O prefeito de Carnaúba dos Dantas, Gilson Dantas, foi às redes sociais para protestar sobre a dificuldade que a administração está tendo para custear as despesas da saúde do município. De acordo com o gestor, em tom de desabafo, caso as emendas de custeio não sejam liberadas, haverá um colapso no serviço prestado.
“Situação financeira para custeara a saúde do município a beira de um colapso. Só de plantão de médicos, enfermeiros e técnicos, temos que pagar o valor de R$ 98 mil, com apenas R$ 1,5 mil em conta. Essa matemática não fecha”, afirmou Gilson em uma postagem feita no seu Instagram.
Na publicação, Gilson faz um apelo ao Governo Federal que libere as emendas de custeio e destacou que, apenas com esse reforço, poderá garantir “a sobrevivência da saúde” em Carnaúba dos Dantas.
O Jornal da Band exibe de segunda (14) a sexta-feira (18) a série especial “Câncer: virei paciente”, que traz como personagem principal o próprio repórter Cesar Cavalcante. Aos 29 anos, ele foi diagnosticado com um tipo agressivo de câncer no estômago ainda em estágio inicial. Sem vícios, sem histórico familiar, adepto de uma alimentação saudável e com os check-ups sempre em dia, o profissional levou um susto ao se deparar com a notícia, “por acaso”, durante uma endoscopia de rotina. “O dia 20 de janeiro de 2023 foi o pior da minha vida. Ali pensei que morreria, mas tive que me reerguer e encarar esse desafio. Por anos, falei com pessoas enfrentando os mais variados problemas e agora estou do lado de cá”, afirma.
Quase sete meses depois, já com o tratamento finalizado, ele sentiu a necessidade de usar a própria história para fazer um alerta sobre a enfermidade que acomete 700 mil pessoas todos os anos no Brasil. O relato está presente em cinco episódios que mostram detalhes das idas às sessões de quimioterapia e o resultado depois de uma delicada cirurgia para a retirada do tumor. Ao longo das reportagens, Cesar também entrega os próprios medos e as estratégias que adotou para conseguir enfrentar esta fase. “Tive apoio de amigos, da família e dos médicos e, com isso, percebi a importância do pensamento positivo. Pretendo falar especialmente com quem é paciente oncológico, mas também com quem é ou acredita que está saudável. O objetivo é desmistificar tabus. Muita gente nem aceita falar o nome da doença, mas a informação é fundamental para a efetividade dos procedimentos clínicos e o diagnóstico precoce, que salva vidas”, destaca.
No caso dele, foram seis meses de quimioterapia, que resultaram em perda de peso e cabelo e os tradicionais efeitos colaterais, como enjoos, náuseas e fraqueza. Tudo é mostrado em primeira pessoa. A partir desse ponto de vista, ele passa a investigar como outros pacientes reagem a esse tipo de cenário, de crianças a idosos. Alguns usam o bom humor, a fé e até a música como aliados.
A série revela ainda que o enfrentamento de tumores, que hoje só perde para as doenças cardiovasculares como principal causa de mortes no mundo, não é democrático. Os desafios de quem depende do SUS, como as grandes filas para exames e procedimentos, serão abordados, assim como os exames cruciais para descobertas antecipadas. Em entrevistas com médicos, o jornalista aborda novos tratamentos e métodos de prevenção. “Nós fizemos um material sensível, sem romantizar os fatos. O recado primordial é que o câncer não é mais sentença de morte, e que precisamos falar sobre o assunto com clareza e sem estigmas”, conclui o repórter.
“Câncer: virei paciente” vai ao ar de segunda a sexta-feira no Jornal da Band, às19h20, e a partir de terça-feira no Bora Brasil, às 8h.
Reconhecidos mundialmente como os principais guardiões das florestas tropicais, por causa dos modos de vida em harmonia com o meio ambiente, os povos indígenas no Brasil também vêm atuando em frentes de recuperação de áreas degradadas. Na região do Vale do Juruá, no extremo oeste do Acre, próximo à fronteira com o Peru, associações indígenas, cooperativas de produtores e organizações não governamentais trabalham sem fins lucrativos no projeto Aliança Reflorestar da Amazônia, iniciado em 2021. O objetivo é justamente promover plantios agroflorestais em comunidades tradicionais que tiveram parte do território anteriormente desmatada.
Este é o caso da Terra Indígena Puyanawa, localizada no município de Mâncio Lima, que fica a cerca de 700 quilômetros (km) de Rio Branco. Situado à margem direita do Rio Moa, o território possui, ao todo, uma área de 24,5 mil hectares, onde vive uma população de cerca de 750 pessoas, distribuídas em duas aldeias. Cerca de 5,8% do território perdeu a Floresta Amazônica original, uma porção de terra que já estava desmatada por fazendeiros que exploraram a região no passado, antes da demarcação, e que corresponde a cerca de 1,5 mil hectares.
Invadida por colonizadores seringalistas ainda no início dos anos 1900, essa região do atual oeste acriano foi ativamente explorada pelo ciclo da borracha e, com isso, os povos originários tiveram suas terras expropriadas e acabaram sendo forçados a atuar como mão de obra da extração do látex ao longo de décadas.
A demarcação do território só ocorreu em 2001. Ali, a Aliança Reflorestar é liderada por Puwe Puyanawa. No fim de julho, ele recebeu um grupo de influenciadores digitais do projeto Creator Academy para mostrar o trabalho que tem sido feito pela recuperação do bioma.
“A ideia é a gente demonstrar à comunidade o que podemos fazer em áreas degradadas, e fazer desse lugar um paraíso, para que possa ter muitas frutas, plantas de medicina, madeira de lei, ressaltando nossa ancestralidade de cuidado com a floresta”, afirmou, na ocasião.
A iniciativa conta com apoio de técnicos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), do governo do estado e da organização SOS Amazônia. Segundo o projeto, incentivar, valorizar e fortalecer uma rede de comunidades tradicionais com foco no reflorestamento por agrofloresta é um investimento no futuro do planeta.
“Não apenas porque as árvores plantadas hoje crescerão e darão frutos em alguns anos, mas porque, ao ritmo com que a Amazônia vem sendo destruída, a restauração da cobertura florestal se fará cada vez mais urgente e necessária”, destaca um trecho da apresentação do programa em sua página oficial.
De acordo com relatórios do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC) da Organização das Nações Unidas (ONU), rede que reúne cientistas do clima em todo mundo, medidas de recuperação de áreas degradadas devem ser priorizadas, já que o ritmo de desmatamento das florestas ainda está alto. A partir de 2021, a ONU considerou os próximos dez anos como a década da restauração florestal no planeta.
Primeiros resultados
Os indígenas puyanawa têm conhecimento técnico sobre coleta de sementes, estruturação de viveiro de mudas e implementação de sistemas agroflorestais, antes mesmo do início da Aliança Reflorestar. A primeira experiência do projeto, inclusive, foi aplicada na Terra Indígena Yawanawá, no município de Tarauacá, no Acre. Lá, apenas entre janeiro e maio do ano passado, foram plantadas 5,7 mil mudas, entre árvores frutíferas, madeiras de lei e plantas pioneiras do bioma que têm rápido crescimento. O trabalho foi documentado em filme.
Na Terra Puyanawa, o trabalho está sendo feito em uma área inicial de 9 hectares. Puwe Puyanawa explicou que a meta do projeto é chegar à confecção de 30 mil mudas, nesta primeira fase do projeto. “Temos uma área aberta [desmatada] de 1,5 mil hectares, e a ideia é atingir o máximo possível”, afirmou. O projeto depende de parcerias e apoio financeiro.
Indígenas preservam
De fato, as áreas indígenas estão entre as principais barreiras contra o avanço do desmatamento no Brasil, segundo o MapBiomas, uma iniciativa multi-institucional que envolve universidades, organizações não governamentais (ONGs) e empresas de tecnologia, focada no monitoramento sobre cobertura florestal e uso da terra no Brasil. Em um período de 30 anos (1990-2020), segundo dados dessa rede, as terras indígenas perderam apenas 1% de sua área de vegetação nativa, enquanto nas áreas privadas o percentual foi de 20,6%. A perda de vegetação nativa no Brasil, em três décadas, foi de 69 milhões de hectares, sendo apenas 1,1 milhão de hectares em terras indígenas.
Ocupando 13,9% do território nacional (109,7 milhões de hectares), as terras indígenas correspondem a 19,5% da vegetação nativa do Brasil, segundo dados atualizados até 2020, mas que seguem praticamente atuais. Por outro lado, segundo o MapBiomas, nas áreas privadas, a perda de vegetação nativa chegou a 47,2 milhões de hectares em 30 anos, o que corresponde a 68,4% da área desmatada.
Desde a demarcação, em 2001, a taxa média de desmatamento na Terra Indígena Puyanawa se encontra em processo de redução, segundo a Aliança Reflorestar. Nos últimos anos, o projeto afirma que sequer houve novos desmatamentos, “indicando o esforço da comunidade em valorizar a existência de floresta primária”.
Um estudo de 2021 divulgado pela Organização para Alimentação e Agricultura (FAO) e pelo Fundo para Desenvolvimento dos Povos Indígenas da América Latina e do Caribe (Filac) também aponta que as taxas de desmatamento são mais baixas em terras indígenas regularizadas. Os territórios coletivos titulados evitaram, de acordo com o levantamento, entre 42,8 milhões e 59,7 milhões de toneladas métricas de emissões de dióxido de carbono (CO2) a cada ano na Brasil, na Bolívia e na Colômbia, uma quantidade equivalente a tirar de circulação entre 9 milhões e 12,6 milhões de veículos por um ano.
O hacker Walter Delgatti Netto disse que aceita participar de acareação com o ex-presidente Jair Bolsonaro para comprovar informações fornecidas à comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) que investiga os atos golpistas de 8 de janeiro. Ele foi questionado sobre a possibilidade pelo senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB) e respondeu que sim, “de forma tranquila”.
Delgatti presta depoimento à comissão nesta quinta-feira (17). O hacker comentou, em outro momento, que faria acareação com qualquer pessoa para ajudar a comprovar as informações. “Lembrando que eu faço qualquer acareação, caso seja necessário aqui. Estou à disposição”, afirmou ao ser questionado pelo deputado federal Duarte Jr. (PSB-MA).
Acareação é um procedimento previsto nos códigos de Processo Civil e de Processo Penal em que são colocadas, frente à frente, duas pessoas que defendem versões contraditórias com objetivo de se chegar à verdade.
Entre as acusações feitas por Delgatti, está a de que Bolsonaro ofereceu a ele indulto presidencial em troca da invasão da urna eletrônica e de assumir a responsabilidade por um suposto grampo instalado para monitorar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Indulto significa o perdão da pena, efetivado mediante decreto presidencial.
O hacker também disse que invadiu sistemas do Judiciário brasileiro a pedido da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), que nega as acusações. Delgatti ainda afirmou que, a pedido de Bolsonaro, orientou os militares das Forças Armadas na elaboração do relatório sobre as urnas eletrônicas apresentado em 2022.
A relatora da CPMI, Eliziane Gama (PSD-MA), informou que há possibilidade de ela pedir a acareação de Delgatti com Bolsonaro, com o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira, a deputada Zambelli, ou qualquer outra pessoa citada pelo hacker. Para aprovar as acareações, é necessário convocar requerimento em reunião deliberativa da comissão.
Em 2022, cartórios do Rio Grande do Norte realizaram o registro de mais de 2 mil crianças sem o nome do pai. Ação da Defensoria Pública irá acontecer no sábado (19), no Partage Norte Shopping, em Natal
A Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Norte irá realizar neste sábado (19) a segunda edição do mutirão “Meu pai tem nome” para promover reconhecimentos de paternidade. O Rio Grande do Norte realizou, em 2022, o registro civil de 2.184 crianças sem o nome do pai, apenas com o nome da mãe. O dado é da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen). A ação acontecerá das 10h às 16h, no Partage Norte Shopping, e terá agendamento para exames de DNA.
Os atendimentos serão feitos de forma espontânea, mas também será possível realizar contato prévio para receber orientação e adiantar a apresentação de documentos através da Central de Whatsapp (84) 99814.1118. Durante a ação, será possível realizar reconhecimento voluntário de pais biológicos e abertura de atendimento para reconhecimento socioafetivo. Em casos de investigação de paternidade, quando há o reconhecimento voluntário do genitor, serão agendados exames de DNA. Para ser atendido é preciso levar a certidão de nascimento do (a) filho (a), RG e CPF dos genitores, comprovantes de renda e de residência.
A ação é articulada pelo Conselho Nacional das Defensoras e Defensores Públicos-Gerais (Condege) e visa promover o reconhecimento da paternidade/maternidade, seja ela biológica ou socioafetiva, além de ofertar outros atendimentos na área de Direito da Família. Além dos atendimentos da Defensoria Pública, a ação contará também com vacinação adulto e infantil ofertada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Natal. A Associação dos Notários e Registradores do RN (ANOREG) também irá participar da ação que ofertará emissão de documentos de forma gratuita.
O projeto “Meu pai tem nome” é coordenado pelo Núcleo de Tratamento Extrajudicial de Conflitos da DPE/RN e tem como um dos objetivos promover a efetivação do direito fundamental ao reconhecimento de paternidade/maternidade biológica e socioafetiva e demais questões envolvendo a parentalidade, uma vez que o reconhecimento garante ao filho a possibilidade de conviver com o pai, manter uma relação paterno-filial de amor e respeito, além das consequências lógicas da filiação, como direito aos alimentos e a condição de herdeiro. Na ação, também serão atendidas outras demandas como alimentos, guarda e divórcio.
DADOS DE REGISTRO CIVIL Dados da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen) mostram que, por dia, uma média de 400 crianças foram registradas sem o nome do pai na certidão de nascimento, nos últimos sete anos em todo o país. O levantamento aponta ainda um alto índice de pais ausentes na Região Nordeste. No Rio Grande do Norte, em média 6% das crianças nascidas são registradas sem o nome do pai.
Em 2022, das 10.504 crianças nascidas em Natal 609 foram registradas sem o nome do pai. Considerando os dados de 2023, até o dia 03 de agosto de 2023, 383 crianças já foram registradas na capital sem o nome do pai, 6,5% dos 6.221 registros realizados na cidade. No RN, o índice para o mesmo período foi de 1.382 crianças registradas sem o nome do pai. Na região Nordeste, já são 32.116 crianças com a informação ausente no registro civil.
SERVIÇO
MUTIRÃO “MEU PAI TEM NOME” DATA: 19 DE AGOSTO DE 2023 HORA: 10H ÀS 16H LOCAL: PARTAGE NORTE SHOPPING DÚVIDAS E AGENDAMENTOS: Central de Whatsapp (84) 99814.1118, opção 5 “Meu pai tem nome”
A taxa de desocupação recuou em oito das 27 unidades da Federação no segundo trimestre deste ano, na comparação com o trimestre anterior. As principais quedas foram observadas no Distrito Federal (de 12% no primeiro trimestre para 8,7% no segundo) e no Rio Grande do Norte (de 12,1% para 10,2%).
O Rio Grande do Norte, mesmo com a queda, tem a 7ª maior taxa de desocupação do Brasil, com 10,2%. Pernambuco (14,2%), Bahia (13,4%), Amapá (12,4%), Rio de Janeiro (11,3%), Paraíba (10,4%) e Sergipe (10,3%) têm taxas superiores à do Rio Grande do Norte.
Dados nacionais
Também foram observados recuos nos estados de São Paulo (de 8,5% para 7,8%), do Ceará (de 9,6% para 8,6%), de Minas Gerais (de 6,8% para 5,8%), do Maranhão (de 9,8% para 8,6%), Pará (9,8% para 8,6%) e de Mato Grosso (de 4,5% para 3%).
As outras 19 unidades da Federação mantiveram suas taxas de desocupação estáveis. A média nacional, divulgada no fim de julho, recuou de 8,8% para 8% do primeiro para o segundo trimestre.
A taxa de desocupação, também chamada de taxa de desemprego, mede o percentual de pessoas que estão em busca de emprego mas não conseguem trabalhar, em relação à força de trabalho (ou seja, a soma daqueles em busca de emprego com aqueles que estão empregados).
“A queda na taxa de desocupação nesse trimestre pode caracterizar também um padrão sazonal. Após o crescimento do primeiro trimestre, em certa medida pela busca de trabalho por aqueles dispensados no início do ano, no segundo trimestre essa procura tende a diminuir”, afirma a pesquisadora do IBGE Adriana Beringuy.
As maiores taxas de desocupação foram registradas em Pernambuco (14,2%), na Bahia (13,4%) e no Amapá (12,4%), e as menores, de Rondônia (2,4%), Mato Grosso (3%) e Santa Catarina (3,5%). Quando comparadas as cinco regiões, a taxa de desocupação recuou em quatro delas e manteve-se estável no Sul.
Na comparação com o segundo trimestre do ano passado, a taxa de desocupação recuou em 17 unidades da Federação, com destaque para Rondônia (ao passar de 5,8% para 2,4%).
Cor e sexo
Entre os homens, a taxa ficou em 6,9% no segundo trimestre, enquanto entre as mulheres ela é maior (9,6%). Há discrepância também na comparação de cor ou raça. Os brancos tiveram uma taxa abaixo da média nacional (6,3%), enquanto pretos e pardos tiveram taxas acima: 10% e 9,3%, respectivamente.
A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto foi a maior entre todos os níveis de instrução: 13,6%. Para as pessoas com nível superior completo, a taxa é de 3,8%.
Rendimento
Na comparação com o primeiro trimestre deste ano, o rendimento médio real mensal habitual do trabalhador cresceu na Região Norte, enquanto as demais regiões ficaram estáveis. Já em relação ao segundo trimestre de 2022, houve expansão em todas as regiões.
Todas as unidades da Federação tiveram estabilidade no rendimento na comparação com o segundo semestre. Doze delas tiveram aumento na comparação com o primeiro trimestre de 2022, com destaque para Goiás (14,3%).
Informalidade
A taxa de informalidade, que considera o percentual de trabalhadores sem carteira assinada ou CNPJ, foi maior nos estados do Pará (58,7%), Maranhão (57,0%) e Amazonas (56,8%). As menores taxas foram observadas em Santa Catarina (26,6%), no Distrito Federal (31,2%) e em São Paulo (31,6%).
As principais autoridades do sistema elétrico brasileiro continuam tentando identificar as causas e os reflexos do apagão energético que, na terça-feira (15), deixou cerca de 29 milhões de brasileiros sem energia em quase todo o país, com exceção do estado de Roraima.
Em Brasília, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, está reunido desde as 9h com o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Carlos Ciocchi, e a presidente interina da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Angela Regina Livino de Carvalho.
Segundo o governo federal, o problema pode ter começado devido à ocorrência de dois eventos simultâneos: um no Ceará e outro em um ponto do sistema ainda não identificado. No Ceará, a ocorrência causou uma falha operacional, afetando a interligação da rede entre as regiões Norte e Sudeste, que gerou uma reação em cadeia, forçando a interrupção do fornecimento energético para as regiões Sul e Sudeste como forma de evitar maiores danos ao sistema.
De acordo com o ONS, a interrupção do serviço começou por volta das 8h31 de terça-feira, em quase todo o país, e o fornecimento de energia só foi restabelecido às 14h49. O operador deve apresentar um relatório preliminar sobre as prováveis causas do problema até esta quinta-feira (17).
Ainda na tarde de terça-feira, o ministro Alexandre Silveira classificou a ocorrência como “um evento extremamente raro”. Além das providências adotadas no âmbito do Ministério de Minas e Energia, Silveira disse que pedirá ao Ministério da Justiça e Segurança Pública para que a Polícia Federal investigue o ocorrido e à Agência Brasileira de Inteligência (Abin) que acompanhe a apuração.
O Ministério da Justiça informou que recebeu o pedido oficial de investigação do MME e, ainda nesta quarta-feira, encaminha à Polícia Federal. A Abin não respondeu à reportagem até o momento.
Na manhã desta quarta-feira, ao participar do programa Bom Dia Ministro, no Canal Gov, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, confirmou que ainda não há explicações para a queda de energia. “Falei hoje pela manhã com o ministro de Minas e Energia [Alexandre Silveira]. Estamos determinados e cobrando urgência para o detalhamento das causas desse apagão. Não há razão para este apagão”, disse Costa, afirmando confiar no sistema elétrico nacional.
Para o ministro da Casa Civil, o problema não se deve à falta de capacidade de geração, mas a provável erro ou falha técnica, o que está sendo apurado.
A Petrobras anunciou nesta terça-feira (15) um aumento nos preços da gasolina e do diesel para as distribuidoras, válido a partir desta quarta-feira (16), quando os combustíveis devem ficar mais caros também para quem abastece nos postos.
A pesquisa mais recente da Agência Nacional do Petróleo (ANP), entre 6 e 12 de agosto, indicou o valor médio cobrado nos combustíveis no Rio Grande do Norte. Se o aumento for totalmente aplicado, veja quanto será cobrado, em média, para cada:
O litro da gasolina terá uma alta de R$ 0,41, chegando a R$ 2,93 para as distribuidoras. No RN, o preço médio do produto é atualmente R$ 5,82; se o aumento for repassado de forma integral aos consumidores, o preço médio chegará a R$ 6,23.
O litro do diesel vai subir R$ 0,78, passando a R$ 3,80 nas distribuidoras. O preço médio do litro de diesel no RN é de R$ 5,10; ou seja, se o preço for repassado para os clientes, o litro passará a custar R$ 5,88.
Em nota, a Petrobras disse que o valor que chega ao consumidor final pode variar. Isso porque os preços cobrados nos postos “são afetados também por outros fatores, como impostos, mistura de biocombustíveis e margens de lucro da distribuição e da revenda”.
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do RN (SindPostos), Maxwell Flor, explicou que o preço é afetado porque algumas distribuidoras compram em outros estados, mas que no RN o valor é definido pela 3R Petroleum, que é quem administra a refinaria Clara Camarão, comprada à Petrobras no Polo Potiguar.
“Teoricamente não deveria nos afetar, em função do estado ser suprido majoritariamente pelo grupo 3R Petroleum, mas na prática nós entendemos que o estado também será afetado, uma vez que uma parte do que a gente consumia aqui vinha da base de Cabedelo, na Paraíba, assim como também da base de Suape, em Pernambuco”, explicou.
“Aquela alternativa que os postos tinham de buscar combustível barato, na prática, não vai mais existir, uma vez que os preços passam a ficar equivalentes”, completou.
Apesar das altas, a companhia diz que até aqui, em 2023, a variação acumulada nos preços dos combustíveis apresenta uma redução de R$ 0,15 por litro para a gasolina e de R$ 0,69 por litro para o diesel.
A Secretaria de Mobilidade Urbana de Natal (STTU) e o aplicativo Cittamobi fecharam parceria para alertar os usuários sobre ocorrências no trânsito na cidade. O serviço funciona em tempo real para alertar aos usuários sobre ocorrências que geram alterações na via pública ou atrasos no transporte público da cidade do Natal.
O recurso se integra aos meios de publicações de alertas de trânsito, como o Twitter 156 e os boletins divulgados pela STTU com imagens em tempo real para as emissoras de rádios e canais de televisão.
Aplicativo
O Cittamobi foi criado em 2014 com o propósito de reinventar a mobilidade, oferecendo comodidade, conveniência e facilidade através da tecnologia.
O aplicativo conecta usuários, colaboradores, parceiros, fornecedores e clientes em uma rede de informação. Por ele, as pessoas conseguem ver os horários dos ônibus em tempo real.
Hoje, o aplicativo que oferece todos os serviços gratuitos conta com mais de 100 mil usuários somente na cidade do Natal.
A Caern desligou o sistema de abastecimento de Florânia, na noite de terça-feira (15), após rompimento de rede de distribuição. A equipe irá executar o serviço de reparo e a previsão é retomar o envio de água nesta quarta-feira (16), no início da noite. Após religar são necessárias 48 horas para normalização do abastecimento.
Em Cruzeta, o abastecimento foi desligado na madrugada desta quarta-feira (16), para reparo em tubulação de água. A previsão é religar o sistema de Cruzeta no início da noite desta quarta (16). A normalização para a cidade ocorre em 48 horas.