu que a regulamentação era necessária porque “a corrupção pode manifestar-se de diferentes formas”.
Os superiores do Vaticano, escreveu, “têm a particular responsabilidade de concretizar a fidelidade de que fala o Evangelho, agindo de acordo com os princípios de transparência e sem qualquer conflito de interesses”.
A lei foi publicada na mesma semana em que a adesão da Santa Sé às normas internacionais de combate à lavagem de dinheiro e de financiamento do terrorismo está sendo analisada pelo comitê de peritos do Conselho da Europa para avaliação de medidas nesta área (Moneyval).
Os avaliadores do Moneyval visitaram a Santa Sé no outono e apresentaram um relatório aos Estados-membros para discussão e adoção. Não está prevista a divulgação do relatório antes de mais algumas semanas.
Os americanos compraram 300 milhões de doses da vacina da AstraZeneca, mas ela ainda não foi autorizada nos EUA pela Agência de Drogas e Comida (FDA, na sigla em inglês), o órgão responsável por esse tipo de permissão nos EUA. O governo do país considera que terá doses suficientes de outros três fornecedores. Ainda não se sabe quais serão os destinatários do lote.
Assim que as 60 milhões de doses da vacina de Oxford/AstraZeneca encomendadas chegarem serão distribuídas para outros países, afirmou o conselheiro do governo do país para a Covid-19, Andy Slavitt. O governo dos EUA está seguro de que o país tem doses suficientes com os três fornecedores que até agora têm garantido as vacinas: Johnson & Johnson, Pfizer e Moderna.
A Índia registrou 349.691 casos de Covid-19 em 24 horas e bateu um triste recorde mundial, que já pertence ao país, pelo 4° dia seguido, neste domingo (25).
Com isso, a Índia contabiliza agora 16,9 milhões de infecções pelo novo coronavírus e 192.311 mortes (2.767 registradas nas últimas 24 horas), de acordo com dados do Ministério da Saúde indiano.
A Índia vive seu pior momento na pandemia. Em Nova Delhi, a capital do país, hospitais entraram em colapso. Em um deles, seguranças estão impedindo a entrada de pessoas porque não há quartos disponíveis. Um jovem de 17 anos contou que a única coisa que pode fazer pelo pai foi “vê-lo morrer” na fila (veja aqui os relatos).
O ministro-chefe de Nova Delhi, Arvind Kejriwal, declarou neste domingo que a cidade vai continuar sob lockdown até 3 de maio.
O papa Francisco visitou pessoas sem teto e necessitadas de Roma, que receberam vacinas gratuitas contra a covid-19 de instituição de caridade do Vaticano nesta sexta-feira (23), quando ele comemorou a festa de São Jorge.
Cerca de 600 das 1,4 mil pessoas que receberam a primeira dose há várias semanas foram vacinadas hoje com a segunda. O papa passou cerca de 30 minutos conversando com algumas pessoas, muitas da área ao redor do Vaticano.
Enquanto cantarolavam e gritavam “auguri” (parabéns) pelo dia, ele lhes ofereceu comida e doces, inclusive um ovo de Páscoa gigantesco que voluntários abriram, dando-lhe um pedaço.
O Vaticano também iniciou uma campanha que permite que doadores contribuam para o custo de uma vacina destinada a pessoas de países pobres, por meio do site de seu escritório de doações.
Batizada de vaccino sospeso (vacina suspensa), empresta o nome da tradição do caffe sospeso de Nápoles, segundo a qual as pessoas deixam dinheiro para pagar um café a um desconhecido necessitado cuja identidade só é conhecida pelo barman.
Francisco, que já foi vacinado, assim como o ex-papa Bento XVI, de 93 anos, disse que receber a vacina é a escolha ética, a menos que existam motivos médicos sérios para não fazê-lo.
Sob o comando de Francisco, o Vaticano criou várias estruturas para ajudar a população dos sem-teto de Roma, incluindo uma clínica, locais de banho e serviços de barbearia.