A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) está orientando os municípios potiguares sobre a ampliação da campanha de vacinação contra a gripe (influenza), com objetivo de atingir a meta de imunizar 90% do público alvo. O Ministério da Saúde autorizou no último sábado (03) que as vacinas sejam disponibilizadas para toda a população acima dos seis meses de idade e que a campanha permaneça enquanto houver estoque da vacina disponível.
No sábado, grande parte dos municípios do Rio Grande do Norte realizaram, após pactuação com a Sesap, o Dia D de vacinação contra a Influenza. O público total a ser vacinado no estado é de 1.295.751 pessoas e a campanha tem como meta vacinar no mínimo 90% deste grupo. Apenas a Região Metropolitana de Natal aplicou 9.556 doses da vacina contra a influenza no Dia D.
Até o início desta segunda-feira (5), o estado conta 481.512 pessoas vacinadas, o que representa 37% da meta inicial. A Sesap reforça a importância da vacinação contra a gripe neste período, em que aumenta-se a incidência de doenças respiratórias. A respeito da vacinação contra a Covid-19, a recomendação é para que quem está prestes tome primeiramente o imunizante contra o novo coronavírus e espere no mínimo 14 dias para se vacinar contra a gripe.
Já presente em 98 países, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a variante Delta, primeiramente detectada na Índia, tem imposto a necessidade da adoção de medidas mais duras para conter o espalhamento da nova cepa, mesmo em países que estão avançados na vacinação contra a Covid-19.
No Brasil, a preocupação de especialistas se torna ainda maior, visto que somente 27,2 milhões de pessoas estão totalmente vacinadas com as duas doses ou com a vacina da Janssen de dose única, e a transmissão do vírus no país ainda é alta. A maior preocupação é de que a variante Delta repita o histórico da Gamma, identificada em Manaus, conhecida também como P.1, que se espalhou rapidamente por todo o país.
“Dada a circulação generalizada e a não adoção de mais nenhuma medida de contenção por parte dos governos estaduais, corremos risco de uma nova variante emergir, tão ou mais preocupante que a P1”, alerta Camila Malta Romano, pesquisadora do Instituto de Medicina Tropical e do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo.
Na contramão da necessidade, o que se observa é um país com medidas cada vez mais frouxas, apostando no ritmo de vacinação, ainda aquém da necessidade para interromper o ciclo de transmissão.
cientista de dados e coordenador da Rede Análise Covid-19, Isaac Schrarstzhaupt, reitera a preocupação da pesquisadora. “Se acontecer um estouro da Delta, infelizmente, a gente vai ver o que já vimos com a Gamma. Primeiro, vimos as pessoas piorando, os números crescendo e, depois, confirmamos que era a Gamma”, indicou. Ele se preocupa com a taxa de transmissão comunitária do país, que permanece alta.
Por isso, a forma de evitar novas variantes é uma velha medida conhecida e recomendada pelos especialistas desde o início da pandemia. O foco deve ser no controle da disseminação, além da vacinação. É o que explica o gestor de saúde Adriano Massuda, especialista da Fundação Getúlio Vargas (FGV). “Vírus são micro-organismos que se reproduzem com muita velocidade e, por isso, são mais suscetíveis a sofrerem mutações em seu material genético. Dentre elas, podem surgir aquelas mais patogênicas, mais transmissíveis e até mais letais.”
Enquanto há escassez de vacina, o ciclo de infecção deve ser interrompido à base de “políticas de saúde pública voltadas para a identificação precoce dos casos, seguimento dos contatos e isolamento dessas pessoas no período em que estão em fase de transmissão”, destaca Massuda. Isaac reforça que o país tem uma testagem reativa, na qual só as pessoas com sintomas buscam ser testadas, e o número de infecções é subnotificado. “A gente sabe que tem muito mais pessoas infectadas do que diz aquele número oficial”, afirma.
A governadora Fátima Bezerra anunciou na manhã desta sexta-feira (02) a inclusão dos profissionais de imprensa no Plano Estadual de Imunização. Segundo ela, a vacinação vai começar a partir da próxima semana.
Foi deliberada também a necessidade de avançar a vacinação dos profissionais da educação, com objetivo de totalizar a imunização deste público.
Também em deliberação na CIB, por solicitação dos secretários municipais, foi reforçado que as vacinas destinadas à segunda dose (D2) sejam guardadas na rede de frio da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap).
Desta forma, a Sesap permanecerá como responsável pela distribuição das vacinas, seguindo o cronograma estabelecido e de acordo com o Programa Estadual de Imunização e o Plano de Operacionalização para a vacinação contra a covid-19 no RN. As doses continuam a ser liberadas em tempo oportuno para aplicação, como já havia sido pactuado na CIB.
A Secretaria Municipal de Saúde, por meio do Setor de Imunização, realiza neste sábado, dia 03, o Dia “D” da campanha contra a Influenza (Gripe H1N1).
A campanha, que teve início em 12 de abril e está prevista para ser encerrada em 9 de julho, está sendo realizada paralela à de imunização contra a COVID-19 e conforme orientação, o intervalo entre uma vacina e outra, deve ser de, no mínimo, 14 dias.
Portanto, devem receber a vacina contra a influenza neste sábado, dia 03, os seguintes Grupos:
• Crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade (5 anos, 11 meses e 29 dias); Gestantes; • Puérperas; • Povos indígenas; • Trabalhadores da saúde; • Idosos com 60 anos e mais; • Professores das escolas públicas e privadas; • Pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais; • Pessoas com deficiência permanente; • Forças de segurança e salvamento; • Forças armadas; • Caminhoneiros; • Trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso; • Trabalhadores portuários; • Funcionários do sistema prisional; • Adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas; • População privada de liberdade.
Horário: das 08h às 17h, sem intervalo para o almoço.
Fique atento aos pontos de vacinação e não se esqueça de levar sua carteirinha.
A Secretaria Municipal de Saúde, por meio do Setor de Imunização, realiza neste sábado, dia 03, o Dia “D” da campanha contra a Influenza (Gripe H1N1).
A campanha, que teve início em 12 de abril e está prevista para ser encerrada em 9 de julho, está sendo realizada paralela à de imunização contra a COVID-19 e conforme orientação, o intervalo entre uma vacina e outra, deve ser de, no mínimo, 14 dias.
Portanto, devem receber a vacina contra a influenza neste sábado, dia 03, os seguintes Grupos:
• Crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade (5 anos, 11 meses e 29 dias); Gestantes; • Puérperas; • Povos indígenas; • Trabalhadores da saúde; • Idosos com 60 anos e mais; • Professores das escolas públicas e privadas; • Pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais; • Pessoas com deficiência permanente; • Forças de segurança e salvamento; • Forças armadas; • Caminhoneiros; • Trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso; • Trabalhadores portuários; • Funcionários do sistema prisional; • Adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas; • População privada de liberdade.
Horário: das 08h às 17h, sem intervalo para o almoço.
Fique atento aos pontos de vacinação e não se esqueça de levar sua carteirinha.
O Hospital Regional do Seridó anuncia que mais 03 pacientes confirmados COVID-19 tiveram alta hospitalar nesta quinta-feira (01) no referido Hospital.
Município de residência dos pacientes: 📍Caicó – 03
Os pacientes ficarão em isolamento domiciliar monitorados pela secretaria de saúde do seu município.
altahospitalar #vencendoacovid
vacinasalvavidas
useamáscara
nãoaglomere
higienizeasmãos
▪️ @hrserido
Boletim Covid-19 Hospital Regional Telecila Freitas Fontes 01/07/21 ▪️ Esse boletim é referente a pacientes internados nas últimas 24 horas no Hospital Regional do Seridó. ▪️
🖤 Óbito por COVID-19 no HRS em 30/06/21 após a emissão do boletim:
O Serviço de Psicologia Aplicada (Sepa), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), promove o Plantão Psicológico Online 2021. As inscrições acontecem semanalmente apenas às terças-feiras, entre os dias 29 de Junho e 17 de Agosto. Os interessados devem acessar o formulário do Google forms, que estará disponível na BIO do Instagram do SEPA (@sepaufrn).
O Plantão Psicológico é uma prática de atenção breve que consiste em uma escuta clínica de caráter pontual e tem em seu público-alvo discentes, servidores, funcionários terceirizados, residentes e toda a comunidade externa à UFRN. Todos os processos do Plantão como inscrições, agendamentos e atendimentos acontecerão no formato online, em virtude da pandemia de covid-19. Em caso de dúvidas, entrar em contato pelo e-mail [email protected]
O Indicador Composto, com dados analisados na última semana encerra nessa terça-feira (29), apontam que a pandemia registrou piora nos índices em 43 municípios do Rio Grande do Norte. Desse total, 11 estão na 6ª Regional de Saúde, que tem sede em Pau dos Ferros.
Na 2ª Regional de Saúde, de São José de Mipibu, 9 municípios pioram. Na 3ª, de João Câmara, 8 pioraram. Já na 4ª, de Caicó, foram 7 cidades com redução nos índices. A 2ª, de Mossoró, teve piora em 5 municípios. Na 5ª, de Santa Cruz, foram 2; e na 8ª, de Assú, apenas 1. A 7ª Regional, que é a Metropolitana, não houve piora.
Além das cidades que tiveram piora, o Rio Grande do Norte ainda teve 88 municípios que se mantiveram em estabilidade e 36 que melhoraram. Os número acendem o alerta já que na semana passada foram apenas 5 municípios que pioraram, enquanto 105 ficaram estáveis e 57 melhoraram a situação.
De acordo com o relatório, apenas um município está com alerta vermelho, com o escore de avaliação em 5 – o pior da avaliação: Francisco Dantas, no Oeste Potiguar. Por outro lado, são 8 cidades em verde claro, com escore 1 – o melhor da análise: Ruy Barbosa, Jardim de Angicos, João Dias, Messias Targino, Monte das Gameleiras, Rafael Godeiro, Serra de São Bento e Timbaúba dos Batistas.
A última vez que o estado havia registrado municípios em alerta vermelho foi no Indicado Composto de 8 de junho. Na ocasião, apenas dois municípios estavam na pior condição do relatório: Apodi e São Rafael.
Lista dos 20 piores municípios
Francisco Dantas José da Penha Pau dos Ferros Marcelino Vieira Lajes Olho d’Água do Borges Caraúbas Água Nova Assú Jucurutu Alto do Rodrigues Santana do Matos Carnaúba dos Dantas Grossos São Rafael Alexandria Santo Antônio Lagoa Nova Equador Extremoz
Lista dos 20 melhores municípios
Ruy Barbosa Jardim de Angicos João Dias Messias Targino Monte das Gameleiras Rafael Godeiro Serra de São Bento Timbaúba dos Batistas Bento Fernandes Santa Maria João Câmara São Miguel do Gostoso Cerro Corá Coronel Ezequiel Pilões Pedro Avelino Rio do Fogo Viçosa Tangará Jaçanã
Boletim Covid-19 Hospital Regional Telecila Freitas Fontes 29/06/21 ▪️ Esse boletim é referente a pacientes internados nas últimas 24 horas no Hospital Regional do Seridó. ▪️
🖤 Óbito por COVID-19 no HRS em 29/06/21:
📍Ouro Branco – 01
❤️ Alta hospitalar por COVID-19 no HRS em 28/06/21 após a emissão do boletim:
Faculdades e universidades particulares esperam uma retomada das matrículas no ensino superior, impactadas pela pandemia, principalmente a partir do ano que vem. O levantamento Observatório da Educação Superior: análise dos desafios para 2021 – 3ª edição, apresentado hoje (29), mostra que a vacinação é um dos principais fatores que dão segurança aos estudantes e elevam a intenção de começar os estudos.
A pesquisa mostra que 39% dos entrevistados que tomaram pelo menos a primeira dose do imunizante contra a covid-19 desejam começar a graduação ainda em 2021, no próximo semestre, e 41% no início de 2022. Entre os jovens que ainda não foram vacinados, apenas 16% responderam que têm intenção de começar seus cursos no meio do ano e 43% vão aguardar o próximo ano letivo.
Os não imunizados representam o público mais inseguro: 29% não se decidiram sobre quando se matricular. Entre os vacinados, esse percentual é de 9%, ou seja, 3,2 vezes menor.
“A gente percebe que começou a melhorar a procura, especialmente pelo ensino presencial, que foi a modalidade mais afetada durante a pandemia. Mas, está claro que a retomada forte ficará para 2022”, diz o diretor presidente da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes), Celso Niskier.
“Entendemos que a vacinação é decisiva para a retomada forte no ano de 2022 e quanto antes, melhor, porque o risco de mais um semestre de atraso na procura pelo ensino superior é que esses jovens vão se formar também um semestre depois, o que certamente vai provocar risco de um apagão de mão de obra qualificada para retomada econômica do país”, acrescenta.
O ensino superior privado concentra a maior parte das matrículas do Brasil, 75,8% em 2019, de acordo com o último Censo da Educação Superior, sendo 35% na modalidade a distância (EAD) e 65%, na presencial.
Com a pandemia e a suspensão das aulas presenciais, o setor foi impactado. Em junho do ano passado, o mesmo levantamento mostrou que 43% dos jovens que poderiam estar cursando o ensino superior decidiriam quando começar os estudos apenas quando a situação se normalizasse. Agora, esse percentual caiu para 26%, o que indica que há uma possibilidade de retomada, principalmente por conta da vacinação.
Cursos da saúde O levantamento mostrou ainda um aumento da procura por cursos da área da saúde, indicada como escolha de 30% dos estudantes, sendo 38% em cursos presenciais (no ano passado, eram cerca de 32%) e 18% na modalidade a distância. Em seguida, estão as ofertas de negócios, escolhida por 20% dos participantes – 12% presencial e 30% em EAD. Também foram citadas as áreas de direito (12%), educação (11%), engenharias (8%), arte e design (7%), tecnologia da informação (5%) e outros (8%).
“Tem-se verificado no Brasil todo a importância dos cursos da área de saúde”, diz o diretor executivo da Abmes, Solon Caldas. Segundo ele, na pandemia, essas carreiras mostraram-se com maior estabilidade no mercado de trabalho. “Os estudantes perceberam essa questão agora com a pandemia. Em momentos de crise, situações econômicas ruins do país, o pessoal da área de saúde teve uma garantia maior da manutenção dos seus empregos”, avalia o diretor executivo da Abmes, Solon Caldas.
Impactos De acordo com Niskier, o setor estima uma perda de matrículas no ensino presencial em torno de 8% a 9%, seja pela queda no ingresso, seja pela evasão durante a pandemia. Os dados serão confirmados no próximo Censo da Educação Superior. “Estamos falando não só de ingresso menor, mas de alunos que pararam de estudar, seja por dificuldade financeira, seja por dificuldade tecnológica [para atender as aulas a distância]”, diz.
A queda coloca o Brasil ainda mais distante de cumprir o Plano Nacional de Educação (PNE), lei aprovada em 2014 que estipula metas desde a educação infantil até a pós-graduação para serem cumpridas até 2024. “Estávamos longe de atingir, agora ficaremos ainda mais distantes, seja pela queda da base, fruto não só da captação quanto da queda por abandono, seja pela distância do PNE”.
Pela lei, o Brasil deve elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% e a taxa líquida para 33% da população de 18 a 24 anos. Segundo o último relatório de monitoramento, referente a 2018, essas taxas eram respectivamente 30% e 20%.
Pesquisa O levantamento Observatório da Educação Superior: análise dos desafios para 2021 – 3ª edição foi realizado pela empresa de pesquisas educacionais Educa Insights em parceria com a Abmes, entre 19 e 22 de junho, pela internet. Ao todo, participaram 1.212 homens e mulheres, de 17 a 50 anos, que desejam ingressar em cursos de graduação presenciais e EAD ao longo dos próximos 18 meses, em todas as regiões brasileiras.
A duas edições anteriores do estudo foram divulgadas em fevereiro e abril. O acompanhamento é continuidade do estudo Coronavírus vs Educação Superior: o que pensam os alunos e como sua Instituição de Ensino Superior (IES) deve se preparar, realizado ao longo de 2020.
Uma pesquisa que teve participação de cientistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) sugere que a variante delta do novo coronavírus (SARS-CoV-2) tem potencial maior de causar reinfecções e novos quadros de covid-19 em pessoas que haviam se curado da doença. A variante foi detectada pela primeira vez na Índia, mas já está presente em 85 países e causou a primeira morte no Brasil no último fim de semana.
O trabalho foi publicado na revista científica Cell e detalhes foram divulgados ontem (28) pela Agência Fiocruz de Notícias. As conclusões da pesquisa mostram que pessoas previamente infectadas por outras cepas do novo coronavírus têm um soro com anticorpos menos potentes contra a variante delta, que é uma das quatro variantes de preocupação já identificadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
A Fiocruz destaca que o aumento do risco é marcante no caso das pessoas que tiveram uma infecção anterior da variante gama, que foi identificada pela primeira vez em Manaus e se tornou a cepa dominante no Brasil. Nesses casos, a capacidade de os anticorpos neutralizarem a variante delta é 11 vezes menor. O mesmo ocorre com a variante beta, que foi descoberta na África do Sul.
A divergência antigênica da variante delta é menor quando comparada à variante alfa, que foi a primeira de preocupação a entrar no radar da OMS, ao surgir no Reino Unido. De acordo com a Fiocruz, cientistas avaliam que “o achado indica que vacinas baseadas na variante alfa podem proteger amplamente contra as variantes atuais, o que pode ser uma informação relevante para a formulação de novos imunizantes”.
Apesar de sugerir um escape maior do vírus ao ataque dos anticorpos produzidos em infecções anteriores, a pesquisa revela que as vacinas de RNA mensageiro e vetor viral, como Pfizer e AstraZeneca, continuam eficazes contra a infecção pela cepa delta. Essa eficácia, porém, é reduzida com a mutação sofrida pelo vírus na proteína S, que forma a estrutura viral usada para iniciar a invasão da célula do hospedeiro.
A pesquisa constatou que a capacidade de neutralizar a variante delta é 2,5 vezes menor no caso da vacina da Pfizer, e 4,3 vezes menor para a AstraZeneca. Segundo o artigo, esses índices são semelhantes aos que já haviam sido registrados nas variantes alfa e gama. Desse modo, a variante beta continua a ser a única em que há evidência de fuga generalizada da neutralização.
“Parece provável, a partir desses resultados, que as vacinas atuais de RNA e vetor viral fornecerão proteção contra a linhagem B.1.617 [que tem três sublinhagens, incluindo a variante delta], embora um aumento nas infecções possa ocorrer como resultado da capacidade de neutralização reduzida dos soros”, afirma um trecho do artigo traduzido pela Fiocruz.
O estudo foi liderado pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, e envolveu 59 pesquisadores do Reino Unido, da China, do Brasil, dos Estados Unidos, da África do Sul e Tailândia. No Brasil, participaram o Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), o Laboratório de Ecologia de Doenças Transmissíveis na Amazônia do Instituto Leônidas e Maria Deane (Fiocruz Amazônia) e a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS/AM).
Nas análises, os pesquisadores investigaram a ação de 113 soros, obtidos a partir de pacientes infectados e imunizados, englobando seis cepas do novo coronavírus: uma linhagem próxima do vírus inicialmente detectado em Wuhan, na China, no começo da pandemia; as variantes de preocupação alfa, beta, gama e delta; e a variante de interesse kapa, que é a mesma da linhagem variante delta.