Endividamento atinge 78,9% das famílias brasileiras, revela pesquisa

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A parcela de famílias com dívidas, em atraso ou não, ficou em 78,9% em novembro deste ano. A taxa é inferior aos 79,2% de outubro, mas superior aos 75,6% de novembro de 2021.

Os dados – divulgados hoje 6 no Rio de Janeiro – são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

As famílias inadimplentes, ou seja, com dívidas em atraso, somavam 30,3% em novembro deste ano, mesmo patamar do mês anterior, mas acima dos 26,1% de novembro de 2021.

Já as famílias que não terão condições de pagar suas contas subiram para 10,9%, acima dos 10,6% de outubro e dos 10,1% de novembro do ano passado.

A parcela daqueles que se consideram muito endividados aumentou de 14,8% em novembro de 2021 para 17,5% em novembro deste ano. O comprometimento médio da renda com dívidas ficou em 30,4%, acima dos 30,3% de outubro deste ano e de novembro de 2021.

Agora RN



Tesouro paga R$ 9,29 milhões em dívidas do RN

Desde 2016, a União realizou o pagamento de R$ 49,32 bilhões em dívidas garantidas – Foto: José Cruz / Agência Brasil

A União pagou R$ 725,64 milhões em dívidas atrasadas de estados em outubro, segundo o Relatório de Garantias Honradas pela União em Operações de Crédito e Recuperação de Contragarantias, divulgado hoje 7, em Brasília, pelo Tesouro Nacional.

Do total, R$ 424,58 milhões são débitos não quitados pelo estado do Rio de Janeiro; R$ 78,63 milhões de Goiás, R$ 58,54 milhões de Alagoas, R$ 57,33 milhões do Rio Grande do Sul, R$ 50,85 milhões do Maranhão, R$ 46,41 milhões do Piauí e R$ 9,29 milhões do Rio Grande do Norte.

Neste ano, já são R$ 7,41 bilhões de dívidas de entes subnacionais honradas pela União. Os que tiveram os maiores valores pagos foram os estados do Rio de Janeiro (R$ 2,69 bilhões), Minas Gerais (R$ 1,98 bilhão) e Goiás (R$ 1,14 bilhão).

Relatório mensal
Desde 2016, a União realizou o pagamento de R$ 49,32 bilhões em dívidas garantidas. Além do relatório mensal, o Tesouro Nacional também disponibiliza os dados no Painel de Garantias Honradas.

As garantias representam os ativos oferecidos pela União – representada pelo Tesouro Nacional – para cobrir eventuais calotes em empréstimos e financiamentos dos estados, municípios e outras entidades com bancos nacionais ou instituições estrangeiras, como o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Como garantidora das operações, a União é comunicada pelos credores de que não houve a quitação de determinada parcela do contrato.

Caso o ente não cumpra suas obrigações no prazo estipulado, o Tesouro compensa os calotes, mas desconta o valor coberto com bloqueios de repasses federais ordinários, além de impedir novos financiamentos. Há casos, entretanto, de bloqueio na execução das contragarantias a partir da adoção de regime de recuperação fiscal ou por meio de decisões judiciais que suspenderam a execução.

Em 2022, a União recuperou R$ 192,51 milhões em contragarantias. O valor é referente a dívidas pagas do estado de Minas Gerais (R$ 163,16 milhões) e do Rio Grande do Norte (R$ 29,35 milhões). Desde 2016, o montante recuperado é de R$ 5,58 bilhões.

Dívidas garantidas
No último Relatório Quadrimestral de Operações de Crédito Garantidas, divulgado em setembro, o Tesouro informou que o saldo total devedor das garantias concedidas pela União a operações de crédito é de R$ 280,57 bilhões. O estado de São Paulo é a unidade da Federação com maior saldo devedor: R$ 37,55 bilhões.

Os estados concentram 77,8% das operações garantidas, com saldo devedor de R$ 218,30 bilhões. Em seguida, estão os municípios e os bancos federais, com 10,4% (R$ 29,21 bilhões) e 7,1% (R$ 20 bilhões), respectivamente, do saldo devedor. As entidades controladas, como empresas de água e energia, detêm 2,7% (R$ 7,47 bilhões) e as estatais federais, 2% (R$ 5,58 bilhões).

Agora RN



Para Ezequiel retomada da Ficro mostra vigor da indústria e comércio da Região Oeste

O presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Norte, deputado Ezequiel Ferreira (PSDB), participou da abertura da 34ª Feira Industrial e Comercial da Região Oeste (FICRO) que teve início nesta quinta-feira (03) na Estação das Artes em Mossoró/RN. A edição 2022 marca o retorno 100% presencial do evento, desde a pandemia de Covid-19.

A Feira multissetorial reúne expositores da área da Indústria, Comércio, Serviços, Tecnologia, Turismo, Construção Civil, Entretenimento e Moda com representantes de 76 municípios potiguares. Serão mais de 100 expositores com 140 estandes, e a expectativa deste ano é movimentar mais de R$ 20 milhões em negócios.

Prestigiaram a abertura da Ficro o secretário de Estado de desenvolvimento econômico, Silvio Torquato, representando a governadora do RN, Fátima Bezerra, Itamar Manso Maciel, Presidente do Conselho Deliberativo do SEBRAE-RN; Marcelo Queiróz, Presidente do Sistema FECOMÉRCIO; Amaro Sales de Araújo, Presidente da FIERN; Lawrence Amorim, Presidente da Câmara Municipal de Mossoró; Allyson Bezerra, Prefeito do Município de Mossoró.  
 
Para Ezequiel Ferreira em mais de três décadas, a Ficro se consolida como uma vitrine para as empresas que buscam massificar uma marca, produto ou serviço no Estado, Em 2021, a Feira foi realizada em formato híbrido, com transmissão ao vivo pelos canais da TV a Cabo de Mossoró (TCM), rodadas de negócios online e ciclo de palestras presenciais. Agora foi presencial. 

Além da parte de negócios, a Ficro vai contar com programação para o público em geral, os visitantes vão poder conferir a praça de alimentação, festival gastronômico e desfile de moda, disponibilizados pro Sebrae, além da exposição de equipamentos agrícolas e espaço para crianças.

A Feira segue até o dia 5 de novembro, acontecendo das 18h às 23h. A Feira vai reunir diretores de entidades como a Federação do Comércio, do SEBRAE, da Fiern, Potigás, que transferem temporariamente, para a cidade de Mossoró, as reuniões de seus respectivos conselhos deliberativos.



Currais Novos realiza edição 2022 do Super DDD nesta sexta-feira (4)

Currais Novos vai economizar nas compras nesta sexta (4). É dia de Super DDD (Dia do Desconto), ocasião em que lojas da cidade apresentam descontos significativos em produtos e serviços.

A iniciativa é da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), e presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Currais Novos (Sindivarejo-CN).

Para participar, os comerciante sinalizaram à CDL o desejo, pagaram uma taxa e poderão fazer parte do rol de estabelecimentos com condições diferenciadas em relação aos outros dias do ano.

Perto da sua 30ª edição, a iniciativa já foi destaque no Jornal Nacional e deu inspiração a uma série de outras estratégias parecidas em outros lugares do país.



Sebrae diz que Copa do Mundo ainda não mobilizou pequenos negócios

Pesquisa mostra que 67% das empresas não estão se preparando para data. Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil

O Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) fez pesquisa com 6.028 empreendedores de 26 estados e do Distrito Federal e apurou que 63% das empresas não estão se preparando para a Copa do Mundo de futebol, enquanto 37% elaboraram produtos ou serviços para atender esse público. A copa está prevista para iniciar em 21 de novembro, no Catar. A pesquisa foi realizada entre os dias 26 de agosto e 11 de setembro.

A sondagem mostra que, no momento, 20% dos empreendedores em nível nacional acreditam que a Copa do Mundo vai ajudar no aumento do faturamento da empresa; 44% estão indecisos e acreditam que o faturamento não vai aumentar e nem diminuir; 13% consideram que haverá diminuição das vendas e 24% não souberam responder.
Motivos

Entre os principais motivos para o comportamento dos empreendedores em relação à Copa do Mundo está a crise econômico-financeira que ficou ainda maior com a pandemia do novo coronavírus (covid-19), disse hoje (26) à Agência Brasil a analista da Coordenação de Comércio e Serviços e gestora de Projetos de Varejo do Sebrae, Poliana Valente. “Os pequenos negócios estão muito naquele processo de ressurgir, de ganhar fôlego, de tentar resgatar e recuperar não só a lucratividade, mas até mercado, aumento de vendas. Eles estão muito focados agora, na verdade, no pós-pandemia, para sobreviver”, disse.


Outro motivo para o aparente desinteresse dos empreendedores é o fato de a Copa do Mundo acontecer em um período diferente do habitual, que é o meio do ano. “Culturalmente, a gente estava acostumado a vê-la em um determinado período e, sempre, no meio do ano. A questão de ter sido jogada para o final do ano culturalmente também mexeu um pouco no radar das pessoas, e nesse olhar para a Copa”.


Segundo ela, a realização do torneio entre os dias 21 de novembro e 18 de dezembro coincide com um período que é extremamente crítico para os pequenos negócios, principalmente quando se fala do varejo, que se apropria mais dessa oportunidade frente a Copa.


Segurança
Poliana Valente lembrou que, no final do ano, o varejo tem eventos importantes, como o Black Friday e o Natal, que são datas muito significativas para o comércio de bens e serviços. “Acaba que os pequenos negócios estão muito mais voltados a estratégias de produtos e marketing e ajustes de seus pontos de venda para essas datas que são mais seguras, fazem parte do calendário anual e são importantes para aquecer as vendas”, ressaltou.


Segundo Poliana, a Copa acabou competindo com essas datas, que são mais confiáveis e seguras para os empreendedores apostarem, e que cada data dessas necessita de estratégias, planejamento e divulgações diferentes. “Isso tudo demanda tempo, recursos. Então, os empresários estão muito mais com esse olhar para as campanhas que são mais seguras, principalmente nesse período de resgate dos negócios no pós-pandemia”.


A analista acredita, entretanto, que a partir de novembro, com o início dos jogos, as pessoas estarão com mais fôlego para, de fato, olhar a Copa. “O brasileiro gosta muito de futebol, a seleção une o país como um todo”.


Poliana Valente, entanto, alerta os empreendedores para que percebam, dentro do propósito do seu negócio, da realidade que têm e dos produtos e serviços que oferecem, o que poderia estar agregando para fazer dessa Copa um momento especial.


Com boa divulgação de seus negócios, a gestora acredita que os varejistas poderão conseguir potencializar a venda e engajar mais esses consumidores, mesmo para a Copa do Mundo. “Não há razão para perderem a esperança, mas devem avaliar qual seria o melhor tipo de estratégia. Porque, na minha percepção, quando a gente entrar em novembro, as pessoas estarão mais nessa energia da Copa”.


Fim do ano
A visão de fim de ano dos pequenos empresários é um pouco mais animadora. De acordo com a pesquisa nacional, 26% dos entrevistados acreditam que os desafios que surgiram no caminho provocaram mudanças valiosas para o seu negócio; 22% estão animados com as novas oportunidades; e 11% pensam que o pior já passou.


Poliana Valente lembra que o Brasil ainda enfrenta um processo de crise, de inflação alta e desemprego elevado, que gera queda no poder de compra dos consumidores, com direcionamento para aquisição de itens mais básicos. “Eu acho que uma grande forma de tentar conciliar e diminuir essa preocupação é pensar, dentro do seu negócio, como seus produtos e serviços podem de fato agregar para uma experiência bacana para as pessoas, de forma que elas consigam presentear quem amam, apesar de toda essa fase que a gente está vivenciando enquanto país e estado. No fundo, apesar de todos os problemas, ninguém que tenha um pouco de condição vai deixar de presentear alguém”, disse.


Se a diminuição de preços não é possível para o pequeno empreendedor, a analista do Sebrae sugeriu que outros meios podem ser acessados para cativar o público, como brindes, atendimento diferenciado, às vezes, inclusive, por meio da colaboração entre produtos, serviços e empresas, onde o comprador perceba um valor maior agregado.


Segundo Poliana, no Black Friday há a percepção de que o consumidor pode comprar coisas que está precisando a um preço mais convidativo. Já o Natal tem toda uma questão afetiva, de estar em família, de presentar, independente de o produto desejado estar um pouco mais caro naquele momento.


Agência Brasil



Brasil perde 890 mil empregos de maior complexidade em sete anos

Foto: divulgação/ Internet

O Brasil perdeu 890 mil empregos na produção de bens de média e alta complexidade em apenas sete anos, de 2013 a 2020. Se consideradas somente as 12 principais profissões de maior complexidade, tanto na indústria de bens de consumo quanto no setor de serviços, a perda é de quase 380 mil.

Os números fazem parte de um estudo inédito do GPPD (Grupo de Pesquisa em Política Pública e Desenvolvimento), da Universidade Federal de Minas Gerais, feito a partir dos dados mais recentes da Rais (Registro Anual de Informações Sociais).

De acordo com os pesquisadores, a participação no emprego total desses setores vem caindo ao longo dos anos, passando de 11,4% em 2006 para 9% em 2020. Ainda assim, de 2006 a 2013 houve um aumento no número de empregos desses setores, passando de 3,92 milhões em 2006 para 5,04 milhões em 2013.

A partir deste ano e com o impacto econômico da crise de 2015 e 2016, no entanto, os dados apontam que o número de empregos desses setores vem caindo paulatinamente: bateu em 4,15 milhões em 2020 e chegou à perda de 890 mil postos, retornando a um patamar semelhante ao de 2007.

“O que a gente observa é que havia uma melhora na participação, sobretudo na composição do emprego antes de 2013. Setores de alta e média complexidade vinham aumentando sua participação no mercado de trabalho, embora lentamente. Nos últimos sete anos, eles não só não conseguem mais voltar ao ritmo de antes, como ficam praticamente estagnados”, diz o professor da UFMG João Prates Romero.

Esses segmentos incluem atividades distintas, como a fabricação de veículos automotores, de produtos de borracha e materiais plásticos e metálicos, operários de confecções e de móveis.

O setor automotivo tem se tornado um símbolo dessa perda de vagas. Em 2019, a Ford anunciou que encerraria suas atividades na unidade de São Bernardo do Campo. Um ano depois, os funcionários de Taubaté (140 km de SP) receberam a notícia do fim das atividades e, em 2021, a montadora anunciou o encerramento de sua produção no Brasil, o que ocasionou mais de 4.000 demissões na Bahia.

Neste ano, em maio, a Caoa Chery decidiu limitar suas atividades em Jacareí (80 km de SP) e fechar a fábrica de forma temporária para fazer alterações. Cerca de 600 funcionários foram demitidos. A unidade será remodelada.

A lenta recuperação da economia, com crescimento anual do PIB (Produto Interno Bruto) na casa de 1% nos anos seguintes, não ajudou a salvar esses postos de maior qualidade.

A pesquisa também mostra que, na fabricação de produtos de metal, a queda foi de 510 mil empregos para 420 mil (-17,7%) entre 2014 e 2020; já quem atuava na produção de veículos sentiu uma perda de 490 mil para 410 mil no período (-16,33%).

“Todos esses setores produtores de bens de média e alta complexidade fazem parte da indústria de transformação, que registrou queda de 1,05 milhão de empregos de 2013 até 2020. Ou seja, a maior parte da queda da indústria no período se deu justamente nos setores de maior complexidade”, diz Romero.

O pesquisador ressalta que outros estudos indicam como o aumento da complexidade econômica está ligado à alta da renda e do emprego nos países.

O que ajudou a amortecer a redução dos empregos de maior complexidade entre 2013-2020 foi o setor de serviços. Quando eles são considerados no cálculo, a perda de empregos no período cai de 890 mil para 790 mil.

Nessas atividades, serviços prestados por trabalhadores de escritório, por exemplo, estavam em número maior em 2020 do que eram em 2014 (passaram de 1,37 milhão para 1,5 milhão, ou representavam 2,76% da participação no emprego total para 3,25%).

Um movimento semelhante ocorreu com os que prestam serviços para edifícios e atividades paisagísticas (que praticamente retornaram ao período pré-recessão) e as atividades de atenção à saúde humana (passaram de 1,89 milhão para 2,3 milhões).

“Uma vaga de alta complexidade custa mais a ser recuperada. Quando olhamos em termos relativos, os postos em setores de produção de maior valor chegam a 6,5% do total e começam a cair. Mesmo que o setor de serviços de alta complexidade aumente, é algo preocupante”, afirma o pesquisador.

Além disso, apesar de a crise provocada pela Covid-19 ter tido um efeito mais intenso sobre o setor de serviços em 2020, houve um crescimento relativo do número de empregos nessas atividades, enquanto os demais setores ficaram praticamente estagnados.

INDÚSTRIA PODE SE ESPELHAR EM EXEMPLO DO EXTERIOR, DIZEM ESPECIALISTAS
Para Romero, uma saída para estancar a sangria de empregos mais nobres passa pela retomada de políticas públicas, expansão do crédito e aumento de recursos para ciência e tecnologia.

“Também é preciso pensar em políticas de apoio à competitividade. A Europa e os Estados Unidos estão fazendo uma retomada muito assertiva de suas políticas industriais após a Covid-19, sobretudo em resposta à expansão competitiva da China”, diz.

O economista-chefe do Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial), Rafael Cagnin, concorda que outros países fizeram e o que o Brasil ainda não fez. Mesmo nas economias desenvolvidas em que a participação da indústria no PIB caiu, a indústria que sobrou é de média ou alta tecnologia.

“No Brasil, a desindustrialização afeta principalmente os ramos de maior complexidade e não conseguimos manter funcionando outros ramos, como a microeletrônica, que estão na fronteira”, avalia.

Segundo publicação recente da entidade, a indústria brasileira não precisou passar pela crise de 2014-2016 para que retrocedesse na estrutura produtiva do país. Ao contrário, o setor industrial vem perdendo participação no PIB do Brasil desde os anos 1980.

As dificuldades dos últimos anos apenas aprofundaram o problema, levando ao menor patamar em que a indústria já ocupou desde 1947. “Os setores manufatureiros do Brasil começaram a perder participação no PIB em anos distintos: o de vestuário, couro e calçados, nos anos 1970; química e petroquímica, nos anos 1980; alimentos, bebidas e fumo, a partir de 2005”, diz o Iedi.

Para reagir a esse cenário, Cagnin complementa que é preciso reforçar os mecanismos de apoio à inovação.

“A coluna vertebral é o reforço das ações de apoio à tecnologia e inovação. Não dá para retornar às atividades de antes, mas podemos aproveitar a nova fase de industrialização, em que essas atividades ganhem participação e condições de crescer e se difundir.”

Para o sociólogo do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) Clemente Ganz Lúcio, investimentos devem ser feitos a partir do que o país traçar como suas prioridades para os próximos anos. Setores como o de energias renováveis são estratégicos.

“Um novo governo deveria estruturar um projeto de desenvolvimento assentado em desenvolvimento e inovação tecnológica de produtos que demandem serviços mais complexos, na produção de fármacos ou de componentes, por exemplo. Isso exige investimentos.”

Agora RN



Governo do RN firma entendimento para implantação de porto-indústria

Foto: divulgação

O Governo do RN firmou na manhã desta terça-feira (18), memorando de entendimento com a Nordex Energy Brasil, Comércio e Indústria de Equipamentos para realização de estudos técnicos visando a instalação do Porto-indústria no Estado que terá a finalidade de dar suporte a projetos de geração de energia eólica onshore e offshore e produção de hidrogênio verde.

O entendimento foi firmado no 13º Brazil Wind Power, em São Paulo, evento que promove encontros e negócios no setor. A parceria não envolve recursos financeiros das partes, mas a troca de informações, encontros para discussões técnicas e visitação a áreas que possam vir a receber o porto-indústria. O entendimento tem vigência de dois anos.

O presidente da Nordex, Felipe Ferreira disse que é muito importante que o porto-indústria seja instalado no Rio Grande do Norte por que trará uma cadeia de suprimento para o Estado no campo das energias e fazer exportações e importações a partir do Rio Grande do Norte, que é o Estado onde temos mais atividade no Brasil”.

A governadora Fátima Bezerra destacou que “continuamos liderando o ranking de geração de energia e estamos voltados para que possamos conquistar o novo protagonismo no contexto do offshore. Estamos trabalhando para que a geração de energia eólica no mar comece pelo RN. Temos os melhores ventos, mão de obra qualificada, as maiores operadoras no setor e estamos construindo infraestrutura, inclusive temos estudos já realizados pelo professor da UFRN Mário Gonzalez que indicam quatro localidades com forte potencial para a instalação do porto-indústria”.

Fátima Bezerra também lembrou que o RN é líder nacional na geração de energias renováveis com 6,7 gigawatts onshore (em terra) e potencial de mais de 140 GW ofshore (no mar). “Estamos avançando para que o nosso Estado esteja bem posicionado quando for realizado o primeiro leilão para geração de energia offshore”, concluiu a Governadora.

A NORDEX

A Nordex Energy Brazil é um grupo global que desenvolve e gerencia soluções de infraestrutura sustentável em energias renováveis. Sua atuação abrange toda a cadeia de valor, desde projeto e construção até a operação e manutenção de plantas de produção, e tem presença em 40 países.



Comércio do RN vai abrir 6,5 mil vagas temporárias e 35% serão efetivadas

Com Dia das Crianças, Copa do Mundo, Black Friday, Carnatal, Natal e Ano Novo, comércio começa a abrir postos temporários no RN. Foto: Magnus Nascimento

Há quatro anos, Eleice Souza resolveu aproveitar a janela de contratação temporária do fim de ano e saiu de casa para distribuir currículos em lojas da capital. A ideia era uma só: conseguir uma oportunidade profissional como vendedora no período mais aquecido do comércio, entre outubro e dezembro. “Deu certo e me chamaram para trabalhar aqui”, relembra. E o que era para durar apenas três meses, acabou se tornando um emprego fixo. Entre 2018 e 2022, mesmo com a pandemia de covid no meio, Eleice foi escalando na empresa até ser promovida a subgerente, cargo que exerce atualmente em uma loja de roupas na Cidade Alta, zona Leste de Natal.

“Foi uma oportunidade de ouro que eu agarrei e dei o gás para poder ficar. Graças a Deus consegui e estou até hoje trabalhando. Serve até de exemplo para as pessoas não desistirem e buscarem os empregos temporários agora neste fim de ano”, afirma Eleice. Para este ano, segundo levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado (Fecomércio-RN), cerca de 2,2 mil vagas temporárias devem se converter em postos de trabalho efetivo, o que corresponde a aproximadamente 35% das 6,5 mil oportunidades totais que serão abertas no período.

O fim de 2022 deve ser o melhor dos últimos quatro anos, diz o presidente do Sistema Fecomércio-RN, Marcelo Queiroz. Ele estima que o último trimestre deve crescer 17% em relação ao mesmo período do ano passado na geração de empregos temporários. “A projeção do Instituto Fecomércio é que sejam criadas 6,5 mil novas vagas de trabalho em 2022. O número é maior do que o registrado em 2021, quando foi apontado a criação de 5.535 novos postos de trabalho, um crescimento de 17%. Um dos motivos é o aquecimento das vendas no final do ano, devido aos eventos e datas comemorativas”, pontua.

Com Dia das Crianças, Copa do Mundo, Black Friday, Carnatal, Natal e Ano Novo, setores do comércio e de serviços serão impactados positivamente, diz Queiroz. “Todas essas datas e movimentação servem de preparo para o mês de dezembro, que é o principal período de vendas. Podemos destacar, neste contexto, as lojas de vestuário, calçados, perfumaria, bem como os estabelecimentos do segmento de alimentos e bebidas.” detalha Marcelo Queiroz.

Faltando pouco mais de dois meses para o Natal, os lojistas já começam a entrar no ritmo acelerado das tradicionais festas do período. Ana Beatriz, gerente de uma loja de calçados, diz que a perspectiva é de reforçar o quadro de funcionários com quatro empregados temporários, que se juntarão aos sete trabalhadores fixos durante os meses de novembro e dezembro. “A contratação costuma acontecer nesse período, onde as vendas tendem a crescer. Estamos bem confiantes que teremos boas vendas e os temporários se juntarão à equipe para nos ajudar, com a possibilidade de contratação fixa”, conta.

De acordo com o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Natal (CDL), José Lucena, a tendência é de que a alta do comércio do último trimestre tenha boa influência nas atividades de serviço ligadas ao turismo em janeiro. “A gente está vendo que as coisas estão todas se encaixando. A gente vê um retorno forte e agora, passado esse meteoro que foi a pandemia, podemos planejar melhor nossas vidas, nosso ano porque o comércio está voltando plenamente. Você vê que nos corredores principais de Natal as lojas que estavam fechadas, estão começando a ser alugadas, então a gente está muito esperançoso”, analisa Lucena.

O fim de ano recheado, que tradicionalmente é o período de maior movimento do comércio, terá ainda a Copa do Mundo, que será um diferencial para o setor em 2022. A vendedora de roupas, Mariana Monte, diz que a procura pela camisa amarelinha da seleção já é grande. “O pessoal já está buscando muito e até o início da Copa a gente espera vender mais”, diz a profissional, que há um ano conquistou a vaga fixa em uma loja de roupas, após ter entrado como temporária no Natal de 2021.

A busca da Seleção Brasileira pelo hexacampeonato no maior torneio de futebol do mundo, que acontece no Catar, excepcionalmente entre novembro e dezembro, deve puxar as vendas para cima e alavancar os segmentos de vestuário, eletroeletrônicos, supermercados, bares, restaurantes e transporte, avalia Rodrigo Vasconcelos, presidente da Associação Viva o Centro. “Essa é a primeira  Copa do Mundo no fim de ano. As pessoas vão às ruas comprar camisas, calçados, televisores, projetores, é um momento muito bom”, diz Vasconcelos.

Lojistas apostam na criatividade e qualificação

No Alecrim, coração comercial de Natal, o planejamento é aperfeiçoar o atendimento presencial, de acordo com Matheus Feitosa, presidente da Associação dos Empresários do Bairro do Alecrim (AEBA). A ideia é bater de frente com o comércio online, principal concorrente do centro. “Nós temos uma clientela muito tradicional, que prefere a visita à loja, aquela coisa de pegar o produto, provar, conversar com o vendedor, ele valoriza muito essa experiência e a gente acredita que isso nunca vai mudar”, assegura.

“Com a internet, a gente vai precisar aperfeiçoar isso, melhorar sempre essa experiência que o cliente tem dentro da loja e também no atendimento virtual. É aí que o Alecrim vai poder concorrer e funcionar de forma equilibrada com as vendas na internet. Temos uma variedade e um preço que concorre com os grandes marketplaces online. Esse ano teremos um movimento intenso e as expectativas são as melhores possíveis”, complementa Matheus Feitosa.

Ainda enfrentando instabilidades após o período mais restritivo da covid-19, o empresário Bruno Ferreira diz que a perspectiva é aproveitar as datas festivas para recuperar parte do prejuízo adquirido nos quase dois anos de fechamento. Bruno, que também é presidente da Associação de Comerciantes e Empresários da Região Norte de Natal (Ascern), afirma que o setor organiza campanhas especiais para atrair clientes.

“Estamos realizando campanhas como o ‘Liquida Pajuçara’ que acontecerá dentro do mês de outubro, assim como o nosso ‘Natal premiado’ para estimular os consumidores a virem às compras. Além de criar o sentimento de valorizar o comércio do bairro onde ele reside. Dessa forma, criaremos novas vagas de empregos, proporcionando uma economia forte aos bairros e consequente responsabilidade socioeconômica e qualidade de vida aos trabalhadores locais”, comenta.

Tribuna do Norte



Serviços têm maior fatia de pequenos negócios no RN

Dos pequenos negócios em funcionamento no Rio Grande do Norte. 35% são liderados por mulheres, segundo dados do Atlas. Foto: Divulgação

Do salão de beleza ao lava jato. Do encanador ao técnico de informática. Do escritório de contabilidade à transportadora. Os setores de serviços e comércio reúnem a maior fatia das pequenas empresas em atividade no Rio Grande do Norte, concentrando 43% e 27%, respectivamente, de todos os empreendimentos classificados como de pequeno porte no Estado. Juntamente com o comércio, os dois ramos respondem por 70% do total das micro e pequenas empresas potiguares que estão em operação. O de serviços é o maior percentual, em termos proporcionais, entre os estados do Nordeste e, no País, fica atrás apenas de São Paulo (50%), Distrito Federal (52%) e Rio de Janeiro (55%). Outros 13% estão ligados às atividades agropecuárias, enquanto a construção civil e a indústria representam, respectivamente, 10% e 7% do total de empresas.

Isso é o que revela o Atlas dos Pequenos Negócios do Brasil 2022, publicação elaborada pelo Sebrae Nacional, que cruza e avalia indicadores e informações a partir de fontes oficiais, como Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) e Receita Federal.


O estudo faz uma radiografia do cenário dos pequenos negócios em todo o Brasil, traçando um perfil do segmento no país e nos estados com dados referentes a 2021. De acordo com a publicação, existiam 138.851 negócios formalizados como Microempreendedor Individual (MEI) e, destes, 111.835 (81%) estavam em atividade, sendo uma das menores proporções do País, ao lado ao Amapá (79%) e Paraíba (84%).

Taxa de sobrevivência 

O Atlas revela ainda que a taxa de sobrevivência das pequenas empresas potiguares, aquelas que ultrapassam os dois primeiros anos de funcionamento, é de 76%. O índice reduziu em comparação com 2020, quando a taxa girava em torno de 83,4%.


Muito dessa diminuição se deve ao cenário adverso às atividades econômicas imposto pela pandemia da covid-19 no período de análise. De um ano para o outro, 46,2 mil novas pequenas empresas foram abertas no estado, mas, por outro lado, outras 16,3 mil fecharam as portas de vez.


Perfil socioeconômico

Verificando-se o perfil dos empreendedores potiguares, os homens ainda são maioria à frente dos negócios, já que as mulheres somam 35%. A maior parte desse contingente que se lançou na livre iniciativa é negra, pessoas que se declaram pretas ou pardas. Ao todo, são 60% da população de empreendedores do RN. E essa população (29%) tem até 34 anos. O levantamento do Sebrae mostrou ainda que o Rio Grande do Norte tem a maior taxa de donos de pequenos negócios com melhores níveis de escolaridade da região: 16% possuem nível superior.


Porém, quando se trata de finanças, os números não são tão positivos e ainda há o que se avançar. 59% de todos os proprietários de micro e pequena empresa no estado só conseguem ter rendimentos mensais de, no máximo, um salário mínimo e apenas 29% contribuem com a previdência social. Grande parte deles (88%) ainda trabalha por conta própria, sem possuir, ao menos, um empregado contratado formalmente.

Tribuna do Norte



Governo do RN adianta primeira parcela do pagamento de setembro nesta quinta-feira

Foto: divulgação/ Internet

O Governo do Estado do Rio Grande do Norte depositará a primeira parcela do pagamento salarial do mês de setembro nesta quinta-feira 15. Quase metade do funcionalismo estadual receberá o salário integral já na primeira quinzena do mês, outra parcela dos servidores – que corresponde a 30% do quadro de pessoal – terá 30% dos vencimentos adiantados. Serão aplicados mais de R$ 267 milhões na conta dos servidores ao longo do dia.

Receberão o salário integral, entre ativos, inativos e pensionistas da categoria da Segurança Pública e para quem recebe até R$ 4 mil (valor bruto), totalizando aproximadamente 57 mil servidores, dos 121 da folha salarial do Estado, além do adiantamento de 30% para outros 41,5 mil que recebem acima desse valor.

A previsão para conclusão da folha salarial de setembro é no próximo dia 30, quando recebem o salário integral os servidores lotados em pastas com recursos próprios e os 70% restantes de quem recebe acima de R$ 4 mil, totalizando uma folha de R$ 552,2 milhões.

Agora RN