Governo Federal debate obras para ampliar segurança hídrica do Rio Grande do Norte

Barragem de Oiticica – Foto: Canindé Soares

Estiveram em pauta obras na Barragem de Oiticica, o Projeto Seridó, a construção da Adutora do Agreste e o desenvolvimento de projetos para implantação de obras complementares à transposição do Rio São Francisco

Brasília (DF), 25/01/2023 — O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Goés, recebeu, nesta quarta-feira 25, a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), para debater ações que garantam o andamento de obras que buscam aumentar a segurança hídrica potiguar.

As principais demandas apresentadas ao ministro foram a conclusão da Barragem de Oiticica, a continuidade do Projeto Seridó, a construção da Adutora do Agreste, cujo projeto executivo da primeira etapa encontra-se em elaboração pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), e o desenvolvimento de projetos para implantação de obras complementares ao Projeto de Integração do Rio São Francisco.

“Tratamos tanto das obras da transposição do São Francisco relacionadas ao Rio Grande do Norte como das obras de integração à transposição. Saímos daqui com muitos encaminhamentos e, no governo Lula, muitas entregas serão feitas, gerando muitas possibilidades de melhoria do Índice do Desenvolvimento Humano em todo o Nordeste brasileiro”, ressaltou o ministro Waldez Goés.

Outra pauta da reunião foi o Ramal do Apodi. A infraestrutura hídrica terá 115,5 quilômetros de extensão e, quando concluído, vai beneficiar cerca de 750 mil pessoas em 54 cidades do Rio Grande do Norte, Paraíba e Ceará. O investimento federal no empreendimento é de R$ 1,6 bilhão, sendo R$ 938,5 milhões para as obras físicas.

“O Ramal do Apodi está com recursos assegurados e, em 2025, essa obra será entregue. Nós sabemos o que significa o Ramal do Apodi para garantir que as águas do São Francisco beneficiem o Rio Grande do Norte como um todo. Quero agradecer ao ministro por toda a sensibilidade, toda a atenção que o ministério está dando para a gente”, enfatizou Fátima Bezerra.

O presidente da Codevasf, Marcelo Moreira, também destacou a importância do encontro desta quarta-feira. “Tratamos de diversas obras importantíssimas para o Rio Grande do Norte e iremos dar continuidade a cada uma delas, sendo que algumas já devem ser entregues em 2024, como é o caso do primeiro trecho da Adutora do Seridó, e isso vai beneficiar milhares de pessoas”, ressaltou.

Também participaram da reunião, por parte da comitiva potiguar, Walter Alves, vice-governador do Rio Grande do Norte; Maria Virgínia Ferreira Lopes, secretária Extraordinária de Gestão de Projetos e Metas Especiais; Gustavo Fernandes Rosado Coelho, secretário de Infraestrutura; Paulo Lopes Varella, secretário do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (SEMARH); Carlos Nobre de Oliveira, secretário-adjunto da SEMARH; Maria da Guia Cunha Dantas, assessora especial; Odon Júnior, prefeito de Currais Novos.

Agora RN



Trabalhadores descobrem “lago azul” durante obra, local vira atrativo e fenômeno da cor da água segue intrigando

Foto: divulgação

Águas em tom cristalino e de coloração azul turquesa surgiram na obra da estação elevatória de esgotos, na manhã de hoje (25), em Parnamirim, Região Metropolitana de Natal. O “lago” se formou no momento em que operários perfuravam o solo e acabou virando um “novo ponto turístico”, devido ter despertado a atenção de curiosos na região. 

A obra fica na rua João Paulo Segundo. Com a formação do “lago”, a Prefeitura de Parnamirim emitiu uma nota suspendendo o serviço de forma temporária no local, situado no bairro Nova Esperança.

Agora, a gestão municipal aguarda que a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) conclua um laudo emergencial sobre ” um aumento do nível do lençol freático, identificado durante sua execução”. 

“Tal medida se deve para garantir a proteção do meio ambiente e a segurança hídrica da região”, finaliza o comunicado da Prefeitura de Parnamirim.

Confira a nota na íntegra:

A Secretaria Municipal de Obras de Parnamirim informa que suspendeu temporariamente as obras da estação elevatória de esgotos situada na rua João Paulo Segundo, no bairro de Nova Esperança, para que a CAERN – Companhia de Águas e Esgotos do RN, conclua um laudo emergencial sobre um aumento do nível do lençol freático, identificado durante sua execução. Tal medida se deve para garantir a proteção do meio ambiente e a segurança hídrica da região.



32 pessoas foram resgatadas em condições análogas às de escravo no RN em 2022

Foto: divulgação/ Internet

Só no ano 2022 foram encontrados pela Secretaria de Inspeção do Trabalho, órgão ligado ao Ministério do Trabalho, 32 trabalhadores explorados em condições de escravidão contemporânea dentro no Rio Grande do Norte. Somando os resgates realizado em outras partes do país, o número de resgatados que afirmaram ter residência no estado chega a 60.Durante o ano passado, auditores-fiscais do trabalho realizaram ao todo sete fiscalizações no estado.

O resultado considera as ações fiscais concluídas e ações com constatação de trabalho escravo ainda em andamento. Ao término de todos os procedimentos investigatórios e de fiscalização iniciados em 2022 pelos auditores-fiscais do trabalho, o quantitativo pode vir a ser retificado no decorrer do ano.

O balanço foi divulgado durante a Semana Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, iniciada em 23 de janeiro e que segue até 28/01, data em que é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo. Essa data foi instituída em homenagem a Auditores-fiscais do Trabalho mortos, nesse mesmo dia, em 2004 durante uma fiscalização de combate ao trabalho escravo em Unaí (MG).

Em relação ao perfil social dos trabalhadores, dados do seguro-desemprego do trabalhador resgatado mostram que 94% eram homens; 39% tinham entre 30 e 39 anos, 71% se autodeclararam negros ou pardos e 29% brancos.

Quanto ao grau de instrução, 32% declararam ter estudado até o 5º ano. Do total, 13% dos trabalhadores resgatados no Rio Grande do Norte eram analfabetos.

O estado ficou em 13º lugar no ranking nacional em número de trabalhadores resgatados (32) e em 18º lugar em número de ações de combate ao trabalho escravo realizadas (07).

Em relação ao local de residência dos trabalhadores resgatados em todo país, o Rio Grande do Norte ficou em 8º lugar, com 60 resgatados.

Tribuna do Norte



Entidades defendem que Aeroporto do RN continue com iniciativa privada

TCU aprovou, na semana passada, os estudos de viabilidade técnica, econômico-financeira e ambiental para relicitação da concessão. Foto: Magnus Nascimento

Ante o desejo do Ministro dos Portos e Aeroportos, Márcio França, de ainda analisar o processo de relicitação do Aeroporto Internacional Aluízio Alves (ASGA), entidades potiguares ligadas ao setor do turismo defendem maior agilidade no processo que se estende por quase três anos e pedem que o terminal se mantenha gerido pela iniciativa privada. França tem informado que, tanto no âmbito de concessões e desestatizações, quanto nas relicitações, todos os processos serão analisados pela atual administração, mesmo aqueles que já tiveram o aval da Corte de Contas, como é o caso do ASGA.

O presidente da Federação do Comércio dos Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio/RN), Marcelo Queiroz, relembrou que desde 2020 a atual operadora, a Inframérica, oficializou a devolução do contrato de concessão, quando divulgou um prejuízo acumulado de R$ 1,1 bilhão desde o momento em que começou a operar o Aeroporto.

“Já são quase três anos de uma espera que tem trazido prejuízos a uma atividade que é pilar econômico do RN. Nós não podemos aceitar que este prazo se estenda ainda por muito mais tempo”, declarou.

A entidade é defensora e representante direta do segmento turístico e tem acompanhado de perto o assunto. Por isso, seus representantes pretendem recorrer às autoridades políticas para que a relicitação não volte a travar. “Iremos cobrar, junto aos nossos representantes políticos e às autoridades competentes, que sejam tomadas todas as medidas no sentido de abreviar o fim deste processo e a escolha, em definitivo, de um novo concessionário que, a nosso ver, precisa ser privado”, destacou Marcelo Queiroz.

O posicionamento dele faz sentido no contexto em que o ministro Márcio França tem descartado a privatização de equipamentos públicos como o Porto de Santos e, numa situação extrema, o Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, que também está em processo de relicitação.

França declarou na quinta-feira (19/1) que pretende ainda conversar com a Inframérica porque, com a relicitação, ainda será preciso indenizá-la e, nesse ponto, há divergências. Segundo a empresa, foram investidos R$ 700 milhões no terminal e a Agência Nacional da Aviação Civil (Anac) fixou o valor de indenização em R$ 549 milhões.

Enquanto esse impasse não se resolve, a Fecomércio relembra que os estados vizinhos saíram na frente, apesar do ASGA ter sido o primeiro do país concedido à iniciativa privada. “Nossos vizinhos e concorrentes diretos já contam, em seus aeroportos, com players privados de peso e, por isso, estão andando a passos largos na nossa frente. É urgente que esse equipamento seja mais competitivo e atrativo, que sejam empreendidas ações para ampliar a nossa malha aérea e de divulgação do nosso destino em mercados nacionais e internacionais”, enfatizou Marcelo Queiroz.

Na semana passada o Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou os estudos de viabilidade técnica, econômico-financeira e ambiental para relicitação da concessão do Aeroporto Aluízio Alves, que foi qualificado no Programa de Parcerias de Investimentos da Presidência da República (PPI) e, apesar de não haver impedimentos à continuidade da licitação, determinou à Anac que encaminhe ao Tribunal o cálculo da indenização certificado por empresa de auditoria independente. O cálculo deve ser enviado antes de a Agência efetivar o contrato de concessão.

Antes da publicação do edital de relicitação do aeroporto, a Anac também deverá esclarecer algumas cláusulas do documento. Por exemplo, poderá ser necessário ajuste para que não seja exigido do licitante vencedor a garantia da proposta comercial e a garantia de execução contratual simultaneamente.

A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), também espera que o processo não volte a travar. O diretor nacional da entidade, Max Fonseca, relata que a concepção é de que, se a empresa atual não tem interesse em continuar com o negócio, é prejudicial em todos os sentidos para o aeroporto, Natal e para o estado.

“Deve-se tratar esse assunto com a maior brevidade possível para que se encontre uma solução que seja atrativa para alguma empresa nova assumir, numa gestão profissional e compartilhada, que venha de encontro ao interesse de Natal e do Rio Grande do Norte”, destacou

Tribuna do Norte



Cajueiro de Pirangi amplia horário de funcionamento

O equipamento turístico funciona todos os dias, das 7h30 até às 17h30, em Parnamirim

O Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) informa o novo horário de funcionamento do Cajueiro de Pirangi, em Parnamirim, a partir desta semana o equipamento turístico abre a partir das 7h30 até às 17h30.

Conhecido mundialmente, nosso cartão-postal ampliou o horário para atender melhor os visitantes.

Serviço:

Cajueiro de Pirangi

Horário de funcionamento: 7h30 às 17h30

Entrada: R$ 8

O espaço cumpre as legislações pertinentes a meia entrada para crianças, estudantes, professores e idosos, portando carteira comprobatória).



Homem é condenado a quase 25 anos de prisão por enviar 280 kg de cocaína para a Europa pelo Porto de Natal

Foto: Divulgação

A Justiça Federal do Rio Grande do Norte condenou o empresário Bruno dos Santos Silva por tráfico internacional de droga operado a partir do Porto de Natal, no bairro da Ribeira. Ao todo, foram 279,51 kg da de cocaína.

De acordo com a Justiça, o homem já está preso na Penitenciária Rogério Coutinho Madruga e terá de cumprir pena de 24 anos, 11 meses e 15 dias de reclusão. Além disso, ele deverá pagar multa de R$ 376.750.

“Para além da prática dos núcleos verbais quanto a exportar e transportar a substância, é evidente a transnacionalidade do delito. É que a cocaína foi remetida daqui do Estado do Rio Grande do Norte para a cidade de Rotterdam, na Holanda, mas restou apreendida em Sint-Katelijne-Waver, na Bélgica, atraindo a aplicação da causa de aumento prevista”, escreveu o Juiz Federal Walter Nunes, titular da 2ª Vara Federal do Rio Grande do Norte, autor da sentença.

Durante as investigações, ainda em junho de 2020, Bruno dos Santos se apresentou como empresário e proprietário de uma carga de manda que iria para o Porto de Natal. Inicialmente, segundo a Justiça Federal, ele se identificou como Luiz Bruno Pereira Júniir.

“A Polícia descobriu o nome falso e concluiu que ele era foragido do sistema prisional do Estado de São Paulo. Ele residia na zona rural de Macaíba, região da Grande Natal. Bruno operava o tráfico internacional junto com Mohamede Emerson de Brito Pereira, que teve o seu processo desmembrado do original”, completou a JFRN.

Portal da Tropical



Governadora abre oficialmente a FIART 2023

Foto: divulgação

A 28ª edição da FIART – Feira Internacional do Artesanato, foi aberta oficialmente pela governadora do estado, a professora Fátima Bezerra. O evento, que é realizado anualmente, tem o objetivo de aproximar, valorizar e dar espaço às manifestações tradicionais, economia solidária, agricultura familiar, artesanato indígena e mostra de grupos folclóricos e populares, a FIART 2023 se estende até domingo, 29, no Centro de Convenções de Natal, das 16h às 22h.

A governadora foi recebida com o desfile de moda das bordadeiras de Timbaúba dos Batistas, mostrando toda a tradição que a região do Seridó tem no bordado. “Essa feira não é um evento qualquer, nós estamos caminhando para celebrar 30 anos da Fiart no Rio Grande do Norte. E ao longo dessa trajetória o que a gente tem presenciado, para nossa alegria, é o evento se firmando como um dos maiores eventos no que diz respeito ao artesanato e à cultura, não só no Rio Grande do Norte, mas no Nordeste e no Brasil”, diz a governadora, lembrando que a FIART ultrapassa as divisas do RN com a presença de outros estados, como Paraíba, Pernambuco, Paraná, Minas Gerais, entre outros, além da presença de convidados internacionais.

O Governo do Estado apoia a Fiart em toda sua extensão, inclusive financeiramente, através da Secretaria de Estado do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social (SETHAS), junto ao seu Programa Estadual do Artesanato (PROART). O PROART, selecionou 140 artesãos por meio de edital para expor em 57 estandes ao longo da Fiart. Os selecionados produzem peças artesanais nas mais diversas tipologias como barro, madeira, tecidos e fios, ferro, bordado, rendas, além de culinaristas e essências. O Rio Grande do Norte é o 7º estado brasileiro com maior número de artesãos e artesãs: são 10.647 cadastrados no Programa Nacional do Artesanato Brasileiro (PAB).

De 2019 a 2022, graças ao apoio do Governo do Estado para participação em feiras locais e nacionais através desses editais, já foi movimentado aproximadamente R$ 1,5 em comercialização de produtos artesanais. Aproveitando o momento propício, a governadora anuncia: “Fizemos o convênio com a prefeitura de Timbaúba dos Batistas para que a região possa desenvolver ainda mais a sua vocação”, e diz com alegria que “o bordado do Seridó é o mais bonito do Brasil e do mundo”.

Mas esse incentivo ao artesanato e à economia criativa já vem de longos anos, quando a governadora, enquanto parlamentar, liderou a Frente Parlamentar em Defesa do Artesão no Congresso Nacional. Essa Frente foi constituída para mobilizar, tanto na Câmara quanto no Senado, o projeto de lei que fez o reconhecimento da profissão do artesão, sancionada pela então presidenta Dilma.



Einstein desenvolve plataforma que permite fiscalizar recursos do SUS

Foto: divulgação

Uma nova plataforma de análise de dados está sendo desenvolvida pelo Hospital Israelita Albert Einstein para auxiliar o Ministério da Saúde na avaliação e fiscalização do funcionamento de unidades públicas de saúde e do uso dos recursos federais repassados. O projeto se baseia no cruzamento de informações do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e outras fontes pertinentes. A expectativa é que, com o uso da ferramenta, também seja possível atualizar e elaborar políticas públicas relacionadas ao tema, além de fazer comparações entre estados e municípios.

A Plataforma de Auditoria e Monitoramento de Dados em Saúde (Pamdas) será executada no âmbito do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi-SUS) e vai abranger detalhes de tratamentos complexos, do ponto de vista de infraestrutura e de gestão hospitalar. Além disso, profissionais da Auditoria-Geral do Sistema Único de Saúde (AudSUS) serão capacitados em inteligência artificial para o manejo da ferramenta.

A iniciativa visa garantir agilidade à rotina dos auditores, sistematizando e informatizando processos já realizados, o que permite identificar e solucionar problemas de estrutura e alocação de recursos em larga escala. O que se espera da ferramenta é que o cruzamento dos dados forneça alertas de possíveis inconformidades que serão investigados por auditores. O projeto deve ser concluído até o final de 2023, quando será realizado um relatório das principais análises do triênio de 2021-2023.

Segundo a consultora de análises do Einstein, Caroline Bianca Carvalho Candido, a proposta da plataforma é a de que haja agilidade no processo de auditoria, pois a ferramenta envolve a automação de diversos roteiros e indicadores gerando maior escalabilidade e apontando as possibilidades de análise e auditoria de forma mais ágil, dando aos auditores mais visibilidade de maneira mais rápida e proativa.

“O objetivo da plataforma é validar se o serviço está sendo executado, conforme diretrizes de saúde e gerar ações que garantam a correta execução dos procedimentos e consequentemente resultar em um melhor atendimento para a população. Outro fator relevante é que, gerando indicadores sobre a correição da aplicação dos recursos do SUS, garante-se a melhor distribuição do recurso que está sendo empregado no lugar e de forma correta”, disse a analista.

Sobre o Proadi-SUS

O Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), foi criado em 2009 com o propósito de apoiar e aprimorar o SUS por meio de projetos de capacitação de recursos humanos, pesquisa, avaliação e incorporação de tecnologias, gestão e assistência especializada demandados pelo Ministério da Saúde.

Hoje, o programa reúne seis hospitais sem fins lucrativos que são referência em qualidade médico-assistencial e gestão: Hospital Alemão Oswaldo Cruz, BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, HCor, Hospital Israelita Albert Einstein, Hospital Moinhos de Vento e Hospital Sírio-Libanês.

Os recursos do programa advêm da imunidade fiscal dos hospitais participantes. Os projetos levam à população a expertise dos hospitais em iniciativas que atendem necessidades do SUS. Entre os principais benefícios do Proadi-SUS, destacam-se a redução de filas de espera; qualificação de profissionais; pesquisas do interesse da saúde pública para necessidades atuais da população brasileira; gestão do cuidado apoiada por inteligência artificial e melhoria da gestão de hospitais públicos e filantrópicos em todo o Brasil.

Agora RN



Quase 4 milhões de pessoas vivem em áreas de risco no Brasil

Estados mais impactados são Santa Catarina, Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo – Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

O Brasil tem 3,9 milhões de pessoas que vivem em 13.297 áreas de risco. Dessas, quatro mil localidades são classificadas como de “risco muito alto”, de deslizamentos e inundações, por exemplo. Já o número de áreas classificadas como de “risco alto” é de 9.291. Os dados podem ser visualizados no painel do Serviço Geológico do Brasil, vinculado ao Ministério de Minas e Energia. 

Os estados mais impactados são Santa Catarina, Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo. Um dos motivos é o fator geológico de relevo, explicou o coordenador executivo do Programa de Cartografia de Áreas de Risco Geológico, Julio Lana, geólogo pesquisador do Serviço Geológico (SGB).

“Esses estados têm grande parte do relevo caracterizado por áreas bastante montanhosas, os municípios estão parcialmente assentados sobre terrenos inclinados, morros e regiões serranas e naturalmente são áreas sujeitas a processos de instabilização de encostas – os deslizamentos. Além disso, são estados que têm [áreas] hidrográficas consideráveis, com rios bastante importantes e grandes terrenos ocupados nas margens desses rios, o que sujeita a população a sofrer com os eventos de inundação”, disse Lana.

Acrescentou que outro fator é que o mapeamento feito pelo SGB envolve mais municípios nesses quatro estados impactados.

“Esse trabalho contemplou cerca de 1.600 municípios no Brasil. Não são todos os municípios brasileiros que foram contemplados. E, dentre os estados que têm maior número de cidades mapeadas, estão justamente Santa Catarina, Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo. É interessante destacar que eles têm o maior número de áreas de risco e consequente população nessas áreas justamente porque têm o maior total de cidades mapeadas em comparação com outros estados”, salientou.

Prevenção de desastres

O Serviço Geológico do Brasil disponibiliza o mapa online para prevenção de desastres. O mapa apresenta a localização e algumas características de área propensas a serem afetadas por eventos adversos de natureza geológica, como deslizamentos, inundações, enxurradas, fluxo de detritos, quedas de blocos de rochas e erosões.

O mapeamento é feito para caracterizar as áreas sujeitas a perdas ou danos decorrentes da ação de eventos de natureza geológica, destacou o coordenador. “Quando esse mapeamento é finalizado ele é enviado para a Defesa Civil e outras instituições do poder público, responsáveis por tomar medidas de prevenção, como, por exemplo, realizar as ações de monitoria, alerta, desenvolver políticas públicas para promover o ordenamento territorial, ou seja, para evitar que novas áreas de risco surjam nesses municípios. São as principais medidas de prevenção que esperamos que sejam tomadas em decorrência do mapeamento”, afirmou Lana.

O mapa não contempla a totalidade das cidades  brasileiras, e, sim, as 1.600 cartografadas até o momento. Assim, podem existir áreas sujeitas a desastres em localidades ainda não mapeadas pelo Serviço Geológico.

Agora RN



Escolas públicas do RN ficam pra trás no ensino de tecnologia

Escolas do Sesi integram robótica ao currículo desde 2015. No setor público, há 1,9 mil escolas sem laboratório de informática. Foto: Alex Régis

No mundo cada vez mais digital, ainda há uma grande dificuldade para que estudantes de escolas públicas, tenham acesso ao conhecimento sobre tecnologia. A inclusão de disciplinas do gênero na grade curricular foi vetado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva  na Política Nacional de Educação Digital, sob o argumento de que há a necessidade de passar antes pelo Ministério da Educação e pelo Conselho Nacional de Educação. Enquanto esse debate não acontece, a rede pública sequer tem internet disponível na totalidade de suas escolas. No Rio Grande do Norte, 39 sequer tem sinal de internet e em 68,9% falta laboratório de informática.

Os dados, disponibilizados pela Agência Nacional de Telecomunicações no painel de conectividade das escolas, apontam que, das 2.794 (1.585 na área urbana e 1.209 na área rural), há 1.925 (68,9%) sem laboratório de informática. Os números incluem a rede de ensino pública de competência federal, estadual e municipal.

Da rede federal, todas as 26 têm internet e laboratórios de informática. A maioria que sofre com a deficiência de acesso às tecnologias, a começar pela dificuldade de acessar a rede mundial de computadores, está na abrangência dos municípios. São 39, estando 35 na área rural, que sequer dispõem de sinal de internet. Outras 1.691 não têm laboratório de informática.

Nas estaduais, todas as unidades aparecem com sinal de internet, mas 234 (39,9%) ainda necessitam de um laboratório, ambiente adequado para aulas sobre conhecimentos digitais.

A Secretaria de Estado da Educação, da Cultura, do Esporte e do Lazer (SEEC) informou que está trabalhando para ampliar os espaços de informática em suas unidades de ensino. “Prova disso é que está em fase de licitação o projeto de levará internet de banda larga, isto é, de alta velocidade, para todas as unidades de ensino. Trata-se do Geração Conectada, um dos eixos do Programa Nova Escola Potiguar, que prevê a realização de programas pedagógicos com foco na inovação e no uso das TICs (tecnologias de informação e comunicação)”, disse em nota.

De acordo com a pasta, serão adquiridos equipamentos (notebooks, computadores de mesa, periféricos), além do citado sinal de banda larga, para todas as escolas da rede estadual. Para a compra de equipamentos e alinhamento de ações serão investidos R$18 milhões.

O esforço é para incluir os alunos na era digital e prepará-los para as inovações tecnológicas, mas ainda há um longo caminho a ser percorrido. Para o professor Dennys Leite Maia, da área de Tecnologia Educacional, vinculado ao Instituto Metrópole Digital (IMD), não existe a necessidade de todas as pessoas aprenderem a programar e desenvolver software, por exemplo, mas, sim, de desenvolver habilidades informacionais e competências relacionadas ao mundo digital, porque esse campo deve ampliar  possibilidades, como as de emprego.

“Se pensar em ferramentas mais simples, não necessariamente no sentido que as pessoas agora vão ter que aprender a programar e dominar diferentes linguagens de programação mas,  sim, cada vez mais fazer tratamento apurado de informação, ter noções de pensamento computacional, eu acho que é é um caminho que vai se tornar sem volta”, avalia o professor.

Neste sentido, a robótica aparece como um dos elementos desse conjunto de competências e habilidades necessárias para o desenvolvimento dos estudantes. A robótica é o ramo educacional responsável pela tecnologia em máquinas, computadores, softwares e sistemas, com controle mecânico e automático.

“É uma possibilidade interessante, na perspectiva de usar essas tecnologias em que o aluno seja protagonista do início ao fim. Eu acho que o aluno tem que projetar as soluções para o problema que é apresentado a ele para que mobilize esse conhecimento de programação, da prototipação do design do robô e da solução do problema”, explica o professor, que coordena o Programa de Pós-graduação e Inovação em Tecnologias Educacionais (PPgITE) da UFRN.

Tribuna do Norte