O Hospital Dr. João Machado, em Natal, está passando por uma série de reformas. A obra de manutenção já estava prevista antes da pandemia, de acordo com o governo do estado.
A maior parte da estrutura física do hospital tem mais de 60 anos e necessita de adequações. Na primeira etapa, será reformada uma das alas que prevê a abertura de novos 48 leitos clínicos. Também serão realizadas manutenções nas alas do pronto-Socorro e clínica médica.
Os serviços executados incluem revisão e troca de cobertura, esquadrias, louças, instalações elétricas, hidráulicas e piso. Atualmente o estado finaliza a construção da Unidade de Terapia Intensiva com capacidade para 20 leitos.
“Enquanto direção da Unidade, vejo com muito entusiasmo os investimentos realizados e previstos para o hospital. Esse mês, por exemplo, já ampliamos nossa instalação de rede de gases com conclusão dos serviços na Clínica Médica, ampliamos as instalações em setores que não contavam com esse suporte, como a sala de estabilização do Pronto-Socorro, além de reativar instalações que estavam desativadas e instalação da estrutura na nova UTI, incluindo a disposição de um tanque de gases medicinais para dar condições de suporte para toda ampliação que foi realizada”, explicou Leidiane Queiroz, diretora geral do Hospital João Machado.
Militares do Exército, da Marinha e da Aeronáutica estão montando leitos e estruturas de apoio para o Hospital Regional do Seridó, em Caicó, no Rio Grande do Norte, que vão servir no enfrentamento ao novo coronavírus.
A montagem está acontecendo nesta sexta-feira (9) e continuará no sábado (10) e é realizada pelo Comando Conjunto do Rio Grande do Norte e da Paraíba.
Militares do 1° Batalhão de Engenharia de Construção têm atuado nessa construção. Além disso, eles tem contribuído na disponibilização de recursos operacionais e logísticos aos órgãos de saúde e de segurança pública como forma de reduzir os impactos do coronavírus.
O representante da Marinha do Brasil é o Comando do 3º Distrito Naval, do Exército é a 7ª Brigada de Infantaria Motorizada e da Força Aérea Brasileira é a ALA 10.
Morreu na noite desta quinta-feira (9) o jovem yanomami, de 15 anos de idade, que testou positivo para a Covid-19 e havia sido internado no Hospital Geral de Roraima (HGR), em Boa Vista. Desde sexta-feira (3) ele recebia cuidados em um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
De acordo com o Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (Dsei), que atende a região, ele era natural da aldeia Rehebe, nos domínios da Terra Indígena Yanomami, mas passou a residir no município de Alto Alegre, a 87 quilômetros (km) da capital. O motivo da mudança para a Terra Indígena Boqueirão foi dar continuidade aos estudos do ensino fundamental. Ainda segundo o Dsei, o adolescente morava com uma liderança indígena.
Quando o jovem apresentou os primeiros sintomas da Covid-19 foi atendido no Hospital Municipal de Alto Alegre. Posteriormente, foi encaminhado ao HGR, já com um um quadro de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Ele refez o teste para diagnóstico da Covid-19 e somente a contraprova detectou a infecção.
Subnotificação
Entidades de defesa da causa indígena, como o Instituto Socioambiental (ISA) e o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) têm denunciado a subnotificação de casos da Covid-19 e demonstrado preocupação quanto ao que isso pode representar de risco para as comunidades. Ambas alertam que ao menos outros dois indígenas contaminados pelo novo coronavírus já foram a óbito e que o governo federal não registrou as ocorrências no balanço. Os indígenas eram uma mulher da etnia borari, de 87 anos, que morreu em Alter do Chão, no município de Santarém (PA), e o outro era um homem de 55 anos, do povo Mura, morto em Manaus.
Os óbitos ocorreram, respectivamente, no dia 19 de março e 5 de abril. As circunstâncias do falecimento da borari, considerada uma guardiã local, motivaram o Ministério Público Federal (MPF) a instaurar um inquérito no último dia 2.
Em comunicado divulgado ontem (9), o Cimi disse que a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) não contabilizou as duas mortes por se tratar de indígenas que vivem em contexto urbano.
Na quarta-feira (8), o Ministério da Saúde informou que a Sesai, responsável pelos Dsei, ainda não havia sido oficialmente comunicada pelos órgãos responsáveis sobre o caso do yanomami. O ministério acrescentou que o Dsei tomou conhecimento “por iniciativa própria”, por meio da Vigilância Epidemiológica.
A Fundação Nacional do Índio (Funai) disse que a Sesai não havia confirmado o caso.
Até ontem (9), o relatório do Ministério da Saúde relacionava 24 casos suspeitos da Covid-19 entre a população indígena, três a mais do que no dia anterior. Já as ocorrências descartadas passaram de 27 para 31.
O Rio Grande do Norte tem 108 pessoas internadas por conta do Covid-19, sejam eles casos suspeitos ou confirmados, segundo informações atualizadas da última quarta-feira (8) pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesap/RN).
Há 21 casos confirmados internados. Já suspeitos, são 87. Do total, 60 estão na rede pública e 48 na privada. Confira a lista abaixo:
Lista de casos confirmados e suspeitos internados por Covid-19
Público Confirmado em UTI: 1 Confirmado em Semi intensiva: 3 Confirmado em leito clínico: 0 Suspeito em UTI: 4 Suspeito em Semi intensiva: 22 Suspeito em leito clínico: 30 Total: 60
Privado Confirmado em UTI: 12 Confirmado em Semi intensiva: 0 Confirmado em leito clínico: 5 Suspeito em UTI: 11 Suspeito em Semi intensiva: 4 Suspeito em leito clínico: 16 Total: 48
ASecretaria de Saúde de Natal (SMS), informou que nesta quinta-feira (9), o resultado do exame da mãe do bebê que morreu com diagnóstico da Covid-19, na capital potiguar, foi liberado pelo Laboratório Central (Lacen) e testou negativo para o novo coronavírus.
A paciente fará um novo exame chamado sorologia para detecção de anticorpo para Covid-19. A SMS segue com as investigações epidemiológicas, que envolve agora um outro passo para o procedimento: a sorologia.
Sorologia é a coleta do sangue do paciente e se refere ao diagnóstico e identificação de anticorpos no soro. A investigação é para saber se a mãe manteve contato com o coronavírus em algum momento; neste caso terá desenvolvido o anticorpo contra o vírus específico. Após a realização do exame o resultado é liberado em até 24h.
O recém-nascido foi a óbito no dia 7 de abril, após testar positivo para a Covid-19. A mãe apresentava quadro de hipertensão, diabetes, obesidade e síndrome respiratória a esclarecer. Ela está em isolamento domiciliar.
Sob “fritura”, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, anunciou na noite desta segunda-feira, 6, que permanece no cargo, reiterou que “médico não abandona paciente” e, sem citar diretamente o presidente Jair Bolsonaro, reclamou de críticas que, em sua visão, criam dificuldades para o seu trabalho à frente da pasta.
O ministro observou que a crítica construtiva “enobrece” e faz dar passos à frente. Mandetta disse que sua única exigência é “melhor condição de trabalho” e revelou que seus assessores chegaram até a limpar suas gavetas nesta segunda, em meio a boatos de que poderia sair do ministério. “Eu não vou abandonar (o cargo), agora as condições de trabalho dos médicos precisam ser para todos. A única coisa que pedimos é o melhor ambiente para trabalhar”, frisou. “Aqui nós entramos juntos, estamos juntos e quando eu deixar o ministério a gente vai colaborar de outra forma a equipe que virá. Entramos juntos e vamos sair juntos”, afirmou na sua fala mais contundente desde que a crise com o presidente teve início.
Mandetta acumulou uma série de desgastes com o presidente Jair Bolsonaro ao defender um amplo distanciamento social da população como enfrentamento do novo coronavírus. O ministro, aplaudido pela equipe da pasta ao chegar para a coletiva de imprensa, se colocou como “dono das dúvidas”, e não da verdade. Antes de se pronunciar, Mandetta participou de reunião ministerial comandada por Bolsonaro.
O passe de Mandetta passou a ser cobiçado pelos governadores de São Paulo, João Doria (PSDB), e de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), caso deixe o governo federal. A atuação do titular da pasta no combate ao novo coronavírus no País é elogiada pelos chefes dos Executivos estaduais e conta com o apoio dos comandos do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso, que ontem se manifestaram contra a demissão do ministro.
Alerta
Militares insistem que essa é uma guerra que não é boa para ninguém. E alertam para falta de opção. O ex-ministro Osmar Terra, um dos aliados que mais tiveram acesso a Bolsonaro nos últimos dias e que busca assumir o lugar de Mandetta, foi demitido do Ministério da Cidadania porque não dava resultado.
Ontem, diante da possibilidade de saída de Mandetta, houve novos panelaços em alguns bairros de São Paulo. Servidores da pasta da Saúde também desceram dos seus escritórios para aplaudir o ministro.
“Não posso aceitar que um médico da competência do Mandetta vá pra casa. Se sair, já está nomeado em Goiás”, afirmou Caiado.
Já Doria, um dos principais adversários políticos do presidente, evita abordar o tema publicamente, mas disse a auxiliares que gostaria de contar com o ministro em seu time. Em entrevista recente, o tucano defendeu Mandetta e afirmou que a demissão dele seria “um desastre” para o Brasil.
A avaliação de Bolsonaro, porém, é de que seu ministro adotou uma postura arrogante diante da crise e deveria ouvi-lo mais. “Algumas pessoas do meu governo, algo subiu à cabeça deles. Estão se achando demais. Eram pessoas normais, mas, de repente, viraram estrelas”, afirmou o presidente no domingo, ao receber apoiadores no Palácio da Alvorada. Era uma indireta por Mandetta ter participado de uma “live” da dupla sertaneja Jorge e Mateus, quando voltou a defender o isolamento social, um dos pontos de divergência com o chefe do Executivo.
Outra divergência é em relação ao uso da cloroquina em pacientes da covid-19. Bolsonaro é um entusiasta do medicamento indicado para tratar a malária, mas que tem apresentado resultados promissores contra o coronavírus. O ministro, por sua vez, tem pedido cautela na prescrição do remédio, uma vez que ainda não há pesquisas conclusivas que comprovem sua eficácia contra o vírus. Em mais um sinal de desprestígio de seu ministro da Saúde, o presidente voltou a se reunir com médicos ontem para falar sobre o uso do medicamento. “Ciência. Não vamos perder o foco”, repetiu o ministro ontem após se reunir com médicos convidados por Bolsonaro para defender o remédio.
Militares
Os generais que assessoram o presidente Jair Bolsonaro, no Palácio do Planalto, atuam para apaziguar os ânimos e evitar a demissão de Mandetta. Assim como Bolsonaro, os militares também têm reparos à forma como o ministro se comporta. Eles consideram que Mandetta tenta capitalizar as ações da pasta. Mas avaliam que uma demissão, neste momento, fortaleceria os governadores que hoje travam uma queda de braço com o presidente.
Pesquisa XP mostrou que cresceu o apoio aos governadores na medida em que a pandemia se alastra pelo País. Os militares do Planalto tentam convencer Bolsonaro dos riscos de um desgaste de sua popularidade. Os militares têm consciência que os maiores inimigos são as redes sociais e dezenas de grupos de WhatsApp que alimentam a ira de Bolsonaro. Os discípulos do escritor Olavo de Carvalho, guru da família do presidente, e o vereador e Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) já demitiram Mandetta em seus posts e passam o dia tentando fazer Bolsonaro usar a caneta.
Segundo o último boletim emitido pela Secretaria Municipal de Saúde de Currais Novos, nesta terça-feira (7), não há registros no município de casos da covid-19 na região.
Até o momento são 12 suspeitos, 3 desacartados, 7 com exames coletados, 5 não coletaram por não atender critérios do Ministério da Saúde* e 0 confirmados. O Hospital segue analisando os casos e atualizando a população.Ter alguma comorbidade
*Ter alguma comorbidade *Ter idade igual ou maior que 60 anos *Ser profissional de saúde
Segundo último boletim emitido pelo Hospital Regional do Seridó, neste domingo (5), não há registros na região do Seridó de casos da covid-19 na região.
Até o momento são 109 suspeitos, 27 desacartados, 0 internados e 0 confirmados. O Hospital segue analisando os casos e atualizando a população.
ASecretaria de Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sesap) divulgou neste domingo (5) que o número de casos confirmados de coronavírus no estado aumentou para 242. Na véspera, foram confirmados 215, tendo um aumento de 27 casos. Ao todo, são 2.354 casos suspeitos, 675 descartados e 7 óbitos. Dados estão atualizados até às 13h deste domingo (5).
O sétimo óbito causado pela doença ocorreu neste domingo, em Natal. Segundo informações da Secretaria Municipal de Saúde de Natal (SMS – Natal), a paciente é uma mulher de 71 anos, com histórico de hipertensão, que esteve em viagem para os Estados Unidos no período de 07 a 18 de março de 2020. Ela começou a apresentar os sintomas da doença no dia 21 de março e buscou um hospital da rede privada no dia 23 de março, tendo dificuldade de respirar, dores no corpo e dor de cabeça.
As vagas do processo seletivo simplificado para formação de cadastro de reserva de profissionais que vão atuar contra a Covid-19, realizado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), não foram totalmente preenchidas no Rio Grande do Norte.
O número de inscritos foi insuficiente para várias especialidades. No país, foram autorizadas quase 6 mil vagas e no Rio Grande do Norte, os profissionais vão atuar nos Hospitais Universitários de Natal e Santa Cruz (Hospital Universitário Onofre Lopes, Maternidade Escola Januário Cicco e Hospital Universitário Ana Bezerra).
Segundo o edital, as inscrições devem ser feitas até a segunda-feira (6), no site da organizadora. No momento da inscrição, o profissional deve indicar qual hospital vai querer atuar e as convocações vão acontecer conforme a necessidade de cada unidade.
O cadastro foi aberto para profissionais de níveis técnico e superior, nos cargos de médico (medicina de emergência, anestesiologista, clínica médica, medicina intensiva), enfermeiro (terapia intensiva, urgência e emergência), técnico em enfermagem, fisioterapia, engenheiro (clínico e mecânico) e arquiteto.
A seleção vai ser feita por meio da análise curricular, avaliação de títulos e experiência profissional. Além de preencher o formulário eletrônico de inscrição, os candidatos devem ainda anexar currículo, diploma e documentos solicitados no edital.
Conforme a Ebserh, a formação do cadastro de reserva tem como objetivo suprir a rede com profissionais que vão atuar na linha de frente do combate ao novo coronavírus e também para reposição de profissionais que porventura tenham que se ausentar por conta da doença.
As remunerações variam de R$ 3.255,32 a R$ 10.350,45. A remuneração mais alta é para os cargos de engenheiro clínico, engenheiro mecânico e arquiteto. O resultado da seleção está previsto para ser publicado no dia 8 de abril. Os contratos têm duração de seis meses podendo ser prorrogados por igual período até um total de dois anos. Por G1 RN