Márcio Pochmann toma posse como presidente do IBGE

Brasília (DF), 18/08/2023 – O novo presidente do Instituto Brasileiro de Estatística (IBGE), Marcio Pochmann, durante sua cerimônia de posse. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O professor e pesquisador Márcio Pochmann tomou posse, nesta sexta-feira (18), na presidência do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A cerimônia ocorreu na sede do Ministério do Planejamento e Orçamento, em Brasília, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em discurso, Pochmann destaca que os resultados entregues pelo IBGE são orientadores das políticas públicas que o Brasil precisa. Para ele, o instituto tem uma dupla função estratégica: de espelho reflexivo da nação e de bússola de movimento capaz de monitorar as trajetórias.

“Ao decompor o campo do exercício da cidadania, por intermédio de radiografias nacionais, setoriais, regionais, locais, coletivas e individuais, o IBGE contribui para moldar o universo dos horizontes e expectativas do conjunto dos brasileiros. E é por isso que o Brasil precisa avançar mais rapidamente”, disse, citando a rápida transformação digital e demográfica da sociedade brasileira.

“Desemprego, pobreza, fome, degradação ambiental, pandemias e todas as formas de desigualdade e discriminação são problemas que demandam respostas socialmente responsáveis. Essa tarefa só é possível com o estado indutor de políticas públicas”, acrescentou.

Pochmann destacou que, no governo anterior, o IBGE foi precarizado e, apesar de terem sofrido com rebaixamentos salariais, os servidores da instituição adotaram uma “ação de resistência destemida e valorosa”. Segundo ele, “a marcha da insensatez degradante que se abateu sobre o país em todas as dimensões da governança foi interrompida” e o IBGE voltou a ser valorizado.

Brasília (DF), 18/08/2023 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o novo presidente do Instituto Brasileiro de Estatística (IBGE), Marcio Pochmann, e a ministra do Planejamento, Simone Tebet. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o novo presidente do IBGE, Marcio Pochmann, e a ministra do Planejamento, Simone Tebet. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Histórico

Figura histórica ligada ao Partido dos Trabalhadores, o professor e pesquisador presidiu o Instituto Lula e a Fundação Perseu Abramo (fundação do PT voltada a elaboração de estudos, debates e pesquisas). De 2007 a 2012, comandou o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Em 2012 e 2016, Pochmann disputou a prefeitura de Campinas (SP), mas perdeu as duas eleições. Em 2018, coordenou o programa econômico do então candidato à presidência da República pelo PT Fernando Haddad. No fim do ano passado, após a eleição de Lula, o economista fez parte da equipe de transição do governo, participando do grupo de Planejamento, Orçamento e Gestão.

Pochmann é membro da corrente de economistas ligada à Universidade de Campinas (Unicamp), caracterizada pela defesa do desenvolvimentismo econômico e da indústria nacional. Ele acumula pesquisas nas áreas de desenvolvimento, políticas públicas e relações de trabalho.

Censo demográfico

O IBGE é subordinado ao Ministério do Planejamento e Orçamento. Pochmann substitui Cimar Azeredo, funcionário de carreira e ex-diretor de Pesquisas do instituto que ficou de forma interina na presidência do IBGE desde o início do ano.

Nos quase oito meses à frente da instituição, Azeredo enfrentou desafios como a conclusão do Censo de 2022, prejudicado após sucessivos adiamentos e dificuldades de orçamento. Em discurso, ele citou os resultados da pesquisa e afirmou que o IBGE entregou um censo com qualidade comprovada e feito rigorosamente dentro da lei.

Cimar Azeredo cobrou ainda a recomposição do quadro de servidores do instituto e um novo plano de reestruturação de carreira. Segundo o ex-presidente, o IBGE vem sendo reduzido, “ano após ano, de forma preocupante”. Para ele, a instituição precisa ser forte e isenta de interferências políticas.

“Sabemos que o sistema estatístico nacional tem como objetivo melhorar a qualidade e atualidade e a relevância de seu serviço ao governo e à sociedade. Ele também tem como objetivo melhorar a confiança pública nas estatísticas oficiais, demonstrando que são produzidas dentro dos melhores padrões e isentas de interferência política”, disse.

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, destacou o empenho do governo na finalização do Censo de 2022, com liberação de recursos e apoio de outros ministérios na condução da pesquisa em diversos territórios. Com o esforço, o IBGE coordenou um mutirão que incluiu quase 16 milhões de brasileiros na contagem populacional

“Eu agradeço muito a toda a equipe que se dedicou de recenseadores, pesquisadores, supervisores, técnicos, demógrafos e estatísticos, porque deram o seu sangue ao enfrentar o negacionismo de alguns grupos. A maior dificuldade, pasmem, foi entrar nos condomínios de luxo, onde imperavam o negacionismo, onde se negavam responder ao censo brasileiro”, disse.

Brasília (DF), 18/08/2023 - A ministra do Planejamento, Simone Tebet, durante cerimônia de posse do novo presidente do Instituto Brasileiro de Estatística (IBGE), Marcio Pochmann. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Ministra do Planejamento, Simone Tebet, durante cerimônia de posse do novo presidente do IBGE, Marcio Pochmann. Foto:  Marcelo Camargo/Agência Brasil

“Lamentavelmente, o que o IBGE demonstrou e revelou para o Brasil é um Brasil, sim e isso é bom, sem photoshop e realista, mas um Brasil muito distante do Brasil dos nossos sonhos. Um Brasil que não tem a foto colorida, mas cinzenta com a marca de ser um dos países mais desiguais do planeta terra”, acrescentou a ministra.

Agência Brasil



Currais Novos sediará 4ª Feira Seridoense dos Pequenos Empreendedores da Gastronomia

A quarta edição da Feira Seridoense dos Pequenos Empreendedores da Gastronomia acontecerá em Currais Novos em 09 de setembro e deverá reunir no Largo do Coreto Guarany dezenas de empreendedores da região que irão comercializar seus produtos, trocar experiências e fechar novas parcerias. O evento conta com apoio da Prefeitura Municipal por meio da Secretaria Municipal de Turismo e Desenvolvimento Econômico, e o SEBRAE. 

As inscrições para participar do evento acontecem até a próxima quarta-feira (23) através do link disponibilizado no instagram do evento: @fespeg_rn. O objetivo principal da FESPEG é mostrar o potencial gastronômico dos municípios e a comercialização dos produtos, além de fomentar a produção local. O evento acontecerá no final de semana da realização de outro grande evento, a primeira etapa da Copa Nordeste Brasileiro de Voleibol.



Mercado eleva para 2,29% projeção do crescimento da economia em 2023

Foto: Divulgação

A previsão do mercado financeiro para o crescimento da economia brasileira este ano subiu de 2,26% para 2,29%. A estimativa está no boletim Focus de hoje (14), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC), em Brasíulia, com a projeção para os principais indicadores econômicos. 

Para o próximo ano, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB, a soma dos bens e serviços produzidos no país) é de crescimento de 1,3%. Em 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,9% e 2%, respectivamente. 

Já a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerada a inflação oficial do país – também foi mantida em 4,84% neste ano, a mesma da semana passada. Para 2024, a estimativa de inflação ficou passou de 3,88% para 3,86%. Para 2025 e 2026, as previsões são de 3,5% para os dois anos. 

A estimativa para este ano está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3,25% para 2023, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,75% e o superior 4,75%. Segundo o BC, no último Relatório de Inflação, a chance de a inflação oficial superar o teto da meta em 2023 é de 61%. 

A projeção do mercado para a inflação de 2024 também está acima do centro da meta prevista, fixada em 3%, mas ainda dentro do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual. 

Em julho, influenciado pelo aumento da gasolina, o IPCA foi de 0,12%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa ficou acima das observadas no mês anterior (-0,08%) e em julho de 2022 (-0,68%). Com o resultado, a inflação oficial acumula 2,99% no ano. Em 12 meses, a inflação é de 3,99%, acima dos 3,16% acumulados até junho. 

Taxa de juros 

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 13,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Diante da forte queda da inflação, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, iniciou, neste mês, um ciclo de redução da Selic.  

A última vez em que o BC tinha diminuído a Selic foi em agosto de 2020, quando a taxa caiu de 2,25% para 2% ao ano, em meio à contração econômica gerada pela pandemia de covid-19. Depois disso, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo que começou em março de 2021, em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis, e, a partir de agosto do ano passado, manteve a taxa em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas. 

Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic encerre 2023 em 11,75% ao ano. Para o fim de 2024, a estimativa é que a taxa básica caia para 9% ao ano. Já para o fim de 2025 e de 2026, a previsão é de Selic em 8,5% ao ano para os dois anos. 

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. 

Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica. 

Por fim, a previsão do mercado financeiro para a cotação do dólar está em R$ 4,93 para o fim deste ano. Para o fim de 2024, a previsão é de que a moeda americana fique em R$ 5. 

Agência Brasil



Prefeito Gilson protesta nas redes sociais sobre dificuldade de custear as despesas da saúde em Carnaúba dos Dantas: “Se as emendas não forem liberadas, a saúde vai colapsar”

O prefeito de Carnaúba dos Dantas, Gilson Dantas, foi às redes sociais para protestar sobre a dificuldade que a administração está tendo para custear as despesas da saúde do município. De acordo com o gestor, em tom de desabafo, caso as emendas de custeio não sejam liberadas, haverá um colapso no serviço prestado.

“Situação financeira para custeara a saúde do município a beira de um colapso. Só de plantão de médicos, enfermeiros e técnicos, temos que pagar o valor de R$ 98 mil, com apenas R$ 1,5 mil em conta. Essa matemática não fecha”, afirmou Gilson em uma postagem feita no seu Instagram.

Na publicação, Gilson faz um apelo ao Governo Federal que libere as emendas de custeio e destacou que, apenas com esse reforço, poderá garantir “a sobrevivência da saúde” em Carnaúba dos Dantas.



Alcoólicos Anônimos: instituição celebra 48 anos no RN com programação em Currais Novos

Uma história de superação e apoio mutuo ganha destaque no Rio Grande do Norte à medida em que os Alcoólicos Anônimos comemoram 48 anos de existência no estado. As celebrações vão acontecer durante este fim de semana em Currais Novos, quando a cidade vai se tornar, o centro das celebrações dessa história.

De acordo com membros do Grupo Sant’Ana de Alcoólicos Anônimos de Currais Novos, a programação consta de palestra na Câmara Municipal, no sábado (19) às 19h30m e no domingo (20), com encontro que vai reunir grupos de Alcoólicos Anônimos de todas as regiões do estado potiguar no auditório do IFRN/C. Novos, a partir das 8h.



Governo federal repassa mais de R$ 15 milhões para educação infantil

Brasília – Alunos da Escola Classe 29 de Taguatinga participam de atividades do projeto Adasa na Escola. No projeto as crianças aprendem como podem ajudar na preservação da água (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Uma portaria do Ministério da Educação, publicada nesta segunda-feira (14) no Diário Oficial da União, autoriza o repasse de R$15.739.988,28 para 46 municípios criarem novas vagas de educação infantil, na rede pública de ensino. Os recursos são do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

O objetivo do repasse desses recursos é exclusivamente a manutenção e o desenvolvimento de novas vagas para ampliação da rede de educação infantil pública. Estudos apontam que, nas famílias mais pobres, apenas uma, em cada quatro crianças de até 3 anos de idade, frequentam creches no país.

Com os valores empenhados, serão criadas 3.194 vagas em creches e pré-escolas, sendo 1.469 vagas de creche em período parcial e 438 em período integral, além de 1.069 vagas de pré-escola em período parcial e 218 em período integral.

Os recursos serão repassados aos municípios dos estados do Acre, Amazonas, Ceará, de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, do Pará, da Paraíba, do Piauí, Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e São Paulo. São cidades que realizaram o cadastramento das novas vagas, no Sistema Integrado de Monitoramento Execução e Controle (Sismec).

As secretarias de Educação receberão os valores de forma automática, em parcela única, diretamente na conta-corrente cadastrada. Após a movimentação dos recursos, os municípios terão que prestar contas ao Conselho do Fundeb, até o dia 30 de junho de 2024, por meio do Sistema de Gestão de Prestação de Contas (SiGPC).

O último Censo Escolar 2022 apontou a existência de 74,4 mil creches, em todo o país. Das matrículas realizadas nessa etapa educacional, 66,4% estão na rede pública e 33,6%, nas creches privadas, das quais, mais da metade, possuem convênio com a rede pública de educação infantil.

Agência Brasil



Lista de espera do SUS: projeto garante mais transparência

A PL 2.712/2023 é de autoria do senador Styvenson Valentim (Podemos-RN). Foto: Arquivo/Elza Fiúza/Agência Brasil

O Senado vai analisar um projeto de lei que promete dar mais transparência às listas de espera para a realização de serviços no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Do senador Styvenson Valentim (Podemos-RN), o PL 2.712/2023 aguarda a definição de relator na Comissão de Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC).

Pelo projeto, a lista de espera deverá ser disponibilizada na internet, com nome ou CPF do paciente, critério empregado na ordem de espera, previsão de local e hora do serviço a ser prestado e indicação de documentos e exames complementares para cada serviço, conforme o caso concreto. As ações de saúde que devem ter uma lista de espera abrangem consultas, exames e procedimentos, além de acesso a remédios de alto custo, órteses e próteses e outros produtos atendidos pelo SUS.

Em caso de serviços de saúde de urgência e emergência, deve-se divulgar nos locais de atendimento, de forma clara e visível, os protocolos empregados para a definição dos casos prioritários. As listas de espera que envolvam a dignidade sexual do usuário do SUS deverão ter o seu acesso restrito aos beneficiários e aos agentes públicos competentes. Ainda segundo o texto, deixar de observar a ordem da lista de espera será considerado improbidade administrativa contra a administração pública.

De acordo com o senador Styvenson, o projeto tem por objetivo tornar concretos os princípios da publicidade, da moralidade e da impessoalidade no fornecimento de bens e na prestação de serviços no SUS. O autor destaca que a ineficiência nas listas de espera no SUS “advém, não raras vezes, pela falta de transparência na formação e aplicação desses instrumentos indispensáveis para a boa administração pública”. Para o senador, a falta de clareza na gestão é um incentivo inegável para o mau gestor público, daí a importância do projeto de lei.

Agência Senado



HISTÓRIA INUSITADA: Em tratamento contra câncer, jornalista vira personagem da própria reportagem

Crédito: Reprodução/Band

Jornal da Band exibe de segunda (14) a sexta-feira (18) a série especial “Câncer: virei paciente”, que traz como personagem principal o próprio repórter Cesar Cavalcante. Aos 29 anos, ele foi diagnosticado com um tipo agressivo de câncer no estômago ainda em estágio inicial. Sem vícios, sem histórico familiar, adepto de uma alimentação saudável e com os check-ups sempre em dia, o profissional levou um susto ao se deparar com a notícia, “por acaso”, durante uma endoscopia de rotina. “O dia 20 de janeiro de 2023 foi o pior da minha vida. Ali pensei que morreria, mas tive que me reerguer e encarar esse desafio. Por anos, falei com pessoas enfrentando os mais variados problemas e agora estou do lado de cá”, afirma.

Quase sete meses depois, já com o tratamento finalizado, ele sentiu a necessidade de usar a própria história para fazer um alerta sobre a enfermidade que acomete 700 mil pessoas todos os anos no Brasil. O relato está presente em cinco episódios que mostram detalhes das idas às sessões de quimioterapia e o resultado depois de uma delicada cirurgia para a retirada do tumor. Ao longo das reportagens, Cesar também entrega os próprios medos e as estratégias que adotou para conseguir enfrentar esta fase. “Tive apoio de amigos, da família e dos médicos e, com isso, percebi a importância do pensamento positivo. Pretendo falar especialmente com quem é paciente oncológico, mas também com quem é ou acredita que está saudável. O objetivo é desmistificar tabus. Muita gente nem aceita falar o nome da doença, mas a informação é fundamental para a efetividade dos procedimentos clínicos e o diagnóstico precoce, que salva vidas”, destaca.

No caso dele, foram seis meses de quimioterapia, que resultaram em perda de peso e cabelo e os tradicionais efeitos colaterais, como enjoos, náuseas e fraqueza. Tudo é mostrado em primeira pessoa. A partir desse ponto de vista, ele passa a investigar como outros pacientes reagem a esse tipo de cenário, de crianças a idosos. Alguns usam o bom humor, a fé e até a música como aliados.

A série revela ainda que o enfrentamento de tumores, que hoje só perde para as doenças cardiovasculares como principal causa de mortes no mundo, não é democrático. Os desafios de quem depende do SUS, como as grandes filas para exames e procedimentos, serão abordados, assim como os exames cruciais para descobertas antecipadas. Em entrevistas com médicos, o jornalista aborda novos tratamentos e métodos de prevenção. “Nós fizemos um material sensível, sem romantizar os fatos. O recado primordial é que o câncer não é mais sentença de morte, e que precisamos falar sobre o assunto com clareza e sem estigmas”, conclui o repórter.

“Câncer: virei paciente” vai ao ar de segunda a sexta-feira no Jornal da Band, às 19h20, e a partir de terça-feira no Bora Brasil, às 8h.

Novo Notícias



Deputado Luiz Eduardo requer ambulância para Currais Novos

O deputado estadual Luiz Eduardo protocolou, na sessão desta quarta-feira (16), no plenário da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte (ALRN), requerimento que, se atendido, beneficiará a cidade de Currais Novos.

Através de um pedido do assessor parlamentar que é de Currais Novos, Faustino Júnior, o deputado requereu uma ambulância para o município. Luiz Eduardo está atento às demandas de Currais Novos através de Faustino, que faz o meio campo entre as demandas da população e o trabalho ativo do parlamentar.

“É, sem dúvida, uma forma de contribuir com a melhoria da saúde pública do município. A região toda é beneficiada com esse recurso. Agora é esperar o requerimento ser aprovado”, explicou o deputado.



Emissão de visto de turismo para brasileiros nos EUA cresce quase 40%

Foto: Divulgação

O jornalista Augusto Pigini (foto), de 36 anos, mora em São Paulo e quer conhecer a Califórnia, nos Estados Unidos. Mas, por causa da falta de visto de turista, teve que adiar a viagem. “Eu dei entrada em abril do ano passado, mas só tinha entrevista para o fim de agosto deste ano. Eu e minha mulher pretendíamos ir para os Estados Unidos no ano passado, mas, por causa dessa fila longa, a gente teve que adiar para o ano que vem”, conta.

Casos de longa espera como a do jornalista parecem estar diminuindo. No primeiro semestre de 2023, os Estados Unidos concederam 547 mil vistos para brasileiros. Um crescimento de 34,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Desses, 516,8 mil são destinados para turismo e negócios, 38,7% a mais que no primeiro semestre de 2022.

Os dados são de um levantamento feito pelo escritório de advocacia imigratória AG Immigration, que fica em Washington, com base em números do Departamento de Estado americano – equivalente ao Ministério das Relações Exteriores do Brasil.

O advogado de imigração e sócio da AG Immigration, Felipe Alexandre, explica que parte desse aumento é em razão da ampliação do atendimento ao público feita pela embaixada e consulados dos Estados Unidos no Brasil. Mas ele acrescenta que essa alta também é justificada “pela base de comparação, já que, em 2022, a emissão ainda estava se recuperando do período de quase dois anos em que ficou paralisada em razão da pandemia, que interrompeu os serviços imigratórios”.

O advogado acredita que a demanda reprimida pode fazer com que o ano termine “com o maior volume de vistos dos Estados Unidos já emitidos na história”.

De acordo com a pesquisa, o Brasil foi o terceiro país que mais recebeu vistos nos primeiros seis meses do ano, ficando atrás de México (1,3 milhão) e Índia (783,8 mil). Colômbia (261,5 mil) e China (254 mil) completam as cinco primeiras colocações.

Na sequência dos tipos de vistos americanos mais emitidos para brasileiros no primeiro semestre aparecem os para intercâmbio cultural e profissional, com 5,4 mil autorizações, e os de estudante, com 4,3 mil concessões.

Efeito dólar

Felipe Alexandre avalia que a desvalorização do dólar frente ao real ajuda o interessado em ir para o exterior, mas o efeito não é tão grande para explicar a procura pelos vistos “já que câmbio segue em patamares elevados, e os vistos que foram emitidos no primeiro semestre deste ano foram solicitados ao longo de 2022, quando a moeda americana ainda estava mais cara”.

O economista e professor do Ibmec Gilberto Braga avalia que o dólar deva flutuar pouco abaixo dos R$ 5, no cenário atual de queda de juros no Brasil e aumento nos países desenvolvidos. “Essa combinação faz com que parte dos investidores estrangeiros que têm dólar prefiram fazer investimentos em mercados mais seguros em detrimento de uma rentabilidade que começa a cair no Brasil”, pondera, acrescentando que o câmbio é muito volátil a notícias conjunturais, como relacionadas à guerra na Ucrânia e sobre o comportamento da economia de países como China e Estados Unidos.

Frente a essa expectativa de volatilidade, o economista sugere que pessoas que tenham planos de viagens nos próximos meses já adquiram a moeda estrangeira, em vez de esperar por mais desvalorização. “Sempre acho que a pessoa que tem um recurso e já está decidida a viajar, estando o preço dentro dos objetivos dela, deve comprar”, ressaltando que o uso de “dinheiro digital”, como cartões e celular costuma ser mais prático e seguro que a moeda física.

Pedido de visto

O brasileiro que tiver interesse em solicitar visto americano deve buscar agendamento no site da embaixada americana. Há representações em Brasília, Porto Alegre, no Recife, Rio de Janeiro e em São Paulo. É possível também acompanhar o tamanho da fila de espera neste link.

Cada modalidade de visto tem um prazo específico para concessão. Alguns levam poucos dias. A categoria de turismo e negócios é a que tem os maiores períodos de espera. Nesta quarta-feira (16), por exemplo, o prazo variava de 226 dias em Porto Alegre a 28 dias em Brasília. No site da embaixada americana há também informações sobre agendamento de emergência, em casos como a morte de um parente próximo, doença grave ou tratamento médico urgente nos Estados Unidos.

Alguns casos dispensam entrevistas na embaixada ou consulados. Por exemplo, para quem vai renovar o visto ou cujo documento expirou nos últimos 48 meses.

“Eu não sabia que o processo de renovação é menos burocrático que o de tirar um novo. Acabei dormindo no ponto e tive que pegar toda essa fila”, lamenta Augusto.

Os solicitantes com idade inferior a 14 anos ou superior a 79 anos também podem solicitar o visto sem uma entrevista.

Agência Brasil