Em entrevista ao programa Impressões, da TV Brasil, que vai ao ar neste domingo (14), às 22h30, o presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas, Eduardo Sanovitz, detalhou o pacote de 36 medidas que o setor desenhou para atravessar a crise e se preparar para a retomada das operações.
Uma delas foi a revisão de contratos trabalhistas. As empresas decidiram não demitir, mas muitos funcionários estão em licença não remunerada e quase todos tiveram algum tipo de redução de jornada de trabalho e alterações salariais. Outra ação, debatida com o governo, órgãos reguladores e Ministério Público, garantiu o adiamento de bilhetes aéreos já adquiridos, sem custo para o consumidor. Mesmo com o isolamento, as empresas conseguiram manter em operação voos ligando todas as capitais, além de 25 cidades.
A expectativa baseia-se na retomada de alguns setores da economia e na sensação de maior tranquilidade em relação à pandemia em algumas cidades. Apesar disto, Sanovitz sabe que a recuperação será vagarosa e ainda esbarrará em variáveis indiretas. Uma delas é a valorização do dólar. “O câmbio é responsável por 51% dos custos de nossas operações e o Brasil é o campeão mundial de desvalorização cambial. Isto impacta um terço do nosso custo que é querosene”, disse.
À jornalista Katiuscia Neri, Sanovitz contou que o pacote estratégico do setor também inclui tratativas em andamento com o governo federal em torno de empréstimos e linhas de financiamento para que as empresas aéreas garantam capital de giro e a sustentabilidade do quadro de funcionários.
Paralelamente, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) divulgou medidas que podem impulsionar a retomada de operações aéreas. O órgão buscou, em debate com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a cadeia produtiva do setor, além de técnicos brasileiros e estrangeiros, estabelecer regras de segurança em voos. As medidas tendem a ser uniformes em todo o país e alinhadas com medidas internacionais para assegurar a saúde de passageiros. Entre elas está a alteração do sentido de exalação de ar de equipamentos de ar-condicionado e o uso de filtros específicos.
A Prefeitura de São José de Mipibu inicia a partir desta segunda-feira (15) novas medidas para reforçar o isolamento social. As novas restrições até o dia 22 de junho. Uma das principais medidas adotadas no município é a proibição da abertura de feiras livres. o decreto proibindo a atividade foi publicado no último dia 10.
De acordo com a prefeitura de São José de Mipibu, ficou estabelecido o dever da população de permanecer em casa, vedando a circulação de pessoas em espaços e vias públicas, salvo em casos de necessidade e sempre com uso obrigatório de máscaras de proteção. Além disso, também está suspenso o funcionamento de estabelecimentos comerciais considerados não essenciais. Apenas poderão funcionar estabelecimentos de serviços essenciais, com o uso das medidas preventivas, como evitar aglomerações, manter distanciamento social recomendado (mínimo de 1,5m por pessoa), uso de máscara e higienização rigorosa.
Bares, academias, restaurantes, lanchonetes, praças de alimentação e sorveterias também terão que ficar fechadas, podendo apenas funcionar nas modalidades de entrega em domicílio ou pontos de coleta. Nestes locais não haverá limitação de horário, porém não podem disponibilizar mesas e cadeiras. Os estabelecimentos terão que intensificar a limpeza e funcionários deverão estar sempre de máscara.
Natal registra mais de 30 mil pessoas que tiveram ou ainda têm a Covid-19, segundo dados da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). A segunda fase da pesquisa EPICOVID19-BR, estudo financiado pelo Ministério da Saúde para estimar o tamanho do contágio no Brasil, mostra que a capital do Rio Grande do Norte tem 3,4% da população com anticorpos contra o novo coronavírus.
A pesquisa foi feita em Natal entre os dias 4 e 7 de junho. Além da capital potiguar, o estudo abrangeu 132 cidades espalhadas por todos os estados do Brasil. Os pesquisadores concluíram 31.165 entrevistas e testes para o coronavírus em todo o país.
Oficialmente, de acordo com dados da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap), Natal tinha 5.235 casos confirmados de Covid-19 até o sábado (13). Desta forma, a partir dos dados de 30 mil pessoas que apresentam anticorpos doença na capital potiguar, segundo os estudos da UFPel, o número é seis vezes maior que os números oficiais.
A subnotificação dos casos pode ser vista pelos dados de atendimentos de pessoas que procuram atendimento por conta de algum tipo de problema respiratório. Entre março e junho deste ano, dados do Ministério da Saúde mostram que 44,8 mil pessoas foram até unidades de saúde da capital potiguar com sintomas de síndrome gripal – tosse, febre, dor de garganta, dispneia, entre outros problemas. Deste total, 23,3 mil passaram por testes para verificar a infecção pelo novo coronavírus.
Ainda segundo o Ministério da Saúde, as unidades de saúde de Natal notificaram 1.327 pessoas com síndromes gripais em março. No mês seguinte, este número subiu para 7.112. Em maio, no entanto, o número saltou para 19.412 mil. Em junho, até este domingo (14), 16.978 casos de síndrome gripal foram notificados na cidade.
Ainda de acordo com os de infecção da UFPel, as capitais com maior prevalência foram Boa Vista (RR), com 25,4%, Belém (PA), com 16,9% e Fortaleza (CE), 15,6%. Em 83 cidades, foram entrevistadas e testadas 200 ou mais pessoas nas duas fases da pesquisa. Nessas cidades, a proporção da população com anticorpos aumentou de 1,7% na fase 1 para 2,6% na fase 2 (podendo variar de 1,5% a 1,8% na fase 1 e de 2,4% a 2,8% na fase 2 pela margem de erro da pesquisa).
A primeira parcela do terceiro lote do auxílio emergencial a trabalhadores informais começará a ser paga a partir desta terça-feira (16), conforme anunciou o presidente da Caixa, Pedro Guimarães. Nessa fase, 4,9 milhões de pessoas que ainda não tiveram acesso ao pagamento devem ser beneficiadas.
O pagamento começará a partir do dia 16 para nascidos de janeiro a junho com a disponibilização do valor na poupança digital criada pelo banco. Quem nasceu de julho a dezembro terá acesso ao benefício da quarta-feira (17).
O saque em dinheiro estará disponível a partir de 6 de julho para nascidos em janeiro, 7 de julho em fevereiro e assim sucessivamente, até ser disponibilizado para quem nasceu em dezembro no dia 18. No total, 63,5 milhões de brasileiros serão beneficiados com o auxílio, de acordo com Guimarães, criado para auxiliar trabalhadores durante a pandemia de covid-19.
Sete milhões de brasileiros podem ser empurrados para a pobreza neste ano, se os mecanismos de transferência de renda emergencial adotados pelo governo não atingirem os mais vulneráveis ou forem suspensos antes de terminados os efeitos da Covid-19.
O diagnóstico é do Banco Mundial, que acaba de rever sua projeção de contração da economia do Brasil em 2020 para 8%, bem acima da queda já significativa de 5% estimada pela instituição em abril, após o agravamento inicial da pandemia.
O novo número representa uma virada de 10 pontos percentuais em relação aos 2% de crescimento esperados para o país no início deste ano.
Com o distanciamento social imposto pelo coronavírus, a reversão econômica brutal atingiu principalmente os trabalhadores informais e autônomos, trazendo consigo o risco de uma explosão da pobreza.
Pelas contas do Banco Mundial, sem as medidas de proteção implementadas pelo governo federal, o total de brasileiros pobres pode saltar de 41,8 milhões, em 2019, para 48,8 milhões (cerca de 23% da população), em 2020.
Esse cálculo considera as pessoas que vivem com menos de US$ 5,50 por dia em países de renda média alta como o Brasil, o que implica privações econômicas significativas.
Convertida por uma taxa de câmbio que leva em conta as diferenças no custo de vida entre as nações, a linha da pobreza de US$ 5,50 equivalia a uma renda mensal per capita de R$ 434 em julho de 2019.
Segundo Christoph Lakner, economista do Banco Mundial, os mecanismos existentes de apoio aos mais pobres no país –como o Bolsa Família e o auxílio-desemprego– somados aos criados emergencialmente pelo governo podem evitar que a recessão redunde em maior pobreza.
Entre as medidas recentes, ele cita a criação da transferência de R$ 600 para adultos que se declararam atingidos pela crise e o programa que complementa a renda de funcionários cujas empresas reduziram seus salários para evitar demissões.
Mas o economista destaca que a efetividade dessas medidas –especialmente o auxílio aos informais– dependerá tanto da qualidade de sua implementação quanto de sua duração.
“Com interrupções mais longas do nível de emprego, o impacto sobre trabalhadores de baixa renda informais e contas-própria se torna mais severo”, afirma Lakner.
O especialista ressalta que, ao reagir rapidamente, o governo brasileiro optou por evitar “erros de exclusão”, preferindo chegar a mais brasileiros do que o necessário e garantir, com isso, que os mais vulneráveis não ficassem de fora.
Segundo ele, isso é compreensível em situações que exigem que governos ajam em resposta a uma queda severa e repentina da renda nacional.
A dúvida agora é sobre o futuro, já que os efeitos recessivos da crise se prolongarão além dos três meses iniciais previstos como duração de algumas medidas.
O governo já anunciou que estuda estender o pagamento do auxílio emergencial por mais meses, cortando, porém, o valor do benefício.
Para Naercio Menezes, pesquisador do Insper, o ideal seria, no entanto, manter os R$ 600, mas refinar a identificação dos necessitados, reduzindo o número de beneficiários.
“As ferramentas desenvolvidas para cadastrar novos beneficiários nessa crise podem servir para melhorar o foco da assistência social tanto agora quanto no futuro”, diz o economista.
Um estudo feito em abril por Menezes e Bruno Komatsu –também economista do Insper– indicava trajetórias esperadas para a pobreza segundo diferentes hipóteses sobre a magnitude e a extensão da renda emergencial.
Eles concluíram que, se o benefício de R$ 600 atingisse 32 milhões de brasileiros mais vulneráveis, não apenas evitaria um aumento da pobreza como garantiria uma queda substancial desse indicador enquanto fosse mantido.
“Muitos pobres no Brasil vivem com menos de R$ 600 por mês”, diz Menezes.
A ajuda foi paga, até agora, a mais de 50 milhões de adultos. Isso significa, segundo o economista, que seu escopo pode ter ido além do necessário.
Ele concorda com Lakner que, dada a brutalidade e a rapidez da crise, é compreensível a reação inicial do governo. Mas ressalta que é hora de planejar melhor os próximos passos.
No mundo, cerca de 70 milhões podem ir para pobreza extrema.
Uma preocupação grande de especialistas em pobreza e desigualdade é a enorme fatia de trabalhadores que depende de renda informal –e, portanto, incerta– em países como o Brasil.
Uma pesquisa recente feita pela Plano CDE, consultoria especializada em projetos sociais e políticas públicas, mostra que 70% das famílias brasileiras que vivem com menos de R$ 3.135 por mês têm renda 100% variável. Ou seja, dependem totalmente de ciclos econômicos favoráveis para conseguir comprar comida e pagar suas contas.
“Nesse grupo, estão as famílias já cobertas pela assistência social e as que foram incluídas agora no programa emergencial, cujo teto é uma renda de R$ 3.100”, diz o antropólogo Maurício Prado, diretor-executivo da Plano CDE.
Enquanto o benefício emergencial durar, essas famílias não cairão na pobreza. Mas, quando ele for suspenso, essa realidade pode mudar rapidamente, levando o risco de aumento da privação econômica, calculado pelo Banco Mundial, a se materializar.
“Se suspendermos o auxílio emergencial enquanto o impacto negativo da crise persistir, muitas pessoas cairão na pobreza no mês seguinte”, afirma Menezes.
Prado ressalta que outro grupo que merece atenção é o de famílias com renda entre R$ 3.135 e R$ 6.000 por mês, já que quase metade delas também é dependente de rendimentos totalmente variáveis.
“O risco de pobreza repentina entre essas famílias é menor, mas elas estão sujeitas a outros perigos como o endividamento excessivo”, afirma o antropólogo.
Na pesquisa que a consultoria fez em abril, antes de os benefícios emergenciais entrarem em vigor, a fatia de famílias que declarou ter aumentado dívidas por causa da crise foi de 36% e 47%, respectivamente, nas classes C e DE.
O levantamento mostrou ainda que, sem assistência social, é alto o número de brasileiros que conta com o socorro de vizinhos e familiares em momentos de crise como o atual.
Essa rede informal de apoio tem gerado cenas comoventes em partes da América Latina, onde a infraestrutura de ajuda governamental tem falhado, mesmo com a criação de benefícios emergenciais.
Em áreas pobres de países como El Salvador, Bolívia, Guatemala e Equador, famílias passaram a estender panos brancos fora de suas casas para indicar que estão prestes a ficar sem comida.
O sinal virou uma espécie de código nessas comunidades, ao alertar vizinhos, que se mobilizam para deixar alimentos em frente a essas residências. Em alguns países, até as autoridades locais têm baseado suas ações no movimento das “banderas blancas”.
Pelos cálculos mais recentes do Banco Mundial, a crise do Covid-19 poderá adicionar 70 milhões de pessoas às cerca de 632 milhões que sobreviviam na pobreza extrema –com menos de US$ 1,90 por dia– em 2019.
Segundo a instituição, a queda de 5,2% esperada para o PIB global neste ano vai configurar a pior recessão enfrentada pela humanidade em oito décadas.
Até agora, de acordo com Lakner, 190 países e territórios adotaram novas medidas ou adaptaram políticas existentes em consequência da Covid-19, atingindo cerca de 12% da população global.
Segundo ele, o quanto mais eficazes essas respostas na identificação das pessoas mais necessitadas menor será o aumento da pobreza em decorrência do coronavírus.
Cálculos de Lakner e outros economistas da instituição mostram que cada 1% de redução na desigualdade de renda diminui em 20% o impacto da pandemia sobre a pobreza.
Ele ressalta que, em países como o Brasil, onde a população informal mais sensível às características da recessão atual é muito grande, medidas com esse foco são ainda mais importantes. “As transferências terão um papel crítico na pandemia”, diz o economista.
De acordo com a Procuradoria-Geral da República, o grupo bolsonarista “300 do Brasil” organiza e capta recursos financeiros para ações que se enquadram na lei de Segurança Nacional, tendo indícios de continuidade de tais atos levado o Ministério Público Federal (MPF) a pedir a prisão temporária dos líderes do movimento na última sexta-feira (12).
As medidas foram autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, no âmbito de investigação sobre a organização de atos antidemocráticos, e são cumpridas pela Polícia Federal na manhã desta segunda-feira (15). A militante bolsonarista Sara Winter foi um dos alvos dos mandados de prisão. A PGR indicou que o objetivo das prisões temporárias é ouvir os investigados e reunir informações de como funciona o esquema criminoso.
O inquérito no qual Alexandre de Moraes decretou as prisões de Sara Winter e outros cinco lideranças do “300 do Brasil” foi aberto no dia 21 de abril, a pedido do Procurador-Geral da República Augusto Aras, para apurar “fatos em tese delituosos” envolvendo a organização de atos no Dia do Exército (19 de abril) que contaram com palavras de ordem contra o STF e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, pedidos de intervenção militar e ainda faixas com inscrições favoráveis a um novo AI-5, o mais duro ato da ditadura (1964 a 1985). O presidente Jair Bolsonaro discursou em uma das manifestações.
Ao enviar o pedido de investigação ao STF, Aras disse que os “fatos em tese delituosos” foram cometidos “por vários cidadãos, inclusive deputados federais”. A investigação foi aberta para verificar se houve violação à Lei de Segurança Nacional. Ao autorizar o inquérito, Moraes destacou que a Constituição “não permite o financiamento e a propagação de ideias contrárias à ordem constitucional e ao Estado Democrático, nem tampouco a realização de manifestações visando o rompimento do Estado de Direito”.
O Rio Grande do Norte atingiu a marca de 553 mortes por Covid-19, de acordo com os dados da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap), divulgados nesta segunda-feira (15). São 14.214 casos confirmados da doença, 22.314 casos suspeitos e 23.293 descartados. Há 114 óbitos em investigação.
A Sesap divulgou também as taxas de isolamento social e de ocupação dos leitos no RN. Os índices correspondem a 48% e 92%, respectivamente. O número de pessoas internadas está em 728. Total de pacientes que aguardam regulação nos hospitais destinados a tratar o coronavírus é de 123, dos quais:
Prioridade I (pacientes mais graves): 9
Prioridade II (pacientes que precisam de cuidados semi-intensivos): 56
Prioridade III (pacientes que precisam de leitos clínicos): 53
Apesar de um socorro bilionário do governo federal, os Estados devem sair da crise ainda mais endividados do que já estavam antes da pandemia do novo coronavírus. Ao mesmo tempo, o ritmo da recuperação ainda incerto coloca dúvidas sobre o momento em que a arrecadação voltará ao patamar pré-crise.
A combinação desses fatores tem levado especialistas a apostar numa nova rodada de resgates ou até numa renegociação da dívida dos governos estaduais.
Entre o início de janeiro e o fim de abril, o estoque da dívida dos Estados saltou R$ 53,5 bilhões, e a maior parte do aumento (R$ 52,2 bilhões) é explicada pela variação cambial, de acordo com dados do Banco Central. A alta foi de R$ 41,1 bilhões no saldo da dívida externa e de R$ 11,1 bilhões na dívida interna atrelada ao dólar.
Com a aprovação do socorro, os governos estaduais poderão deixar de pagar as parcelas das dívidas com União, bancos públicos e organismos internacionais até o fim de 2020.
Segundo dados do Ministério da Economia, a medida deve abrir um espaço de R$ 52,5 bilhões no Orçamento dos Estados. Mas eles terão que reincorporar esse débito (com correções) ao saldo restante dos contratos no início de 2022, o que aumentará o valor do serviço da dívida e pressionará o caixa dos governadores em pleno ano eleitoral.
Até lá, ainda não se sabe se a arrecadação já terá retomado o nível anterior à crise. Os Estados começaram 2020 com alta nas receitas próprias, mas o resultado se inverteu em abril, já refletindo as medidas de isolamento social.
Naquele mês, houve diminuição de 15% nas receitas estaduais ante abril de 2019, segundo o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). O tombo foi ainda maior em maio, com queda de 23,9% ante igual mês de 2019.
Segundo apurou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), os secretários estaduais de Fazenda manifestaram preocupação em reunião recente com integrantes da equipe econômica e sinalizaram apoio a uma retomada da agenda de reformas estruturais para tentar contornar os problemas que virão mais à frente.
As prioridades são as reformas tributária, para simplificar o ICMS e acabar com a chamada ‘guerra fiscal’ entre os Estados, e a administrativa, para atacar o gasto com funcionalismo.
Para o economista Guilherme Tinoco, especialista em finanças públicas, o problema dos Estados ainda não está resolvido. Ele lembra que governos como Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais já haviam obtido liminares na Justiça para suspender pagamentos da dívida. Por isso, o socorro tem um impacto menor para eles neste momento, pois parte do alívio possível já havia sido antecipada.
O economista Raul Velloso afirma que muitos Estados já estavam virtualmente quebrados antes da pandemia. “O passado está aí, e está se criando um novo acúmulo de problemas.”
Direto de Mossoró, no Rio Grande do Norte, a aluna do curso de Ciência e Tecnologia, Ekarinny, e o professor Felipe participaram do The Wall no Caldeirão deste sábado, 13/6, e levaram o segundo maior prêmio de todas as edições do quadro.
A dupla ganhou R$ 278.677 e promete investir parte da grana no registro e na viabilização de um projeto que cria um cateter, feito a partir do reaproveitamento da castanha-de-caju, e deve ajudar pacientes que fazem hemodiálise. Eles também desejam investir em um fundo de apoio à novas ideias de outros cientistas.
A história de Ekarinny
Anos atrás, a tia da Ekarinny faleceu por conta de uma infecção na corrente sanguínea causada por um cateter usado na hemodiálise. A partir daí ela resolveu investir na ciência para ajudar pessoas que dependessem do procedimento. A ideia foi produzir um cateter bioativo para prevenir infecções na corrente sanguínea. O quintal da casa dela foi transformado em um laboratório. Ela também participou de uma das maiores feiras de ciência do mundo e foi premiada com a sua criação.
“A castanha-de-caju tem essa propriedade que pode prevenir a infeção na corrente sanguínea”, explicou a estudante que disse que sua inspiração foi o quadro Jovens Inventores do Caldeirão.
“Foi assistindo à uma temporada que a menina fez uma bandeja biodegradável a partir da cana de açúcar que eu fiz meu primeiro projeto”, completou.
Ekarinny ainda disse que a paixão pelos estudos aflorou quando ela começou a participar de feiras de ciência.
“A gente que vem de família humilde acha que não pode ser cientista, mas podemos sim, e a prova está aqui”, explicou ela, que estudou a vida inteira em escola pública.
A estudante contou que depois que sua avó e sua mãe também faleceram, ela passou a morar com o tio. “Eu morava antes com a minha vó, ela cuidava do filho dela, que é meu tio e tem autismo. Hoje eu moro com ele, com meu irmão e com minhas primas”.
O WhatsApp lançou nesta segunda-feira (15) novo recurso que permite transferir dinheiro e fazer compras em estabelecimentos por meio do aplicativo de mensagens, com a proteção da plataforma Facebook Pay.
No primeiro momento, a novidade estará disponível para clientes do Banco do Brasil, Nubank e Sicredi que têm cartão de crédito ou débito das bandeiras Visa e Mastercard. As transações serão processadas pela Cielo e não preveem custos para consumidores e pessoas físicas. Já as empresas terão de arcar com uma taxa por transação recebida. As pequenas empresas são um dos principais focos do lançamento.
“Mais de 10 milhões de micro e pequenas empresas movimentam a economia brasileira, e já é muito comum mandar um zap a essas empresas para tirar dúvidas sobre produtos e fazer pedidos. Com o recurso de pagamentos no WhatsApp, além de ver os produtos no catálogo, os clientes também poderão fazer o pagamento do produto escolhido sem sair do WhatsApp. Ao simplificar o processo de pagamento, esperamos ajudar a trazer mais empresas para a economia digital e gerar mais oportunidades de crescimento”, diz o comunicado do Whatsapp.
Para utilizar a ferramenta, o usuário precisa cadastrar seu cartão na plataforma Facebook Pay e cadastrar uma senha numérica (PIN) de seis dígitos como proteção. Também é possível usar biometria, como leitor de digitais e reconhecimento facial, para autorizar transações. Para receber o dinheiro, o contato precisa estar cadastrado no Facebook Pay.