Forças de segurança definem estratégias de fiscalização para a volta do toque de recolher no RN

Durante a reunião, também foi reforçado o compromisso de que as forças de segurança estaduais irão compor as equipes de fiscalização formadas pelo Município, que deverão percorrer todas as regiões da capital para fazer cumprir o que determina o novo decreto estadual

As forças de segurança do Rio Grande do Norte se reuniram para definir as ações integradas de fiscalização a serem realizadas pelo programa Pacto Pela Vida, com a retomada, nesta segunda-feira (5), do toque de recolher das 20h às 6h em todo o estado potiguar. 

Em Natal, ficou definida uma ronda conjunta, com caráter educativo, nos principais corredores e centros comerciais para orientar lojistas, empresários, prestadores de serviço e seus empregados, colaboradores e clientes para o cumprimento das medidas de combate à pandemia, como a necessidade de fechamento dos estabelecimentos não essenciais no período estabelecido pelo novo decreto. 

A videoconferência contou com a participação das forças de segurança pública estaduais (PM, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros Militar) e equipes de segurança, fiscalização e vigilância do Município de Natal, como a Secretaria Municipal de Segurança Pública e Defesa Social (SEMDES), Guarda Municipal de Natal, Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SEMSUR) e Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (SEMURB). O Procon Estadual e a Defesa Civil do Estado também colaboraram com as discussões. 

Durante a reunião, também foi reforçado o compromisso de que as forças de segurança estaduais irão compor as equipes de fiscalização formadas pelo Município, que deverão percorrer todas as regiões da capital para fazer cumprir o que determina o novo decreto estadual. 

As novas regras de combate ao coronavírus, editadas no início do mês, estabelecem que o comércio considerado não essencial deve suspender o atendimento no período de 20h às 6h do dia seguinte, domingos e feriados. Neste período, também fica proibida a circulação de pessoas em vias públicas. As medidas entram em vigor a partir desta segunda-feira (5) e vão até o dia 16 deste mês. Bares, restaurantes e similares, também estão proibidos de permitir o consumo de bebidas alcoólicas no local em qualquer horário.

Em qualquer horário de incidência do toque de recolher, os estabelecimentos comerciais de qualquer natureza e prestadores de serviço poderão funcionar exclusivamente por sistema de entrega (delivery), drive-thru e take away.

“Ainda estamos vivendo dias difíceis, com índices muito altos de contaminação pela Covid-19. E a nossa missão, como sempre, é garantir o que determina o decreto, priorizando um trabalho preventivo e de caráter educativo”, enfatizou o titular da SESED, coronel Araújo.

Não se aplicam as medidas de toque de recolher às seguintes atividades:

I – serviços públicos essenciais;
II – serviços relacionados à saúde, incluídos os serviços médicos, hospitalares, atividades de podologia, entre outros;
III – farmácias, drogarias e similares, bem como lojas de artigos médicos e ortopédicos;
IV – supermercados, mercados, padarias, feiras livres e demais estabelecimentos voltados ao abastecimento alimentar, vedada a consumação no local no período do toque de recolher;
V – atividades de segurança privada;
VI – serviços funerários;
VII – petshops, hospitais e clínicas veterinária;
VIII – serviços de imprensa e veiculação de informação jornalística;
IX – atividades de representação judicial e extrajudicial, bem como assessoria e consultoria jurídicas e contábeis e demais serviços de representação de classe;
X – correios, serviços de entregas e transportadoras;
XI – oficinas, serviços de locação e lojas de autopeças referentes a veículos automotores e máquinas;
XII – oficinas, serviços de locação e lojas de suprimentos agrícolas;
XIII – oficinas e serviços de manutenção de bens pessoais e domésticos, incluindo eletrônicos;
XIV – serviços de locação de máquinas, equipamentos e bens eletrônicos e eletrodomésticos;
XV – lojas de material de construção, bem como serviços de locação de máquinas e equipamentos para construção;
XVI – postos de combustíveis e distribuição de gás;
XVII – hotéis, flats, pousadas e acomodações similares;
XVIII – atividades de agências de emprego e de trabalho temporário; XIX – lavanderias; XX – atividades financeiras e de seguros;
XXI – imobiliárias com serviços de vendas e/ou locação de imóveis; XXII – atividades de construção civil;
XXIII – serviços de telecomunicações e de internet, tecnologia da informação e de processamento de dados;
XXIV – prevenção, controle e erradicação de pragas dos vegetais e de doenças dos animais;
XXV – atividades industriais;
XXVI – serviços de manutenção em prédios comerciais, residenciais ou industriais, incluindo elevadores, refrigeração e demais equipamentos;
XXVII – serviços de transporte de passageiros;
XXVIII – serviços de suporte portuário, aeroportuário e rodoviário;
XXIX – cadeia de abastecimento e logística.



Inscrições para o Sisu começam nesta terça-feira

As notas individuais do Enem 2020, que foram divulgadas na semana passada, estão disponíveis para consulta na Página do Participante ou aplicativo do Enem

O Sistema de Seleção Unificado (Sisu), do Ministério da Educação, começa a receber nesta terça-feira (6) inscrições para o primeiro semestre de 2021. Até sexta-feira (9) serão exigidos para esta seleção, exclusivamente, a nota do candidato no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2020.

Para se inscrever no Sisu,  o interessado não pode ter zerado a redação do Enem 2020. Já o peso de cada prova para o curso de escolha varia e deve ser consultado no edital da instituição superior de interesse ou no site do Sisu. As notas individuais do Enem 2020, que foram divulgadas na semana passada, estão disponíveis para consulta na Página do Participante ou aplicativo do Enem.

Inscrições
Os interessados em participar do Sisu devem manifestar interesse em até duas opções de curso/instituição e especificar a ordem de preferência. Ele poderá optar por concorrer às vagas de ampla concorrência ou aquelas reservadas a políticas de ações afirmativas, as cotas. Pelas regras, não é permitida a inscrição em mais de uma modalidade de concorrência para o mesmo curso e turno, na mesma instituição de ensino e local de oferta.

Pela página do Sisu será possível checar a nota de corte para cada instituição participante, local de oferta, curso, turno e modalidade de concorrência. Os dados serão atualizados periodicamente conforme o processamento das inscrições. Durante esse período, o estudante pode alterar as suas opções e até cancelar a inscrição. A classificação no Sisu será feita com base na última alteração efetuada e confirmada no sistema.

Resultado
O resultado para a única chamada do Sisu será divulgado em 13 de abril. Em caso de notas idênticas, a partir dos critérios de classificação, o desempate será feito no momento da matrícula e será selecionado o candidato que comprovar a menor renda familiar. O processo de matrícula será de 14 a 19 de abril, em dias, horários e locais de atendimento definidos por cada instituição de ensino.

Lista de espera
Para participar da lista de espera, o estudante deverá manifestar seu interesse por meio da página do Sisu na internet, no período de 13 a 19 de abril, em apenas um dos cursos para o qual optou por concorrer. Quem já foi selecionado na chamada regular em uma de suas opções de vaga não poderá participar da lista de espera, independentemente de ter realizado ou não sua matrícula na instituição. As regras para preenchimento das vagas não ocupadas na chamada regular serão definidas em edital próprio de cada instituição de ensino participante.

Histórico
O Sisu é o programa do Ministério da Educação para acesso de brasileiros a um curso de graduação em universidades públicas do país. As vagas são abertas semestralmente, por meio de um sistema informatizado, e os candidatos com melhor classificação são selecionados de acordo com suas notas no Enem. O estudante também não pode ter zerado a redação.

Além do Sisu, as notas do Enem podem ser usadas para o Programa Universidade para Todos (ProUni), que oferece bolsas de estudo em instituições privadas, e para acesso ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), para financiamento de cursos de ensino superior.



Polícia: ​​​​​​​homem suspeito por homicídio em Minas Gerais é preso no interior do RN

Ele foi encaminhado ao sistema penitenciário, onde ficará à disposição da Justiça

Policiais civis da 9ª Delegacia Regional de Polícia de Santa Cruz prenderam, nesta segunda-feira (05), Leandro de Lima e Silva, 29 anos, pela suspeita da prática de crime de homicídio. Em desfavor dele, havia um mandado de prisão pelo crime de homicídio, expedido pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais. 

De acordo com informações passadas pela Polícia Civil do estado de Minas Gerais, Leandro de Lima estaria residindo na cidade de Santa Cruz. Após diligências, os policiais civis o localizaram e lhe deram voz de prisão. Ele foi encaminhado ao sistema penitenciário, onde ficará à disposição da Justiça.

A ação contou com o apoio da Força-Tarefa de Combate ao Crime Organizado (FT-NUDEM), coordenada pela Polícia Federal, sob a chancela da SEOPI/MJSP (Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça e Segurança Pública) e da SESED (Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social).



Alerta: RN começa novo decreto com 96,8% de ocupação de leitos e 58 pacientes na fila de espera

O Rio Grande do Norte começa, nesta segunda-feira (5), mais um decreto com medidas para tentar conter o avanço da covid-19. Durante a manhã, em consulta à plataforma Regula RN às 8h50, o estado possuía 97,1% de ocupação de leitos críticos. A Região Oeste estava com 100% de ocupação. Na Região Metropolitana, a taxa era de 95,7% e no Seridó de 95%.

Em relação à fila de espera, o RN inicia o novo decreto com 58 pacientes aguardando por leitos de UTI para tratar a covid-19. Desse total, 46 são da Região Metropolitana e 12 da Oeste. No entanto, apenas 12 leitos críticos estavam disponíveis, sendo cinco exclusivos para crianças. Ao todo, o estado tem 394 leitos críticos, com 366 ocupados e 16 bloqueados, além dos 12 disponíveis. Nos leitos clínicos, 302 estão ocupados, 29 estão bloqueados e 120 estão livres, do total de 451.

De acordo com o Governo do RN, a fila de espera chegou a ficar em 50 pacientes nesse domingo (4). Além disso, a taxa de ocupação de leitos na média estadual esteve em 92%.

Em relação aos hospitais que prestam atendimento contra a covid-19, 22 estavam operando com 100% da capacidade na manhã desta segunda-feira (5). Outros cinco possuíam vagas, sendo o Hospital Municipal de Natal (1), Hospital Regional Telecila Freitas Fontes (2), Hospital Regional Alfredo Mesquita (2) e Hospital Maternidade Infantil Integrada de São Paulo do Potengi (2) e Hospital Maria Alice Fernandes (5).

De acordo com os dados divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), o Rio Grande do Norte tem 199.644 casos confirmados da covid-19 e 4.629 óbitos provocados pela doença desde o início da pandemia.



Menos de um terço dos contribuintes enviou declaração do Imposto de Renda

O balanço foi divulgado no início desta tarde pela Receita Federal, com dados apurados até as 11h de hoje (5)

A menos de um mês para o fim do prazo de entrega da Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física, pouco menos de um terço dos contribuintes acertou as contas com o Leão. Nas cinco primeiras semanas de envio, 10.580.505 contribuintes entregaram o documento. Isso equivale a 32,4% do previsto para este ano.

O balanço foi divulgado no início desta tarde pela Receita Federal, com dados apurados até as 11h desta segunda-feira (5).

O prazo de entrega começou em 1º de março e irá até as 23h50min59s de 30 de abril. Na semana passada, a Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que propõe adiar a data limite para 31 de julho, por causa do agravamento da pandemia de covid-19. O texto, no entanto, ainda precisa ser votado pelo Senado.

Neste ano, o Fisco espera receber entre até 32.619.749 declarações. No ano passado, foram enviadas 31.980.146 declarações.

O programa para computador está disponível na página da Receita Federal na internet. Quem perder o prazo de envio terá de pagar multa de R$ 165,74 ou 1% do imposto devido, prevalecendo o maior valor.

A entrega é obrigatória para quem recebeu acima de R$ 28.559,70 em rendimentos tributáveis em 2020. Isso equivale a um salário acima de R$ 1.903,98, incluído o décimo terceiro.

Também deverá entregar a declaração quem tenha recebido rendimentos isentos acima de R$ 40 mil em 2020, quem tenha obtido ganho de capital na venda de bens ou realizou operações de qualquer tipo na Bolsa de Valores, quem tenha patrimônio acima de R$ 300 mil até 31 de dezembro do ano passado e quem optou pela isenção de imposto de venda de um imóvel residencial para a compra de um outro imóvel em até 180 dias.

Restituição
Pelas estimativas da Receita Federal, 60% das declarações terão restituição de imposto, 21% não terão imposto a pagar nem a restituir e 19% terão imposto a pagar.

Assim como no ano passado, serão pagos cinco lotes de restituição. Os reembolsos serão distribuídos nas seguintes datas: 31 de maio (primeiro lote), 30 de junho (segundo lote), 30 de julho (terceiro lote), 31 de agosto (quarto lote) e 30 de setembro (quinto lote).

Novidades
As regras para a entrega da declaração do Imposto de Renda foram divulgadas na semana passada pela Receita. Entre as principais novidades, está a obrigatoriedade de declarar o auxílio emergencial de quem recebeu mais de R$ 22.847,76 em outros rendimentos tributáveis e a criação de três campos na ficha “Bens e direitos” para o contribuinte informar criptomoedas e outros ativos eletrônicos.

O prazo para as empresas, os bancos e as demais instituições financeiras e os planos de saúde fornecerem os comprovantes de rendimentos acabou em 26 de fevereiro. O contribuinte também deve juntar recibos, no caso de aluguéis, de pensões, de prestações de serviços, e notas fiscais, usadas para comprovar deduções.EconomiaImposto de RendaReceita Federal



Hospital Regional do Seridó anuncia alta hospitalar para mais 05 pacientes confirmados Covid-19

O Hospital Regional do Seridó anunciou que mais 05 pacientes confirmados COVID-19 tiveram alta hospitalar no referido Hospital, no dia 04/04 após a emissão do boletim e neste dia 05/04:

Município de residência dos pacientes:
📍Parelhas – 02
📍Serra Negra – 01
📍Florânia – 01
📍Ipueira – 01

Os pacientes ficarão em isolamento domiciliar monitorados pela secretaria de saúde do seu município.

altahospitalar #vencendoacovid

HRS31anos

useamáscara

nãoaglomere

higienizeasmãos

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@hrserido
▪️
Ouvidoria: (84) 98184-2042
3232- 6505/ 3232-3536
(SESAP) – 0800 084 2020
[email protected]



Petrobras anuncia aumento de 39% no gás natural para distribuidoras

Por causa do efeito da queda dos preços do petróleo no início do ano, durante 2020, os preços do gás natural às distribuidoras alcançaram redução acumulada de até 35% em reais e de 48% em dólares

A partir do dia 1º de maio, os preços de venda de gás natural para as distribuidoras estarão 39% mais caros em reais por metros cúbicos (R$/m³), na comparação com o último trimestre. Medido em dólar por milhão de BTU, unidade de energia usada nos Estados Unidos e no Reino Unido, (US$/MMBtu), o reajuste será de 32%.

De acordo com o anúncio da Petrobras, a variação é resultado “da aplicação das fórmulas dos contratos de fornecimento, que vinculam o preço à cotação do petróleo e à taxa de câmbio”. Conforme a companhia, as atualizações dos preços dos contratos são trimestrais e com relação aos meses de maio, junho e julho, a referência adotada são os preços dos meses de janeiro, fevereiro e março.

“Durante esse período, o petróleo teve alta de 38%, seguindo a tendência de alta das commodities globais. Além disso, os preços domésticos das commodities tiveram alta devido à desvalorização do real”, informou a petroleira em nota.

O repasse dos custos incorridos pela companhia para o transporte do produto até o ponto de entrega às distribuidoras também influencia os preços do gás natural da Petrobras. Esses custos são definidos por tarifas reguladas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). “Esta parcela do preço é atualizada anualmente no mês de maio pelo IGP-M, que, para o período de aferição (março de 2020 a março de 2021), registrou alta de 31%”.

Por causa do efeito da queda dos preços do petróleo no início do ano, durante 2020, os preços do gás natural às distribuidoras alcançaram redução acumulada de até 35% em reais e de 48% em dólares.

A Petrobras informou ainda que o preço final do gás natural ao consumidor não é determinado apenas pelo preço de venda da companhia, mas também pelas margens das distribuidoras e, no caso do GNV, dos postos de revenda, e pelos tributos federais e estaduais.

“Além disso, o processo de aprovação das tarifas é realizado pelas agências reguladoras estaduais, conforme legislação e regulação específicas. Os contratos de venda para as distribuidoras são públicos e estão disponíveis para consulta no site da ANP”, concluiu a empresa.



Currais Novos: ano letivo 2021 tem início na rede municipal de ensino

A Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esportes, inicia hoje (05), o ano letivo 2021, junto a todas as Unidades de Ensino da rede municipal, exclusivamente de forma remota, por causa do cenário Epidemiológico, que estamos enfrentando por causa da Covid-19.

Desejamos boas-vindas a todos os alunos matriculados e esperamos que em meio a um contexto tão complexo da Pandemia, a Educação, mesmo em novos formatos, seja um direito de todos.



Covid-19: entidades destacam importância de higienização bucal

A ciência já identificou a boca como porta de entrada de microrganismos que podem causar diversos tipos de doenças, em especial pulmonares e cardíacas. Segundo o Conselho Federal de Odontologia (CFO) e a Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amibi), a falta de higiene bucal também pode potencializar os efeitos da covid-19 no organismo, uma vez que é grande a replicação do vírus em glândulas salivares, língua e saliva.

Diante dessa constatação, as duas entidades criaram um manual com procedimentos a serem adotados para a higienização bucal de pacientes internados em unidades de terapia intensivas (UTIs). A limpeza é feita com a ajuda de uma substância que, por meio de oxidação, reduz as colônias de microrganismos na boca. 

“Esse tipo de procedimento já vinha sendo adotado para prevenção de pneumonias causadas por outros microrganismos, como bactérias, tanto em pacientes entubados quanto naqueles em que foi necessário fazer procedimento de traqueostomia, reduzindo significativamente os casos de contaminação. Agora, estamos adaptando aos pacientes ligados à ventilação mecânica por causa da covid-19”, disse à Agência Brasil o coordenador da Comissão de Odontologia Hospitalar do CFO, Keller De Martini.

O manual desenvolvido pelo CFO e pela Amibi foi criado a partir da revisão de artigos científicos que abrangem “os principais pontos exitosos para a implementação desse tipo de procedimento”, explica a presidente do Departamento de Odontologia da Amibi, Alessandra Figueiredo de Souza.

De acordo com a cirurgiã dentista do Hospital Risoleta Tolentino Neves (HRTN), em Belo Horizonte (MG), até o momento, por causa da alta demanda de profissionais em meio à pandemia, não há estudos finalizados que comprovem cientificamente os bons resultados obtidos a partir da aplicação desse procedimento em pacientes com o novo coronavírus. “Mas, historicamente, esse protocolo tem reduzido entre 50% e 60% as demais contaminações por pneumonias como as bacterianas”, disse.

Atuando na linha de frente de combate à pandemia, Keller De Martins diz perceber que a adoção desse protocolo tem apresentado ótimos resultados, com cerca de 40% dos pacientes entubados apresentando alguma melhora. “É algo a ser comemorado se considerarmos que cerca de 80% dos pacientes que vão para UTIs devido à covid-19 acabam indo a óbito, e que a sobrevida dos demais acaba, em muitos casos, apresentando sequelas”, argumenta.

Segundo o cirurgião dentista, boa parte dos hospitais já adota o protocolo. Ele, no entanto, reforça a urgência de que o procedimento seja adotado em todas as UTIs, como forma de minimizar as taxas de mortes.

“É fundamental que os hospitais tenham cirurgiões dentistas em suas equipes multidisciplinares de enfrentamento à covid-19. De preferência, profissionais com habilitação em odontologia hospitalar”, diz a presidente da Amibi, ao sugerir que, caso os hospitais precisem de ajuda para a implementação desse protocolo, entrem em contato com entidades de classe como o CFO e a Amibi.

Higienização 
De Martini e Alessandra acrescentam que a higienização bucal é indicada também para os casos em que a doença não esteja em sua versão mais grave, de forma a reduzir a carga viral no organismo. 

“Defendemos, inclusive, que mesmo pessoas não contaminadas tenham bastante atenção com a higienização bucal, escovando inclusive a língua”, acrescenta Martini, do CFO, ao sugerir também o uso de antisséptico bucal. “Lembre-se: a principal entrada desse vírus é via aérea, percorrendo a cavidade bucal”.

Os dois cirurgiões dentistas ouvidos pela Agência Brasil estão atuando na linha de frente de combate à pandemia. Ambos se dizem perplexos ao verem tantas pessoas despreocupadas com o que está acontecendo, a ponto de não usarem máscara inclusive em ambientes com aglomeração.

“Vemos equipes que trabalham constantemente, inclusive colocando a própria vida em risco para salvar vidas. Há médicos que estão morando no hospital para se dedicarem integralmente a essa luta, porque o número de profissionais à disposição nas UTIs é insuficiente”, disse De Martini.

Mortes
“Além disso, há também outros profissionais fundamentais para essa luta [nos hospitais]. Seja na área de limpeza, seja na de segurança; fonoaudiólogos, fisioterapeutas, psicólogos, nutricionistas. Cada um fazendo sua parte. É, de fato, muito frustrante vermos, quando nos deslocamos para recarregar baterias em nossas casas, tanta ignorância nas ruas e tantas pessoas dizendo que essa doença é uma invenção”. “A verdade é que essa doença está matando cada vez mais e dilacerando um número cada vez maior de famílias”, completou.

Agência Brasil



Saúde: com plano de imunização alterado, comorbidades podem ficar para trás

Segundo Jurandi Frutuoso, secretário-executivo do Conass (conselhos nacional de secretários da Saúde), por se tratar de um grupo numeroso, é provável que o escalonamento se dê por idade, mas a logística ainda está sendo discutida

Com a decisão de estados e municípios de priorizarem professores e forças de segurança na vacinação contra a Covid-19, grupos de pessoas com comorbidades podem ficar para trás na fila da imunização.

Pela ordem do plano nacional de vacinação, doenças que elevam o risco de agravamento da Covid-19, como diabetes, hipertensão, obesidade, cardiopatias, doenças pulmonares e renais, estariam na terceira fase da vacinação, à frente dos professores e de forças de segurança, por exemplo.

O grupo com comorbidades é o maior entre os prioritários, soma quase 17,8 milhões no país, dos quais 4,8 milhões estão no estado de São Paulo. Dada a quantidade de pessoas, já se discute um escalonamento entre elas, pelo grau de gravidade, idade ou de vulnerabilidade, por exemplo.

Segundo Jurandi Frutuoso, secretário-executivo do Conass (conselhos nacional de secretários da Saúde), por se tratar de um grupo numeroso, é provável que o escalonamento se dê por idade, mas a logística ainda está sendo discutida.

Para a cardiologista Lília Nidro Maia, diretora da Sogesp (Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo), pacientes com diabetes, obesidade e síndrome metabólica deveriam ser priorizados.

“Esse tipo de pessoa, com múltiplas comorbidades, deveria passar na frente porque têm mais riscos. Se você for priorizar só os hipertensos, por exemplo, seriam 60% da população adulta brasileira.”

Maia explica que a diabetes aumenta o risco de a pessoa infectada desenvolver a forma grave da Covid. Já obesidade, segundo ela, é um dos principais de fatores de risco para os pacientes mais jovens.

“Às vezes, a gente vê a notícia: morreu com 24 anos, morreu com 30 anos. Quando vai ver, é obeso.”

Os pacientes renais crônicos também são outro grupo que deveria ter prioridade na imunização, segundo os especialistas. Além da saúde fragilizada, esses doentes precisam se deslocar três vezes por semana até as clínicas de hemodiálise, o que os deixam mais expostos à infecção.

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia, são mais de 140 mil recebendo diálise em cerca de 810 clínicas espalhadas pelo país.

A nefrologista Ana Beatriz Barra, diretora médica da Fresenius Medical Care, diz que, seja pela Covid seja pela desassistência provocada pela pandemia, a taxa de mortalidade desses pacientes está em 25%, seis pontos percentuais acima da média histórica.

Ela afirma que esses pacientes têm outras comorbidades, como diabetes e hipertensão, o que os tornam ainda mais vulneráveis à Covid. A maioria (73%) tem menos de 64 anos e não foi contemplada pela vacinação pelo critério de idade.

E tem o fato de não poderem ficar em casa, em isolamento social. “Boa parte precisa pegar transporte público e enfrentar uma, duas, três horas de viagem para chegar à clínica. E eles estão se infectando e morrendo. Precisam ser vacinados com urgência”, diz Gilson Silva, diretor da Abrasrenal, entidade representativa dos pacientes.

Segundo ele, vários pacientes renais já morreram após contrair a Covid. Outros, recém-transplantados, perderam os órgãos e tiveram que voltar para a máquina de diálise. A entidade ainda computa os números.

Para chegar à clínica de diálise na Vila Mariana (zona sul de São Paulo), Carolina dos Santos, 21, leva uma hora e pega ônibus, trem e duas linha de metrô. Mora em Ermelino Matarazzo (zona leste).

“A condução tá sempre superlotada. É uma insegurança, mesmo eu tomando todos os cuidados. Peguei Covid, me curei. Mas e se eu pegar de novo?”, indaga, dizendo que já perdeu colegas da diálise vítimas da Covid. Os enfermeiros da clínica onde se trata ainda não foram vacinados.

Pacientes com câncer também pedem prioridade na vacinação. Um estudo brasileiro que acompanhou 198 doentes oncológicos que tiveram Covid mostrou que 33 deles morreram, uma taxa de mortalidade de 16,7%, seis vezes mais do que o índice global de mortalidade pelo coronavírus, de 2,4%.

“São pacientes que tendem a se complicar mais se adquirirem a Covid, uma vez que já estão lutando contra o câncer. Precisam ser priorizados na vacinação”, diz o oncologista Bruno Ferrari, fundador e presidente do conselho de administração da Oncoclínicas.

Segundo ele, esses pacientes muitas vezes estão em tratamento oncológico, usando drogas imunossupressoras, que não podem ser interrompidas. “É um paciente que tem que sair, ir para clínica, e corre mais riscos de ser infectado.”

A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica encaminhou ofício ao Ministério da Saúde solicitando prioridade a esses pacientes. A estimativa é que 1,5 milhão de brasileiros estejam em tratamento oncológico.

Para o médico Rodrigo Olmos, professor de clínica médica da USP e médico do Hospital Universitário, dentro das comorbidades existem diferenças de risco para a Covid e deveria haver uma classificação do impacto delas em cada município.

Para ele, como as comorbidades mais comuns, como diabetes e hipertensão, afetam boa parte da população adulta, um escalonamento por vulnerabilidade social seria uma boa saída.

“Talvez o risco de uma pessoa que tenha nível socioeconômico bom seja menor do que outra que more na periferia, que vive em situação de vulnerabilidade social.”

Para a epidemiologista Carla Domingues, que esteve à frente do PNI (Programa Nacional de Imunizações) por oito anos, a alteração da ordem dos grupos prioritários é ruim não só pelo fato de atrasar a vacinação de quem tem mais riscos de adoecimento e morte pela Covid como também prejudica o monitoramento do impacto da vacinação nos diferentes grupos.

“Cada hora tem um estado, uma cidade, fazendo uma política diferente. Muitas categorias que trabalham com o público deveriam ter prioridade, mas não temos vacina. O nosso foco tem que ser proteger os grupos mais expostos, os que estão morrendo mais.”

Na sua opinião, professores que estão em home office e forças de segurança que ocupam cargos administrativos não deveriam estar entre os prioritários.

Em nota, o Ministério da Saúde diz que a antecipação de parte do grupo prioritário das forças de segurança foi discutida na Comissão de Intergestores Tripartite e pactuada com o Conass e o Conasems (conselhos de secretários da Saúde).

Ressaltou ainda que o plano nacional de vacinação está sujeito a alterações e que a orientação aos estados, municípios e Distrito Federal é para que gestores de saúde locais sigam a ordem de prioridades estabelecida.

Jurandi Frutuoso, do Conass, afirma que uma quantidade mínima de vacina foi destinada às forças de segurança que estão na linha de frente da pandemia, como os socorristas, pilotos de avião e motoristas de ambulância que estão transportando doentes com Covid.

Ele diz que a decisão foi tomada porque em abril haverá mais oferta de vacinas.

As remessas, segundo ele, giram em torno de 25,4 milhões de doses, que serão usadas para iniciar novos grupos, os 5 milhões de 65 a 69 anos e os 9,3 milhões de 60 a 64 anos.

“Vacinando esse grupo, inicia-se o grupo das comorbidades”, diz ele. A previsão é que isso ocorra ainda neste mês, se o ritmo de vacinação girar em torno de 700 mil doses/dia.

Para os pacientes com idades entre 18 e 59 anos e que apresentem uma ou mais das comorbidades listadas no plano nacional de vacinação, será necessário comprovar a condição na hora da imunização (com exames, receitas ou relatório médico, por exemplo).

Comorbidades que dão direito à vacina

Diabetes melitus;
Pneumopatias crônicas graves, como doença pulmonar obstrutiva crônica, fibrose cística, fibroses pulmonares, pneumoconioses, displasia broncopulmonar e asma grave;
Hipertensão arterial;
Insuficiência cardíaca;
Hipertensão pulmonar;
Cardiopatia hipertensiva;
Síndromes coronarianas crônicas, como cardiopatia isquêmica;
Valvopatias;
Miocardiopatias e pericardiopatias;
Doenças da aorta, dos grandes vasos e fístulas arteriovenosas, como aneurismas e hematomas da aorta;
Arritmias cardíacas;
Cardiopatias congênitas no adulto;
Portadores de próteses valvares e dispositivos cardíacos implantados (como marcapassos e cardiodesfibriladores)
Doença cerebrovascular;
Doença renal crônica;
Imunossuprimidos, como indivíduos transplantados, que usam imunossupressores ou com imunodeficiências primárias;
Anemia falciforme;
Obesidade mórbida;
Síndrome de Down

Folhapress