Esporte: Ana Marcela Cunha é campeã olímpica na maratona aquática em Tóquio

Ana Marcela em Tóquio — Foto: Satiro Sodré/SSPress/CBDA

A espera acabou. Depois de quatro ciclos olímpicos, Ana Marcela Cunha, de 29 anos, colocou em sua gigantesca galeria de conquistas uma medalha no maio evento esportivo do planeta. A baiana levou um ouro histórico na manhã desta quarta-feira em Tóquio (noite de terça no Brasil) nos 10km no Odaiba Marine Park com o tempo de 1h59min30s08.

A holandesa Sharon van Rouwendaal, ouro na Rio 2016, levou a medalha de prata. O bronze terminou nas mãos da australiana Kareena Lee.

Foi a segunda medalha do país em provas de maratona aquática nas Olimpíadas desde que o evento foi incluído em Pequim 2008. Em 2016, Poliana Okimoto havia levado o bronze no Rio de Janeiro.

Ana Marcela já havia participado de duas Olimpíadas em sua carreira. Nos Jogos de Pequim 2008, então com apenas 16 anos, ela terminou na quinta posição. De maneira surpreendente, acabou não se classificando para Londres 2012, o que sempre considerou a grande frustração de sua carreira.

Chegou às Olimpíadas do Rio 2016 como favorita, mas ao perder uma reposição líquida viu sua estratégia comprometida e terminou apenas na décima posição – Poliana Okimoto levou o bronze na Praia de Copacabana.

Ao todo, Ana Marcela soma 11 medalhas em Campeonatos Mundiais de Esportes Aquáticos, das quais cinco de ouro. Além disso, foi eleita a melhor maratonista aquática do mundo em seis temporadas.

A organização dos Jogos de Tóquio programou a largada no Odaiba Park Marine para as 6h30 (local, 18h30 da terça-feira do Brasil) para tentar evitar o calor. A temperatura da água durante a travessia ficou na faixa dos 29ºC. O trajeto compreendeu sete voltas de praticamente 1,4km cada uma.

A prova

Com 1km de prova, Ana Marcela ocupava a quinta posição no geral, apenas 1s4 atrás da líder, a alemã Leonie Beck. No pelotão de caça a ela figuravam, além da brasileira, a francesa Lara Grangeon, a canadense Kate Sanderson e a russa Anastasiia Kirpchinikova.

Com 1,4km, que marcou o fim da primeira volta, a baiana já aparecia na ponta (parcial de 18min15s6), com a norte-americana Ashley Twichell em sua cola. As conseguiam, contudo, desgarrar um pouco do pelotão, com cinco segundos em relação às perseguidoras. A esta altura houve uma reposição líquida para as atletas, momento em que elas recebem bebidas – geralmente dos treinadores – para aguentarem os 10km. Naquele trecho, a americana Twichell retomou a ponta, com a alemã Beck em segundo e Ana Marcela em terceiro.

Quando a segunda volta chegou ao fim (2,9km), brasileira e americana estavam separadas por uma diferença desprezível, de um centésimo (35min14s2 x 35min14s3), enquanto Beck ficara para trás em pouco mais de três segundos.

Mas, como a prova dos 10km tem muita alternância, é normal que nadadores oscilem nas posições durante o percurso. Na faixa dos 4km, a baiana caiu para a quinta posição, atrás pela ordem de Twichell, a também norte-americana Haley Anderson, a francesa Grangeon e a alemã Beck.

Ana Marcela dispensou a alimentação no final da terceira volta e assumiu a dianteira, com 52min22s. Na parcial de 5,2km, pouco mais da metade de prova, ela tinha a marca de 1h02min30s5, três segundos à frente de Twichell e Beck.

A brasileira perdeu a liderança pouco depois, quando aí sim fez a reposição líquida, mas continuou grudada em Twichell e quase três segundos à frente da alemã. Quando veio a atualização dos 6,6km, a cronometragem mostrou a norte-americana à frente, com Ana Marcela 2,3s atrás.

Com 1h30min de disputa, a alemã Leonie Beck fez um ataque e tomou a ponta, deixando Twitchell para trás. Campeã olímpica no Rio, a holandesa Sharon van Rouwendaal também aumentou o ritmo e apareceu em terceiro, jogando Ana Marcela para o quarto lugar momentaneamente. A partir desse momento começou a despontar a chinesa Xin Xin, campeã da distância no Mundial de Esportes Aquáticos de Gwangju, na Coreia do Sul, em 2019.

Logo depois da marca de 8,6km, Ana Marcela tomou a ponta de volta e começou a acelerar o ritmo. Ela manteve a vantagem na marca dos 9,35km, e se posicionou bem a 635m do fim da disputa.

Ninguém mais a parou. Em 1h59min30s08, ela escreveu o capítulo mais bonito de sua trajetória.

Por Paulo Roberto Conde — Tóquio, Japão



Potiguares buscam cidadania portuguesa a partir de descendência judaica

Com assessoria de genealogistas especializados, descendentes de judeus sefarditas vêm solicitando e alcançando a condição de cidadãos europeus.

Já pensou em viver em Portugal, um dos países com a melhor qualidade de vida do mundo e um dos menores custos de vida da Europa? E ainda por cima como cidadão naturalizado, podendo ter os mesmos direitos que os nascidos em Portugal?

Esse sonho de muitos vem se tornando realidade para vários potiguares, pelo fato de o Rio Grande do Norte ser um dos estados brasileiros que possui um grande número de descendentes de judeus sefarditas, população que tem direito à cidadania portuguesa, amparada pela Lei de Nacionalidade atualmente vigente no país.

Tal dispositivo legal privilegia os descendentes de judeus expulsos de Portugal, sob a Inquisição, ou por ela perseguidos e executados, promovendo seu direito de retorno ao país de seus ancestrais. Aprovada em 2015, já beneficiou mais de 30 mil requerentes que conseguiram provar sua ascendência sefardita.

A naturalização, como português, a partir da “Lei dos Sefarditas”, como é vulgarmente conhecida, exige uma complexa documentação e demanda uma assessoria especializada. É justamente esse o serviço oferecido pela Ancestralis, que promove uma pesquisa na árvore genealógica do interessado, nas linhagens paterna e materna, para comprovar se há realmente a descendência de antigas famílias judaicas portuguesas.

Após a identificação, a equipe cuida da montagem do relatório de provas documentais, geração a geração, assim como da preparação de toda a documentação necessária, com assessoramento em todas as fases junto aos órgãos portugueses, até o pedido da cidadania ser deferido pelas autoridades do país.

Seridó reúne famílias de origem judaica

A chance de naturalização é ainda mais provável, se o potiguar fizer parte das famílias Dantas, Azevedo, Araújo, Medeiros, Lucena, Cirne, Gurgel, Santos, dentre outras. Curiosamente, o Seridó é também um grande “celeiro” de antigas comunidades sefarditas, sendo os patriarcas de Caicó, Jardim do Seridó, Carnaúba dos Dantas e Timbaúba dos Batistas, por exemplo, delas diretamente descendentes. Já são quase 250 clientes acompanhados, em aproximadamente dois anos de operação da Ancestralis, com muitos casos de sucesso.

Os benefícios de se ter a cidadania portuguesa são inúmeros. Além de ter acesso direto a toda a infraestrutura de Portugal, em momentos de fechamento de fronteiras para estrangeiros, como no caso da pandemia, o cidadão não tem qualquer dificuldade de acesso, trabalho, moradia ou estudo em qualquer país da União Européia.

A equipe é dirigida por Alexandre Santos, genealogista, ex-Controlador Geral do Estado, engenheiro civil pela UFRN, com MBA em gestão financeira, controladoria e auditoria e mestrando em análise financeira pela Universidade de Coimbra. “Oferecemos assessoria completa para o pedido de cidadania, desde o estudo genealógico até o recebimento do sonhado passaporte português”, diz Alexandre Santos.

A cidade do Porto é famosa por receber muitos alunos em suas universidades de renome mundial.

Serviço
É possível obter mais informações sobre o serviço de assessoria da Ancestralis pelo Whatsapp 84.99131.7667, pelo e-mail [email protected], no Instagram @ancestralisgenealogia e ainda no Facebook @ancestralisgenealogia



Pior chuva em mil anos deixa pelo menos 25 mortos em província chinesa

Pelo menos 25 pessoas morreram em Henan, na região central da China – uma dúzia delas em uma linha do metrô na capital da província, Zhengzhou, que foi inundada pelo que autoridades meteorológicas chamaram de a pior chuva em mil anos.

Cerca de 100 mil foram retiradas de suas casas na capital Zhengzhou, onde os transportes ferroviário e rodoviário foram interrompidos, com represas e reservatórios cheios em níveis alarmantes e milhares de tropas realizando uma operação de resgate na província.

Autoridades municipais disseram que mais de 500 pessoas foram resgatadas do metrô inundado, com imagens das redes sociais mostrando passageiros de trem no escuro, com água até o peito, e uma estação reduzida a uma grande piscina marrom.

“A água bateu no meu peito”, escreveu um sobrevivente nas redes sociais. “Fiquei com muito medo, mas o mais aterrorizante não foi a água, mas a falta de ar dentro do trem.”

A chuva interrompeu os serviços de ônibus na cidade de 12 milhões de habitantes, localizada cerca de 650 quilômetros ao sudoeste de Pequim, afirmou um morador de sobrenome Guo, que havia passado a noite no escritório. “É por isso que muitas pessoas usaram o metrô, e a tragédia aconteceu”, disse Guo à Reuters.

Pelo menos 25 pessoas morreram nas chuvas torrenciais que atingiram a província desde o último fim de semana, e há sete desaparecidos, disseram as autoridades em uma entrevista coletiva na quarta-feira.

Entre sábado e terça-feira, 617,1 milímetros (mm) de chuva caíram em Zhengzhou, quase o equivalente à média anual de 640,8 mm.

Como em ondas de calor recentes nos Estados Unidos e no Canadá e enchentes na Europa Ocidental, as chuvas na China são quase certamente relacionadas ao aquecimento global, disseram cientistas à Reuters. “Eventos climáticos extremos como esse provavelmente acontecerão com mais frequência no futuro”, afirmou Johnny Chan, professor de ciência atmosférica na City University de Hong Kong.

“É necessário que os governos desenvolvam estratégias para se adaptar a essas mudanças”, acrescentou, referindo-se às autoridades em níveis municipal, estadual e nacional.

Muitos serviços de trem foram suspensos ao redor de Henan, um grande pólo logístico com população de cerca de 100 milhões de pessoas. As estradas também foram fechadas, com voos adiados ou cancelados.

Escolas e hospitais foram abandonados, e as pessoas pegas pelas enchentes se abrigaram em bibliotecas, cinemas e até mesmo museus.

“Estamos com 200 pessoas de todas as idades em busca de abrigo temporário”, afirmou um funcionário com sobrenome Wang no Museu de Ciência e Tecnologia de Zhengzhou. “Demos macarrão instantâneo e água quente para eles. Eles passaram a noite em uma grande sala de reuniões.”



Polêmica: Cuba promove apagão digital para silenciar protestos

Por conta e risco do regime cubano, o acesso à internet está bloqueado e há cortes nas linhas telefônicas, o que torna a ilha caribenha isolada e incomunicável após a onda de protestos que surpreendeu o governo no domingo. Enquanto o presidente Miguel Díaz Canel falava em cadeia nacional, por volta das 16h, para tachar os manifestantes de mercenários, as mídias sociais eram silenciadas em todo o país.

Conforme constataram entidades que monitaram o tráfego na web, como Netblocks, Acess Now e Kentik.ink, a atividade foi reduzida a zero em Cuba, limitando a difusão de informações sobre prisões e desaparecidos, assim como a repressão aos que desafiaram o regime, pelo segundo dia consecutivo.

No dilema entre a expansão do acesso online e a manutenção do status quo, o regime deixa evidente que a segunda alternativa é prioritária e única, quando opta pelo apagão digital para tentar conter os protestos e lançar seu rigoroso aparato policial contra os manifestantes.

De acordo com a ONG Cubalex, que se dedica à defesa dos direitos humanos, pelo menos 150 foram presos desde domingo.

Entre eles, há vários integrantes do Movimento San Isidro, a rede de artistas e ativistas que defende abertamente a mudança política em Cuba e tornou-se alvo preferido do regime.

Agora é avaliar o impacto dessa nova dissidência, armada com celulares que expõem a fragilidade de um governo autoritário, há mais de seis décadas imperando sob partido único.

Sem o carisma e o legado dos Castro, Miguel Díaz-Canel é rotulado como marionete e impõe os mesmos métodos para silenciar opositores. Porém, em condições muito diferentes: a insatisfação é alimentada pelas redes sociais que ele tenta, a todo custo, bloquear.



ONU alerta que seca pode ser “a próxima pandemia”

A escassez de água e a seca devem causar estragos em uma escala que rivalizará com a pandemia de covid-19, e os riscos aumentam rapidamente à medida que as temperaturas globais se elevam, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU).

“A seca está prestes a se tornar a próxima pandemia, e não existe vacina para curá-la”, disse Mami Mizutori, representante especial da ONU para redução de risco de desastres, em uma entrevista coletiva virtual hoje (17).

As secas já desencadearam perdas econômicas de pelo menos 124 bilhões de dólares e atingiram mais de 1,5 bilhão de pessoas entre 1998 e 2017, segundo um relatório da ONU divulgado nesta quinta-feira.

Mas até estas cifras, alertou, são “muito provavelmente subavaliações grosseiras”.

O aquecimento global intensifica secas no sul da Europa e no oeste da África, disse o relatório da ONU com “alguma confiança”, e o número de vítimas deve “crescer dramaticamente”, a menos que o mundo aja, disse Mizutori.

Cerca de 130 países podem enfrentar um risco maior de seca neste século, segundo a projeção de emissões altas citada pela ONU.

Outros 23 países sofrerão escassez de água por causa do crescimento populacional, e 38 nações serão afetadas por ambos, disse.

A seca, assim como um vírus, tende a durar muito tempo, ter um alcance geográfico amplo e causar danos em cadeia, disse Mizutori.

“Ela pode afetar indiretamente países que não estão passando por uma seca através da insegurança alimentar e do aumento dos preços de alimentos”, explicou.

A ONU antevê secas mais frequentes e severas na maior parte da África, nas Américas Central e do Sul, no centro da Ásia, no sul da Austrália, no sul da Europa, no México e nos Estados Unidos.

Ibrahim Thiaw, secretário-executivo da Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação, disse à Thomson Reuters Foundation que a deterioração do solo, causada em parte pela má administração de terras, deixou o mundo perto de um “ponto sem retorno”.

A ONU não tem pesquisado o efeito que a desertificação pode ter na migração interna dentro dos continentes, mas Thiaw disse que ela não é mais impensável, nem mesmo na Europa.



China desenvolve vacina contra covid-19 por inalação

A China se encaminha para a aplicação de uma nova vacina contra o SARS-CoV-2 por meio de inalação. A epidemiologista e virologista Chen Wei e a empresa de biotecnologia CanSino Biologics Inc. desenvolveram o imunizante e destacam várias vantagens em relação à injetável.

Eles informam que, nesta nova vacina, é necessário apenas um quinto da quantidade da vacina injetável do vetor do adenovírus da covid-19. Por outro lado, o produto não requer armazenamento e transporte em caixas frigoríficas.

“Se a vacina for inalada por aerossol, pode formar uma imunidade da mucosa, além da imunidade humoral e celular, normalmente formada pela vacina injetável”, disse Chen Wei, citada pela Euronews. Os investigadores apostam na inalação por aerossol para reforçar a imunidade da mucosa.

O imunizante inalado combina a mesma tecnologia já aplicada pela empresa durante a investigação de uma vacina inalada contra tuberculose e a vacina injetável contra a covid-19, também produzida em seus laboratórios.

“Uma vacina inalada poderá ser mais eficaz do que as injetadas, pois o SARS-COV-2 entra no corpo humano por meio das vias aéreas. Uma vacina inalada pode ativar anticorpos nas vias aéreas, oferecendo proteção extra” diz Xuefeng Yu, executivo da CanSino Biologics.

A atual vacina injetável é de 0,5 mililitros por dose, explicou o especialista de Xangai Tao Lina, citado no Global Times. Segundo ele, a vacina inalada, desenvolvida pela equipe de Chen Wei, pode atingir o mesmo efeito protetor com apenas uma dose de 0,1 mililitro, “isso significa que tem maior eficiência imunológica”.

“A maior eficiência da pode vir da forma como a vacina entra no corpo”, destacou Tao. “É inalado diretamente, o que mimetiza a infecção natural do vírus respiratório COVID-19, e então forma uma imunidade da mucosa”, explicou.

A pesquisadora Chen Wei acrescenta que o imunizante aplicado por inalação poderá reduzir custo da produção e, consequentemente, ficar mais acessível a todos.

Os laboratórios podem produzir cinco vezes mais vacinas inaladas com a mesma capacidade de produção de vacinas injetáveis, o que contribuirá para acelerar a vacinação na China.

*Agência Brasil com informações da RTP



Papa expressa tristeza por restos mortais de 215 crianças encontrados em escola católica no Canadá

REUTERS / Remo Casilli

O papa Francisco disse neste domingo (6) que ficou magoado com a descoberta dos restos mortais de 215 crianças em uma antiga escola católica para estudantes indígenas no Canadá e pediu respeito aos direitos e culturas dos povos nativos.

No entanto, Francisco não realizou o pedido de desculpas direto que alguns canadenses haviam exigido. Há dois dias, o primeiro-ministro canadense Justin Trudeau disse que a Igreja Católica deve assumir a responsabilidade por seu papel na administração de muitas das escolas.

Falando aos peregrinos e turistas na Praça de São Pedro para sua bênção semanal, Francisco exortou os líderes religiosos católicos e políticos canadenses a “cooperar com determinação” para lançar luz sobre a descoberta e buscar reconciliação e cura.

Francisco disse que se sentiu próximo “do povo canadense, que ficou traumatizado com a notícia chocante”.

As escolas residenciais operaram entre 1831 e 1996 e eram administradas por várias denominações cristãs em nome do governo. A maioria era dirigida pela Igreja Católica.

A descoberta no mês passado dos restos mortais das crianças na Kamloops Indian Residential School, na Colúmbia Britânica, que fechou em 1978, reabriu velhas feridas e está alimentando a indignação no Canadá sobre a falta de informação e responsabilidade.

“A triste descoberta aumenta ainda mais a compreensão da dor e do sofrimento do passado”, disse Francisco.

“Estes momentos difíceis representam um forte lembrete para todos nós de nos distanciarmos do modelo de colonizador… e de caminharmos lado a lado no diálogo e no respeito mútuo no reconhecimento dos direitos e valores culturais de todos os filhos e filhas do Canadá”, disse ele.

Francisco, que foi eleito papa 17 anos após o fechamento das últimas escolas, já se desculpou pelo papel da Igreja no colonialismo nas Américas.

Mas ele preferiu pedir desculpas diretas ao visitar países e conversar com os povos nativos. Nenhuma visita papal ao Canadá está programada.



Diretor da OMS diz que pandemia termina apenas com 70% da população vacinada

A pandemia da Covid-19 não poderá ser superada antes de que pelo menos 70% da população esteja vacinada – advertiu o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Europa.

“A pandemia terminará quando atingirmos a cobertura mínima de 70% de vacinação”, disse à AFP o diretor da OMS para a Europa, Hans Kluge, que lamentou o percentual de vacinação “muito baixo” na Europa.

As novas variantes do coronavírus detectadas na região, entre elas a indiana, preocupam o braço regional da organização. “Sabemos, por exemplo, que a (variante) B.1617 (identificada inicialmente na Índia) é mais contagiosa que a B.117 (identificada no Reino Unido), que já era mais contagiosa que a cepa precedente”, explicou Kluge, em entrevista à AFP.

Para deixar uma nota de otimismo, o especialista deixou claro que as vacinas funcionam bem no momento contra essas mutações. É preciso, no entanto, acelerar o ritmo de vacinação. “Em uma pandemia, a rapidez é essencial”, frisou. Esta pandemia está durando “mais do que o previsto”, advertiu.



Brasil terá conexão com a Europa por cabo de fibra ótica; veja como isso vai afetar sua vida

A comunicação e a conectividade entre Brasil e Europa vai passar por uma grande transformação a partir de junho. Um cabo de fibra ótica foi instalado no Oceano Atlântico entre Fortaleza, no Ceará, e Sines, cidade localizada a 120 km de Lisboa, capital de Portugal.

Testes estão sendo conduzidos para que a infraestrutura já comece a funcionar em junho. No Brasil, o cabo de fibra ótica submarino foi instalado no Oceano Atlântico, em Fortaleza, em dezembro do ano passado.

Após ser “iluminada”, que é o termo técnico para a ativação da fibra, a previsão é de que a conexão seja expandida para estações no Rio de Janeiro, São Paulo, Guiana Francesa, Argentina e Chile, na América do Sul, além de levar mais cobertura de rede para todos os países da Europa, África e ilhas do Atlântico.

O Ministério das Comunicações, em parceria com a Telebrás, garantiu o primeiro investimento para viabilizar o projeto, cuja conclusão ficou a cargo da empresa EllaLink.

A implementação da infraestrutura prepara o Brasil para a internet de altíssima velocidade que será oferecida pelo 5G. A iniciativa resulta em melhoria de todas as plataformas de telecomunicações.

As informações vão trafegar por mais de 6 mil km do cabo que atravessa o oceano, numa velocidade de 100 terabits e tempo de resposta na transmissão dos dados de 60 milissegundos. Os dados são transmitidos na velocidade da luz nos quatro pares de fibras que compõem o cabo submarino.



Esporte: Fifa realizará estudo sobre viabilidade de Copa do Mundo Feminina a cada 2 anos

Atualmente, as duas competições são realizadas a cada quatro anos, mas a Federação de Futebol Saudita (Saff) apresentou uma proposta de um estudo sobre o impacto de um evento bienal

A Fifa realizará um estudo de viabilidade sobre a realização da Copa do Mundo e da Copa do Mundo Feminina a cada dois anos, depois de apoiar uma proposta em seu congresso anual nesta sexta-feira (21).

Atualmente, as duas competições são realizadas a cada quatro anos, mas a Federação de Futebol Saudita (Saff) apresentou uma proposta de um estudo sobre o impacto de um evento bienal.

“Acreditamos que o futuro do futebol está em uma conjuntura crítica. As muitas questões que o futebol enfrenta são ainda mais exacerbadas agora pela pandemia em curso”, disse o presidente da Saff, Yasser Al-Misehal. “É hora de rever como o esporte global está estruturado e considerar o que é melhor para o futuro de nosso esporte. Isto deveria incluir se o ciclo atual de quatro anos continua sendo a base ideal para como o futebol é administrado tanto da perspectiva da competição quanto da comercial”, acrescentou ele.

O presidente da Fifa, Gianni Infantino, a classificou como “uma proposta eloquente e detalhada”, e 166 federações nacionais votaram a favor e 22 contra. Infantino disse que o estudo analisará os sistemas de classificação dos torneios.