Em três meses, IPEM/RN verifica 4 mil produtos em operação nacional do Inmetro

Durante 13 semanas, fiscais do Instituto de Pesos e Medidas do Rio Grande do Norte (IPEM/RN) foram às ruas de onze municípios do estado para verificar se os produtos comercializados no mercado formal apresentavam irregularidades e, portanto, ofereciam perigos ao consumidor e prejudicavam o comércio legal. As operações aconteceram dentro do Plano Nacional de Vigilância de Mercado, uma ampla ação comandada pelo Inmetro em todo o país. No Rio Grande do Norte foram verificados cerca de 4 mil produtos e encontradas irregularidades em aproximadamente 120 deles (3%).

Pelo plano, 12 produtos foram verificados no RN, um por semana: balanças comerciais, kits de Gás Natural Veicular (GNV), capacetes de ciclomotores, bombas de combustíveis, componentes cerâmicos de alvenaria, eletrodomésticos (máquinas de lavar roupa e refrigeradores), cronotacógrafos, brinquedos, taxímetros, fios e cabos elétricos, pré-medidos e colchões.

O maior percentual de irregularidades encontradas foram nos cronotacógrafos (30,3%), nas balanças comerciais (11.71%) e nos componentes cerâmicos de alvenaria (5,1%). Brinquedos e máquinas de lavar roupa e refrigeradores foram os itens com menos irregularidades – abaixo de 1%. Já em GNV kits de Gás Natural Veicular (GNV), capacetes de ciclomotores, taxímetros, colchões, fios e cabos elétricos não foram encontrados erros.



Mudanças climáticas podem gerar perda de espécies na Caatinga

Foto José Aldenir/ AgoraRN

Um estudo conduzido por pesquisadores das universidades Estadual de Campinas (Unicamp), Federal da Paraíba (UFPB), Federal de Pernambuco (UFPE) e Federal de Viçosa (UFV) e do Instituto Federal Goiano (IFGoiano) mostrou que as mudanças climáticas podem tornar a Caatinga mais árida no futuro, resultando na perda de espécies, substituição de plantas raras por outras mais generalistas e homogeneização de 40% da paisagem.

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores reuniram informações de coleções científicas, herbários e da literatura para compilar um banco de dados inédito, com mais de 400 mil registros de ocorrência de cerca de 3 mil espécies de plantas do bioma. Também foram levadas em conta informações como geografia, forma de crescimento das espécies de plantas, clima e solo onde ocorrem para fazer projeções usando a inteligência artificial.

Segundo o autor do trabalho, Mario Ribeiro de Moura, que é pesquisador da Unicamp, as previsões foram baseadas no último relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas de 2021, que contém simulações sobre o clima no planeta.

“Não sabemos como a humanidade vai se comportar daqui para frente, por isso, consideramos dois cenários: no otimista, surgirão tecnologias capazes de reduzir as emissões de gases de efeito estufa e viabilizar o Acordo de Paris, que prevê limitar o aumento da temperatura média global até 1,5 °C acima dos níveis pré-industriais. No cenário pessimista, as taxas de desmatamento, o uso de combustíveis fósseis e o crescimento populacional se vão se manter elevados, sem que se avance em inovação”.

Crises climáticas podem gerar perda de 99% das comunidades de plantas da Caatinga

Segundo o estudo, 99% das comunidades de plantas da Caatinga perderão espécies até 2060, e o clima deve ser mais quente e seco, o que será mais difícil e impactante para as árvores.

Isso resultaria na substituição das árvores por vegetação de baixo porte, o que se reflete no ecossistema fornecido pela vegetação para fotossíntese, renovação do ar e armazenamento de carbono. Os locais mais atingidos serão a Chapada Diamantina e a Chapada do Araripe, áreas montanhosas no sul e no centro-norte do bioma.

De acordo com Moura, os dados podem contribuir para que o governo avalie projetos de conservação em macroescala, com visão de longo prazo, para mitigar os efeitos das mudanças climáticas quanto para cessar outros tipos de impacto de origem humana, como desmatamento, destruição de habitats e degradação e exposição do solo.

O estudo foi divulgado no Journal of Ecology e financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

Agência Brasil



Assembleia Legislativa homenageia centro de reabilitação pelos seus 33 anos

Proposta pela deputada estadual Terezinha Maia (PL), e subscrita pelo deputado Hermano Morais (PV), a Assembleia realizou, na manhã desta segunda-feira (10), Sessão Solene pelos 33 anos do CERAE – Centro Estadual de Reabilitação e Atenção Ambulatorial Especializada. O Centro, com várias especializações, é referência no atendimento desde quando era conhecido como CRI – Centro de Reabilitação Infantil.

“São 33 anos realizando milhares de atendimentos em 26 especialidades, sendo referência nos cuidados e assistência às crianças, jovens, adultos e idosos com deficiências física, intelectual, auditiva, sensorial e múltiplas”, explicou a deputada Terezinha em seu discurso proferido logo depois da exibição de um vídeo mostrando o funcionamento do Centro. Segundo a parlamentar, o Centro ainda atende pessoas com enfermidades crônicas e sequelas. “É motivo de orgulho ter profissionais tão brilhantes atuando com dedicação e excelência técnica fazendo o CERAE RN ser nacionalmente reconhecido”, afirmou Terezinha.

O deputado Hermano Morais relembrou a história do Centro de Reabilitação. “Voltando um pouco à história, o Centro de Reabilitação Infantil (CRI) foi fundado em abril do ano de 1988, vinculado à Fundação Walfredo Gurgel (FUNGEL). Dois anos depois, em 12 de julho de 1990, o que era apenas CRI, foi transformado em CRI/CRA: Centro de Reabilitação Infantil e Adulto, cuja missão era prestar assistência às pessoas com deficiência sensório-motora e múltiplas deficiências, sejam crianças ou adultos”, contou o deputado, que designou a deputada Terezinha para entregar uma placa de homenagem para ser instalada no Centro, ao diretor técnico Rafael Rodolfo Tomás, que representou a diretora geral Célia Melo. “Receber essa homenagem muito nos alegra”, disse Rafael, que contou toda a história do Centro.



Comissão de Justiça encerra semestre com 321 projetos pautados e 241 aprovados

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte encerrou nesta terça-feira (11) os trabalhos no atual semestre. Ao todo, desde janeiro, foram analisados 321 projetos de lei e 241 destes acabaram aprovados pelos parlamentares que compõem o colegiado. 

O presidente da Comissão, deputado Francisco do PT, agradeceu aos demais membros do grupo, aos servidores da Assembleia e a imprensa que tem feito a cobertura dos trabalhos. “Essa Comissão tem produzido muito nos últimos meses”, enfatizou Francisco.

Na última sessão, foram aprovados vários projetos de autoria do deputado estadual Ubaldo Fernandes (PSDB). Entre eles estão o que reconhece como de utilidade pública a Associação Cultural e Social de Natal e a Associação dos Artesãos e Artesãs da Praia de Santa Rita, o que reconhece as festas juninas de rua do município de São Miguel do Gostoso como Patrimônio Histórico, Cultural e Turístico do RN, além de várias concessões de título de cidadão Norte-Rio-Grandense.

De iniciativa do deputado Nelter Queiroz (PSDB), foi aprovado o nome de Edimar Vieira de Almeida para o Campus do Instituto Educacional do RN localizado em Campo Grande. Já por proposição do deputado Dr. Kerginaldo (PSDB), foi reconhecida como de utilidade pública a Associação Clube Desportivo Siap Golden, com sede em Natal. 

Já o deputado Taveira Júnior (União) recebeu aprovação da CCJ à sua proposição que institui a Campanha “Junho Violeta” no RN, enquanto Francisco do PT aprovou mais duas matérias de sua autoria. A primeira reconhece como Patrimônio Cultura, Histórico e Religioso do RN o Santuário de Nossa Senhora da Conceição em Ceará-Mirim, e o segundo institui o Observatório sobre os direitos das pessoas LGBTQI+.

Da iniciativa da Mesa Diretora, foram aprovadas as matérias que possibilitam a instituição de Frentes Parlamentares em temas de atuação das Comissões Permanentes e a que altera o artigo 180 da resolução 31 de 5 de fevereiro de 2021. Também foi aprovada a matéria de autoria do Executivo que propõe a criação de um órgão estadual para prevenção e combate à tortura nas unidades prisionais do RN.



Apesar de proibida, venda de cigarros eletrônicos continua no Brasil

Foto: Divulgação Ministério da Saúde

Apesar de ser proibida a comercialização, importação e propaganda de cigarros eletrônicos no Brasil, boa parte dos jovens brasileiros usa esse produto. A proibição foi determinada pela Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) número 46/2009 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Não há, portanto, autorização no Brasil para quaisquer dispositivos eletrônicos para fumar, os chamados DEFs, independentemente de sua composição e finalidade.

Em julho de 2022, a Anvisa manteve a proibição da importação e a venda dos DEFs, ou vapes, no Brasil, mas a compra continua ocorrendo pela internet e em pontos de venda do comércio, incluindo camelôs, além de festas e boates.

Nesta quinta-feira (6), a Anvisa reiterou à Agência Brasil que a importação de DEFs, acessórios, refis e essências desses produtos é proibida no Brasil e que o descumprimento da norma é passível de sanções. As penalidades previstas variam de advertência a multas, conforme a gravidade do fato e o porte da empresa, de acordo com o previsto nas leis nº 6437/77 e  9294/96. Em caso de propaganda irregular, além das penalidades, as empresas são notificadas a retirar o site com conteúdo irregular da internet.

No âmbito das ações de fiscalização, tendo como fundamento o princípio da descentralização político-administrativa, cabe primordialmente às vigilâncias sanitárias locais a fiscalização de tais produtos, conforme prevê o Artigo 7º da Lei nº 8.080 /1990, cominado com a Lei nº 9.782/1.999, que define o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária. A Anvisa, contudo, “vem reforçando e integrando as ações de fiscalização em cooperação com estados e municípios e atuando na capacitação das vigilâncias sanitárias locais”. A Anvisa informou ainda que não possui competência legal para regular o uso individual de cigarro eletrônico.

De acordo com relatório divulgado em maio do ano passado pelo sistema Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde, pelo menos um a cada cinco jovens de 18 a 24 anos usa cigarros eletrônicos no Brasil. Do mesmo modo, a última pesquisa Covitel, desenvolvida pela organização global de saúde pública Vital Strategies e pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), mostra que os adultos jovens apresentaram as maiores prevalências de experimentação de cigarro eletrônico (19,7%) e de narguilé (17%), no país, no ano passado. O consumo desses produtos é considerado modismo no Brasil e segue comportamento observado em outros países, como Estados Unidos e Reino Unido, onde é permitida a comercialização.

CDC

Estudo recente, divulgado no fim de junho pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), informa que as vendas mensais de cigarros eletrônicos aumentaram 46,6%, passando de 15,5 milhões de unidades, vendidas em janeiro de 2020, para 22,7 milhões, em dezembro de 2022 naquele país. Esse incremento considera somente as vendas de varejo, excluindo o comércio online.

A sondagem mostrou que os e-cigarros com sabores são os preferidos do consumidor, evoluindo de 29,2% para 41,3%. A indústria está também em franca expansão, diz o CDC. O número de marcas que oferecem produtos eletrônicos à base de tabaco subiu de 184 para 269, alta de 46,2%. Já a Pesquisa Nacional de Tabaco Juvenil de 2022, aponta que mais de 2,5 milhões de estudantes do ensino fundamental e médio dos Estados Unidos disseram usar o cigarro eletrônico, com um a cada quatro alunos relatando usar diariamente o vaporizador.

No Reino Unido, escolas estão trocando detectores de fumaça por sensores de calor para evitar o disparo de alertas, em razão do uso de vape pelos alunos, em especial nos banheiros das instituições, informou o jornal britânico Daily Mail. Na St George’s Academy em Sleaford, em Lincolnshire, a diretora Laranya Caslin estimou que um em cada quatro alunos na faixa etária de 11 a 18 anos deixa as aulas habitualmente para usar o e-cigarro, visando a aumentar os níveis de nicotina no organismo.

Perigos

Falando nesta quinta-feira (6) à Agência Brasil, o diretor executivo da Fundação do Câncer, cirurgião oncológico Luiz Augusto Maltoni, demonstrou preocupação com os perigos que o avanço desse tipo de derivado do tabaco entre os jovens brasileiros pode trazer para a saúde.

Na Europa e nos Estados Unidos, onde a venda é permitida, as indústrias argumentam que os vapes constituem uma maneira de as pessoas pararem de fumar. Maltoni afirmou que o argumento é falso e está fazendo o efeito inverso, que é atrair cada vez mais jovens para o hábito de fumar e o consumo de tabaco. “A permissão para vender o cigarro eletrônico tem criado uma nova onda de crescimento da indústria do tabaco no mundo.”

No Brasil, ele disse que o volume de jovens e adolescentes que já experimentaram o cigarro eletrônico em algum momento ou fazem uso desse produto só não é maior porque existe uma política no país que proíbe o cigarro eletrônico por normatização. “De certa forma, a gente ainda consegue manter índices muito inferiores aos de nações onde é liberada a venda”.

Convenção-quadro

Maltoni destacou a reativação da Convenção-Quadro da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o Controle do Tabaco, que tinha parado de funcionar durante a pandemia da covid-19 e vai voltar agora à carga total. A convenção é assinada por mais de 100 países que acordaram que o cigarro e seus derivados constituem item de grande prejuízo para a saúde no mundo e exige políticas de controle dos signatários. “O ideal é que a gente possa erradicar o tabagismo do mundo”. Na Convenção-Quadro, há uma série de determinações que devem ser cumpridas pelos signatários. Maltoni lembrou que o último relatório sobre controle de tabaco do mundo foi lançado pela OMS no Rio de Janeiro, porque o Brasil tinha atingido todos os níveis mínimos necessários para controle do tabaco no mundo. “Foi uma deferência ao Brasil como um dos países que mais avançaram no controle ao tabaco”. Uma das questões da convenção é o cigarro eletrônico.

De acordo com o CDC, é alarmante o número de casos de inflamação aguda de pulmão que o aumento do tabagismo tem provocado nos Estados Unidos. O diretor executivo da Fundação do Câncer afirmou que não há nenhum estudo clínico que demonstre que o cigarro eletrônico seja indutor da cessação do tabagismo. “Pelo contrário, nenhum [estudo] comprovou que é um método eficaz para a cessação. Existem outros métodos já estabelecidos, que incluem uso de medicamentos, antidepressivos, aconselhamento individual ou em grupo, uso de adesivos de nicotina de reposição para que o dependente vá reduzindo a dose. Tem uma série de mecanismos para ajudar o tabagista a parar de fumar”.

Maltoni insistiu que o cigarro eletrônico é um indutor e tem foco nos mais jovens para criar dependência. “E, a partir daí, ele se torna não só um consumidor do cigarro eletrônico, mas também do cigarro convencional. Ele ressaltou que, além de doenças pulmonares, as substâncias tóxicas presentes no cigarro tradicional e nos eletrônicos contribuem para as doenças obstrutivas crônicas (DOCs) e doenças cardiovasculares, além de vários tipos de câncer. “O cigarro eletrônico tem outro agravante. Como é um composto eletrônico, causa lixo que não é biodegradável, polui o ambiente, provocando um problema ambiental cada vez mais significativo”, disse o especialista.

Fora isso, há também um grande número relatado de explosões que deixam queimaduras em boa parte do corpo das pessoas, acrescentou.

Universidades

Além do trabalho de divulgação para ao público dos malefícios do tabagismo, em especial do cigarro eletrônico, junto a outros parceiros, como a Ecoponte, a Fundação do Câncer pretende expandir este ano as ações realizadas em universidades públicas e privadas, para sensibilizar professores, pais e alunos sobre como a questão do tabagismo é importante para a preservação da saúde.

Agência Brasil 



Estudante de escola pública do RN ganha bolsa para estudar nos EUA após desenvolver inseticida natural à base de alho

Alicia Neianny Pereira Paiva mostra o produto desenvolvido por ela para combater a mosca-branca no interior do RN — Foto: Cedida

Um projeto científico que pode mudar a realidade da produção de castanha de caju em Severiano Melo, no Alto Oeste potiguar, já causou grandes mudanças na vida da estudante Alicia Neianny Pereira Paiva, de 18 anos, que cursa o 3º ano do Ensino Médio em uma escola pública do município.

A potiguar recebeu menção honrosa e ganhou uma bolsa de estudos em Nova York, nos Estados Unidos, após apresentar seu projeto de inseticida natural que combate a praga da mosca-branca em um evento internacional, em junho.

“O projeto é bem simples, porém muito importante para nossa região, pois nosso principal empregador é a cajucultura”, afirma a estudante.

A proposta da estudante era desenvolver um produto que não causasse danos ao meio ambiente e fosse mais barato do que os inseticidas convencionais. A ideia deu certo e resultou em um inseticida feito com base nos extratos de alho e pimenta, além de emulsificante. A aplicação é feita com um litro de produto diluído em 400 litros de água, pulverizado sobre a folha das plantas.

Estudante usou extrato de alho e de pimenta para desenvolver produto no interior do RN — Foto: Cedida

Estudante usou extrato de alho e de pimenta para desenvolver produto no interior do RN — Foto: Cedida

Alícia relata que o projeto contou com a parceria de seu marido, que também se tornou coorientador da pesquisa. Vicente Costa é empresário do setor do agronegócio e pesquisador.

Junto com o companheiro e a professora de química da Escola Estadual Severiano Melo, Maira Cíntia Lucena Melo, Alicia começou a desenvolver seu projeto no início de 2022.

“O produto se chama Bioallium. Utilizamos esse nome pois sua principal composição é o alho. Ele elimina a mosca branca, o ovo, a ninfa que é o estágio inicial, e o inseto adulto. As principais formas de combater é pelo contato direto, pela ingestão do produto pelo inseto e o desalojamento do inseto pelo forte cheiro gerado pela pimenta”, explica.

Ainda de acordo com ela, o produto não deixa resíduo. “A aplicação pode ser feita durante o período da manhã e da tarde. O resultado pode ser visto de forma imediata. O controle chega a ser de 96% dos insetos adultos e 92% das ninfas e ovos”, diz.

Alícia e seus orientadores, durante evento nos EUA — Foto: Cedida

Alícia e seus orientadores, durante evento nos EUA — Foto: Cedida

Feira internacional

Com o produto desenvolvido, a estudante participou de feiras científicas nacionais e também se inscreveu na Genius Olympiad, que aconteceu entre os dias 12 a 16 de junho, em Rochester, Nova York, com mais de 500 projetos de todo o mundo. O projeto científico de Alícia levou a estudante do interior potiguar à sua primeira viagem de avião.

“Apresentei o projeto em inglês para quatro avaliadores, que nos deram a menção honrosa e uma bolsa para estudar no Instituto Técnico de Rochester, em Nova York. Os avaliadores deram dicas para melhorar a ideia, sem falar no intercâmbio que foi maravilhoso. Inclusive dividi meu quarto com uma estudante da China. Pediram para a gente fazer novas aplicações e estudar uma forma de construir um indústria, até mesmo para exportar o nosso produto para outros países”, relatou.

Alícia conta que tem objetivo de aproveitar a bolsa e está trabalhando junto com o marido para que isso aconteça. O casal tem um filho de 1 ano e 4 meses.

De acordo com a estudante, a bolsa dá direito a quatro anos de estudos no Instituto Tecnológico de Rochester, com início em março de 2024. A instituição tem 21 cursos, praticamente todos disponíveis para a estudante. Ela revela que ainda não decidiu qual curso pretende fazer.

Estudante potiguar apresentou projeto e ganhou bolsa de estudos nos EUA — Foto: Cedida

Estudante potiguar apresentou projeto e ganhou bolsa de estudos nos EUA — Foto: Cedida

Para além dos estudos, Alícia diz que pretende abrir uma indústria para fabricação da sua invenção.

“A gente tem buscado parcerias para poder patentear o projeto e começar a comercializar no futuro. Foi meu primeiro projeto científico, até agora ainda tenho dúvida de que isso é de fato real, mas estou buscando ao máximo parceiros que possam me ajudar a crescer. Já penso inclusive em abrir uma empresa e construir uma fábrica para dar início a produção em massa”, conta.

“Isso serve para motivar outras pessoas, outros professores a orientarem projetos de ciências e fazerem com que esses alunos desempenhem um papel essencial na sociedade, na sua localidade, como é o caso de Alícia. A gente acredita que ela servirá de exemplo para outros alunos”, afirmou Vicente.

g1 RN



32º Concurso Miss & Mister Seridó acontece neste sábado em Acari

Prepare-se para um evento magnífico! No dia 15 de Julho, às 20H30, o Municipal Clube de Acari será palco do prestigiado Concurso Miss e Mister Seridó, que exalta a beleza seridoense em sua 32ª edição. Essa emocionante competição, que acontece há mais de três décadas, é uma realização do renomado colunista social Carlos Magno, com o apoio da Prefeitura de Acari.

Uma noite repleta de beleza, charme e elegância aguarda por você. Nossos talentosos participantes mostrarão todo o seu brilho e encanto em busca dos títulos tão almejados. Será uma celebração memorável da diversidade e da graça que compõem a região do Seridó.

E não poderíamos esquecer do aspecto solidário desse evento extraordinário. A entrada será simplesmente a doação de 02 quilos de alimentos não perecíveis, que serão trocados pelo ingresso na Secretaria de Assistência Social, a partir de 12/07, possibilitando que todos se unam em prol de uma causa tão nobre.

Marque essa data no seu calendário e junte-se a nós nessa festa deslumbrante! O 32º Concurso Miss e Mister Seridó promete surpreender e encantar a todos com sua grandiosidade e significado.

Contamos com sua presença para tornar esse momento ainda mais especial. Não perca essa oportunidade única de prestigiar a beleza, a solidariedade e a cultura da nossa região!

Dia: 15 de Julho
Horário: 20H30
Local: Municipal Clube de Acari
Realização: Colunista Social Carlos Magno
Apoio: Prefeitura de Acari

Entrada: Doação de dois quilos de alimentos não perecíveis
Entrega na Secretaria de Assistência Social a partir do dia 12/07



Pianista Tarcísio Filho, bisneto de Tonheca Dantas, participa do encerramento do IV Festival da Música Carnaubense

Foto: Divulgação

Na noite de domingo (09), o IV Festival da Música Carnaubense “Tonheca Dantas” chegou ao final em grande estilo. Ao longo da semana, diversas bandas e filarmônicas se apresentaram na praça Caetano Dantas, oferecendo ao público uma experiência musical de alta qualidade. O encerramento do evento foi um enorme sucesso, contando com a presença do prefeito Gilson Dantas e vários convidados, além da participação da sociedade carnaubense, de maneira que consolidou o festival como uma importante plataforma de celebração da música potiguar.

Um dos principais convidados foi o pianista, professor da UFRN e bisneto de Tonheca Dantas, Tarcísio Gomes Filho. O artista foi o responsável por dar início a cerimônia de encerramento e ressaltou o quanto estava feliz por estar ali, num evento que leva o nome de seu ancestral. Na ocasião, Tarcísio revelou que iria tocar uma valsa que seria executada pela primeira vez em Carnaúba dos Dantas, pois tratava-se de uma partitura que estava desaparecida, mas que graças a ajuda do maestro Victor Dantas, que também estava presente no local, ela foi encontrada e chegou até suas mãos.

A valsa se chama “Amor Constante” e foi escrita para a sua bisavó, Ana Florentina Dantas. Era visível a emoção do pianista em fazer parte do festival, não deixando de enfatizar o quanto se sentia emocionado por estar vivenciando um momento que o conectava com sua ancestralidade, com esse lado que ele e seu bisavô compartilham, que é o amor e a dedicação pela música.

Outras duas canções foram executadas por Tarcísio, as valsas Daguimar Dantas e a clássica Royal Cinema. Logo após, na companhia de Franz Ribeiro, aluno de canto da UFRN e contratenor, apresentaram algumas canções, dentre elas Habanera e Que Será.

O pianista formou-se bacharel em música pela UFRN e possui doutorado realizado na UNICAMP. Em sua atividade musical constam apresentações em cidades do nordeste e sudeste do país, Estados Unidos e Sérvia. Foi solista junto à Orquestra Sinfônica do Rio Grande do Norte e Orquestra Sinfônica da UFRN. Participou do Bačka Palanka International Piano Festival (2015), na Sérvia, onde se apresentou tocando obras de Heitor Villa-Lobos e Johannes Brahms.



Inflação oficial de junho fica negativa em 0,08%

 mês de junho teve deflação, ou seja, houve um recuo nos preços na comparação com maio. A inflação oficial – calculada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) – ficou em -0,08%. É a primeira vez no ano que a inflação fica abaixo de zero. A última vez em que a inflação apresentou queda foi em setembro do ano passado. Esse é também o menor resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para um mês de junho desde 2017 – quando o índice foi de -0,23%.  Esse é também o menor resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA – a inflação oficial do país) para um mês de junho desde 2017, quando o índice foi de -0,23%.  

O resultado, divulgado nesta terça-feira (11) pelo IBGE, no Rio de Janeiro, representa o quarto mês seguido em que a inflação perde força. Em maio, o IPCA foi de 0,23%. No ano, o índice soma 2,87% e, nos últimos 12 meses, 3,16%, abaixo dos 3,94% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.

Na comparação com maio, os grupos que mais ajudaram a colocar a inflação no campo negativo foram alimentação e bebidas (-0,66%) e transportes (-0,41%), que contribuíram com -0,14 e -0,08 ponto percentual (pp) no índice geral, respectivamente.

Fator de influência

Segundo o IBGE, alimentação e bebidas e transportes integram o grupo com maior influência dentro da cesta de consumo das famílias. Juntos, eles representam cerca de 42% do IPCA.  

O grupo alimentação e bebidas foi influenciado, principalmente, pelo recuo nos preços da alimentação em casa (-1,07%). Contribuíram para isso as quedas do óleo de soja (-8,96%), das frutas (-3,38%), do leite longa vida (-2,68%) e das carnes (-2,10%). Já o custo da alimentação fora de casa subiu, porém, com menos força (0,46%) em relação ao mês anterior (0,58%). 

“Nos últimos meses, os preços dos grãos, como a soja, caíram. Isso impactou diretamente o preço do óleo de soja e indiretamente os preços das carnes e do leite, por exemplo. Essas commodities são insumos para a ração animal, e um preço mais baixo contribui para reduzir os custos de produção. No caso do leite, há também uma maior oferta no mercado”, explicou André Almeida, analista da pesquisa, no site do IBGE.

Em transportes, o recuo de preços foi motivado por queda nos preços dos automóveis novos (-2,76%) e dos usados (-0,93%). Esse comportamento tem a ver com a medida do governo federal para baixar o preço dos carros novos. 

“O subitem automóvel novo foi o de maior impacto individual no mês, com -0,09 pp. Essa redução nos preços está relacionada ao programa de descontos para compra de veículos novos, lançado em 6 de junho pelo governo federal. Isso pode ter relação também com a queda dos preços dos automóveis usados”, explica o IBGE.

No comportamento dos preços durante maio, destaque também para o resultado de combustíveis (-1,85%), com as quedas do óleo diesel (-6,68%), do etanol (-5,11%), do gás veicular (-2,77%) e da gasolina (-1,14%). “A gasolina é o subitem de maior peso individual no IPCA, com 4,84%. A queda na gasolina teve um impacto de -0,06 p.p.”, destaca Almeida. 

Pelo lado da pressão de preços para cima, a maior contribuição foi do grupo Habitação (aumento de 0,69% e impacto de 0,10 p.p.). A maior contribuição veio da energia elétrica residencial (1,43%), por causa de reajustes aplicados em quatro áreas de abrangência do índice: Belo Horizonte, Recife, Curitiba e Porto Alegre. A taxa de água e esgoto (1,69%) também foi impactada por reajustes aplicados em Belém, Curitiba, São Paulo e Aracaju. O cálculo do IPCA abrange as famílias com rendimentos de um a 40 salários mínimos.
 

Mais deflação

O IBGE também divulgou hoje o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que teve queda de 0,10% em junho (primeira deflação desde setembro de 2022) e acumula 3% nos últimos doze meses. O INPC abrange o custo de vida para famílias com rendimento de um a cinco salários mínimos. 

*Com informações da Agência Brasil



Saiba como declarar o Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural

Foto: Divulgação

Nesta terça-feira (11), a Receita Federal publicou, no Diário Oficial da União, as regras para a Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR) de 2023. O prazo para a prestação de contas começa no dia 14 de agosto e os proprietários de imóvel rural têm até o dia 29 de setembro para declarar e evitar multas.

A apresentação da DITR é obrigatória para pessoas físicas e jurídicas que tenham imóvel rural e deve ser apresentada na forma de dois formulários, o Documento de Informação e Atualização Cadastral do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (Diac) e o Documento de Informação e Apuração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (Diat).

A prestação de contas é obrigatória mesmo para quem recebeu ou deixou de ter a propriedade do imóvel, no ano de 2023.

Para entregar a documentação, é necessário baixar, pela internet, o Programa Gerador da Declaração do ITR relativo ao exercício de 2023 (Programa ITR 2023), no site da Receita Federal.

Na declaração, para excluir áreas não tributáveis, é necessário preencher e informar ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) o Ato Declaratório Ambiental (ADA). Outro dado que também deve ser informado é o número do recibo de inscrição do Cadastro Ambiental Rural (CAR).

O recibo que comprova a apresentação da DITR é gerado pelo programa, logo após a transmissão. O documento pode ser gravado no disco rígido do computador, ou em mídia USB, e deve ser impresso, no caso em que o contribuinte optar por fazer a entrega do documento diretamente em uma unidade da Receita Federal.

Pagamento

O valor do ITR apurado poderá ser pago em até quatro parcelas mensais, desde que as quotas não sejam inferiores ao valor de R$ 50. O parcelamento só poderá ser feito em caso de imposto acima de R$ 100 e o prazo para o pagamento da primeira parcela, ou quota única, também será até 29 de setembro.

O valor devido poderá ser pago por meio de Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf), por transferência bancária, ou PIX.

Retificação

Caso, após a entrega, seja apurada alguma inconsistência será possível retificar a DITR com a entrega de uma nova declaração, na qual deverá conter todas as informações do primeiro documento, com as alterações, exclusões e adições de informação necessárias, além do número do recibo da primeira DITR entregue.

Ainda que a retificadora seja entregue o após o prazo para a declaração, o imposto apurado deve ser pago no prazo estabelecido, para não gerar multa. O atraso na entrega gera multa de 1% ao mês, ou fração, sobre o total do imposto devido e começa a contar a partir do dia 30 de setembro.

Agência Brasil