Cura da Covid: Pfizer e Brasil negociam uma eventual vacina já nos primeiros meses de 2021
O presidente da Pfizer no Brasil, Carlos Murillo, afirmou nesta quinta-feira (12) que vem mantendo negociações com o governo brasileiro para que o país tenha a possibilidade de receber a vacina contra a covid-19 no primeiro trimestre de 2021. O imunizante vem sendo desenvolvido pela empresa.
“No caso do Brasil, ainda estamos trabalhando fortemente com o governo brasileiro para tentar acelerar a disponibilidade no Brasil o mais rápido possível. Tenho esperança, como o governo também, de que no primeiro trimestre do próximo ano poderíamos estar contando com essa vacina disponível no Brasil”, disse Carlos Murillo. Ele participou, de forma remota, de um simpósio da Academia Nacional de Medicina sobre prováveis cenários de vacinação para a Covid-19.
Esta semana, a vacina da Pfizer Inc < PFE.N> passou a liderar a corrida por um imunizante contra o novo coronavírus, depois que a empresa e sua parceira BioNTech anunciaram que sua candidata mostrou ter eficácia superior a 90%, com base em dados iniciais dos ensaios clínicos em estágio avançado.
A possível vacina passa atualmente por testes clínico em estágio avançado no Brasil com 3.100 voluntários nos Estados de São Paulo e da Bahia. No entanto, não existe, até o momento, um acordo para compra pelo governo federal ou por qualquer Estado.
O Ministério da Saúde informou que todas as vacinas com estudos avançados no mundo estão sendo analisadas para possível aquisição pelo governo federal, inclusive a do laboratório Pfizer.
Murillo afirmou que, “se for fechado um acordo, as doses seriam importadas das fábricas da Pfizer nos Estados Unidos e na Europa, mas posteriormente a empresa poderia firmar parceria com alguma instituição brasileira incluindo transferência de tecnologia”.
“Temos interesse em conversar para que essa tecnologia esteja presente no país”, afirmou o executivo, lembrando que a vacina da empresa tem como base a tecnologia de RNA mensageiro, ainda inédita no mundo. “Um país como o Brasil tem que ter acesso e participar desse novo tipo de vacinas e plataformas.”