Marcha nacional contra misoginia e combate ao feminicídio são destaques em audiência na AL

A tarde desta quarta-feira (3) foi repleta de reflexões, na Assembleia Legislativa, acerca do combate à violência contras as mulheres no Estado e no País. Os debates aconteceram durante a audiência pública de lançamento da “Marcha Nacional das Mulheres contra a misoginia”, bem como de conclusão da campanha institucional “Feminicídio tem que acabar”, com o tema “Antes de acontecer, o feminicídio dá sinais”.

Participaram do encontro, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, as deputadas da bancada feminina do Legislativo, além de mulheres representantes de outros poderes e entidades públicas e privadas ligadas ao assunto.

Também presente ao debate, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ezequiel Ferreira (PSDB), destacou que a campanha foi idealizada pela Casa, juntamente com a Frente Parlamentar da Mulher. 

“Nós criamos esta campanha junto com as cinco valorosas deputadas, recebendo apoio de todas as diretorias, gabinetes e setores. E se a Assembleia Legislativa do RN conta hoje com uma bancada de cinco mulheres, nos seus 187 anos de existência, é porque o povo do RN entendeu este momento e elegeu a maior bancada feminina da história do Legislativo”, enfatizou.

O presidente destacou que as atuais deputadas estaduais são cinco mulheres dedicadas, que utilizam o seu mandato para representar e defender a mulher de maneira absolutamente intransigente. “E a todas elas, como presidente desta Casa, rendo minhas homenagens e a solidariedade na defesa de todas as bandeiras que elas têm defendido na Assembleia Legislativa. Não é à toa que já estamos implantando a Procuradoria da Mulher no nosso Legislativo potiguar. Por entender que este é o momento, tendo uma chefe de Estado com a sua envergadura e comprometimento, de fazermos a diferença partindo do nosso RN, que já tem na sua história tantas mulheres que marcaram o nosso País. Por exemplo, nós tivemos em 1937 a primeira deputada do Brasil e da América do Sul, Maria do Céu Fernandes”, disse.

Ainda de acordo com Ezequiel Ferreira, o Rio Grande do Norte tem uma história de mulheres valorosas, e hoje não é diferente. 
“Sensíveis ao que estamos vivendo e indo além, lançamos a campanha contra o feminicídio, e hoje estamos fazendo o encerramento com chave de ouro, com a presença de tantas mulheres importantes para o País. E eu deixo a minha palavra hipotecada de que a defesa da mulher será intransigente neste Parlamento. Precisamos entender que basta de violência. São as mulheres que nos dão a vida, porém são elas que muitas vezes são deixadas à margem, sem ter uma vida digna ao lado de seus filhos. Mas o Poder Legislativo está aqui para cumprir o seu papel e tem orgulho da nossa bancada feminina”, concluiu o presidente, agradecendo a presença da ministra e da governadora.

Em seguida, a deputada Divaneide Basílio (PT) externou que a Assembleia Legislativa abraçou a campanha de forma total, tomando para si a responsabilidade institucional. “Muita gratidão, por isso, ao nosso presidente, pelo seu compromisso com as nossas pautas. E hoje estamos muito felizes por receber essa Mesa tão representativa, com Justiça, Ministério Público, Defensoria, secretarias, vereadoras, membros do MST etc. E o que isso significa? A construção coletiva. Significa que estamos nos juntando todos os dias para dizer que não aceitaremos mais aquilo que nos mata, sob nenhuma hipótese”, disse a parlamentar. 

Ainda segundo Divaneide, a campanha institucional de combate ao feminicídio foi um sucesso. “Nós falamos sobre os sinais, através de vídeos e imagens, ocupamos todas as redes, mas é preciso ir na raiz, conversar com todos e fazer publicidade pelo amor e pela vida de todas as mulheres. Precisamos utilizar todos os veículos para dizer ‘Misoginia nunca mais’, celebrando a vida das mulheres todos os dias”, finalizou.

Na sequência, a governadora do Estado do RN, Fátima Bezerra, iniciou falando da sua alegria pelo aumento da bancada feminina da Assembleia Legislativa do RN.
“De fato, isso é histórico. Pela primeira vez o Legislativo tem uma bancada representativa com cinco mulheres. A gente quer mais, sim. Mas isso já é uma conquista muito grande”, disse, acrescentando que cerca de 40% das secretarias do Estado são formadas por mulheres. 

Continuando seu discurso, a governadora destacou a relevância do dia de hoje para o Legislativo, para o governo, para o povo e para as mulheres. “Porque celebramos um novo tempo. Um tempo em que, ao contrário dos anos recentes, temos um governo que não despreza as mulheres nem debocha delas. Muito pelo contrário, temos um governo que respeita suas vidas, tanto que o Ministério das Mulheres voltou. E a presença da ministra Cida Gonçalves simboliza isso. Ela está aqui para mostrar o compromisso do Governo Federal com as parcerias necessárias com os governos estaduais e municipais e os demais poderes, para que avancemos nesta pauta tão urgente, que é a questão do enfrentamento à violência contra as mulheres”, ressaltou.

A governadora falou também dos avanços alcançados na área, apesar das dificuldades existentes, com o apoio do Legislativo e da sua bancada feminina. “As deputadas têm contribuído bastante, independente de questão partidária, com suas diversas proposições legislativas, para que a gente possa avançar nessa direção. O fato é que estamos conseguindo, quando, por exemplo, instalamos a primeira delegacia 24h de atendimento às mulheres. Quando assumimos o governo, em 2019, só havia quatro dessas delegacias. E, em quatro anos, nós instalamos mais sete delegacias de atendimento às mulheres vítimas de violência”, detalhou. 

A governadora continuou citando as ações do órgão em prol da defesa das mulheres no Estado. “Nós também estruturamos a Patrulha Maria da Penha, que praticamente não existia, e hoje está presente em várias regiões do Estado; criamos o Programa Maria da Penha Vai às Escolas, que iremos fortalecer cada vez mais neste mandato; a Delegacia Virtual, que foi uma proposição legislativa muito importante, porque possibilitou às mulheres mais uma forma de buscar proteção. E tudo isso se soma a mais uma ação importante anunciada pela ministra hoje, que é a instalação de duas sedes da ‘Casa da Mulher Brasileira’, uma em Natal e outra em Mossoró. Esse é um sonho pelo qual batalhamos muito, desde 2014, quando eu ainda era deputada federal”, lembrou.   

Finalizando seu pronunciamento, a governadora parabenizou a Assembleia Legislativa, especialmente a bancada feminina, pela campanha institucional contra o feminicídio. “As ações que vocês desenvolveram neste período foram de extrema importância, com um conteúdo muito assertivo, chamando a sociedade para refletir sobre o tema. E a gente sabe onde nasce a violência contra a mulher: é no sistema sociopolítico calcado no patriarcado, no machismo estrutural e na divisão de papeis entre homens e mulheres. Isso tudo fez brotar uma sociedade pautada no preconceito e na violência, levando a perdas irreparáveis por parte das mulheres. Mas o que importa é que nós temos compromisso com essa luta e vamos vencer esse mal que assola a nossa sociedade, fortalecendo cada vez mais as políticas públicas em torno das mulheres”, concluiu Fátima Bezerra. 

Dando continuidade aos discursos das autoridades, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, começou sua fala também parabenizando a campanha institucional de enfrentamento ao feminicídio.
“O feminicídio é uma morte evitável, e campanhas voltadas para sua prevenção passam pela conscientização das mulheres e da sociedade, quanto aos sinais da escalada da violência doméstica e familiar, que pode culminar em morte. O feminicídio é o extremo de um contínuo terror contras as mulheres, que tem por base as desigualdades de gênero, o machismo e a misoginia, objeto de nosso debate hoje”, iniciou.  

Para a ministra, a violência contra as mulheres consiste num fenômeno multifacetado, devendo ser compreendido como violação dos Direitos Humanos. 
“O conceito abarca diferentes formas de expressão, como importunação, ofensiva ao pudor, abusos verbais, além de atos extremos, como o estupro e o feminicídio. A violência é múltipla, ocorre em ambientes diversos, no espaço público e privado. E ela apresenta diferentes expressões, como violência doméstica e familiar, violência sexual em todas as suas expressões, estupro por desconhecido ou coletivo, assédio sexual no trabalho, assédio sexual no transporte público e em espaços públicos, a violência institucional, o tráfico de mulheres, a violência online e cibernética”, citou.

Enriquecendo o debate com dados estatísticos, a ministra Cida Gonçalves informou que, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, ao longo do ano passado, 28% das mulheres relataram ter sido vítimas de algum tipo de violência ou agressão. 

“Ou seja, cerca de 18,6 milhões de mulheres de 16 anos ou mais. Ademais, de acordo com o IPEA, o Brasil tem cerca de 822 mil casos de estupro por ano (dois por minuto). Desses crimes, apenas 8,5% são registrados pela polícia e 4,2% pelo sistema de Saúde. Também em 2022, 1410 mulheres foram vítimas de feminicídio no País. Diante dessa magnitude dos números e do impacto causado na vida das vítimas, o nosso ministério tem como uma de suas prioridades o enfrentamento da violência contra as mulheres, em todas as suas manifestações”, complementou.

Nesse sentido, ainda de acordo com a ministra, o Ministério das Mulheres publicou, no 8 de março, o Decreto 11.431, que reinstituiu o programa “Mulher, Viver sem Violência”, tendo como eixo a reestruturação da Central de Atendimento 180 no Brasil.

“Além das ações já citadas, visando ao enfrentamento do assédio no mundo do trabalho, foi encaminhada, ao Congresso Nacional, a Mensagem Presidencial pela ratificação da Convenção nº 190, da Organização Internacional do Trabalho. Além disso, também foi publicado o Decreto 11.430, que regula a Nova Lei de Licitações e Contratos Administrativos, garantindo cota de 8% das vagas para as mulheres vítimas de violência doméstica, nos contratos com a Administração Pública Federal, além da implementação de ações de equidade entre homens e mulheres no ambiente de trabalho”, descreveu.

Trazendo mais índices estatísticos para o debate, a ministra Cida Gonçalves disse que “em 2023, uma mulher foi vítima de feminicídio a cada 6 horas”. 
“E é bom lembrar que, em 2022, esse dado era a cada 7 horas. Então nós estamos perdendo, em um ano, mais mulheres a cada hora. Daí a importância de campanhas como a promovida pela Assembleia legislativa do RN”, destacou.

Ainda de acordo com a ministra das Mulheres, o Rio Grande do Norte apresenta uma das menores taxas de assassinatos de mulheres, com índice de 3,3 assassinatos a cada 100 mil mulheres. 

“Por tudo que foi dito aqui, nós não podemos aceitar que nos matem, que nos silenciem, que nos calem e que nos subjuguem. Esse é o desafio de enfrentarmos a misoginia. Por isso, o Ministério está aqui solicitando a todas as mulheres, à Assembleia Legislativa e ao Estado que se juntem a nós na ‘Marcha contra a Misoginia’, falando com todas as pessoas, nas escolas, nas ruas, nas esquinas”, concluiu a ministra Cida Gonçalves.

A deputada Isolda Dantas (PT) também se pronunciou a respeito do tema, dizendo que “a violência é a expressão mais dura do machismo”. “Ela acontece quando o machismo se expressa em sua forma mais covarde e perversa. E é muito comum a sociedade chorar por uma mulher que morre. Mas é importante chamar a atenção para o fato de que aquela mulher morre porque nós temos salários desiguais, porque sofremos racismo, porque temos piores condições de trabalho, porque os homens estão roubando nossas ideias. E em qualquer lugar que eu esteja, eu denuncio o roubo de ideias das mulheres”, criticou.

A respeito da campanha institucional da Assembleia Legislativa e da Marcha da Misoginia, a parlamentar frisou a relevância de ambas as iniciativas para a sociedade brasileira como um todo.

“Eu acho que o ministério acertou em cheio, porque a misoginia acontece todos os dias, inclusive aqui neste Plenário. Então, nós não precisamos ir para longe. Nós estamos falando do cotidiano, e é ele que nós queremos transformar”, finalizou Isolda.

A promotora de Justiça em defesa da mulher, Erica Canuto, representante do Ministério Público, relatou o dia a dia de atendimentos a mulheres vítimas de violência doméstica.

“Como promotora de defesa das mulheres, quando a gente as atende, a gente escuta ‘eu já não aguento mais’. Então quando ela chega lá, ela diz que está cansada e não sabe mais o que fazer. E outras dizem ‘se eu pudesse, eu sairia da situação’. Com isso, a gente vê como o feminicídio é contínuo. E nós não temos bola de cristal para saber o homem que vai matar e o que não vai. Os riscos às vezes são subestimados pela mulher. Por isso é tão necessário falar de políticas públicas, de capacitação de equipes, fortalecer o serviço da rede e principalmente envolver a população como um todo”, ressaltou, frisando que “cumpre a todos nós, enquanto sociedade, lutar contra a misoginia”.

Representando a sociedade civil e o Conselho Estadual de Direitos das Mulheres (CEDIM), Joana D’arc Lopes, enfatizou que a participação popular é um mecanismo essencial na elaboração e fiscalização das políticas públicas.

“E o protagonismo feminino possibilita ações que modifiquem as relações de desigualdade pautadas nas nossas diferenças anatômicas. No RN, o CEDIM garante este protagonismo e a participação de forma paritária das mulheres em sua composição. Em todo o Estado temos o grande desafio de alcançar a devida atenção, por parte dos governantes, para os programas de ações de combate à discriminação contra as mulheres. Muitas vezes, infelizmente, há um total descaso. Mas, atualmente, nós temos o privilégio de ter a atenção da governadora Fátima em prol das nossas pautas”, afirmou. 

Ao final da audiência pública, a deputada Divaneide Basílio destacou o empenho da diretora de Comunicação Institucional da Assembleia Legislativa, a jornalista Marília Rocha, que esteve à frente da formulação e execução da referida campanha contra o feminicídio. 

Esta não é a primeira vez que a Assembleia Legislativa do RN se engaja no combate à violência contra as mulheres. 

No ano de 2020, durante a pandemia e com os números da violência crescendo exponencialmente, o Legislativo Potiguar também realizou campanha institucional acerca do assunto. 

Na oportunidade, a Casa Legislativa lançou, de forma pioneira e em plataformas digitais, a campanha “Violência Doméstica: precisamos dar um basta nisso”, promovendo ampla discussão em torno do tema, num período em que os índices desse crime registravam alta de mais de 258% no Rio Grande do Norte.

Para além de incluir o debate dentro das residências potiguares, a campanha estimulou uma produção recorde sobre o assunto na Assembleia Legislativa. Isso porque foram apresentadas, à época, mais de 50 iniciativas parlamentares, entre projetos de lei, requerimentos e reuniões virtuais.



Registros de violência contra a mulher sobem 26% nos primeiros quatro meses de 2023 no RN

Foto: Cedida

Os registros de violência contra a mulher subiram 26% nos quatros primeiros meses de 2023. Os dados são da Polícia Civil e foram solicitados pela reportagem da Inter TV Cabugi nesta terça-feira (2).

Entre os crimes com maior aumento entre 2022 e 2023 estão injúria (92%), vias de fato (47%), descumprimento de medidas protetivas de urgência (40%) e difamação (32%).

No entanto, os crimes com maior número de casos registrados entre janeiro e abril são ameaça (1.596 em 2023) e lesão corporal (1.021).

O único tipo de ocorrência que registrou queda foi o de calúnia, com diminuição de 38% dos casos de 2022 para 2023.

Veja abaixo ranking com números comparativos de violência contra a mulher entre janeiro e abril e o quanto cada tipo de ocorrência aumentou neste período em 2023:

Em relação aos feminicídios, o número de casos confirmados entre janeiro e abril caiu 11% no comparativo entre 2022 e 2023. No ano passado, foram 9 casos registrados no primeiro quadrimestre, enquanto neste ano foram 8.

“A Delegacia Geral fez uma pesquisa em todas as delegacias do Rio Grande do Norte, porque não são só as delegacias especializadas da mulher que investigam crimes dessa natureza. Em regra, esses crimes representam entre 30% e 40% dos casos de violência nos municípios”, afirma Paoulla Maués, delegada de proteção a grupos em vulnerabilidade.

Crimes

Na segunda-feira (1º), a comerciante Jussara Kelly de Medeiros, de 43 anos, foi morta com um tiro na cabeça na Zona Norte de Natal. O marido dela foi preso em flagrante suspeito do crime de feminicídio.

Na região Oeste potiguar, a polícia investiga o caso de uma mulher que teve 95% do corpo queimado, na madrugada da última sexta-feira (28). Ela está internada em estado grave. O marido é o principal suspeito do crime e está foragido.

Alterações na Lei Maria da Penha

No último dia 20 de abril, entraram em vigor alterações na Lei Maria da Penha. A nova lei define que as medidas protetivas de urgência serão concedidas apenas com o depoimento da vítima, independentemente da tipificação do crime ou do registro de boletim de ocorrência ou inquérito policial.

“A última alteração foi importantíssima, porque aumentou o leque de proteção às mulheres vítimas de violência. Agora vem a lei e diz que toda e qualquer violência doméstica e familiar, a motivação é gênero. As mulheres ficam mais protegidas porque é caso de concessão de medida protetiva”, disse a delegada Paoulla Maués.

g1 RN



Samu Caicó recebe nova viatura e vai inaugurar nova base ainda este mês de maio

A base descentralizada do Serviço Móvel de Urgência – Samu de Caicó, recebeu nesta terça-feira (02), da  coordenação estadual, uma nova viatura.

O veículo foi conseguido através de solicitação feita pela coordenação local do órgão, juntamente com a Secretaria de Saúde de Caicó.

O secretário, Gedson Santos, disse que o veículo vai melhorar a assistência dada aos pacientes da região Seridó.

Ele acrescentou que ainda este mês de maio, a Secretaria Municipal de Saúde, vai entregar a nova base do Samu, completamente reformada, que vai funcionar no prédio das Aldeias Infantis SOS, na zona leste de Caicó.



SEMAAB recebe veículo e ensiladeira para fortalecer programa de silagem. Corte de terra beneficiou mais de 800 agricultores

A Prefeitura de Currais Novos através da Secretaria Municipal de Agricultura, Meio Ambiente e Abastecimento (SEMAAB) recebeu um novo veículo e uma ensiladeira agrícola para fortalecer o programa de silagem que será realizado nas comunidades rurais. O novo equipamento e veículo foram entregues pela EMATER RN e irá contribuir com diversas ações realizadas pela secretaria.


Na manhã desta quarta-feira (3), o Prefeito Odon Jr e o Secretário da SEMAAB, Lucas Galvão, visitaram algumas propriedades na zona rural que estão sendo contempladas com o programa de corte de terra, que já beneficiou 814 agricultores.



Luiz Eduardo questiona Idema por não prestar informações solicitadas

Em pronunciamento na manhã desta quarta-feira (3), na sessão plenária da Assembleia Legislativa, o deputado Luiz Eduardo (SDD) questionou a não prestação de informações que solicitou ao Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte – Idema, relativos às atividades de monitoramento ambiental da Área de Proteção Ambiental (APA) dos Recifes de Corais, em Maracajaú.

“Encaminhamos pedido de informações ao órgão no último dia 16 de março e até a presente data não tivemos respostas. Solicitamos o envio do relatório completo e seus anexos sobre o monitoramento ambiental da APA de Maracajaú para o período de julho de 2022 a fevereiro deste ano, mas até agora, nada nos chegou”, disse ele.

Na ocasião, o parlamentar comunicou a decisão de acionar a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa para que esta “convoque sessão extraordinária com a finalidade de convocar o diretor do órgão ambiental sob pena da ocorrência de crime de responsabilidade”, alertou Luiz Eduardo.



Vice-Prefeita Ana Albuquerque participa de ato da Marcha Nacional contra a Misoginia

A Escola de Governo no Centro Administrativo em Natal sediou na manhã desta quarta-feira (03) o ato sobre a Marcha Nacional contra a Misoginia, promovido pelo Ministério das Mulheres em parceria com o Governo do Estado através da Secretaria Estadual das Mulheres, da Juventude, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos (SEMJIDH).

A vice-prefeita de Currais Novos, Ana Albuquerque, participou do encontro que contou com a presença da Governadora Fátima e da Ministra Cida Gonçalves. A Presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, Rayssa Aline, a Presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Currais Novos, Maria do Céu Aprígio, dentre outras mulheres líderes de movimentos, além de parlamentares, participaram do evento.

O encontro teve como objetivo principal a discussão e debate sobre a violência contra a mulher e fortalecer políticas públicas contra a misoginia.



Dados de levantamento ligam alerta no combate à dengue em Acari

A Secretaria Municipal de Saúde de Acari acendeu o alerta no combate as arboviroses, doenças causadas pelo Aedes Aegypti. Dados do mais recente Lira, metodologia que aponta índice de contaminação com larvas do mosquito, mostram que a quantidade de amostras contaminadas está acima de índices considerados aceitáveis.

Em entrevista à Sidys TV e Internet, o secretário de saúde de Acari, Ewertton Medeiros, apontou que o município tem relatos de dificuldades da ação dos agentes de endemias, com o registro de alguns episódios de cidadãos que recebem os profissionais, mas retiram a pastilha que mitiga a ação das larvas logo após a saída dos agentes.

“Precisamos do apoio da população nesse sentido. A batalha é de todos nós para reduzir esses índices e diminuir os casos de dengue em nosso município”, afirma o chefe da pasta.



Suspeito de envolvimento em sequestro e tortura é preso em Caicó

Um homem foi preso pela Polícia Civil em Caicó, na Região do Seridó, nesta terça-feira (2), pela suposta prática de tortura contra um homem, que teria acontecido em 20 de junho de 2011.

A 46ª Delegacia de Polícia e a Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (DEAM/Caicó) cumpriram um mandado de prisão definitiva contra Wellington Santos da Silva, de 38 anos.

Na época, no ano de 2011, três homens sequestraram e torturaram Francisco de Assis Dantas, conhecido como “Zé Oin”.

A Polícia Civil segue em busca dos outros envolvidos no crime.

Ponta Negra News



Perigo: pesquisadores apontam alto risco de volta da poliomielite no Brasil

Foto: Divulgação

A sétima edição do International Symposium on Immunobiologicals (ISI), aberta nesta terça-feira (2), alerta para o risco alto da volta da poliomielite ao Brasil. A doença, erradicada no país desde 1989, pode matar ou provocar sequelas motoras graves.

Em um dos debates do dia, pesquisadores apontaram a baixa cobertura como principal motivo de preocupação com a paralisia infantil, como a doença também é conhecida.

O evento é promovido pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Bio-Manguinhos/Fiocruz, no Rio de Janeiro.

A presidente da Câmara Técnica de Poliomielite do Ministério da Saúde, Luiza Helena Falleiros, destacou o conjunto de fatores que levaram a esse cenário e disse que existe um risco evidente. “Com o processo de imigração constante, com baixas coberturas vacinais, a continuidade do uso da vacina oral, saneamento inadequado, grupos antivacinas e falta de vigilância ambiental, vamos ter o retorno da pólio. O que é uma tragédia anunciada”, afirmou.

Luiza Helena lembrou que sempre se diz que as vacinas são vítimas do seu próprio sucesso. “Hoje ninguém mais viu um caso de pólio. Não se tem essa noção de risco enorme, mas ele existe. E não tem milagre, nem segredo. Tem que vacinar.”

A pesquisadora citou um estudo do Comitê Regional de Certificação de Erradicação da Polio 2022, da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), que aponta o Brasil como segundo país das Américas com maior risco de volta da poliomielite, atrás apenas do Haiti.

Um caso recente da doença foi confirmado em Loreto, no Peru, o que aumentou a vigilância nas fronteiras. Há 30 anos, o continente estava livre de registros da doença.

Cobertura vacinal

Segundo o Ministério da Saúde, no ano passado, a cobertura vacinal para a doença no Brasil ficou em 77,16%, muito abaixo da taxa de 95% recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para impedir a circulação do vírus.

No simpósio de hoje, foram discutidos os motivos da chamada hesitação vacinal. José Cassio de Morais, assessor temporário da Organização Pan-Americana da Saúde, disse que a cobertura depende principalmente da confiança nas vacinas distribuídas pelo governo, de como administrar o medo da reação vacinal, da dificuldade de acesso aos postos, do nível de renda familiar e da escolaridade da população. Para melhorar o quadro atual, Morais defendeu mais investimento mais em campanhas e na informação de qualidade.

“É importante lembrar que a vacinação, além de uma proteção individual, é uma proteção coletiva. Vimos isso na questão da covid-19, em que muitas pessoas não quiseram se vacinar. E precisamos atentar para a questão da comunicação social. Temos uma avalanche de fake news a respeito das vacinas e que trazem muito dano para a população. Mas não temos quase notícias positivas a respeito da vacina. Tem tido muito pouca divulgação da campanha de vacinação contra influenza, por exemplo. Temos que melhorar isso, divulgar melhor os fatos positivos em relação à vacina”, afirmou o assessor da Opas.

Agência Brasil



Relator retira projeto das fake news da pauta “Não tivemos tempo útil para examinar todas as sugestões”

Após o início da Ordem do Dia da sessão deliberativa, o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), relator do PL das fake news (PL 2630/20), pediu a retirada de pauta do projeto a fim de consolidar novas sugestões de deputados ao texto.

“Não tivemos tempo útil para examinar todas as sugestões, por isso gostaria de fazer um apelo para, consultados os líderes, pudéssemos retirar da pauta de hoje a proposta e pudéssemos consolidar a incorporação de todas as sugestões que foram feitas para ter uma posição que unifique o Plenário da Câmara dos Deputados num movimento de combater a desinformação e garantir a liberdade de expressão”, disse Orlando Silva.

O presidente da Câmara, Arthur Lira, chamou os líderes ao Plenário para uma consulta sobre o tema. Ele destacou que tem prerrogativa para decidir sobre o assunto, mas vai ouvir os líderes. “Estou sendo justo com o País, não com radicalismo”, disse.

Silva afirmou que se reuniu com vários líderes partidários e recebeu pedidos de alteração. No Plenário, a proposta já recebeu mais de 60 emendas. Ele afirmou que é preciso decidir ainda sobre um mecanismo de fiscalização da lei.

Agência Câmara de Notícias