Nesta Festa de Sant’Ana, o Instituto Federal do Rio Grande do Norte – IFRN, realiza duas mostras virtuais que destacam Caicó e a Festa de Sant’Ana, sendo uma mostra de design de moda e outra mostra fotográfica, ambas realizadas por estudantes da instituição.
Na mostra intitulada “O glamour da Festa de Sant´Ana, traduzido nos traços do design de moda”, estudantes do curso superior tecnólogo de Design de Moda e de Técnico em Vestuário do IFRN, com curadoria da professora Moally Soares, apresentam suas criações inspirados pela atmosfera de glamour do povo seridoense na Festa de Sant’Ana, refletindo como esta festividade influi na elaboração das roupas e nos detalhes das peças produzidas pelos ateliês locais.
A partir da temática “Festa de Sant´Ana observando a religiosidade e as festas profanas” sugerida na disciplina Desenho de Moda e com orientação individual, os alunos criaram seus croquis a mão livre, sendo a maioria conceituais porém com liberdade para impor suas personalidades.
Já na mostra fotográfica “A Terra de Sant’Ana sob as lentes de uma jovem caicoense”, a estudante do IFRN, Paloma Brito, registrou lugares e momentos marcantes da sua memória afetiva, e contou com a curadoria da professora Duciane Freitas, que fez o agrupamento das fotografias conforme seus significados, para realizar este trabalho. As fotos trazem registros da arquitetura, das festividades tradicionais, locais turísticos e peculiares de Caicó, dando destaque a detalhes que enriquecem as paisagens.
As mostras virtuais acontecem a partir do dia 28 de julho, integrando a programação do Fórum Festa de Sant´Ana, e podem ser visualizadas na página: ifrnmoda.wixsite.com/galeriavirtual
O Fórum “Festa de Sant’Ana de Caicó – Patrimônio Cultural Brasileiro” é uma iniciativa da agência Referência com apoio do IFRN, UFRN, FUNARTE, IPHAN e Paróquia de Sant’Ana.
O Museu do Seridó, em Caicó, é destaque na programação da Festa de Sant’Ana 2020, integrado ao “Fórum Festa de Sant’Ana – Patrimônio Cultural Brasileiro” lançando exposição virtual com acervo de artes sacras, intitulada de “Devoções do Seridó”
A proposta da exposição foi a forma do Museu do Seridó, como lugar de memória, permanecer integrado aos festejos da padroeira, apesar da pandemia, em consonância com a comunidade. São cinco as peças do acervo que serão expostas: Sant’Ana Mestra, Sant’Ana Guia, Nossa Senhora do Rosário, Nossa Senhora Imaculada da Conceição e Menino Jesus.
O Museu do Seridó é coordenado pela UFRN, e funciona no prédio do Senado da Câmara e Cadeia Pública da Vila do Príncipe, em Caicó. Sua construção foi concluída no ano de 1812. Conforme a Professora Vanessa Spinosa, diretora do Museu do Seridó, esta é a primeira exposição virtual realizada neste espaço, porém há planos de haver outras exposições a partir de atualizações desta mostra.
“Estamos muito contentes com a possibilidade de, após muitos anos sem exposição do Museu, organizarmos esta ação dentro de um dos festejos mais importantes do Rio Grande do Norte. Esta é a primeira exposição virtual da história do Museu do Seridó e planejamos que a exposição Devoções do Seridó seja uma mostra dinâmica, que possa ir se atualizando e ganhando outras dimensões durante o ano de 2020. A equipe, formada por profissionais do CERES Caicó, Currais Novos, Departamento de História e Museu Câmara Cascudo, têm dado tudo de si para que, em conjunto com a nossa equipe técnica, tenhamos uma narrativa expográfica que conecte a comunidade e suas crenças ao Museu, e isso está sendo fundamental neste momento”, diz com entusiasmo Vanessa Spinosa, da Direção do Museu do Seridó.
A exposição virtual tem sua abertura dia 28 de julho com divulgação do site nas redes sociais do Museu do Seridó @mds.ufrn. Além do Museu do Seridó, o Fórum “Festa de Sant’Ana de Caicó – Patrimônio Cultural Brasileiro” também conta com o envolvimento da agência Referência UFRN, IFRN, FUNARTE, IPHAN e Paróquia de Sant’Ana.
A Cosern intensificou o trabalho de modernização da rede elétrica na cidade de Currais Novos, na Região do Seridó, para reforçar a segurança com a população e aumentar a confiabilidade do sistema elétrico do município.
No total, estão sendo substituídas 7,1 quilômetros de redes antigas por novas (mais seguras e de melhor convívio com galhos de árvores, evitando podas desnecessárias) no Centro e no Bairro Parque Dourado.
A obra, que faz parte do planejamento anual da Cosern para a região, já substituiu 0,4 quilômetros de redes antigas por novas entre a Praça Cristo Rei e o Mercado Público municipal. Durante o trabalho, o fornecimento de energia elétrica é interrompido para o menor número possível de clientes, que são avisados previamente sobre o desligamento.
As próximas etapas da obra serão realizadas na Av. Teotônio Freire, no trecho entre o Hospital Regional Dr. Mariano Coelho e o escritório da Caern, e em todo o bairro residencial Parque Dourado.
O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) divulgou documento com propostas de medidas de prevenção e mitigação da pandemia do novo coronavírus no contexto de locais que estão definindo o retorno às aulas.
O primeiro desafio apontado pela organização é manter o distanciamento social. Para isso, seria possível pensar em ações como a reabertura escalonada das escolas, a flexibilização do horário das aulas e a diminuição do número de horas letivas presenciais. Uma alternativa é privilegiar áreas rurais, onde os estudantes têm mais dificuldade de acompanhar aulas a distância.
O texto sugere começar pelas séries iniciais, argumentando que as crianças que estão nessa etapa são mais novas e precisam de mais ajuda dos professores. No Distrito Federal, porém, deve ser adotada recomendação oposta à sugerida pelo BID, com as aulas recomeçando nas séries mais avançadas, sob a alegação de que os adolescentes têm mais condição de respeitar as medidas de prevenção.
Para evitar o contato, o documento destaca que é preciso respeitar distância mínima entre as cadeiras, de 1 metro a 1,5 m. Conforme estudos do BID, atualmente, a América Latina tem média de espaço por aluno de 1,62 metros quadrados (m2). Em um novo cenário, seria necessário garantir de 2,25 m2 a 4 m2). Há também sugestões sobre como evitar aglomerações em áreas comuns, como locais de alimentação, corredores e banheiros.
Limpeza
O segundo desafio é a limpeza e desinfecção das unidades escolares, medida que, segundo o BID, prevê higienização dos locais antes do retorno e manutenção de tais práticas no dia a dia. Esse cuidado envolve tanto a ampliação das equipes de limpeza quanto o envolvimento comunidade escolar na desinfecção das superfícies. Para isso, o texto destaca a importância de manter os kits de limpeza também nas salas de aula.
Além de disponibilizar insumos, é preciso treinar tanto funcionários voltados para essa atividade quanto professores, alunos e funcionários administrativos, o que exige a distribuição de material informativo, como cartazes e panfletos. Os espaços devem ser organizados de modo a favorecer a circulação de ar natural, mantendo-se abertas portas e janelas.
A rotina de higienização, com medidas sanitárias como lavar as mãos frequentemente (de preferência a cada duas horas), evitar levar as mãos ao rosto e usar máscaras de proteção. Como a lavagem das mãos é medida fundamental de prevenção, as escolas devem assegurar água, substância de desinfecção e locais adequados para a prática.
Em caso de infecção, o BID recomenda que sejam seguidos os protocolos de encaminhamento da pessoa a um posto de saúde, o fechamento temporário da unidade escolar e interdição de áreas usadas pelas pessoas infectadas e desinfecção do local.
Pessoas com sintomas de covid-19 devem ser instadas a permanecer em casa. Os coordenadores das instituições de ensino podem adotar políticas flexíveis de afastamento e licença, o que abrange também aqueles com necessidade de cuidar de pessoas doentes em casa.
CNE e MEC
O Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou um documento com orientações para a volta às aulas. Contudo, o conteúdo ainda não foi tornado público porque depende da assinatura do ministro da Educação, Milton Ribeiro.
O Ministério da Educação (MEC) elaborou recomendações para instituições federais de ensino, que, segundo a assessoria da pasta, podem também ser implementadas na educação básica e na infantil pelos estados que assim desejarem. As diretrizes estão disponíveis no portal do MEC.
Riscos
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou estudo segundo o qual 9,3 milhões de adultos dos grupos de risco (como idosos e pessoas com doenças crônicas) moram com crianças em idade escolar. Estão nessa situação pelo menos 4 milhões de pessoas com diabetes e doenças do coração ou do pulmão.
“Em um cenário otimista, se 10% da população de adultos com fatores de risco e idosos que vivem com crianças em idade escolar necessitarem de cuidados intensivos, cerca de 900 mil pessoas poderão necessitar de UTI [unidade de terapia intensiva]. Se tomarmos como referência a taxa de letalidade observada no país, isso pode representar 35 mil óbitos somente nesta população”, estimam os autores do estudo.
O Governo do Estado publicou na edição deste sábado (25) do Diário Oficial do Rio Grande do Norte, o decreto nº 29.861, que permite a retomada gradual das atividades religiosas como cultos e missas no estado.
A partir da próxima quarta-feira (29), quando começa a primeira das duas etapas de reabertura, igrejas, espaços religiosos, lojas maçônicas, entre outros estabelecimentos do tipo poderão reunir até 100 pessoas simultaneamente.
Para isso, os espaços religiosos precisarão garantir distanciamento de 1,5 metros entre os frequentadores e o limite de uma pessoa a cada cinco metros quadrados de área. “Durante a execução da Fase 01 deste Cronograma, fica proibida a utilização de aparelhos de ar-condicionado e ventiladores, devendo as portas e janelas ficarem abertas”, destaca a norma.
A segunda fase, que se inicia no dia 12 de agosto, permite frequência acima de 100 pessoas. A liberação para o retorno das atividades religiosas a partir do dia 29 já havia sido divulgada pela governadora Fátima Bezerra (PT). Porém, o decreto que regulamentava as medidas ainda não tinha sido publicado.
Além do uso obrigatório de máscaras de proteção, disponibilização de álcool em gel nos acessos e frequente higienização dos espaços, os estabelecimentos precisam cumprir protocolos sanitários específicos que incluem, além de outras medidas:
a limitação de uma pessoa para cada 5 m² de área do estabelecimento,
distanciamento mínimo de 1,5 metro entre os frequentadores,
espaço entre os assentos ou interdição de assentos alternados, a fim de garantir o distanciamento;
organização das filas, dentro e fora do estabelecimento;
proibição de compartilhamento de aparelhos e equipamentos individuais, como microfones.
proibição de distribuição de qualquer material impresso.
uso obrigatório de máscara
disponibilização de álcool em gel
utilização de termômetros para aferir temperatura dos frequentadores e colaboradores
“A medida é condicionada aos bons indicadores de saúde, correlacionados à taxa de transmissibilidade da Covid-19 e à taxa de ocupação dos leitos clínicos e de UTI para Covid-19 – atualmente abaixo dos 80% – e poderá sofrer alterações, a qualquer momento, caso ocorram modificações nas taxas que representem maiores riscos para a população”, disse o governo.
Três jovens foram mortos a tiros no fim da madrugada deste domingo (26) na cidade de Barcelona, no Agreste potiguar. Segundo a Polícia Militar, as vítimas, dois rapazes de 17 anos e uma mulher de 19 anos estavam dentro da casa dela, mas tiveram os corpos arrastados para o meio da rua após serem executados.
As vítimas foram identificadas como Maria Fernanda Borges de Sousa, de 19 anos, Felix Januário Beserra Barbosa, de 17 anos e Natan Rafael da Silva, também de 17 anos.
Segundo a PM, eles estavam em um imóvel na Rua Severino Raimundo da Silva, no bairro Renascer II, quando, por volta das 4h50, o imóvel foi invadido e os ocupantes mortos com vários disparos de arma de fogo. Os três morreram na hora.
Após as execuções, os corpos foram arrastados para fora do imóvel e deixado do meio da rua. A polícia afirmou que ainda não sabe quantas pessoas participaram do crime, nem com que tipo de veículos os criminosos chegaram e fugiram do local. Na região, os moradores não repassaram mais informações à polícia.
Os rostos dos dois homens ficaram desfigurados pelos tiros, de acordo com o relato policial. Os corpos foram recolhidos pelo Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep).
O Auto Busca, aplicativo de venda de peças da Ford, completa um ano e comemora apresentando três grandes novidades: a expansão do catálogo de peças, que agora possibilita a compra de itens para veículos de ano-modelo 2002 a 2020, o lançamento de uma área dedicada aos cupons de desconto e a chegada à região Nordeste. Considerado uma revolução no pós-venda, o aplicativo traz as facilidades do comércio eletrônico para o segmento de oficinas e reparadores independentes.
Com essa ampliação no portfolio, o Auto Busca passa a oferecer mais de 6.000 peças de reposição e até o final do ano chegará a mais de 10.000 itens. Este mix de produtos atende modelos Ford fora do período de garantia e agora, também, veículos mais recentes. O novo lote é formado principalmente por peças para os modelos Ka, Fiesta e EcoSport, que representam o maior parque circulante da marca. Além disso, estão disponíveis produtos que atendem veículos de outras montadoras, através da marca Omnicraft.
Em constante processo de evolução, o app lançou uma nova funcionalidade para aprimorar a experiência do usuário. Agora, os reparadores podem contar com uma área exclusiva dedicada aos cupons de desconto. Nessa sessão, são armazenados vouchers promocionais que podem ser habilitados conforme o estágio de compra de cada cliente, de R$ 40 para a primeira compra e R$ 30 para a segunda. Estes bônus estão disponíveis para pedidos acima de R$ 100.
O aplicativo já está presente em São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais e mais de 850 cidades, incluindo Porto Alegre (RS), Brasília (DF), Goiânia (GO), Florianópolis e São José (SC). A mais recente novidade é que ele acaba de chegar ao Rio Grande do Norte, dando início à expansão no Nordeste. O atendimento é feito pela concessionária Divepe e inclui, além da capital, Natal, as cidades de Parnamirim, Canguaretama, Caico, Currais Novos, Mossoró, Macaíba, Ceará Mirim e São Gonçalo do Amarante.
Preocupado com a saúde mental dos profissionais da área de saúde que atuam na linha de frente do enfrentamento à pandemia do novo coronavírus no Rio Grande do Norte, o deputado estadual Vivaldo Costa (PSD) requereu a instalação de um serviço de psicologia nos hospitais com atendimento voltado a esse público. Ressaltando os números da pandemia, o parlamentar argumentou que a situação causa diversos problemas para os profissionais, que ainda enfrentam horas ininterruptas de trabalho, falta de equipamento de proteção, falta de leitos e medo da infecção, entre outros problemas.
No entendimento do deputado, é certo que os profissionais de saúde do Brasil, notadamente no Rio Grande do Norte, que diariamente enfrentam uma série de desafios, estão agora diante de um ainda maior, que é o combate ao coronavírus e manter a saúde mental.
Em meio a atual crise de saúde pública causada pela pandemia do coronavírus, há ainda uma antiga preocupação que assusta aos potiguares: o mosquito Aedes aegypti, inseto transmissor da dengue, zika e chinkungunya. Para ajudar a combater as doenças, o deputado Ezequiel Ferreira (PSDB), presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, solicitou o envio de carros fumacê para os municípios de Angicos, Macau e Guamaré.
Em requerimento endereçado a governadora Fátima Bezerra (PT) e ao secretário estadual de Saúde Pública, Cipriano Maia, o parlamentar pede a realização de um estudo de viabilidade para que os veículos sejam encaminhados a estas localidades.
Na justificativa, Ezequiel argumenta que o carro fumacê é uma das mais importantes formas de combate o mosquito, já que a fumaça de inseticida é espalhada pelas ruas e residências a fim de tentar controlar a proliferação do inseto.
Pesquisadores da Fiocruz apostam em vacinação inicial contra a Covid-19 em fevereiro de 2021 para um público específico. A partir daí, a produção nacional das doses poderá garantir imunização à população em geral, afirma a vice-diretora de Qualidade da Bio-Manguinhos (Fiocruz), Rosane Cuber Guimarães.
Os recentes resultados de pesquisas da Universidade de Oxford, no Reino Unido, sobre a segurança da vacina contra a covid-19 elevaram o nível de otimismo em todo o mundo que, desde dezembro do ano passado, observa o alastramento do novo coronavírus, causador da doença, em todas as regiões. As pesquisas das fases 1 e 2, exigidas pelo procedimento científico, descartaram efeitos adversos graves provocados pela vacina. Foram registrados relatos de pequenos sintomas, como dores locais ou irritabilidade, aceitos em vacinas contra outras doenças.
O Brasil foi um dos países escolhidos para participar da Fase 3 dos estudos, que testa a eficácia da vacina. Os testes, que estão a cargo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e outras instituições parceiras, envolvem 5 mil voluntários de São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador. A expectativa é detectar a capacidade de imunização das doses e, a partir daí, a Fiocruz – parceira brasileira nas pesquisas de Oxford – receberá autorização para importar o princípio ativo concentrado, que será convertido inicialmente em 30 milhões de doses a serem aplicadas em parcela da população brasileira.
Rosane Guimarães disse ao programa Impressões, da TV Brasil, que vai ao ar neste domingo (26), às 22h30, que, em dezembro deste ano, o Brasil receberá 15 milhões de doses e, em janeiro, mais 15 milhões de doses.
A Bio-Manguinhos será responsável pela transformação do princípio ativo e fará a formulação final das vacinas, além de envasar, rotular e entregar o material para que o Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde faça a distribuição. As primeiras doses devem ser destinadas aos grupos de risco, como profissionais de saúde e pessoas idosas, mas isso ainda está em debate.
Caso as previsões se confirmem, a expectativa é que o país passe a produzir nacionalmente a vacina a partir do segundo semestre de 2021. Segundo Rosane, a vacina está em um excelente caminho e avançou rapidamente porque Oxford já trabalhava com o mesmo adenovírus de chimpanzé que está sendo usado nas pesquisas, um vírus que não causa doença em seres humanos.
Rosane explicou que a vacina carrega uma sequência do RNA do coronavírus e da proteína spike, que pode garantir que um organismo produza anticorpos. “Eles fizeram testes nessa plataforma [utilizando esse princípio] para Mers [síndrome respiratória do Médio Oriente] e para ebola. Eles já tinham grande parte do que é necessário para produção da vacina, preparado, o que já foi um acelerador. Outra coisa é que, neste momento de pandemia, os estudos clínicos foram facilitados e houve colaboração entre os países.”
Mesmo com os indicativos positivos, Rosane alerta que a pandemia não vai ser resolvida de uma hora para outra. “Acreditamos que, em 2021, ainda não se consiga vacinar completamente toda a população. Nossa orientação é que enquanto a vacina não sai, ou ainda estiver sendo aplicada, que as pessoas mantenham as orientações que já existem hoje: uso da máscara, lavar as mãos, evitar aglomeração, distanciamento. Ainda temos que continuar convivendo com esses cuidados até que todas as respostas sejam dadas pela vacina.”
A possibilidade de um revés é praticamente descartada pela pesquisadora. Segundo Rosane, a Fase 3 dos estudos pode, sim, apontar um grau de imunização de mais de 90%. “Se for maior, a gente consegue relaxar um pouco”, mas há riscos de que essa eficácia atinja níveis de apenas 50% ou 70%. “Vamos ter que fazer mais estudos e talvez buscar uma vacina com potencial maior, mas já será um alento se tivermos uma vacina com mais de 70%.”
Atualmente, o Brasil é terreno fértil para a pesquisa por ocupar o segundo lugar entre os países com maior número de casos da covid-19.
Há outras empresas trazendo vacinas para o Brasil. Um exemplo é a pesquisa desenvolvida pela parceria entre o Instituto Butantan e a empresa chinesa Sinovac, com sede em Pequim. Nas próprias instalações da Bio-Manguinhos, cientistas brasileiros desenvolvem dois estudos, que estão ainda em fase pré-clínica, com experimentos em animais.