A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) recebeu nesta segunda-feira (17) a confirmação de um aporte de recursos do Ministério da Saúde. Serão recebidos R$ 109 milhões para reforçar as ações de média e alta complexidade e a rede de oncologia em Natal e Mossoró.
O valor é referente à compensação da produção hospitalar de média e alta complexidade entre 2019 e 2022. O MS atendeu o pleito feito através de um ofício encaminhado pela Sesap em 24 de maio deste ano, após um acerto feito entre a gestão estadual e a representação das secretarias municipais de saúde.
O montante está dividido em duas partes, de acordo com a portaria publicada no Diário Oficial da União. A primeira conta com R$ 48,2 milhões, destinados diretamente ao Fundo Estadual de Saúde para ações de Média e Alta Complexidade (MAC).
Os R$ 61 milhões restantes foram partilhados entre sete hospitais de Natal e Mossoró que prestam atendimentos de oncologia pelo SUS no RN.
Com os desdobramentos da Operação Dark Room – que prendeu acusados de utilizar o aplicativo Discord para a prática de crimes relacionados a violência sexual e psicológica, como estupro e estímulo à automutilação e ao suicídio –, a questão da segurança de crianças e adolescente na internet voltou a ganhar destaque.
Segundo a psicóloga e diretora da Organização não Governamental (ONG) Safernet, Juliana Cunha, é um grande desafio para as famílias mediar a relação dos filhos com a tecnologia. Ela pondera que alguns pais preferem ter mais controle com algum programa que monitore a navegação dos filhos pela internet. “As próprias redes sociais oferecem ferramentas de controle parental”, lembra.
“Outros pais adotam a abordagem de dar mais autonomia e liberdade para os filhos para construir confiança. Esses pais adotam o diálogo o que também é importante. Mas não adianta a gente usar as ferramentas de controle e não ter o diálogo, e também deixar só no diálogo e não ter algum tipo de acompanhamento dos filhos na internet”, diz Juliana.
Diálogo
Para a psicóloga, o diálogo é fundamental para preparar as crianças a responder aos riscos. “As famílias também precisam conversar sobre sexualidade. É importante entender que a adolescência é o momento de florescimento da sexualidade. Os pais precisam lidar com isso e muitas vezes não estão preparados para ver os filhos crescerem. É um grande obstáculo os filhos terem medo de conversar com os pais por temerem ser punidos com a retirada do celular”.
A diretora da Safernet destaca que a escola pode ser uma importante aliada para as famílias que ficam perdidas nesse trabalho de mediação parental dos filhos com a internet e pode ser esse espaço de conscientizar as famílias para os problemas.
O delegado responsável pela Operação Dark Room no Rio, Luiz Henrique Marques, titular da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima, ressalta que os pais precisam observar eventual mudança de comportamento, porque os filhos podem ser vítimas mas também abusadores.
“O quarto do seu filho é um ambiente com portas abertas para o mundo. Dali, com a internet, você tem acesso a tudo de bom que a internet trouxe, mas a tudo de ruim que também se apresenta ali. A investigação mostrou que os menores de idade não podem ter acesso livre à internet, têm que ser monitorados. Também é preciso conversar muito com seus filhos”, diz o delegado.
Ele destaca que, na Operação Dark Room, abusadores e vítimas têm 15 e 16 anos e que a maioria dos pais não sabia que seu filho era abusador ou vítima.
Um estudo brasileiro demonstrou, pela primeira vez, o aumento de uma enzima ligada a uma nova geração de bactérias multirresistentes em hospitais do país, acendendo o alerta das comissões de controle de infecção hospitalar.
Chamada de metalobetalactamase New Delhi (NDM-1), a enzima foi isolada pela primeira vez em 2009 na Índia e desde então já provocou surtos naquele país, no Paquistão e na Inglaterra. Japão, Austrália, Canadá e Estados Unidos também registraram aumento de casos.
No Brasil, a NDM já tinha sido detectada, mas nunca quantificada. De acordo com a publicação, a taxa de detecção dessa enzima em um grupo de bactérias (enterobactérias) quase sextuplicou em sete anos, de 4,2% para 23,8%, entre 2015 e 2022, com pico na pandemia de Covid-19.
A NDM faz parte de um grupo maior de enzimas produzidas por bactérias, as carbapenemases, que representam hoje uma ameaça global à saúde pública devido aos altos níveis de resistência aos antibióticos atuais. Outra velha conhecida é a KPC, Klebsiella pneumoniae, responsável por vários surtos em hospitais brasileiros e do mundo.
Uma hipótese é que o cenário de hospitais superlotados, profissionais despreparados e o uso indiscriminado de antibióticos tenham contribuído para o aumento. O estudo demonstra que, entre 2020 e 2022, houve alta de 65,2% da detecção de enterobactérias e de 61,3% da Pseudomonas aeruginosa no total de amostras isoladas.
Outras pesquisas já haviam detectado que até 94% dos pacientes infectados com Covid-19 receberam antimicrobianos em hospitais durante a pandemia. Porém, muitas dessas indicações podem ter sido desnecessárias porque se tratava de quadros virais e não bacterianos.
Mas o problema das bactérias resistentes até a antibióticos mais modernos, como os carbapenêmicos, é anterior à pandemia e ainda é objeto de muitos estudos. Na Europa, por exemplo, mesmo com a redução do uso de antibióticos, a resistência bacteriana também aumentou entre 2019 e 2020. Uma estratégia tem sido voltar a usar antibióticos mais antigos, como a polimixina, que, embora mais tóxicos, mostraram-se eficazes no combate a algumas dessas bactérias resistentes. Ocorre que até eles estão perdendo o páreo.
Publicado na revista Clinical Infectious Diseases, o estudo brasileiro foi financiado pelo CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças), dos Estados Unidos, e faz parte de um projeto internacional para aprimoramento da detecção e do conhecimento sobre resistência bacteriana.
No Brasil, foram testadas mais de 80 mil bactérias do banco de dados do sistema público de informações laboratoriais. A enzima KPC continua a mais frequente, com taxa de detecção de 68,6% entre as enterobactérias, enquanto a NDM teve 14,4%.
O que chama atenção, no entanto, é a taxa de crescimento da NDM. Ela teve um aumento percentual anual de 41,1% entre as enterobactérias e de 71,6% entre as P. aeruginosa. Já a KPC apresentou uma queda de 4% no primeiro grupo de bactérias e uma alta de 22%, no segundo.
“A gente sabia que estava detectando mais NDM, mas não tinha quantificado isso”, diz Carlos Kiffer, autor principal do estudo e professor adjunto de infectologia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
Ele conta que, até então, a principal preocupação girava em torno da KPC. “A gente sempre achou que a NDM era menos importante. Embora ela tenha sido encontrada em menor proporção no total de isolados, a taxa de crescimento dela é assustadora ao longo desses últimos anos.”
Kiffer diz que, se a NDM mantiver essa taxa de crescimento elevado, ela pode tomar conta dos ambientes hospitalares nos próximos três, quatro anos. Diferentemente da KPC, que pode ser combatida com novos antibióticos mais eficazes, a NDM ainda não dispõe dessa alternativa.
“Aqui no Brasil não tem nenhum [antibiótico] comprovadamente eficaz para a NDM. O que gente faz é usar antibióticos antigos, alguns podem ou não ter efeito para essa resistência, mas a gente não pode garantir que funcione.”
Segundo ele, entre as estratégias de prevenção para conter a disseminação da resistência bacteriana estão a higiene adequada das mãos, o uso mais controlado de antibióticos nos hospitais, na comunidade e nos ambientes veterinários, além do diagnóstico precoce.
“O diagnóstico laboratorial é problemático em muitos lugares fora dos grandes centros do Sul e do Sudeste, o que aumenta muito as chances de mortalidade”, diz.
Uma melhoria da infraestrutura hospitalar é outra recomendação. “Muitos hospitais brasileiros estão em um procedimento de sucateamento e com redução de pessoal disponível para controlar a infecção hospitalar.”
Kiffer explica que o nível de conhecimento dos gestores públicos de saúde sobre resistência bacteriana é muito desigual no país. “Tem pessoas que conhecem bem o assunto, mas outras não estão convencidas de que se trata de um tema prioritário.”
Ele lembra que a falta de controle das infecções hospitalares gera mortes evitáveis e um impacto no índice de internação hospitalar, com aumento do tempo de permanência e dos custos.
“É uma epidemia silenciosa deste século. Se a gente não fizer algo agora, vai sofrer num futuro muito próximo com a restrição de opções terapêuticas, a um custo muito elevado, e, em muitos casos, lidar com infecções intratáveis, o que já é uma realidade em muitos hospitais.”
O projeto também tem outras frentes de ação nas áreas de educação, de treinamento e capacitação dos centros para a melhoria da testagem nos laboratórios públicos de microbiologia.
Tá pertinho. Nesta terça, dia 18 de julho, dentro do II Festival Municipal Literário de Lagoa Nova, o @carrosseldaleitura vai girar com atrações culturais da literatura potiguar como as escritoras Tereza Custódio, Rosália Figueiredo e Drika Duarte que levarão a alegria dos livros infantis para a cidade.
Até o próximo mês de setembro o Carrossel vai girar por mais 5 cidades do Rio Grande do Norte. “A chegada do Carrossel de Leitura à Lagoa Nova traz o encanto e a alegria dos parques de diversão e dos circos que chegam ao interior. Me alegra saber que os livros estarão nas mãos dos leitores e que os autores poderão abraçar as crianças que leem suas obras, girando conhecimento e desejos de que minha cidade seja uma cidade leitora e apaixonada por livros,” revelou a autora Paula Belmino, escritora do município de Lagoa Nova.
O Projeto, nesta edição de 2023, contemplará 10 municípios, tendo já girado pelas cidades de São José de Mipibu, Nisia Floresta, Currais Novos e Parnamirim, levando escritores locais e distribuindo gratuitamente livros de autores potiguares. ” O Carrossel da Leitura participou da reinauguração da Biblioteca Municipal Rômulo Wanderley, de Parnamirim, reunindo as crianças, mediadores de leitura, pais, professores, autoridades, autores e contadores de história. Os livros seguiriam com eles, para suas escolas e/ou casas, com direito a autógrafos, num processo de afetividade e encantamento”. Declarou emocionada a escritora Anchella Monte.
O projeto Carrossel da Leitura, conta com patrocínio da Neoenergia Cosern e do Instituto Neoenergia por meio da Lei Câmara Cascudo. Além dos eventos presenciais e das oficinas de formação estão sendo distribuídos 1000 livros para as bibliotecas das escolas da rede publica do municípios contemplados. A próxima cidade a receber o projeto será o município de Santa Cruz. “Antes do próximo encontro presencial iremos realizar a oficina de formação online para professores que será ministrada no próximo dia 25 de julho pelo Doutor em Educação e escritor, Adriano Gomes. Todos que amam a literatura potiguar, estão convidados a girar no Carrossel junto com a gente!” Concluiu a escritora Drika Duarte que também é coordenadora do projeto.
Saiba mais pelas redes sociais @carrossel da leitura e se inscreva no youtube do projeto! Entrevistas e informações pelos telefones: (84)994546815 e (84) 996283152
Um toboágua de 110 metros de cumprimento é um dos atrativos de um novo parque aquático inaugurado neste sábado (15) no Alto Oeste potiguar.
O empreendimento é o maior parque aquático do estado, segundo o governo do estado, que emitiu uma licença de operação por meio do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema).
O “West Acqua Park” é instalado em uma área total de 62.500,00 m² entre os municípios de Martins e Umarizal. A licença tem validade de seis anos.
Parque aquático é o maior empreendimento do tipo no estado, segundo o Idema — Foto: Divulgação
A estrutura ainda tem 11 piscinas e 20 atrações, com hidromassagens, descida de tirolesa com uma vista panorâmica para a região e um espaço para show que comporta mais de 10 mil pessoas.
“O empreendimento vai se tornar um atrativo turístico muito importante para os municípios do Alto Oeste. Isso porque, trata-se de um parque aquático com diversas atividades tanto para o público adulto como para o infantil”, diz a supervisora do Núcleo de Construção Civil do Idema, Adriana Castro.
Segundo o Idema, o abastecimento de água é realizado por meio de poço.
Um terremoto de magnitude 7,2 atingiu o Alasca durante o final de sábado, 15, e deixou o Estado durante uma hora sob alerta de um tsunami para o sul da região. O terremoto foi sentido amplamente nas Ilhas Aleutas, na Península do Alasca e nas regiões de Cook Inlet, de acordo com o Centro de Terremotos do Alasca.
Na cidade de Kodiak, sirenes alertaram sobre um possível tsunami e fizeram com que pessoas dirigissem até abrigos tarde da noite, de acordo com um vídeo postado nas redes sociais. O United States Geological Survey escreveu em um post que o terremoto ocorreu 106 quilômetros ao sul de San Point, às 22h48 no horário local, de sábado (3h48 do domingo, 16, no horário de Brasília).
O terremoto inicialmente foi relatado como de magnitude 7,4, mas rebaixou para 7,2 logo depois. O Serviço Nacional de Meteorologia dos Estados Unidos enviou um alerta de tsunami dizendo que o terremoto ocorreu a uma profundidade de 21 quilômetros. A agência, porém, cancelou o comunicado cerca de uma hora após o primeiro alerta.
Antes do cancelamento, o Centro Nacional de Alerta de Tsunami em Palmer, disse que um alerta de tsunami estava em vigor no sul do Alasca e na Península do Alasca. “Para outras costas do Pacífico dos EUA e do Canadá na América do Norte, o nível de risco de tsunami está sendo avaliado”, acrescentou. A Agência de Gerenciamento de Emergências do Havaí disse logo após o alerta de tsunami que não havia ameaça para as ilhas.
Houve cerca de oito tremores secundários na mesma área, incluindo um medindo magnitude 5, três minutos após o terremoto original, informou o canal de televisão local KTUU-TV. Os residentes foram aconselhados a não reocupar as zonas de risco sem autorização das autoridades locais.
O Alasca foi atingido por um terremoto de magnitude 9,2 em março de 1964, o mais forte já registrado na América do Norte. Esse terremoto devastou Anchorage e desencadeou um tsunami que atingiu o Golfo do Alasca, a costa oeste dos Estados Unidos e o Havaí. Mais de 250 pessoas morreram devido aos fenômenos.
O concurso 2.611 da Mega-Sena foi sorteado neste sábado, 15, e o prêmio em disputa era de R$: 40.904.941,68. As dezenas sorteadas foram: 04 – 12 – 18 – 21 – 25 – 49. Nenhum apostador acertou as dezenas sorteadas e o prêmio acumulou em R$ 50 milhões. 178 pessoas acertaram cinco dezenas e faturaram R$ 25.434,22.
Outros 9.213 ganharam R$ 702,00. O próximo sorteio da Mega-Sena será na quarta-feira, 19. As apostas para o próximo concurso podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, em casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet. A aposta simples, com seis dezenas marcadas, custa R$ 5,00.
Na noite deste sábado (15) até a madrugada do domingo (16), o Comando de Policiamento Rodoviário Estadual(CPRE), por meio da SEÇÃO LEI SECA, realizou operação na cidade de Currais Novos.
O objetivo é de coibir a condução de veículo automotor por pessoas sob efeito de álcool.
A blitz foi realizada na área central da cidade, culminando com a autuação de 28 (vinte e oito) condutores por misturar álcool e direção.
Nenhum sinistro de trânsito ocasionado por condutor alcoolizado foi registrado.
Na última sexta-feira (14), os funcionários da Liga Contra o Câncer, Júnior Gomes, gerente do NIR, Erika Regina, ouvidora, e Gislene Valente, enfermeira da qualidade, estiveram em Carnaúba dos Dantas onde participaram de uma reunião. O prefeito Gilson Dantas, o secretário de saúde, Luís Eduardo e a diretora do setor de regulação, Alcilene Cruz, receberam a comissão. O objetivo do encontro foi discutir sobre a implementação da telemedicina no atendimento aos pacientes oncológicos do município.
A Telemedicina é a oferta remota de serviços de saúde, utilizando recursos tecnológicos e de telecomunicações para a troca de informações em diferentes níveis, seja entre profissionais da saúde, como também entre médicos e pacientes.
O prefeito Gilson enxerga na telemedicina uma ferramenta que pode otimizar atendimentos e consultas, de maneira que o paciente poderá reduzir gastos e obter resultados mais rápidos, sem precisar se deslocar para realizar alguns procedimentos.
Gilson Dantas ressaltou que irá fazer o possível para que Carnaúba dos Dantas consiga viabilizar o serviço o mais breve possível, pois pretende que a cidade seja pioneira em oferecer o serviço de telemedicina a pacientes oncológicos no Seridó.
A pressão pelo aumento da oferta de gás natural no Brasil pode levar a Petrobras a voltar a investir na Bolívia, país que mudou as regras dos contratos com as petroleiras que atuavam no país em 2007.
De acordo com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, conversas já estão acontecendo com o governo do país vizinho e é possível um acordo para a volta dos investimentos da estatal brasileira.
Sob o governo de Evo Morales, a Bolívia mudou os contratos em 2007, de forma unilateral, o que desestimulou o investimento das petroleiras que atuavam no país, não apenas a Petrobras. Com isso, as reservas de gás bolivianas não evoluíram e hoje são ligeiramente superiores às da Petrobras, com 11 trilhões de pés cúbicos (FTCs), contra 10 FTCs da Petrobras. Com a mudança, as petroleiras ficaram com apenas 1% dos lucros obtidos pela produção.
“O goverment take (parte do governo) de lá é de 99%, sobra só 1% do lucro para o contratado, é um contrato de serviços. Então em termos fiscais, para todo mundo ficou um pouco agressivo e desinteressante”, explicou Prates ao Broadcast(sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado).
“A gente quer conversar sobre os termos fiscais e contratuais que nos permitam investir novamente na Bolívia. E depois, vamos discutir questões operacionais mesmo, as regiões, o interesse das áreas do ponto de vista geológico”, adicionou.
Prates descarta via ideológica
Prates descartou qualquer via ideológica nas ambições da Petrobras. Segundo ele, as reservas da Bolívia “são as mais alcançáveis do que em qualquer país e já existe uma infraestrutura amortizada, o Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol), que está sendo subutilizado”.
Em 2020, sob o governo Bolsonaro, a Petrobras abriu mão de receber 10 milhões de metros cúbicos de gás por dia (m³/d), de um total de 30 milhões de m³/d. Por sua vez, a Bolívia tem reduzido ainda mais a oferta, principalmente no inverno, quando o volume chega a cair de 20 milhões de m3/d para 12 milhões de m³/d.
“Faz todo sentido olhar a outra ponta e dizer, tem gás aí? Você esta me pagando pouco, está ruim, vamos melhorar isso juntos para todos melhorarem. Tem que ser melhor para os dois lados, não quero chegar lá com um monte de advogado e professores para ensinar fazer contrato”, explicou o executivo.
Em maio, Prates se encontrou com o presidente da Bolívia, Luis Arce, em Brasília, no evento de líderes dos países da América do Sul, realizado pelo governo federal, no Palácio do Itamaraty, e marcou uma nova reunião para o segundo semestre deste ano, em data a ser definida. “Queremos pegar folhas brancas e tentar montar um sistema que seja bom dos dois lados”, afirmou Prates.
Ele alertou que os países que produzem petróleo, principalmente do mundo árabe (Emirados Árabe, Kwait, Catar, Arábia Saudita), querem que a mudança de carvão para gás natural seja reconhecida como um processo de descarbonização, como uma forma de fortalecer o mercado de Gás Natural Liquefeito (GNL).
“Na minha opinião, GNL é um mercado caro, e nós temos gás nos nossos territórios vizinhos, Argentina, Bolívia, Colômbia, e a gente consegue, no médio prazo, usar o gás que temos aqui, mas não dá para tudo, tem que priorizar alguma demanda”, avaliou.