Atrás de renda e sem opção de home office, pobres morrem mais de Covid

Não por acaso, estudos apontam que áreas pobres no país e bairros da periferia de São Paulo chegaram a ter três vezes mais mortes causadas pelo coronavírus do que outras regiões – Foto: Thiago Queiroz/Estadão

Dados do mercado de trabalho durante a pandemia da Covid-19 mostram que os mais ricos e escolarizados no Brasil puderam se proteger bem mais que as pessoas de menor renda e pouca educação.

Não por acaso, estudos apontam que áreas pobres no país e bairros da periferia de São Paulo chegaram a ter três vezes mais mortes causadas pelo coronavírus do que outras regiões.

Segundo dados da Pnad Covid-19 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) elaborados pela FGV Social, 28% dos membros da classe A/B (renda domiciliar superior a R$ 8.303) puderam alterar o local de trabalho durante a pandemia.

Na classe D/E (renda até R$ 1.926), apenas cerca de 7,5% tiveram essa opção. Na classe C (que ganhou destaque nos anos 2000 e tem renda entre R$ 1.926 e R$ 8.303), somente 10,3% fizeram isso.

Entre as profissões que menos puderam alterar o local e a forma de trabalho, indo para home office, por exemplo, estão principalmente os ocupados no setor de serviços, como funcionários de supermercados, vendedores e frentistas de postos. Quase 95% deles continuaram trabalhando no mesmo local na pandemia.

Entre as profissões mais intelectualizadas, 44% alteram o local de trabalho.

“Os trabalhadores mais pobres são os que mais precisam sair de casa para conseguir renda. Trabalhar em ‘home office’ é um privilégio das classes A e B, onde estão os empregadores, trabalhadores da ciência ou intelectuais, dirigentes e funcionários públicos”, diz Marcelo Neri, diretor da FGV Social.

Em 2020, grande parte dos trabalhadores de menor renda e os informais ficaram relativamente protegidos pelo pagamento do auxílio emergencial. Agora, no pior momento da pandemia no Brasil, não só o total de beneficiários será muito menor como os valores foram reduzidos drasticamente.

No ano passado, o benefício foi pago entre abril e dezembro (R$ 600 ao mês inicialmente, e depois R$ 300, a 66 milhões de pessoas), com R$ 293 bilhões empregados. A nova rodada (de R$ 250, em média, a 45,6 milhões) está prevista para durar apenas quatro meses e somar R$ 44 bilhões —​15% do total de 2020.​

A diferença entre os que puderam ficar mais ou menos protegidos é a mesma quando a comparação é feita levando-se em conta a escolaridade: 34% dos que têm ensino superior alteraram o local de trabalho. A taxa cai para 8% entre os com ensino médio completo e a 6,6% entre os que têm apenas o fundamental.

Em fevereiro, o estudo “Desigualdade Social e a mortalidade pela Covid-19 na cidade de São Paulo”, elaborado por quatro pesquisadoras com base em 19,5 mil óbitos, identificou que nos distritos em que mais de 10% da população tem renda per capita menor que R$ 275, morreram 70% mais pessoas de Covid-19 que nas regiões mais ricas.

As áreas com maior percentual de moradias precárias tiveram 53% mais óbitos. Em casas com mais de três pessoas por cômodo, a taxa de mortalidade foi mais que o dobro na comparação com domicílios menos densos.

Outro trabalho do ano passado, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), revelou que 79,6% dos óbitos registrados na cidade do Rio de Janeiro ocorreram nas áreas mais pobres —tanto pela saúde deficiente nessas regiões quanto pelas condições socioeconômicas precárias dos infectados.

Os dados da FGV Social a partir da Pnad Covid-19 mostram ainda que Rio de Janeiro, Ceará, Pernambuco e São Paulo foram os estados mais afetados pela pandemia em termos de queda na ocupação.

Na média, a taxa caiu 9,5% no Brasil em 2020, mas ela chegou a ceder 14,3% no Rio e 11,3% em São Paulo.
“A queda na ocupação poderia ter sido o dobro disso não fosse o programa federal de redução de jornada de trabalho e salário implementado na pandemia”, afirma Neri.

Novamente os mais pobres foram justamente os principais afetados pela queda na ocupação. Entre os 50% mais pobres em São Paulo, a taxa de ocupação despencou 22%, o dobro da média do estado.

FolhaPress



RN: pessoas se instalam na praia de Pititinga e fazem festa com aglomeração na véspera do feriado

O vídeo mostra só o começo da festa, repleta de adolescentes menores de idade

Teve festa na praia de Pititinga, município de Rio do Fogo, litoral Norte do RN.

Teve aglomeração.

Teve descumprimento de decreto estadual.

Tudo na noite de terça, véspera de feriado.

A polícia foi chamada. Ninguém foi preso.

Detalhe: os festeiros não eram de Pititinga. Escolheram a praia para sediar a festa.

Foram chegando e estacionando próximo aos quiosques da praia.

O vídeo mostra só o começo da festa, repleta de adolescentes menores de idade.

Blog Thaisa Galvão



Câmara de Natal aprova Lei que garante premiações para guardas municipais

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Os parlamentares ainda discutiram e mantiveram dois vetos do Poder Executivo

Nessa terça-feira (20), os vereadores de Natal se reuniram em Sessão Ordinária remota para a apreciação de projetos de lei. Entre as matérias discutidas, está a de Nº 103/2020, aprovada em segunda discussão, de autoria do vereador Preto Aquino (PSD) e subscrita por outros parlamentares. A Lei visa premiar os guardas municipais por bom desempenho de funções concedendo um dia de folga para o profissional responsável por apreensão de arma de fogo, quando no exercício das funções.

“A lei não cria despesa para o município, que não vai arcar um só centavo e para ficar mais claro para todos, isso já existe em ato administrativo, agora lei é lei e não tem invasão de competência”, explicou o vereador Preto Aquino. Contrária à matéria, a vereadora Brisa Bracchi (PT), destacou os motivos. “Todavia entendemos que juridicamente existe vício de iniciativa no projeto que votamos, sendo a iniciativa de competência exclusiva do Executivo, por isso nos posicionamos contrariamente”, disse Brisa.

Os parlamentares ainda discutiram e mantiveram dois vetos do Poder Executivo. O primeiro, um veto parcial, foi a um artigo do Projeto de Lei Nº 51/2017, de autoria do vereador Felipe Alves (PDT), que trata do programa de Combate a Pichações e Depredações em Natal. O segundo foi referente à matéria de autoria do ex-vereador Cícero Martins, quanto ao PL Nº 227/2019, que tratava dos cuidados no uso de caçambas estáticas coletoras de entulho.



Covid-19: RN tem 33 pacientes esperando um leito de UTI

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A maior parte dos pacientes (20) é da região metropolitana de Natal

O Rio Grande do Norte registrou no fim da manhã desta quarta-feira (21) 33 pacientes com Covid-19 à espera de um leito de UTI, de acordo com o portal Regula RN, que monitora em tempo real a ocupação de leitos públicos no estado.

Às 11h35, o número de leitos críticos disponíveis (37) era maior que a quantidade de pessoas na fila. A maior parte dos pacientes (20) é da região metropolitana de Natal.



Cultura: decreto prorroga auxílio emergencial aos trabalhadores

Sem a MP, a Lei Aldir Blanc perderia a validade no fim do ano passado

Os trabalhadores do setor da cultura afetados pela pandemia da Covid-19 terão direito a mais tempo para pedirem o benefício da Lei Aldir Blanc. O presidente Jair Bolsonaro editou decreto que estende para 2021 a utilização do benefício emergencial destinados ao setor.

No fim do ano passado, o governo tinha editado a Medida Provisória 1.019, que permite o pagamento do auxílio da Lei Aldir Blanc ao longo deste ano. Serão pagas apenas as verbas inscritas em restos a pagar (recursos autorizados em 2020 para execução em 2021).

Sem a MP, a Lei Aldir Blanc perderia a validade no fim do ano passado. No entanto, para eliminar incertezas sobre a continuidade do benefício, o governo decidiu também alterar os prazos do Decreto 10.464, de agosto do ano passado, que regulamentava o programa.

Com R$ 3 bilhões destinados a minimizar o impacto da pandemia sobre o setor cultural, a Lei Aldir Blanc introduziu três tipos de apoio: renda emergencial de R$ 600 para os trabalhadores, distribuição de prêmios e subsídio mensal de até R$ 10 mil para a manutenção de espaços artísticos e culturais. Os gestores deverão divulgar em sites públicos as informações sobre os valores a serem pagos e os beneficiários dos recursos neste ano.

Segundo o Palácio do Planalto, dados da Secretaria Especial de Cultura revelam que, no fim do ano passado, 57% dos entes federativos ainda estavam no início do processo de empenho (autorização de gastos) dos recursos da lei e 81% tinham liquidado (verificado a destinação) menos da metade dos recursos empenhados.

O Planalto ressaltou que o novo decreto não representa aumento de gastos públicos, apenas permite a execução dos restos a pagar e traz maior segurança jurídica ao setor da cultura, assegurando a continuidade das ações emergenciais relacionadas à pandemia.



Índia tem pior dia da pandemia e registra 2 mil óbitos e quase 300 mil infectados nas últimas 24h

O segundo país mais populoso do mundo, com 1,3 bilhão de habitantes, sofre com uma nova variante – Foto: Internet

A Índia registrou nesta quarta-feira (21) o seu pior dia da pandemia, com recorde de mortes e casos confirmados de Covid-19: foram mais de 2 mil óbitos e quase 300 mil infectados nas últimas 24h.

O segundo país mais populoso do mundo, com 1,3 bilhão de habitantes, sofre com uma nova variante, que fez explodir o número de casos, e o sistema de saúde está começando a entrar em colapso.

O governo se recusa a adotar um lockdown nacional, mesmo com hospitais lotados e a falta de leitos, de remédios e de oxigênio. E cemitérios e crematórios não conseguem atender à quantidade de mortos, que é superior aos números oficiais de vítimas do vírus.



Três pessoas morrem de Covid em menos de 12 horas em Florânia-RN

Pessoas que entram na estatística da dor, e não dos números

O município de Florânia, no Seridó do Rio Grande do Norte, tem pouco mais de 9 mil habitantes, e somente na noite de segunda para a manhã da terça-feira morreram 3 vítimas da covid.

Pessoas que entram na estatística da dor, e não dos números. Pessoas que tem nomes: Francisco das Chagas, Dona Matilde, Dona Mariquinha. Informou o blogueiro Ricardo Morais.



Ministro do Meio Ambiente ironiza indígenas: “Tribo do iPhone”

O principal foco do protesto é o Projeto de Lei 191, apresentado ao Congresso pelo Governo Federal. O PL quer legalizar a mineração dentro de terras indígenas – Foto: Reprodução/Instagram

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, utilizou as redes sociais, nesta terça-feira (20), para ironizar povos indígenas. “Recebemos a visita da tribo do iPhone”, escreveu em publicação. Nas fotos, Salles circulou, em vermelho, aparelhos celulares segurados por indígenas. Grupos participaram de manifestação, também nesta terça, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.

O principal foco do protesto é o Projeto de Lei 191, apresentado ao Congresso pelo Governo Federal. O PL quer legalizar a mineração dentro de terras indígenas. Confira a postagem de Ricardo Salles AQUI.

O ataque de Salles acontece após as comemorações do “Dia do Índio” ou como os indígenas preferem Dia da Resistência e de luta dos Povos Indígenas, comemorado em 19/04, e dois dias antes da realização da Cúpula do Clima, convocada pelo presidente estadunidense Joe Biden. O evento virtual, que contará com a participação do presidente Jair Bolsonaro, tem início na quinta-feira (22).

Ailton Krenak critica Salles: “Medíocre e subserviente”

Em entrevista ao Roda Viva, na última segunda-feira (19), o escritor Ailton Krenak, uma das maiores lideranças indígenas brasileiras, criticou a atuação de Salles à frente do Ministério do Meio Ambiente. “Esse sujeito é medíocre e subserviente. Ele está ali para executar um plano, e um plano danoso para a soberania ambiental no Brasil”, disse Krenak.



Meio Ambiente: Em carta a Biden, governadores defendem agenda climática e parcerias com os EUA

Apenas os governadores de Santa Catarina, Roraima e Rondônia não assinaram o documento

O Fórum Nacional de Governadores entregou hoje (20) ao embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Todd Chapman, uma carta endereçada ao presidente Joe Biden, em que defende a preservação do meio ambiente e manifesta interesse no desenvolvimento de parcerias visando impulsionar o equilíbrio climático, a redução de desigualdades sociais, a regeneração ambiental, o desenvolvimento de cadeias econômicas verdes e o estímulo à adoção de novas tecnologias ambientais.

“Juntos, podemos construir com agilidade a maior economia de descarbonização do planeta. Mas há muito o que reparar, restaurar, curar, construir e inventar para a conquista de um futuro saudável e seguro”, afirmou a professora Fátima Bezerra, que assina a carta, em nome dos demais governadores, encaminhada ao presidente Joe Biden.

O documento “Governadores pelo Clima”, considerado um contraponto às posições do governo federal, é um aceno ao mundo de que os brasileiros, representados por 24 dos 27 chefes de executivo das unidades da federação, cobrindo uma área de 90% do território nacional, defendem uma agenda que inclui a redução dos gases de efeito estufa, a promoção de energias renováveis, o combate ao desmatamento, a proteção e o bem-estar dos povos indígenas, a eficiência na agropecuária, entre outras pautas climáticas. “Essas são ações que, além da remoção de carbono, da proteção da biodiversidade e da redução da pobreza, podem evitar futuras pandemias”, assinalam os governadores.

Para evitar a elevação da temperatura global em 1,5 graus até o final do século – preveem especialistas -, a humanidade precisa reflorestar uma área do tamanho do território dos Estados Unidos. “Nesse desafio, o Brasil pode ampliar o verde da Terra não apenas na Amazônia, mas também em biomas de grande capacidade de captura de carbono, como o Cerrado, a Mata Atlântica, a Caatinga, o Pampa e o Pantanal”, ressaltam os governantes estaduais.

O embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Todd Chapman, elogiou a iniciativa, o compromisso e a preocupação dos governadores com o fortalecimento da agenda ambiental. “A liderança do Brasil nas discussões das questões climáticas e ambientais é realmente essencial para enfrentarmos os desafios globais. Os próximos dias serão muito importantes e estou feliz em receber essa carta, mostrando como essa coalizão dos governadores está comprometida em encontrar soluções. Tenho um compromisso com os Estados e acredito que vamos encontrar novas maneiras de trabalhar juntos. Esse desafio é uma grande oportunidade econômica para o Brasil, que pode ser a superpotência mundial no meio ambiente”, destacou o diplomata, informando que a carta seria enviada à Casa Branca logo depois da reunião, realizada por videoconferência na tarde desta terça-feira, 20 de abril.

O embaixador disse que gostaria de visitar todos os estados brasileiros nesse primeiro ano de mandato e recebeu convite da governadora Fátima Bezerra para que a agenda de visitas começasse pelo Rio Grande do Norte, onde está sendo construído o Museu da Rampa para preservar a história da participação de Natal e das forças aliadas, na Segunda Guerra Mundial. Apenas os governadores de Santa Catarina, Roraima e Rondônia não assinaram o documento.



Investigação: idoso morre dentro de casa e polícia suspeita de maus-tratos em Natal

O corpo foi recolhido ao Itep para passar por perícia – Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi

A polícia suspeita que os maus-tratos tenham sido causa da morte de um idoso, na noite desta terça-feira (20), no bairro Lagoa Nova, na Zona Sul de Natal. O delegado de plantão, Fernando Alves, pediu exames cadavéricos e toxicológicos ao Instituto Técnico-Científico de Perícia, para saber se o caso poderá ser tratado como homicídio culposo.

O idoso morreu em uma casa na Rua Alexandria. O imóvel é bem localizado e, por fora, aparentava estar conservado. Dentro, porém, apresentava sujeira no chão e nas paredes, móveis velhos e quebrados, colchões e roupas espalhados pelos quartos. O idoso estava em um deles, segundo a PM. Ele estava sem documento, porém, aparentava ter cerca de 65 anos, segundo a polícia. Ele foi identificado pela polícia como Ludovico Sampaio.

Vizinhos afirmaram à polícia que, pela manhã, uma equipe do Ministério Público com assistente social esteve na casa para ver as condições em que o homem se encontrava. À noite, a polícia foi chamada, porque o homem gritava. Ao chegar lá, a PM encontrou o idoso agonizando com dores, fome e sede. O SAMU foi chamado, mas antes da chegada da ambulância, o homem faleceu.

Um vizinha, que falou à Inter TV Cabugi, mas pediu para não ser identificada, afirmou que o homem vivia abandonado no local, por negligência da família. Afirmou que a vizinhança levava comida, mas a sobrinha dele, que seria usuária de drogas e levava outras pessoas para a casa, ameaçava de morte quem tentava ajudar.

A sobrinha que morava com o homem ainda não foi localizada. Segundo a polícia, ela tem passagem no sistema de segurança por furto. A investigação vai apontar as condições em que vivia o idoso, que sofria de alcoolismo, e se ele foi vítima de maus-tratos. O corpo foi recolhido ao Itep para passar por perícia. 

G1