Após vazamento do vídeo, decano Celso de Mello vê possível crime de Abraham Weintraub

No último mês de abril, Weintraub postou uma publicação irônica contra a China, insinuando que o país asiático sairia “fortalecido” da crise causada pelo coronavírus

O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), apontou na decisão em que levanta sigilo da reunião ministerial do dia 22 de abril aparente “prática criminosa” cometida pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub. No trecho destacado pelo decano, Weintraub afirma: “Por mim, botava esses vagabundos todos na cadeia. Começando no STF”.

Segundo o decano, a “gravíssima aleivosia” feita por Weintraub, “num discurso contumelioso e aparentemente ofensivo ao patrimônio moral” dos ministros, põe em evidência que tal afirmação configuraria possível delito contra a honra (como o crime de injúria). Mello ainda determinou que se oficie todos os ministros do STF sobre o fato, enviando a eles cópia de sua decisão, para que possam, “querendo, adotar as medidas que julgarem pertinentes”.

No último mês de abril, Weintraub postou uma publicação irônica contra a China, insinuando que o país asiático sairia “fortalecido” da crise causada pelo coronavírus. Não foi só: afirmou que a China segurou informações sobre a pandemia para vender respiradores e máscaras a preço de leilão.

O ministro também fez piada com o sotaque dos chineses, comparando-o ao do personagem “Cebolinha”, criado por Maurício de Sousa. Weintraub chegou a usar uma imagem dos personagens da Turma da Mônica ambientada na Muralha da China e quase provocou uma crise diplomática. Em razão disso, o STF determinou a abertura de inquérito por racismo contra ele.

Desgastado no governo, Weintraub ficou ainda mais enfraquecido com a divulgação do vídeo. Ao se definir como um ministro “do grupo mais ligado com a militância”, Weintraub admitiu que continuava “militando” e se queixou de “intrigas palacianas”, além da “agenda própria” de muitos colegas. Embora não tenha dito a palavra Centrão, ele não escondeu a contrariedade com as negociações políticas em andamento.

“A gente tá conversando com quem a gente tinha que lutar. (…) Fico escutando esse monte de gente defendendo privilégio, teta (…) Negócio. Empréstimos. A gente veio aqui para acabar com tudo isso, não para manter essa estrutura”, insistiu o ministro da Educação. A cena provocou mal-estar e constrangimento no Planalto, embora Bolsonaro tenha concordado ali com o raciocínio do auxiliar.

Ataques

Integrante da ala ideológica do governo, que tem o escritor Olavo de Carvalho como guru, Weintraub é alvo do núcleo militar do Planalto. Nos últimos dias, os ataques a ele aumentaram nas redes sociais após sua resistência em adiar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Na quarta-feira, porém, o governo confirmou que o Enem será postergado em um ou dois meses – de novembro para dezembro ou janeiro de 2021 -, por causa da pandemia do novo coronavírus.

A decisão, porém, expôs mais um capítulo da queda de braço dentro do governo. Bolsonaro teve de enquadrar Weintraub após ser informado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de que seria derrotado no Congresso se insistisse em manter a data do Enem.

O episódio serviu para irritar ainda mais o presidente. Bolsonaro tem se aborrecido com o ministro da Educação há algum tempo, mas vem adiando uma decisão mais assertiva sobre o destino do auxiliar. Um dos motivos é porque tem apreço pessoal por Weintraub e, principalmente, pelo irmão dele, Arthur, que é seu assessor na Presidência.

O problema é que Weintraub tem comprado várias brigas dentro e fora do governo. O ministro foi contra, por exemplo, entregar a presidência e diretorias do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que tem orçamento de R$ 29,4 bilhões neste ano, a partidos do Centrão. Bateu o pé enquanto pôde, obrigando Bolsonaro a lhe dar um ultimato: ou aceitava ou tinha de sair. Ele cedeu.

Ainda durante a reunião, Weintraub diz que “odeia” o termo povos indígenas. “Ele tá querendo transformar a gente numa colônia. Esse país não é… odeio o termo ‘povos indígenas’, odeio esse termo. Odeio. O ‘povo cigano’. Só tem um povo nesse País. Quer, quer. Não quer, sai de ré. É povo brasileiro. Pode ser preto, pode ser branco, pode ser japonês, pode ser descendente de índio mas tem que ser brasileiro, pô! Acabar com esse negócio de povos e privilégios”, afirmou.

R7



Prefeito de São Bento do Trairi realiza confraternização em açude

A reportagem afirma que uma das convidadas testou positivo para Covid-19 na última quarta-feira

Oprefeito de São Bento do Trairi, no interior potiguar, José Aracleide de Araújo (PDT), conhecido como “Keka”, reuniu-se com correligionários e amigos para uma confraternização, no último domingo (17), segundo apuração do Blog do FM. O encontro foi realizado em um restaurante localizado à beira do açude Boa Fé, na zona rural do município.

A reportagem afirma que uma das convidadas testou positivo para Covid-19 na última quarta-feira (20). As imagens mostram que oKeka usou a máscara de maneira errada, pendurada no pescoço, além de ser abraçado por pessoas próximas – considerado comportamento de risco durante o período de pandemia causada pelo novo coronavírus.

Sem vacinas que proporcionem cura nem tratamento assertivo para doença, a recomenda da Organização Mundial de Saúde (OMS) é lavar as mãos, usar máscara, manter o isolamento social e, caso seja necessário sair de casa, manter um metro e meio de distância.

O blog revelou que a população do município está revoltada com o comportamento do prefeito e que um Decreto Municipal de Calamidade Pública para a obtenção de recursos que devem ser destinados ao combate da pandemia de Covid-19 rendeu quase meio milhão de reais do Governo Federal.



Ex-ministro Teich recusa convite para ser conselheiro na Saúde: “Não seria coerente”

“Agradeço ao ministro interino Eduardo Pazuello pelo convite para ser conselheiro do Ministério da Saúde, mas não seria coerente ter deixado o cargo de ministro da Saúde na semana passada e aceitar a posição de conselheiro na semana seguinte”, escreveu no Twitter

O ex-ministro da Saúde Nelson Teich recusou o convite do ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, para ser conselheiro da pasta. A sondagem ocorreu menos de uma semana após o oncologista pedir demissão depois de desentendimentos com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), por causa do uso em larga escala da cloroquina no tratamento da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.

“Agradeço ao ministro interino Eduardo Pazuello pelo convite para ser conselheiro do Ministério da Saúde, mas não seria coerente ter deixado o cargo de ministro da Saúde na semana passada e aceitar a posição de conselheiro na semana seguinte”, escreveu no Twitter.

Teich ficou no cargo menos de um mês após substituir o médico ortopedista Luiz Henrique Mandetta — demitido após discordar de posturas de Bolsonaro no combate à Covid-19. Pazuello foi alçado ao cargo pelas mãos do presidente. Antes, ele era secretário-executivo de Teich.

Ele ainda defendeu uma condução “técnica” da pasta. “Uma condução técnica do sistema de Saúde significa uma gestão onde estratégia, planejamento, metas e ações são baseadas em informações amplas e precisas, acompanhadas continuadamente através de indicadores”, concluiu. Apesar de negar o convite para ser consultor da pasta, Teich disse que está à disposição para que a transição aconteça da melhor forma possível.



Pandemia sanitária influencia no desempenho de estudantes para o Enem, diz CRP-RN

Em um cenário de incertezas, os jovens estudantes estão expostos a questões que influenciam negativamente suas emoções

As mudanças de rotina nas escolas de todo o país em decorrência da pandemia da Covid-19 afetam os processos de aprendizagem e prejudicam o desempenho de estudantes para a prova do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio). O alerta é do Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Norte (CPR-17/RN), que defende o adiamento das provas, anunciado no último dia 20 pelo INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira). O prazo do adiamento é de até 60 dias.

As inscrições, que encerrariam nesta sexta-feira (22), foram prorrogadas até quarta-feira (27). Mais de cinco milhões de estudantes devem prestar o exame, inicialmente marcado para 1º e 8 de novembro, sendo as provas digitais agendadas para 11 e 18 de outubro. Com o adiamento, as provas devem ocorrer entre dezembro e janeiro, em datas a serem definidas após consulta com os candidatos.

Em um cenário de incertezas, os jovens estudantes estão expostos a questões que influenciam negativamente suas emoções. O medo do contágio da Covid-19, o luto pela perda de parentes ou pessoas próximas e conflitos interpessoais por causa de mudanças bruscas de rotina são alguns dos fatores que podem afetar os jovens. “Não há como pensar em uma aprendizagem significativa em um momento em que o número de queixas relacionadas ao adoecimento psíquico e a busca por suporte psicológico profissional aumentam a cada dia”, manifestou em nota o Conselho Regional de Psicologia.

Além disso, a falta de acesso à internet e às aulas no modo EaD (Ensino à Distância) são complicadores. Para a instituição, a manutenção das provas nas datas anteriormente previstas pelo MEC (Ministério da Educação) seria um ato de injustiça social e de segregação.

Reavaliação

De acordo com um estudo do TIC Domicílios realizado em 2019 sob coordenação do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), apenas 59% das classes D e E têm acesso à internet, enquanto apenas 78% da população com renda familiar inferior a um salário mínimo tem acesso a celular.

Os dados refletem no contexto atual, visto que, a quantidade de candidatos inscritos para as provas digitais do ENEM é inferior ao de candidatos que se inscreveram para as provas impressas. Até as 12h desta sexta-feira (22), o INEP anunciou 5.050.768 inscritos na versão tradicional e apenas 101.100 a versão digital do exame.

Desta forma, o Conselho acredita ser imprescindível uma reavaliação diagnóstica das escolas de ensino médio e universidades do país. “É uma ação urgente para que o MEC reconheça a realidade das instituições e conheça o trabalho de reorganização dos calendários escolares de 2020 feito por elas. Isso permite planejar um ENEM atípico para um ano letivo igualmente atípico”, reforça o órgão.

Problemas

Segundo Danielle Garcia, membro colaboradora do CRP-RN e psicóloga da Comissão de Apoio a Estudantes com Necessidades Educacionais Especiais (CAENE), órgão ligado à UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte), a situação causada pela pandemia, em aliança com a pressão para a realização do Enem, podem prejudicar os jovens de maneira ainda mais profunda. “A aprovação num processo seletivo para ensino superior é bastante ansiogênico entre jovens, podendo agravar ou mesmo dar início a uma série de transtornos”, afirma.

Ainda de acordo com a psicóloga, buscar ajuda de profissionais especializados em saúde mental como psicólogos e psiquiatras é importante para minorar o problema. “Além disso, outros cuidados podem ser tomados como fortalecimento das relações sociais e das redes de apoio, a adoção de hábitos saudáveis, prática de exercícios físicos, engajamento em atividades de lazer, descanso e meditação são estratégias de autocuidado eficazes para prevenir ou minimizar o impacto de um transtorno sobre a qualidade de vida destes jovens ou da população em geral”, salienta.

CRP

O Conselho Regional de Psicologia da 17ª Região (CRP-17), é a entidade representativa da psicologia e do exercício da profissão de psicólogo com sede em Natal e jurisdição no Estado do Rio Grande do Norte. Trata-se de uma autarquia federal integrante do Conselho Federal de Psicologia (CFP) do Conselho Federal de Psicologia – CFP, dotada de personalidade jurídica de direito público, com autonomia político-administrativa e financeira e instituída pela Lei Nº. 5.766, de 20 de dezembro de 1.971, com regulamentação do Decreto Lei nº 79.822/77.



Paulo Guedes mostra interesse em privatizar o Banco do Brasil

Para Guedes, o Banco do Brasil “não é tatu nem cobra, porque ele não é privado, nem público”

Na reunião de 22 de abril, o ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu a privatização do Banco do Brasil. Segundo ele, embora um liberal, Rubem Novaes, comande a instituição, o governo “não consegue fazer nada” lá. “Tem que vender essa porra logo”, disse Guedes, no encontro.

O economista também recorreu a palavrões ao falar sobre como a legalização do jogo pode ajudar o turismo. “Aquilo não atrapalha ninguém. Deixa cada um se foder. do jeito que quiser. Principalmente se o cara é maior, vacinado e bilionário.

Para Guedes, o Banco do Brasil “não é tatu nem cobra, porque ele não é privado, nem público”. “Se for apertar o Rubem, coitado. Ele é super liberal, mas se apertar ele e falar: ‘Bota o juro baixo’, ele: ‘Não posso, senão a turma, os privados, meus minoritários, me apertam’. Aí se falar assim: “bota o juro alto” ele: ‘não posso, porque senão o governo me aperta’. O Banco do Brasil é um caso pronto de privatização”, afirmou o ministro.

Em seguida, Bolsonaro brincou que seria preciso dispensar o presidente do Banco do Brasil na próxima reunião. Novaes afirmou que o povo vê o BB como um “porto seguro”. Durante a conversa, Guedes também brinca que o presidente do banco deveria “confessar o seu sonho” de privatizar a estatal.

Essa não é a primeira vez que o ministro ataca os bancos públicos. Em maio de 2019, afirmou então que a função de um banco público era passar seu excesso de receita para taxas de juros menores e não dar lucro como uma instituição privada. “Se é pra dar lucro, privatiza logo. Pra que eu vou ter um banco com 21 mil agências no Brasil todo para dar lucro máximo? Se for pra isso, privatiza, vende, funde com o Banco do Brasil”, disse Guedes, mencionando a Caixa Econômica Federal.

Em sua fala, o ministro ainda expôs desentendimentos com integrantes do governo que defendiam um programa de obras para solucionar a crise da pandemia do coronavírus. Para Guedes, o Programa Pró-Brasil é “um desastre”. Ele criticou governadores que estão “querendo fazer a festa”, e ministros “querendo aparecer”. “E todo mundo vem aqui: ‘Vamos crescer, agora temos que crescer, tem que ter a resposta imediata, porque o governo vai gastar’. O governo quebrou.”

R7



Anitta, Simone & Simaria, Maiara & Maraisa e mais shows para ver em casa neste sábado

Anitta, Simone & Simaria, Maiara & Maraisa, Claudia Leitte estão entre os destaques das lives neste sábado (23). Veja a lista completa com horários das lives abaixo.

Shows deste sábado e como assistir:

  • Leandro Sapucahy – 13h – Link
  • Aldair Playboy – 15h – Link
  • Imagina Samba – 15h – Link
  • Inimigos da HP – 15h – Link
  • Claudia Leitte – 16h – Link
  • Geraldinho Lins – 16h – Link
  • Rick & Renner – 16h – Link
  • Dre Guazzelli e convidados – 17h – Link
  • Simone e Simaria – 17h30 – Link
  • Thales Lessa – 18h – Link
  • Maurício Manieri – 19h – Link
  • Adriana Calcanhotto (Em Casa com Sesc) – 19h – Link
  • Anitta (Festival Latinos Unidos) – 20h – Link
  • Maiara e Maraisa – 20h – Link
  • Limão com Mel – 20h – Link
  • Luan Estilizado, Rai Saia Rodada e Zezo – 20h – Link
  • Edson e Hudson – 21h – Link
  • Liniker (Cultura em Casa) – 21h30 – Link
  • Bhaskar – 23h59 – Link

G1



Brasil tem 21.048 mortes causadas pelo novo coronavírus; casos somam 330.890

A taxa de letalidade está em 6,4%

O Ministério da Saúde informou nesta sexta-feira (22) que o país chegou a 330.890 casos confirmados e 21.048 mortes pelo novo coronavírus. Na quinta (21), eram 20.047 óbitos e 310.087 casos confirmados.

Em 24 horas, foram anunciadas mais 1.001 mortes, de acordo com a pasta. Foram 20.803 casos incluídos no balanço em um dia. A taxa de letalidade está em 6,4%. Há ainda 135.430 pacientes recuperados.



Deputado apresenta projetos e requerimentos que contribuem no combate à Covid-19

Um desses projetos dispõe sobre a obrigatoriedade de higienização periódica de portas, maçanetas, corrimãos, puxadores, interfones e elevadores para todos os edifícios ou condomínios do Estado

Preocupado com o crescimento no número de casos da Covid-19 no Rio Grande do Norte, o deputado Nelter Queiroz (MDB) tem apresentado Projetos de Lei e requerimentos na Assembleia Legislativa, que beneficiam diretamente a população potiguar. Um desses projetos dispõe sobre a obrigatoriedade de higienização periódica de portas, maçanetas, corrimãos, puxadores, interfones e elevadores para todos os edifícios ou condomínios do Estado, uma vez que estes espaços são muito tocados pelas mãos das pessoas, onde também o vírus tem sua maior capacidade de permanecer.

De acordo com o deputado, a higienização em edifícios e condomínios deve ser realizada em intervalos de 2 horas, entre 6 horas e 22 horas, com álcool 70% ou com material análogo capaz de exterminar o novo coronavírus. “O descumprimento desta lei acarretará ao infrator multa de R$ 2 mil por infração, dobrada no caso de reincidência. Esta Lei possuirá vigência temporária, pelo período de seis meses, podendo ser renovada por igual período enquanto perdurar a proliferação da Covid-19”, concluiu.

Em relação às providências de combate e convívio com a Covid-19, Nelter Queiroz também já propôs: remanejamento de recursos do fundo eleitoral para o Ministério da Saúde, medidas para amenizar o colapso econômico na vida do homem do campo, suspensão de tributos estaduais relativos ao emplacamento de veículos, suspensão da cobrança do ICMS dos estabelecimentos considerados “não essenciais”, ampliação da validade de concursos públicos enquanto durar a pandemia e o regramento para reabertura de academias de ginástica.

Além dessas sugestões, o parlamentar também já remanejou R$ 500 mil em emendas para o combate da doença no Rio Grande do Norte, solicitou a entrega de merenda e kits escolares a alunos da rede pública através de mototaxistas, requereu a realização de testes para detectar a doença em funcionários das obras da barragem de Oiticica em Jucurutu, sugeriu a criação de pensão especial para funcionários do SUS estadual que perderem suas vidas por causa da Covid-19 e o uso do oxímetro de pulso para detecção precoce da doença na rede hospitalar estadual.



Polêmica: Bolsonaro se manifesta em redes sociais após liberação do vídeo

O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu hoje (22) retirar o sigilo parcial da gravação audiovisual da reunião ministerial realizada no dia 22 de abril

Após o Supremo Tribunal Federal liberar a gravação da reunião ministerial realizada há um mês, no Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro fez uma publicação no Facebook para reafirmar que não há, no vídeo, indício de interferência na Polícia Federal.

“Reunião Ministerial de 22 de abril. Mais uma farsa desmontada; nenhum indício de interferência na Polícia Federal; João 8, 32 – ‘Conhecereis a verdade e verdade vos libertará'”, escreveu.

O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu hoje (22) retirar o sigilo parcial da gravação audiovisual da reunião ministerial realizada no dia 22 de abril. O ministro é relator do inquérito sobre a suposta interferência política do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal (PF). A reunião foi citada pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro durante depoimento prestado à PF, no início do mês, como suposta prova da interferência. 



Ministro do Supremo Tribunal Federal retira sigilo de vídeo de reunião ministerial

A reunião foi citada pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro durante depoimento prestado à PF, no início do mês, como suposta prova da interferência

O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu hoje (22) retirar o sigilo parcial da gravação audiovisual da reunião ministerial realizada no dia 22 de abril. Pela decisão, somente a parte da reunião que envolveu discussões sobre outros países não será divulgada. 

O ministro é relator do inquérito sobre a suposta interferência política do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal (PF). A reunião foi citada pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro durante depoimento prestado à PF, no início do mês, como suposta prova da interferência. 

Na semana passada, antes da decisão do ministro Celso de Mello, o procurador-geral da República, Augusto Aras, defendeu no STF a divulgação somente das falas do presidente relacionadas com a investigação. No parecer, Aras afirmou que a divulgação da íntegra da reunião ministerial contraria regras e princípios constitucionais de investigação

A Advocacia-Geral da União (AGU) também defendeu divulgação de todas as falas do presidente, mas pediu que o sigilo seja mantido no caso de falas de outras autoridades que estavam presentes sobre “nações amigas” e comentários “potencialmente sensíveis” do ministro das Relações Exteriores e da Autoridade Monetária (Banco Central). 

A defesa de Moro também enviou sua manifestação e defendeu a divulgação da reunião na íntegra. Desde a exoneração de Moro, o presidente nega que tenha pedido para o então ministro interferir em investigações da PF.

Em um dos trechos da degravação feita pela PF, Jair Bolsonaro reclama de matérias jornalísticas contra membros de sua família e fala sobre o sistema de informações da Presidência.

“O meu particular funciona. Os ofi… que tem oficialmente, desinforma. E voltando ao tema: prefiro não ter informação do que ser desinformado por sistema de informações que eu tenho. Então, pessoal, muitos vão poder sair do Brasil, mas não quero sair e ver a minha a irmã de Eldorado, outra de Cajati, o coitado do meu irmão capitão do Exército lá de Miracatu se f*, p*! Como é perseguido o tempo todo. Aí a b* da Folha de S.Paulo diz que meu irmão foi expulso dum açougue em Registro, que tava comprando carne sem máscara. Comprovou no papel, tava em São Paulo esse dia. O dono do restaurante, do açougue falou que ele não tava lá. E fica por isso mesmo. Eu sei que é problema dele, né? Mas é a p* o tempo todo pra me atingir, mexendo com a minha família. Já tentei trocar gente da segurança nossa no Rio de Janeiro, oficialmente, e não consegui! E isso acabou. Eu não vou esperar f* a minha família toda, de sacanagem, ou amigos meu, porque eu não posso trocar alguém da segurança na ponta da linha que pertence a estrutura nossa. Vai trocar! Se não puder trocar, troca o chefe dele! Não pode trocar o chefe dele? Troca o ministro! E ponto final! Não estamos aqui pra brincadeira.”

Em outra parte da reunião, o presidente disse que não poderia ser surpreendido com notícias divulgadas pela imprensa.

“Eu não posso ser surpreendido com notícias. Eu tenho a PF que não me dá informações. Eu tenho as inteligências das Forças Armadas que não tenho informações. Abin tem os seus problemas, tenho algumas informações. Só não tenho mais porque tá faltando, realmente, temos problemas, pô! Aparelhamento etc. Mas a gente num pode viver sem informação. Sem info… quem é que nunca ficou atrás da porta ouvindo o que seu filho ou sua filha tá comentando. Tem que ver pra depois que e… depois que ela engravida, não adianta falar com ela mais. Tem que ver antes… depois que o moleque encheu os cornos de droga, já não adianta mais falar com ele, já era.”

Agência Brasil