O Comitê de Enfrentamento de Emergências e Eventos de Importância de Saúde Pública discutiu, na manhã desta sexta-feira, 7, a formulação do Plano de Contingência Estadual para Infecção Humana pelo Novo Coronavírus (2019-nCoV). O documento será publicado nesta segunda-feira, 10, e está baseado no documento nacional elaborado pelo Ministério da Saúde.
O comitê é formado por órgãos da saúde estadual, por meio da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), Secretaria de Saúde de Natal e demais municípios, por meio do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems), sendo conduzido pela subcoordenadora de Vigilância Epidemiológica (Suvige) da Sesap, Alessandra Lucchesi.
Esta é uma das ações de planejamento e prevenção adotadas pela Sesap, que além do protocolo clínico com orientações a todas as equipes de saúde que receberão os possíveis doentes infectados, publicou uma Nota Técnica, com informações para a população e profissionais da saúde sobre o novo coronavírus, e um Fluxo de Atendimento aos casos suspeitos do 2019-nCoV. Todas as informações, além de uma plataforma disponibilizada pelo Ministério da Saúde com atualização diária dos números de casos no Brasil e no mundo, estão disponíveis no site da Sesap, no endereço www.saude.rn.gov.br.
Boletim atualizado do Ministério da Saúde informa que 11 pessoas ainda estão com suspeita de infecção por coronavírus no país. De acordo com Julio Croda, diretor do Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis, são duas pessoas a menos que o número divulgado no último dia 4.
O secretário executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, confirmou que 21 casos em território brasileiro foram analisados e totalmente descartados.
Boletim
De acordo com o boletim, o Rio Grande do Sul lidera o número de casos investigados, com cinco pessoas em isolamento, e São Paulo em seguida com quatro suspeitas de infecção por coronavírus.
O número de mortes pelo novo coronavírus na China subiu para 304 na noite deste sábado, informou a Comissão de Saúde da província de Hubei, epicentro do surto. O balanço, até então, era de 259 vítimas fatais. Ainda segundo a mídia chinesa, 2.590 novos casos da doença foram reportados em todo o país, sendo 1.590 apenas em Hubei. Destes, 894 residem na capital da região, Wuhan.
Segundo a Reuters, a China soma 14.380 casos confirmados de coronavírus com a atualização. Hubei está sob quarentena, mas, ainda assim, novos diagnósticos surgiram inclusive em outras cidades, como Huanggang, que atingiu 276 casos.
A província, no entanto, não está totalmente isolada, a despeito das rodovias bloqueadas e do transporte público interrompido. Algumas pessoas estão deixando a região a pé por meio de uma ponte que cruza o rio Yangtze, acessando a cidade de Jiujiang, na região vizinha de Jiangxi.
Lu Yuejin, uma fazendeira de 50 anos que vive em um vilarejo de Hubei, tentou atravessar com sua filha, que sofre de leucemia.
— Por favor, levem minha filha. Eu não preciso passar… Por favor, deixem minha filha ir — implorou Lu a policiais.
Seus gritos, no entanto, foram praticamente abafados por um alto-falante que reproduzia uma gravação alertando sobre a proibição do acesso a Jiangxi por moradores de Hubei. Por fim, uma ambulância buscou mãe e filha, que seguiram para um destino desconhecido.
Desde o início da crise, a China estabeleceu restrições drásticas às viagens e férias prolongadas por ocasião do Ano Novo Lunar — a principal festa do país, quando centenas de milhões de pessoas viajam para passar o recesso com a família — para tentar conter a propagação do vírus.
As faculdades e universidades do país também adiaram o retorno às salas de aula. As autoridades pediram aos trabalhadores que adiem a volta ao trabalho e às pessoas em geral para que evitem aglomerações.
Mais de 50 milhões de pessoas na província de Hubei, onde o vírus foi inicialmente detectado, estão isoladas desde a suspensão de todos os transportes pelas autoridades. O país tem usado até mesmo drones para vigiar pedestres que não estão usando máscaras ao andar nas ruas.
Fora da China, há pelo menos 138 casos espalhados por 22 países na Ásia, Europa e América do Norte. No Brasil, há 16 casos suspeitos monitorados nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Ceará, segundo boletim divulgado pelo Ministério da Saúde neste sábado.
O Ministério da Saúde informou nesta sexta-feira (31) que o número de casos considerados suspeitos de coronavírus subiu para 12 no Brasil. Nas últimas 24 horas, houve um aumento de seis novos casos em investigação, enquanto outras três suspeitas foram completamente descartadas.
Os casos suspeitos estão em cinco estados: Ceará (1), Paraná (1), Rio Grande do Sul (2), Santa Catarina (1) e São Paulo (7). Os casos suspeitos no Rio de Janeiro e Minas Gerais, que constavam no último relatório, foram descartados pelas autoridades de saúde. O balanço apresentado em coletiva de imprensa foi fechado às 12h de sexta-feira.
Em todo o mundo, já são mais de 9,9 mil pessoas infectadas pelo coronavírus, sendo que 99% dos casos confirmados estão na China. Do total de casos da doença, 1,3 mil são considerados graves. O número de mortes já passa de 200, apenas na China. De acordo com o Centro de Controle de Doenças da China, o coronavírus já foi detectado em 26 países.
Ontem (31), a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou estado de emergência global em razão da disseminação do coronavírus.
O pico do surto do novo coronavírus, detectado na China e que já fez mais de 100 mortos naquele país, deverá acontecer “entre uma semana a 10 dias”, prevê um especialista chinês em entrevista.
É difícil prever exatamente quando o pico será atingido. Mas deverá acontecer entre cerca de uma semana a 10 dias”, disse Zhong Nanshan, em declarações à agência noticiosa estatal Nova China (Xinhua), em relação ao novo coronavírus (2019-nCoV) que provoca doença respiratória potencialmente grave, como a pneumonia.
O mais recente balanço das autoridades chinesas dá conta de 106 mortos, todos verificados na China, e mais de 4.5000 pessoas infectadas, principalmente na cidade de Wuhan, capital da província de Hubei (centro), onde o vírus foi identificado pela primeira vez.
Considerado um dos melhores especialistas chineses em doenças respiratórias, Zhong Nanshan tem sido frequentemente citado pela imprensa chinesa. Na última quinta-feira o perito tinha previsto que o surto não deveria ter “um desenvolvimento de larga escala”.
Zhong Nanshan ganhou reputação por ter ajudado a conter a epidemia da síndrome respiratória aguda grave (SARS) em 2002 e 2003, que matou 774 pessoas em todo o mundo, dos quais 648 na China, incluindo em Hong Kong.
Nas declarações hoje divulgadas pela Xinhua, o especialista indicou que, apesar da inexistência neste momento de uma vacina, “a taxa de mortalidade [associada ao novo coronavírus] deve continuar a baixar” por causa dos esforços das equipes médicas.
Mas ainda existem muitas interrogações em especial sobre as vias de transmissão.
Zeng Guang, chefe de epidemiologia do centro chinês de controle e de prevenção de doenças, indicou hoje que “em comparação com a SARS, o novo coronavírus foi realmente mais dissimulado”.
O epidemiologista acredita, no entanto, que a situação deve melhorar perante as previsões meteorológicas de aumento das temperaturas, uma vez que tal cenário “não é favorável ao desenvolvimento de doenças respiratórias infecciosas”.
Além do território continental da China, também foram reportados casos de infecção pelo novo coronavírus em Macau, Hong Kong, Taiwan, Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos, Singapura, Vietnã, Nepal, Malásia, França, Alemanha, Austrália e Canadá.
As pessoas infectadas podem transmitir a doença durante o período de incubação, que demora entre um dia e duas semanas, sem que o vírus seja detectado.
As autoridades chinesas, que já admitiram que a capacidade de propagação do novo vírus se reforçou, decretaram restrições drásticas de viagens em todo o país para tentar conter a propagação do surto, bem como anunciaram a construção em tempo recorde de hospitais em Wuhan e um reforço de 6.000 médicos para a província epicentro do coronavírus.
A par destas medidas e outras, a cidade de Wuhan está em quarentena e isolada do mundo desde a última quinta-feira.
O Governo chinês decidiu prolongar o período de férias do Ano Novo Lunar, que deveria terminar na quinta-feira, para tentar limitar a movimentação da população.
O Ministério da Saúde confirmou no fim da tarde de hoje (28) que o Brasil tem três casos suspeitos de coronavírus. Além de uma estudante de 22 anos, que está internada em Belo Horizonte, mais duas pessoas têm suspeitas de portar o vírus. Uma delas está em Porto Alegre (RS) e outra em Curitiba (PR).
Segundo o ministério, esses pacientes se enquadram na atual definição de caso suspeito. Eles apresentaram febre e pelo menos um sinal ou sintoma respiratório; além de terem viajado para a China, país onde a contaminação teve início, nos últimos 14 dias. O ministério não ofereceu mais detalhes sobre os casos.
Dados do ministério apresentados na manhã desta terça-feira mostraram que, no período de 3 a 27 de janeiro, foram analisados 7.063 suspeitas de pessoas com coronavírus no Brasil. Desses, 127 exigiram a verificação mais detalhada e apenas o caso da estudante em Belo Horizonte havia sido enquadrado como suspeita.
Diante da epidemia que tem se espalhado rapidamente pela Ásia e atingindo também países da Europa e da América do Norte, o ministério recomenda que os brasileiros evitem viagens à China. O ministro Luiz Henrique Mandetta pediu para que as viagens apenas sejam realizadas se forem necessárias.
O Ministério da Saúde confirmou no fim da tarde de hoje (28) que o Brasil tem três casos suspeitos de coronavírus. Além de uma estudante de 22 anos, que está internada em Belo Horizonte, mais duas pessoas têm suspeitas de portar o vírus. Uma delas está em Porto Alegre (RS) e outra em Curitiba (PR).
Segundo o ministério, esses pacientes se enquadram na atual definição de caso suspeito. Eles apresentaram febre e pelo menos um sinal ou sintoma respiratório; além de terem viajado para a China, país onde a contaminação teve início, nos últimos 14 dias. O ministério não ofereceu mais detalhes sobre os casos.
Dados do ministério apresentados na manhã desta terça-feira mostraram que, no período de 3 a 27 de janeiro, foram analisados 7.063 suspeitas de pessoas com coronavírus no Brasil. Desses, 127 exigiram a verificação mais detalhada e apenas o caso da estudante em Belo Horizonte havia sido enquadrado como suspeita.
Os municípios de Caraúbas e Marcelino Vieira, no Oeste Potiguar, receberão 30 mil e R$ 10 mil, respectivamente, para o fortalecimento de ações de combate à malária, leishmaniose e doença de chagas. No total, 434 municípios em 24 estados brasileiros irão receber R$ 35,5 milhões repassados pelo Ministério da Saúde.
De acordo com a pasta, foram contemplados os municípios com maior número de casos das doenças nos últimos anos. Além do RN, cidades nos estados do Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Piauí, Paraná, Rondônia, Roraima, Rio Grande do Sul, Sergipe, São Paulo, Tocantins, Distrito Federal e Espírito Santo, também receberão repasses.
Para a malária, foram considerados municípios prioritários, aqueles que apresentaram 80% da carga da doença, de acordo com os dados do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Malária (Sivep-Malária) e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) nos meses de janeiro a outubro de 2019.
Os locais prioritários para Leishmaniose visceral foram definidos de acordo com o índice que leva em conta diferentes variáveis, como número de casos e taxa de incidência gerados pelo Sistema de Informação Leishmanioses nas Américas (SisLeish) da OPAS/OMS. Em 2018, 3,4 mil casos foram confirmados em todo o país.
Para a Doença de Chagas, foram considerados municípios prioritários, levando em conta uma análise de vários critérios, incluindo internação e mortalidade, além de vulnerabilidade para a transmissão vetorial domiciliar e incidência de casos agudos. Em 2018, 380 casos agudos da doença foram confirmados no país.
Servidores terceirizados da saúde do Rio Grande do Norte paralisaram as atividades na manhã desta quinta-feira (16) e fizeram um protesto em frente ao Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel no Tirol, Zona Sul de Natal. Eles reclamam de atraso no pagamento dos salários e do vale-alimentação.
Segundo os servidores, os serviços de higienização, nutrição e lavanderia do maior hospital da capital potiguar estão comprometidos.
Ainda de acordo com os servidores, os serviços também serão prejudicados nos hospitais Santa Catarina, Ruy Pereira e João Machado, em Natal, no Hospital Deoclécio Marques em Parnamirim, na Grande Natal, além de outras unidades no interior do estado.
Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) informa que dá celeridade ao processo de pagamento às empresas responsáveis pelos serviços nos hospitais públicos do RN. Segundo a Sesap, o atraso no repasse aconteceu devido a não inscrição dos restos a pagar de 2019.
De acordo com a Secretaria, para garantir a continuidade da assistência aos pacientes, as unidades hospitalares estão adaptando processos de trabalho, como alteração nos cardápios. A Secretaria também disse que vai acionar a Procuradoria Geral do Estado em busca de conseguir manter o mínimo legal de 70% dos trabalhadores em cada uma das unidades hospitalares.
O Ministério da Saúde ampliou em 39% o número de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI), em relação a 2018, nos hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS). A medida acrescentou 1.424 leitos para viabilizar o atendimento de casos mais graves de crianças e adultos em todo país.
Segundo a pasta, a ação foi responsável por zerar todos os pedidos de habilitação de leitos solicitados pelos estados em 2019, com investimentos de R$ 185,6 milhões. Atualmente, o SUS conta com 23 mil leitos de UTI Adulto e Pediátrico em todas as regiões do país.
Dos 1.424 novos leitos, 729 são destinados a pacientes adultos, sendo 687 leitos de UTI e 42 em unidades coronarianas; e 695 voltados para o atendimento de crianças. Esse total está dividido em 142 novos leitos pediátricos, 159 neonatal, 287 em Unidade de Cuidados Intermediários Convencionais (UCINCo) e 107 em Unidade de Cuidados Intermediários Canguru (UCINCa).
No Centro-Oeste, foram habilitados 99 leitos, sendo 56 do tipo adulto, 30 pediátrico, sete neonatal e seis unidades coronarianas. No Nordeste foram 297 leitos, das quais 221 adulto, 34 do tipo pediátrico, 20 neonatal, 10 unidades coronarianas, 47 em UCINCo e 32 em UCINCa. Já para o Norte, a pasta habilitou 190 leitos, sendo 105 do tipo adulto, 35 pediátrico, 24 neonatal, um em unidade coronariana e 20 UCINCo.
Na Região Sudeste foram 300 leitos de UTI, dos quais 184 são leitos adultos, 13 pediátricos, 78 neonatal, 25 coronarianos, 203 UCINCo e 67 UCINCa. Na região Sul foram habilitados 144 UTIs, sendo 121 do tipo adulto, 10 do tipo pediátrico, 13 neonatal, 17 UCINCo e oito UCINCa.