Morte de Marielle Franco completa 2 mil dias sem solução
Em entrevista à jornalista Isabel Mega, no programa Brasil Agora desta 2ª feira (4.set), a coordenadora do Dicionário de Favelas Marielle Franco, Sonia Fleury, discutiu o legado da vereadora, assassinada há 2 mil dias. Para a cientista política, Marielle tornou-se um símbolo nacional e internacional no combate à violência política e representa um movimento que fortalece a democracia.
“Ela deixou inúmeras sementes, e hoje nós vemos em diferentes estados, que pessoas de minorias — minorias socias, mas maiorias como mulheres, negros, LGBT+, todas elas estão podendo ter um protagonismo na política pública. Isso é fundamental, não há democracia se não há diversidade”.
Marielle contribuiu para o projeto do Dicionário de Favelas antes de ser assassinada. Sonia Fleury acredita que a figura política de Marielle, que teve uma votação expressiva quando se elegeu vereadora, incomodou muita gente e contribuiu para mostrar o potencial da favela.
“Faz parte dessa história da própria Marielle e de um conjunto de outras lideranças de favela, essa reconstrução da cidade, entendendo que a favela é parte da cidade, entendento que ali tem um potencial enorme de criação e de empreendedorismo e de inovação”.
Sônia considera que a morte de Marielle intensificou um movimento que já estava sendo construído de melhora da autoestima dos moradores da favela. Ela citou como exemplo a solidariedade e a inovação que surgiram durante a pandemia nas comunidades.
SBT News