Mais saudável, Flor de Sal atrai a alta gastronomia e tem produção de 12 toneladas ao ano
Após um período de chuvas mais frequentes no Rio Grande do Norte, os dias recentes de sol têm contribuído para a volta da colheita da Flor de Sal, que tem sua única produção no estado em Mossoró, na região Oeste potiguar. Atualmente, essa única salina produz cerca de 12 toneladas ao ano de Flor de Sal no estado e conquista mais mercado no RN e no Brasil.
A Flor de Sal é um tipo de sal mais fino e usado muitas vezes pela alta gastronomia por ser rica em nutrientes como cálcio, potássio, ferro e iodo. Até por ser mais saudável, tem um preço que chega a ser 70 vezes maior que o do sal comum.
“Você mantém os sais minerais que contém na água do mar, como cálcio, magnésio, zinco, potássio. É um sal rico nesses sais minerais. Então, por conter esses sais minerais, o teor do sódio reduz em comparação ao sal comum”, garante Guilherme Vieira, diretor industrial da salina que produz a Flor de Sal.
A Flor de Sal sai de uma camada fina de cristais que fica na superfície das salinas e é extraída de forma artesanal por colhedores, que utilizam pás. A volta dos dias constantes de sol ajudam na produção, porque com a chuva não há a possibilidade de extração. O curioso é que a colheita acontece sempre nos mesmos horários, entre às 13h30 e às 16h do dia. As escamas vão para um cesto de palha e em seguida para a secagem em cima de mesas de tela. Em cerca de 24 horas após esse processo, a Flor de Sal está seca e pronta para o consumo.
O processo para essa extração demanda mais mão de obra, o que torna a produção mais cara para as indústrias. Isso pode ser refletido no preço: quilo de Flor de Sal pode custar até 70 vezes mais que o quilo de sal refinado comum. O nome dado é por conta da semelhança do sal com uma flor visto através de um microscópio. Na culinária, a iguaria é usada por restaurantes da alta gastronomia e em receitas salgadas e também doces.