A CEO da Orby, Co., a potiguar Duda Franklin, conseguiu um feito inédito para o Rio Grande do Norte ao ser selecionada como uma das seis finalistas na 8ª Edição do Prêmio Empretec Women in Business Award 2023. Organizado pela UNCTAD juntamente com a rede global do Empretec, o prêmio tem o propósito de identificar as contribuições mais promissoras de mulheres empresárias e inspiradoras nos países em desenvolvimento.
Duda Franklin idealizou e colocou em operação o projeto de desenvolver soluções de alta tecnologia para a reabilitação músculo-esquelética funcional utilizando Inteligência Artificial (IA). A final da premiação acontecerá, durante o Fórum Mundial de Investimento das Nações Unidas, no período de 16 a 20 de outubro próximo, em Abu Dhabi.
“Estou muito feliz e realizada em ser finalista dessa premiação. Eu sempre acreditei que ela viria. Um ano se passou até esse prêmio, que veio para coroar um trabalho muito árduo. A gente vem se esforçando muito, trabalhando muito. E a gente está fazendo o futuro, que é agora”, comemora.
A ideia de criar uma plataforma integrada para monitorar processos de reabilitação se transformou em algo concreto, após Duda Franklin ganhar com sua equipe um prêmio na categoria Saúde e Bem-estar (Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 3 das Nações Unidas) no maior hackathon da América Latina, o Hacking Rio 2021.
Idealizado pelos médicos cardiologistas, Dr. Sérgio Bezerra e Dr. Vander Weyden, e pelo médico psiquiatra, Dr. Marcelo Modesto, será realizada na Casa do Empresário em Caicó, no próximo dia 26 de setembro, a mesa redonda ‘Incentivando a Mentalidade Amena”.
O objetivo é oferecer apoio, compreensão e recursos para aqueles que enfrentam desafios emocionais.
Serão três temáticas abordadas. Dr. Sérgio falará sobre transtorno de ansiedade/depressão e seus efeitos sobre doenças cardiovasculares; Dr. Vander abordará a Espiritualidade como parte do tratamento de doenças mentais e cardíacas; e o Dr. Marcelo sobre Depressão e outras condições de risco para o suicídio.
O evento é gratuito e as inscrições podem
ser feitas direto no link disponível na bio do @imacaico.
Juntos, podemos iluminar o caminho da esperança e empatia, lembrando a todos que a saúde mental é uma prioridade’, afirmam os especialistas.
Há sete anos, uma simples ida ao mercado já não é a mesma para Maria Lúcia de Araújo, de 54 anos. Seja na área de laticínios ou na de produtos de limpeza, ela não consegue evitar falar sobre vacinas, consultas médicas ou exames que precisam ser agendados. A moradora de Irajá, na zona norte do Rio de Janeiro, é agente comunitária de saúde e mora na região que percorre diariamente para levar a capilaridade do Sistema Único de Saúde (SUS) à casa dos pacientes. Referência na rua, na padaria, ou no supermercado, Maria Lúcia está sempre tirando dúvidas.
“Eu gosto muito, porque é um modo de estar junto da população e das pessoas que realmente estão precisando de um suporte e de uma ajuda. Você adquire muito conhecimento e consegue entender certas coisas que, quando você está fora da área da saúde, você não entende”, conta ela, que é responsável por visitar e acompanhar o andamento de tratamentos de quase 800 pessoas.
Secretaria de Saúde faz busca ativa de pacientes no Rio, por Tomaz Silva/Agência Brasil
Uma parte importante do seu trabalho é, mensalmente, conferir por que uma criança que deveria ter sido vacinada não foi levada à Clínica da Família Pedro Fernandes Filho para receber a imunização. Quando o sistema indica que falta alguma dose, Maria Lúcia vai a campo em busca de explicações e, principalmente, de proteger a criança contra as doenças imunopreveníveis.
“A gente acompanha desde a barriga, no pré-natal, e depois e vamos acompanhando até os 7 anos. E a gente tem que ter o cuidado de saber se a mãe está dando vacina, se está indo às consultas. E, quando ela falta, a gente vai atrás para saber o que está acontecendo. Como já tem esse vínculo, elas não ficam melindradas e contam para gente por que não vieram. É um vínculo que a gente cria com as mães desde a gravidez.”
O trabalho de busca ativa de vacinação, que significa resgatar quem não se vacinou, é considerado uma das estratégias mais importantes na recuperação das coberturas vacinais do Programa Nacional de Imunizações (PNI), que completa 50 anos em 2023. E quem arregaça as mangas e gasta as solas em busca dessas crianças, adultos e idosos são os 295 mil agentes comunitários de saúde do país e os 193 mil enfermeiros e técnicos de enfermagem envolvidos com a imunização nas unidades de saúde, que também aplicam os imunizantes na casa das pessoas que não consegue chegar até a sala de vacina mais próxima.
A enfermeira Mayra Moura, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações, trabalha com ações de capacitação para profissionais da ponta, e destaca que o papel de agentes comunitários como Maria Lúcia é essencial para que as vacinas cheguem a todos, inclusive em regiões em que famílias podem ter dificuldades de se deslocar até uma unidade de saúde ou sala de vacina.
Rio de Janeiro (RJ) – Mayra Moura, diretora da SBIm – Arquivo pessoal/Divulgação
“O agente comunitário de saúde é imprescindível. É ele que consegue dar capilaridade ao programa. É ele que tem o acesso a cada casa, de cada pessoa. Ele é uma pessoa muito vista pela comunidade, então, ele é uma referência. Esse trabalho do agente que está na ponta, que conhece as famílias, é muito importante para a adesão dessas famílias”, sublinha.
“O sucesso do programa, primeiro, é porque a gente consegue essa capilaridade que vem com os agentes, as estratégias de saúde da família, e também porque a equipe dentro da sala de vacina vai a campo também fazer as vacinações. Eles são os profissionais de referência da população.”
Quando Maria Lúcia entra em contato com uma família que não vacinou a criança no momento recomendado e fica constatado que aqueles responsáveis não vão conseguir levá-la à sala de vacina, o técnico de enfermagem João Victor Pinho, de 23 anos, carrega sua caixa térmica com as doses necessárias e a acompanha para colocar em dia mais uma caderneta de vacinação. O técnico conta que é preciso informar devidamente cada responsável antes de aplicar as vacinas, principalmente em tempos de fake news.
“Os pais são informados de quais são as vacinas, contra o que elas protegem e quais são as reações que podem acontecer. Isso é importante principalmente depois dos períodos que passamos, em que foi tão falado que vacinas fariam mal. As pessoas estão com mais desconfiança”, conta ele.
“Ver as crianças desde a primeira vacina e fazer esse acompanhamento é muito gratificante. Esse sistema de busca ativa que nós realizamos, com essa importância de irmos atrás, é porque reconhecemos que há uma necessidade, mas muitas vezes não há uma disponibilidade dos pais e responsáveis. É uma experiência única acompanhar a trajetória das crianças que vem aqui se vacinar”, completa.
Uma das visitas de Maria Lúcia e João Victor foi à casa dos trabalhadores autônomos Danielly Martins, de 23 anos, e Patrick Rodrigues Viana, de 26. O casal tem dois filhos, e o mais novo, Murillo Luiz Martins, de 7 meses, acabou perdendo a terceira dose da vacina pentavalente, que previne contra tétano, difteria, coqueluche, hepatite B e contra o vírus Haemophilus influenzae B, causador de meningites e pneumonias. Para quem está na informalidade, perder um dia de trabalho muitas vezes não é uma opção, conta Danielly, que também aproveitou a visita para discutir métodos contraceptivos com Maria Lúcia.
Rio de Janeiro (RJ), 16/09/2023 – A família do bebê Murillo Luiz Martins, sua irmã Maria Helena Martins, os pais Patrick Rodrigues Viana e Danielly Martins durante atendimento para vacinação em residência, em Irajá, na zona norte da capital fluminense. Tomaz Silva/Agência Brasil
“Só de eu não ter que ir na clínica, com o tanto de coisa para fazer no meu trabalho e em casa, já me ajudou bastante”, conta Danielly, que estava incomodada com o atraso da vacinação, mas não conseguia reservar um horário entre a rotina de trabalhar e levar a filha mais velha para a creche.
“Sempre tento deixar todas [vacinas] em dia. Eu sempre vejo fake news, mas eu não acredito. Eu quero o bem para os meus filhos. Tem que estar vacinado e ponto. Eu acredito no SUS e acabou”, acrescenta ela.
Na visita, João Victor conferiu a caderneta de vacinação de Murillo e aproveitou a oportunidade para aplicar a terceira dose da vacina inativada contra a poliomielite, que também é recomendada para o sexto mês de vida.
A diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) Mayra Moura destaca que a capacitação dos profissionais da ponta é fundamental para que eles tenham clareza na hora de informar, segurança para vacinar e também saibam reconhecer oportunidades como essa quando a criança está disponível para ser imunizada.
“Se não têm a capacitação, esses profissionais não vão ter a segurança para fazer tudo isso. Se o agente de saúde não tem uma capacitação específica para vacina, ele não vai conseguir avaliar uma carteira de vacinação, pelo menos para identificar o que possivelmente está faltando, ou se existe alguma vacina indicada para um adulto, idoso ou adolescente”, diz Mayra Moura, que acrescenta. “E o profissional de enfermagem na sala de vacinação também precisa ter muito treinamento, informação e segurança, porque a gente sabe que tem muito profissional de saúde que acaba tendo até questões relacionadas à vacina, porque não tem certeza, ouviu dizer alguma coisa e também fica inseguro. E, se um paciente questionar, ele não tem segurança para responder. Ter esse profissional bem informado e seguro é fundamental para conseguir a adesão do paciente.”
Integrante da coordenação de epidemiologia da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), Maria Rita Donalisio alerta que, apesar da crescente complexidade dos calendários de vacinação e do aumento da desconfiança das famílias em relação às vacinas, o cenário atual no Brasil é de contratos de trabalho precarizados nas salas de vacina e nas estratégias de saúde da família, com baixos salários, terceirização e alta rotatividade.
Rio de Janeiro (RJ) – Rita Donalisio, representante da Abrasco – Arquivo pessoal/Divulgação
“É preciso reforçar essas equipes locais de saúde da família, da atenção primária, porque é na atenção primária que a gente garante a integralidade do cuidado”, afirma. “É preciso investimento em carreira, estabilidade, concursos, para que esses profissionais possam ser treinados e não ter tanta rotatividade, e adquirirem cada vez mais experiência na vacinação. Investir nos concursos e nas carreiras, com remuneração justa, é investir no SUS e no PNI.”
Capacitar, valorizar e manter profissionais como o agente comunitário de saúde, defende Maria Rita Donalisio, é estratégico para a recuperação das coberturas vacinais: “A gente precisa resgatar no território essas pessoas que, muitas vezes, estão desinformadas. E o agente comunitário conhece por nome essas pessoas, ele é do território e têm passagem livre. E tudo isso pensando que o atendimento tem que ser integral. E não só a criança. O idoso, o hipertenso, o diabético precisam ser incentivados a tomar vacinas.”
Lúcia Xavier, da ONG Criola, acredita que compromisso do servidor público com o cuidado à saúde faz diferença para a população – Tomaz Silva/Agência Brasil
Coordenadora e fundadora da organização não governamental (ONG) Criola, a assistente social e ativista dos direitos das mulheres negras Lúcia Xavier também vê como primordial a atuação desses profissionais na mobilização da comunidade em prol do sucesso da vacinação. Ela lembra que as grandes campanhas de vacinação da década de 1980 contaram com forte participação social, e isso também foi resultado da articulação dos profissionais da ponta.
“Os 50 anos de bons resultados de PNI vão ao encontro não só da experiência, do esforço e da atuação política desses profissionais, mas também da própria comunidade, que é convidada a apoiar as campanhas de imunização”, afirma ela.
“A presença desses profissionais no campo, trazendo a responsabilidade, mas também o compromisso do servidor público com o cuidado à saúde faz muita diferença para a população. Traz a ideia do cuidado, da participação e da confiança no serviço público. Isso quem passa para a população é o profissional de saúde.
Resultados
O trabalho de ir à casa das famílias é caro e mobiliza profissionais que têm outros afazeres na unidade de saúde, mas dá resultado. No Rio de Janeiro, as ações de Maria Lúcia e João Victor são parte do programa Geovacina, que começou em maio para fortalecer a busca ativa. Desde então, o número de unidades com cobertura vacinal de seus pacientes menor que 80% caiu de 134 para 44. Já as que tinham entre 80% e 95% de cobertura passaram de 100 para 173. Por fim, as que que já tinham batido a meta de pelo menos 95% de cobertura aumentaram de duas para 20.
O programa usa como referência a cobertura da vacina pentavalente, que deve ser aplicada aos 2, 4 e 6 meses e estava em atraso no caso do Murillo Luiz. Os técnicos e agentes comunitários de saúde, ao procurarem as famílias que perderam o prazo, conferem toda a caderneta de vacinação, o que também tem elevado a cobertura de outras vacinas.
A imunização contra a poliomielite, por exemplo, saltou de uma cobertura de 66,8%, em 2022, para 97,9%, em 2023, alcançando, no Rio de Janeiro, a meta de 95% definida pelo Programa Nacional de Imunizações. A vacina meningocócica C também apresenta melhora, de 67,2% para 86,3%, embora ainda esteja abaixo da meta. Já a pentavalente avançou de 66,1% para 80,5%.
O secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, destaca que a busca ativa também precisa vir acompanhada do fortalecimento da estratégia de saúde da família, já que essas equipes aplicam a imensa maioria das vacinas do Programa Nacional de Imunizações. No Centro de Inteligência Epidemiológica do Rio de Janeiro, um telão do Geovacina mostra em tempo real todas as crianças em idade de se vacinar como pontos que marcam seus endereços na cidade. As que estão em dia com a pentavalente são pontos verdes, e as que estão em atraso são pontos vermelhos.
Rio de Janeiro (RJ), 21/08/2023 – O secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz durante entrevista à Agência Brasil no Centro de Operações (COR), na Cidade Nova, região central da capital fluminense.- Tomaz Silva/Agência Brasil
“Com o Geovacina, consigo ver quais crianças que estão no Sistema Nacional de Nascidos Vivos que já poderiam ter tomado a primeira dose, e as que já tomaram a primeira dose e que não tomaram a segunda ou a terceira dose, e buscá-las no mapa. Cada pontinho é uma criança”, explica o secretário, que acrescenta que o sistema informa a clínica da família e a equipe de saúde da família que será responsável por buscá-la.
“O Programa Nacional de Imunizações avançou muito com a tecnologia em tempo real. Hoje, a gente consegue saber quem tomou vacina ou não tomou, online e em tempo real”, destaca Soranz.
Para retomar as coberturas vacinais, a prefeitura do Rio de Janeiro tem adotado uma série de estratégias previstas no leque de ações de microplanejamento para vacinação disponibilizado pelo Ministério da Saúde, como a vacinação nas escolas, a vacinação extramuros em locais de grande circulação, pontos de vacinação com horário estendido e a própria busca ativa.
Segundo Soranz, a busca pelas famílias tem mostrado que os principais motivos para o atraso na vacinação nas crianças são esquecimento, falta de tempo ou algum adoecimento no momento em que a vacina estava prevista. “Um percentual muito pequeno é de famílias que não acreditam ou têm medo da vacinação. Felizmente, no Rio de Janeiro, essa é uma exceção.”
Criada no condomínio em que hoje confere cadernetas de vacinação e orienta famílias, a agente comunitária de saúde Bruna Maluf, de 28 anos, trabalha na mesma clínica da família que João Victor e Maria Lúcia, que conta ter visto a colega de trabalho crescer.
Rio de Janeiro (RJ), 21/08/2023 – A agente comunitária de saúde, Bruna Maluf durante entrevista à Agência Brasil na Clínica da Família Pedro Fernandes Filho, em Irajá, na zona norte da capital fluminense. Tomaz Silva/Agência Brasil
Na função há um ano, Bruna diz que o contato com os vizinhos e outros usuários do SUS tem ensinado lições importantes sobre como funciona a saúde pública, quais dúvidas precisam ser esclarecidas e que fatores influenciam nas decisões de cada família.
“Eu moro no meu território desde os 4 anos, então, isso me facilita muito. Quando nós andamos pela rua, minha mãe brinca que é como se eu tivesse virado política, porque estou andando na rua e dando tchau para todo mundo. Quando alguém não me conhece e desconfia, eu falo que pode ficar tranquilo, que eu moro aqui”, conta, ela, que está se formando técnica de enfermagem e aprendeu a entender melhor que tipo de dúvidas são mais frequentes e como respondê-las. “O trabalho me ajuda muito no curso, e o curso me ajuda muito no trabalho.”
O governo brasileiro emitirá títulos verdes, com o objetivo de captar US$ 2 bilhões – cerca de R$ 10 bilhões, na cotação atual – na Bolsa de Nova York. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o valor ainda não está definido, uma vez que a palavra final será do Tesouro Nacional, dependendo, também, do interesse a ser despertado nos investidores estrangeiros. A ideia é a de usar esses recursos no financiamento de projetos ambientalmente sustentáveis.
Haddad encontra-se em Nova York, acompanhando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que participa da abertura da 78ª Assembleia Geral das Nações Unidas.
Lula e alguns de seus ministros têm se reunido com empresários e com autoridades do governo norte-americano. Nesses encontros, o governo brasileiro tem buscado atrair o interesse do investimento estrangeiro para projetos sustentáveis. Haddad disse ter concluído um road show em 36 eventos diferenciados.
“Já atendemos mais de 60 fundos de investimento. A receptividade é a melhor possível, sobretudo porque esse recurso fica carimbado para financiar projetos sustentáveis, com taxas de juros mais convidativas do que nós temos hoje”, informou o ministro.
Sobre o valor dos títulos verdes, estimado em R$ 10 bilhões, segundo a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, Haddad disse que esse é o “começo de um processo”.
“Estamos em período de silêncio agora. Portanto, o Tesouro vai julgar a conveniência do quanto [valor] e do quando colocar esses títulos. Mas eu queria dizer que esse recurso é um recurso inicial, muito pequeno, porque o Brasil tem condição de captar muitos recursos no exterior, uma vez que temos a melhor matriz energética do mundo. É uma das mais limpas do mundo. Temos condição de dobrar a produção de energia limpa num prazo inferior a 10 anos, sendo que especialistas dizem que isso pode ser feito em 5 anos”, explicou o ministro.
Ele acrescentou que a produção de energia limpa pode ser exportada na forma de hidrogênio verde, mas que a prioridade será a de utilizá-la internamente, ajudando a indústria a agregar valor às matérias-primas e, em especial, para a neoindustrialização do país.
“Você pode exportar no produto manufaturado. Daí a razão pela qual a energia verde pode se complementar com a questão da neoindustrialização do país”, disse.
“Estamos começando a discutir a questão da industrialização do Brasil, a partir dessa matriz. Mas entendemos que não precisamos nos resignar à condição de exportadores de energia limpa, que é o que o mundo gostaria que fizéssemos. O Brasil vai produzir e exportar energia limpa, mas nós entendemos que uma boa parte dessa energia limpa tem que ser consumida no Brasil para manufaturar produtos verdes. Esse é o nosso objetivo último”, acrescentou.
Taxação dos super-ricos
Sobre as polêmicas envolvendo a tributação de offshores e de fundos exclusivos, proposta pelo governo com o intuito de tributar os chamados “super-ricos”, Haddad disse ver com naturalidade o fato de a proposta gerar inquietação, mas que confia na forma como o Congresso Nacional tratará a questão.
“Às vezes, toda medida que você toma gera alguma inquietação. Mas vamos rever isso. A verdade é que o Congresso está debruçado sobre todas as ações que a gente do Ministério da Fazenda [enviamos], com um grau de abertura bastante significativo. Às vezes sugere alguma emenda, o que é natural em um processo democrático”, disse.
“Mas o clima é favorável a tudo. Estamos aqui com o presidente da Câmara [Arthur Lira], com o presidente do Senado [Rodrigo Pacheco] e com o presidente da República em um evento de projeção da imagem do Brasil no mundo. Temos de aproveitar esse momento de harmonização dos poderes para fazer a agenda avançar. Quanto mais cedo nós colhermos os frutos dessa agenda, mais facilmente a economia brasileira vai decolar para patamares de crescimento compatíveis com o nosso potencial”, complementou.
A Câmara de Currais Novos, em parceria com o Conselho Tutelar e Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), realiza o Fórum de discussão e valorização da vida nesta quarta-feira (20). O evento terá início às 9h e será realizado no auditório vereador Adailson Pereira, com transmissão da TV Câmara.
De acordo o presidente da Casa Legislativa, vereador Cleyber Trajano, o Fórum faz referência ao Setembro Amarelo e terá palestras sobre a valorização da vida e saúde mental.
A última semana do inverno será marcada por uma onda de calor que vai atingir a maior parte do país. A previsão é de temperaturas acima de 42ºC em algumas localidades a partir de sexta-feira (22). O inverno termina no sábado (23), e terá início a primavera.
As áreas que deverão ter recordes de temperaturas são Centro-Oeste, Norte e interior de São Paulo. Na capital paulista, por exemplo, é esperado que os termômetros marquem mais de 35ºC no final da semana, conforme as previsões do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Na manhã desta segunda-feira (18), o Inmet já emitiu alerta de perigo da onda de calor até as 18h de sexta-feira. Esse aviso ocorre quando as temperaturas máximas excedem em pelo menos 5ºC a média histórica do período.
“Vale ressaltar que a intensidade do aviso está relacionada com a persistência do fenômeno [número de dias consecutivos] e não aos desvios de temperatura absolutos em si”, explica o Inmet.
O aviso será reavaliado diariamente, conforme o instituto.
A onda de calor vem associada dos baixos índices de umidade relativa do ar, aumentando a probabilidade de queimadas no Sudeste e Centro-Oeste, regiões que ainda estão no período de seca.
O que é a onda de calor? A onda de calor ocorre por causa do tempo seco e queda da pressão atmosférica, que impede a formação de nebulosidade e afasta o avanço das frentes frias.
“A onda de calor é promovida pelas condições de tempo predominantemente seco, com aumento da insolação, e favorecida pela subsidência atmosférica – quando a pressão atmosférica entre os níveis médios e a superfície aumenta, inibindo o desenvolvimento de nebulosidade, aumentando, também, a temperatura da massa de ar”, informa o Inmet.
O que ocorre com o corpo quando faz muito calor?
Quando fica exposto às temperaturas muito quentes, o corpo humano tenta se refrescar. Porém se o corpo não consegue, o organismo pode chegar à exaustão por calor. Os principais sintomas são tontura, dor de cabeça, transpiração excessiva e fadiga. Pode ocorrer ainda uma insolação, em que se deve procurar ajuda médica.
Nos casos extremos, o paciente pode sofrer falência de órgãos e até morte.
Cuidados
Qualquer pessoa está sujeita a sofrer os impactos do calor. Porém, crianças, idosos, pessoas acamadas, doentes crônicos e gestantes são vulneráveis.
Algumas medidas podem aliviar e evitar as complicações:
– Beber mais água e líquidos. O ideal é ingerir um copo de água por hora ou 2 a 3 litros por dia;
– refrescar-se com lenços úmidos, spray ou panos molhados no rosto;
– procure ficar em locais frescos, com sombra;
– evite praticar exercícios físicos nos horários mais quentes;
– use roupas leve;
– verifique com frequência o estado de saúde de idosos acima de 65 anos, especialmente aqueles com doença cardíaca, problemas pulmonares e nos rins;
– em caso de mal-estar intenso, procure um médico.
O ator Sérgio Marone, que já estrelou uma porção de novelas da Rede Globo, esteve de passagem pelo Seridó potiguar.
O perfil oficial do restaurante Colinas dos Flamboyants, em Cerro Corá, registrou a passagem de Sérgio e de sua equipe por lá.
Aparentemente, a viagem pelo Seridó ocorreu para divulgação da Tukano, marca de cosméticos que preza pela sustentabilidade da qual Sérgio é proprietário.
O Rio Grande do Norte começará a pagar o piso da enfermagem no dia 30 de setembro. A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) em coletiva de imprensa realizada na manhã desta terça-feira (19).
Receberão o pagamento os profissionais da rede estadual e os prestadores de serviço do Sistema Único de Saúde (SUS).
As equipes de gestão e técnica da Sesap esclareceram que o pagamento do piso nacional será feito a partir dos repasses feitos pelo Ministério da Saúde.
A lagoa-novense Mislayne Beatriz, representando o Rio Grande do Norte, chegou ao top-9 do Miss Eco Brasil. O concurso foi realizado neste domingo (17) em Tacuari, no Rio Grande do Sul.
“Muito orgulhosa. Dei o meu melhor e fiquei muito feliz com a repercussão. Experiência pra vida toda”, afirmou a modelo em seu perfil no Instagram.
A vencedora foi a representante do Mato Grosso do Sul. Ela vai representar o Brasil no Egito em 2024.
O concurso desempenha um papel fundamental na promoção da conscientização ambiental. Fundado em 1990, a disputa tem esse nome desde 1992, quando foi realizada a Rio Eco/92.
A parcela de eleitores do presidente agorarnque projeta melhora na economia vem caindo desde dezembro do ano passado. Em contrapartida, aumenta a fatia de pessimistas entre os que declaram ter votado em Jair Bolsonaro (PL).
O estado de ânimo dos eleitores com o futuro econômico do Brasil foi mapeado pelo Datafolha. A nova pesquisa, realizada nos dias 12 e 13 deste mês, promoveu 2.016 entrevistas em 139 municípios do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos.
Na pesquisa realizada em dezembro, 79% dos que declaravam ter votado em Lula no segundo turno projetavam que a economia do país iria melhorar nos meses seguintes. Essa parcela teve uma pequena redução na pesquisa feita em março deste ano, que marcou a análise dos cem dias de governo. Ali ocorreu uma leve retração dos otimistas, com 76%.
Em setembro, a parcela de eleitores com projeção de melhora caiu para 66% –uma retração de 10 pontos percentuais em cerca de seis meses.
Não chega a ocorrer uma alta expressiva no grupo de eleitores do presidente que projetam piora no cenário econômico. Essa parcela foi de 1% no ano passado, subindo para 5% e 7%, respectivamente, em março e setembro.
O que cresceu neste início de governo foi a fatia que estima estabilidade no cenário, sem melhora ou piora, daqui para frente. Esse grupo reunia 18% dos eleitores em dezembro e março, e subiu para 25% em setembro.
Os eleitores de Lula estão seguindo a tendência geral. Há uma retração no número dos que projetam melhora na economia, mas a queda é mais modesta.
O pico de projeção de melhora na economia na média geral dos entrevistados foi registrado na pesquisa realizada em outubro, entre o primeiro e o segundo turno das eleições a presidente. Naquele momento, 62% projetavam melhora na economia.
A partir daí, essa parcela foi encolhendo, passado para 49% em dezembro, 46% em março e 41% em setembro.
Quem vê piora no cenário empata com quem projeta que a economia vai ficar como está. Eram 28% em cada grupo nos cem dias de governo. Em setembro, voltou a ficar praticamente empatado, com, respectivamente, 28% e 29% em cada grupo.
Também está em queda a parcela de pessoas que projeta melhora para a sua economia pessoal. Depois do pico em outubro, em que 70% esperam melhora na sua economia, a parcela caiu para 59% em dezembro, 56 em março, ficando praticamente estável em 55% em setembro.
Cresceu o número de pessoas que acreditam que vão entrar numa fase de estabilidade financeira. Essa parcela representava 28% em dezembro e março, e subiu para 31% em setembro.
A pesquisa identificou que, assim como ocorre na política, a polarização persiste na economia, colocando eleitores de Lula e Bolsonaro em campos opostos nas previsões econômicas.
Entre os que se declaram eleitores de Jair Bolsonaro, a pesquisa Datafolha registra contínuo aumento no pessimismo.
Em dezembro, 43% dos bolsonaristas previam piora no cenário econômico. Em março, a parcela subiu para 50%, em setembro, passou para 52%. Trata-se de uma alta de 9 pontos percentuais no período.
A parcela que acreditava em melhora no plano econômico foi no caminho inverso. Caiu de 19% em dezembro para 18% na pesquisa feita em março. Agora, somam 16%.
Afora o componente político da expectativa, que traz antagonismo nas projeções, os cenários também oscilam entre os economistas, e voltaram a piorar quando miram 2024. No final do ano passado, a expectativa era que o PIB (Produto Interno Bruto) de 2024 avançaria 1,7%. Agora, a projeção caiu para 1,3%.
Entre os especialistas, no entanto, as projeções para a economia têm sido revistas com muita frequência, para cima e para baixo. No dia a dia, a população está submetida a duas forças econômicas que vão em sentidos antagônicos e dificultam previsões.
A primeira é o efeito da política monetária. Como a inflação começou a ceder, o Banco Central, em agosto, passou a reduzir a Selic, a taxa básica, mas os efeitos práticos vão demorar a serem sentidos na vida das famílias. O longo período de três anos de juros em alta (saiu de 2% em agosto de 2020 para 13,75% em agosto de 2022, quando se estabilizou antes da queda) ainda tem efeito contracionista sobre a economia.
No sentido oposto, o governo Lula adotou medidas expansionistas, que ajudam a sustentar o consumo das famílias. Deu aumento real ao salário mínimo, para R$ 1.320. Elevou o Bolsa Família de R$ 40 bilhões para R$ 168 bilhões. Negociou reajustes para os servidores.