Os resultados do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) do 1º semestre de 2023 serão divulgados nesta terça-feira (28), no site https://sisualuno.mec.gov.br/.
O programa usa as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2022 para selecionar alunos que estudarão em universidades públicas.
Veja o que fazer a seguir:
Foi aprovado? Verifique quais são os documentos exigidos para a matrícula na instituição de ensino em que você estudará (há universidades que aceitam o envio dos dados por meio digital; outras, apenas presencialmente). O prazo é de 2 a 8 de março.
Não foi aprovado? Calma, nem tudo está perdido. Se quiser, manifeste interesse em participar da lista de espera, no período de 28 de fevereiro a 8 de março. Você deve escolher se deseja concorrer na 1ª ou na 2º opção de curso indicada na inscrição. Os resultados serão divulgados pelas próprias universidades.
Entenda os resultados
O aluno só pode ser aprovado em um dos cursos marcados na inscrição:
A nota foi suficiente para passar na 1ª opção? Ele será obrigatoriamente aprovado nela (sem chance de escolher a 2ª).
Não conseguiu passar na 1ª opção? Pode ser aprovado na 2ª, se o desempenho for suficiente.
Não foi aprovado em nenhuma das opções? Há como participar da lista de espera.
Começam na próxima quinta-feira (16) as inscrições para o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que seleciona estudantes para vagas nas instituições públicas de ensino superior. Para se inscrever, os estudantes interessados devem acessar o Portal Acesso Único do Ministério da Educação até o dia 24 de fevereiro.
O site disponibiliza informações sobre processos seletivos para o ensino superior, como o Programa Universidade para Todos (Prouni), que oferece bolsas de estudo em faculdades privadas e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), com financiamento especial para cursos superiores.
Todos os processos seletivos têm por base as notas obtidas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Segundo o Ministério da Educação, “os resultados são usados como critério único ou complementar dos processos seletivos, além de servirem de parâmetros para acesso aos auxílios governamentais, como o proporcionado pelo Fies”.
Um novo tipo de ventilador mecânico bivalente e portátil foi desenvolvido por um grupo de cientistas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), e seu pedido para patenteamento foi realizado no mês de novembro junto ao Instituto Nacional da Propriedade Intelectual (INPI). Projetado inicialmente para uso por pacientes com covid-19, o equipamento tem também aplicações em várias outras doenças respiratórias em que haja comprometimento da musculatura do diafragma e músculos intercostais, responsáveis pelo ato de encher e secar os pulmões.
O pesquisador Ângelo Roncalli Oliveira Guerra, do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS/UFRN), responsável pelo projeto, explica que o dispositivo é capaz de atender duas pessoas ao mesmo tempo e, mesmo contendo os controles necessários para volume de ar, fluxo, pressão de inspiração e expiração, frequência respiratória e mistura percentual de oxigênio ministrada, tem baixíssimo custo. “Todos esses pontos são independentes, bem como o ar para cada paciente, evitando que um possa contaminar o outro”, realça o professor do Departamento de Engenharia Mecânica. O protótipo foi construído com materiais disponíveis no mercado nacional e contendo muitas peças já com autorização de uso pela Anvisa.
A concepção do equipamento prevê o seu controle por um item único, denominado unidade de gerenciamento duplo motriz, que possui um software para monitorar os parâmetros de ventilação para cada pessoa. O aplicativo é administrado por uma tela touchscreen, apresentando um conjunto de simples funcionalidades, de fácil fabricação e de baixo custo quando comparado aos dispositivos tradicionais.
Outra facilidade citada pelo pesquisador é a possibilidade de funcionar até mesmo na tomada do acendedor de cigarros de uma ambulância ou de um veículo comum ou ser posto em funcionamento com um carregador de celular. O entrelaçamento desses fatores permite que a nova tecnologia possa ser usada como dispositivo emergencial, de transporte ou de uso regular no ambiente hospitalar. Assim, tem mobilidade o suficiente para ser utilizada como equipamento de transporte inter-hospitalar em ambulâncias, transporte intra-hospitalar e atendimentos emergenciais. De modo geral, nenhum dos dispositivos existentes no mercado possui a capacidade de fornecer assistência respiratória a dois pacientes simultaneamente com parâmetros individuais de ventilação e sem a possibilidade de evitar contaminação cruzada.
“Esse é mais um projeto do laboratório cujo fim é definitivamente salvar vidas. Considerando a escassez em tempos de pandemia e o elevado custo dos ventiladores existentes no mercado, esse ventilador chega a custar dez vezes menos. Esse valor pode diminuir ainda mais se a indústria o fabricar em grandes lotes. O custo supracitado foi de apenas um protótipo”, pontua Ricardo Alexsandro de Medeiros Valentim, diretor executivo do LAIS.
Ricardo destaca que há um compromisso simbólico de que toda dissertação de mestrado no LAIS resulte em um produto na área de saúde. O ventilador objeto do depósito de pedido de patente é resultado de quatro dissertações de mestrado nas áreas de fisioterapia, medicina veterinária, engenharia mecânica e engenharia mecatrônica. “São dissertações aplicadas e atendendo às demandas do SUS”, ratifica Ricardo Valentim.
O projeto envolveu 26 pesquisadores e recebeu o nome no INPI de Ventilador pulmonar para dois pacientes independentes, sem risco de contaminação cruzada. A pesquisa resultou em um protótipo que está sendo submetido aos testes necessários ao comitê de ética para uso em animais. Posteriormente, a Anvisa também analisará o equipamento para permissão de uso com segurança em seres humanos.
Na invenção, a junção
O dispositivo é composto por uma estrutura monobloco compacta na qual são inseridos todos os demais componentes. Todos os controles de parâmetros da ventilação são mecânicos, exceto o referente à frequência respiratória e o regulador de volume, que são realizados pela unidade de gerenciamento duplo motriz e acionados diretamente na tela touchscreen.
No documento apresentado ao INPI e que embasa o pedido para patentear o ventilador pulmonar, o grupo de pesquisadores do LAIS defende que a invenção dispõe de atividade inventiva em razão de possuir um mecanismo que propicia assistência ventilatória simultânea e independente de dois pacientes com a garantia de não haver risco de contaminação cruzada, tudo isso controlado por um único sistema de gerenciamento que permite todo o monitoramento do sistema pelo software, o qual usa uma tela touchscreen.
Também evidenciam que o equipamento criado traz consigo uma dificuldade inventiva que consiste em duplicar o número de foles, garantindo o dobro de funcionalidade do sistema, mantendo o baixo custo inicial de fabricação de um único sistema, sustentando a versatilidade do aparelho. Ângelo Roncalli identifica que o projeto é fruto da junção de vários esforços, em diferentes áreas, em um trabalho cuja semente foi lançada durante o período pandêmico.
“No LAIS, trabalhamos em conjunto e todos se ajudam e, assim, este ventilador tem uma pitada de cada pesquisador. É claro que uma carga maior aconteceu em duas bases de pesquisa: da Bioengenharia, liderada pelo professor Custódio Guerra, e na base de Engenharia Assistiva, liderada pelo professor Danilo Nagem. Esse foi um trabalho que nasceu na pandemia, inicialmente com esforços em conjunto do professor William Queiroz, da atual aluna fisioterapeuta do PPGGIS, Rayssa Guerra, da minha pessoa e do colega professor Evans Paiva da Costa Ferreira dentro do Departamento de Engenharia Mecânica. Mas a parceria se ampliou com o departamento de Engenharia Biomédica e continuou evoluindo muito no LAIS e hoje já está em estágio elevado de automação”, finaliza Roncalli.
A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) divulgou uma nota de esclarecimento, nesta terça-feira 24, onde afirma que “não houve irregularidade atribuída à UFRN” no processo relativo à operação da Polícia Federal (PF), em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF) e a Controladoria-Geral da União (CGU), realizada na quinta-feira 19, para apurar possíveis crimes relacionados ao desvio de recursos públicos federais oriundos do Ministério da Saúde.
Leia a nota na íntegra:
A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) comunica que, após ter acesso ao teor do Processo n° 0809385-11.2022.4.05.8400, relativo à operação de busca e apreensão realizada em 19 de janeiro de 2023, verifica-se que envolve o contrato celebrado em 2017, entre a UFRN e a Fundação Norte-Rio-Grandense de Pesquisa e Cultura (Funpec), com a finalidade de desenvolvimento de pesquisa aplicada “Sífilis Não”, com recursos do Ministério da Saúde.
Em projetos dessa natureza, os recursos recebidos pela Universidade são repassados à Fundação, para execução do plano de trabalho, em conformidade com a Lei 8.958/1994, que dispõe sobre as relações entre as instituições federais de ensino superior e de pesquisa científica e tecnológica e as fundações de apoio. O referido projeto já foi objeto de apreciação pelo Tribunal de Contas da União (TCU), o qual emitiu o Acórdão Nº 908/2022 – TCU – Plenário, onde não foi apontada qualquer irregularidade à Universidade. Seguindo o mesmo entendimento, não houve irregularidade atribuída à UFRN no referido Processo e, consequentemente, não houve qualquer bloqueio em recursos da instituição.
A Universidade reitera seu compromisso com a transparência e governança, tendo como resultado, em 2021, o 1° lugar em transparência ativa na Administração Pública Federal, conforme a Controladoria-Geral da União (CGU), além do 2° lugar no Índice Integrado Governança e Gestão (IGG) do TCU.
Nesse sentido, a UFRN sempre esteve e permanecerá à disposição para colaborar com o que for solicitado, cabendo às pessoas físicas e jurídicas envolvidas no processo prestarem os devidos esclarecimentos.
As universidades públicas do Rio Grande do Norte e o Instituto Federal do estado deverão ofertar mais de 13,5 mil vagas em cursos de graduação, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) em 2023.
Mais da metade delas está concentrada na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
O Sisu usa as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para seleção dos candidatos aos cursos em diversas instituições públicas espalhadas pelo país.
A previsão é de que as inscrições ocorram de 16 a 24 de fevereiro e que o resultado seja divulgado em 28 de fevereiro, segundo o que divulgou o governo federal em dezembro.
A UFRN, que terá 7.136 cadeiras distribuídas em 98 cursos de graduação, distribuídas nos campi de Natal e do interior do estado.
Somente no Bacharelado em Tecnologia da Informação (BTI), do Instituto Metrópole Digital (IMD/UFRN), serão oferecidas 300 vagas.
Veja número de vagas em universidades públicas do RN oferecidas pelo SISU 2023
UFRN lidera número de oportunidades oferecidas a estudantes que querem ingressar no ensino superiorUFRN: 52,5 %Ufersa: 19,94 %Uern : 18,46 %IFRN: 9,1 %.
Já a Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa), que é sediada em Mossoró, terá 2.710 vagas em diversos curso de graduação. Além de Mossoró, as vagas são distribuídas em Angicos, Caraúbas e Pau dos Ferros.
Também sediada em Mossoró, mas com campi em Natal e outras cidades do estado, a Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (Uern), deverá ter 2.509 vagas em 56 cursos de ensino superior.
Embora tenha maior concentração de cursos técnicos, o Instituto Federal do Rio Grande do Norte também contará com 1.237 vagas em cursos de graduação, nas áreas de licenciatura, tecnologias e engenharia, distribuídas em diversas regiões do estado.
O Instituto Federal do Rio Grande do Norte prorrogou até o domingo (8) o período de inscrição em três cursos de especialização, que somam o total de 105 vagas.
40 vagas de especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho, no Campus Natal–Central;
25 vagas de especialização em Gerenciamento de Obras, no Campus São Gonçalo do Amarante;
40 vagas de especialização em Ensino de Geociências, no Campus Natal–Central.
De acordo com os editais, as 105 vagas têm ingresso ainda no primeiro semestre letivo de 2023.
Além da prorrogação, foi incluído nos editais um item que permite a inscrição no processo seletivo de candidatas e candidatos que estejam no último período do curso de graduação, desde que, em caso de aprovação, apresentem o certificado de conclusão ou diploma do curso no momento da matrícula.
As pessoas em tal condição, devem anexar no momento da inscrição (além da documentação descrita no edital) a Declaração da Coordenação do Curso afirmando que se encontra na condição de possível concluinte até a data final do período de matrícula.
Inscrições
A inscrição é feita apenas de forma online, no site do IFRN, na área do candidato. Para isso, é necessário possuir cadastro. Após isso, o candidato deve realizar os seguintes procedimentos:
Escolher a opção “Entrar”;
Preencher corretamente seu CPF e senha e confirmar, clicando em “Submeter”;
Na caixa “Inscrições”, selecionar o concurso ao qual deseja concorrer, clicando em “Acesse”;
Escolher uma das ofertas de curso listados na caixa “Ofertas”;
Iniciar a inscrição, escolhendo a opção “Realizar inscrição”; e
Preencher corretamente os dados solicitados e enviar o questionário, clicando em “Enviar”.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou nesta segunda-feira (2/1) as datas das principais avaliações educacionais do país de 2023. A aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) está marcada para 5 e 12 de novembro.
As inscrições para a prova que avalia o desempenho de estudantes que concluem a ensino médio vão de 8 a 19 de maio. Já os resultados serão divulgados aos participantes em 16 de janeiro de 2024.
A autarquia ainda anunciou datas do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja), do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) e diversos outras avaliações, além do calendário para divulgação de indicadores educacionais. Confiram todas as datas:
Enem regular
Inscrição/ coleta de dados: 8 a 19 de maio
Data de aplicação: 5 e 12 de novembro
Resultados: 16 de janeiro de 2024
Enem para Pessoas Privadas de Liberdade (PPL)
Inscrição/ coleta de dados: 9 a 27 de outubro
Data de aplicação: 12 e 13 de dezembro
Resultados: 16 de janeiro
Encceja regular
Inscrição/ coleta de dados: 22 de maio a 2 de junho
Data de aplicação: 27 de agosto
Resultados: 22 de dezembro
Encceja regular PPL
Inscrição/ coleta de dados: 24 de julho a 4 de agosto
Data de aplicação: 17 e 18 de outubro
Resultados: 22 de dezembro
Encceja Exterior
Inscrição/ coleta de dados: 17 a 28 de julho
Data de aplicação: 22 de outubro
Resultados: 22 de dezembro
Encceja Exterior PPL
Inscrição/ coleta de dados: 17 a 28 de julho
Data de aplicação: 23 de outubro a 3 de novembro
Resultados: 22 de dezembro
Estudo Internacional de Tendências em Matemática e Ciência (TIMSS)
Data de aplicação: 2 a 27 de outubro
Enade
Inscrição/ coleta de dados: 27 de junho a 31 de agosto
Data de aplicação: 26 de novembro
Resultados: 10 de setembro de 2024
Celpe-Bras – 1ª edição
Inscrição/ coleta de dados: 13 a 24 de fevereiro
Data de aplicação: 25 a 27 de abril
Resultados: 30 de junho
Celpe-Bras – 2ª edição
Inscrição/ coleta de dados: 7 a 18 de agosto
Data de aplicação: 24 a 26 de outubro
Resultados: 15 de dezembro
Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb)
Data de aplicação: 23 de outubro a 3 de novembro
Resultados: 24 de setembro de 2024
Revalida 2023/1 – 1ª etapa
Inscrição/ coleta de dados: 16 a 20 de janeiro
Data de aplicação: 5 de março
Resultados: 8 de maio
Revalida 2023/1 – 2ª etapa
Inscrição/ coleta de dados: 15 a 19 de maio
Data de aplicação: 24 e 25 de junho
Resultados: 29 de setembro
Revalida 2023/2 – 1ª etapa
Inscrição/ coleta de dados: 21 a 27 de junho
Data de aplicação: 6 de agosto
Resultados: 2 de outubro
Revalida 2023/2 – 2ª etapa
Inscrição/ coleta de dados: 9 a 13 de outubro
Data de aplicação: 2 e 3 de dezembro
Resultados: 10 de fevereiro
Censo Escolar 2023
Inscrição/ coleta de dados: 24 de maio a 31 de julho
Resultados: 31 de janeiro de 2024
Censo da Educação Superior
Inscrição/ coleta de dados: 2 de fevereiro a 23 de junho
Resultados: 19 de setembro
Indicadores de cálculo das metas do PNE
Inscrição/ coleta de dados: Outubro de 2022 a março de 2023
Resultados: 25 de junho de 2023
Taxas de Transição Escolar 2020-2021
Resultados: 27 de abril
Indicador de Remuneração Média dos Docentes da Educação Básica — dados até 2020
Resultados: 27 de julho
Relatório Education at a Glance (INES/OCDE)
Resultados: Setembro de 2023
Anuário Estatístico da Educação Profissional e Tecnológica – dados até 2022
Resultados: 26 de outubro
Conceito Enade e Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD)
Resultados: 10 de setembro
Conceito Preliminar de Curso (CPC) e Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição (IGC)
O Ministério da Educação (MEC) antecipou os calendários de inscrições para os primeiros processos seletivos do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), do Programa Universidade para Todos (Prouni) e do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
A antecipação dos prazos busca alinhar os processos seletivos com os calendários acadêmicos das instituições de ensino públicas e privadas. Segundo a pasta, os editais com o número de vagas serão publicados em janeiro de 2023.
O novo prazo de inscrição para o Sisu é de 16 a 24 de fevereiro de 2023. O resultado será divulgado no dia 28 de fevereiro. Antes, o resultado estava previsto para sair em 7 de março.
As inscrições para o Prouni serão abertas no dia 28 de fevereiro e vão até o dia 3 de março. Já as inscrições para o Fies terão início no dia 7 de março e terminarão no dia 10 do mesmo mês. O número de vagas nos processos seletivos ainda será divulgado.
Em todos os processos seletivos, a classificação é realizada com base na nota obtida na edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2022. Para o Prouni, serão válidas também as notas obtidas no Enem de 2021. Já no Fies, quem concorreu a uma das edições do Enem a partir de 2010 até a mais recente, poderá se inscrever.
As inscrições são gratuitas e devem ser feitas no site Acesso Único.
A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) informou que o Ministério da Educação (MEC) liberou, nesta quinta-feira, 8 de dezembro, o financeiro para pagamento de todas as obrigações relativas à assistência estudantil, ou seja, das despesas empenhadas e liquidadas pela ação orçamentária do Programa Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes), no montante de R$ 3,5 milhões. Assim, a expectativa é que os pagamentos das bolsas e auxílios de alunos que estavam pendentes devem ser creditados nas contas dos alunos entre os dias 9 e 12 de dezembro. O restante do pagamento das bolsas e auxílios da Ufersa foi pago ontem.
“Frisamos que a liberação ocorrida no dia de hoje refere-se, exclusivamente, a repasse financeiro da assistência estudantil, ou seja, todas as demais obrigações contratuais que estavam aptas ao pagamento permanecem sem previsão, tendo em vista não ter ocorrido liberação de financeiro ainda, como mão de obra, energia, água e fornecedores diversos”, explicou o diretor do DCF, Daniel Bessa.
A instituição informou, também, que os recursos bloqueados no dia 1º de dezembro, no montante de R$ 5,5 milhões, seguem contingenciados e ainda não há previsão de desbloqueio, nem tampouco de financeiro.
Cerca de 8 mil bolsas e auxílios de permanência estudantil deixaram de ser pagos por conta de bloqueios orçamentários na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), conforme divulgado pela assessoria. Por mês, a UFRN paga cerca de R$ 3 milhões em auxílios. Ao todo, acumula um contingenciamento de R$ 30 milhões, caso o novo bloqueio não seja revertido.
As bolsas oferecidas na Universidade são divididas entre apoio técnico, ensino, pesquisa e extensão. Nesse caso, são 2.817 estudantes de baixa renda que recebem algum desses tipos de bolsa. Além disso, a instituição distribui cerca de 5.632 auxílios, divididos em: 1.112 auxílios alimentação, 1.668 moradia, 2.745 auxílios para transporte, 96 auxílios creche e 21 auxílios atleta. O pagamento das bolsas dos mês anterior é feito no começo do mês, até o 5º dia útil. Já os auxílios são pagos com antecedência, para o mês seguinte.
Além disso, o contingenciamento afeta as despesas de custeio, de outubro a dezembro, referentes a de mão de obra terceirizada para a manutenção dos campi – cerca de R$ 6 milhões por mês – além dos custos com energia, que giram em torno de R$ 1,5 milhão por mês. Essas duas ultimas despesas representam 50% do orçamento desse orçamento.
A mão de obra terceirizada se distribui em diversos contratos para diferentes atividades, como vigilância, limpeza, manutenção predial e motoristas. No total, mais de 1,5 mil famílias seriam afetadas no caso do não pagamento dos contratos com as empresas terceirizadas, que pode resultar em atrasos salariais. “A gente tem um risco de descontinuidade desses serviços caso esses pagamentos não ocorram”, afirma Bessa.
No caso da energia elétrica, caso os pagamentos não sejam feitos, a UFRN pode entrar em 2023 com quatro faturas em aberto referentes a setembro, outubro, novembro e dezembro. “Se a gente entrar, na nossa estimativa, devendo quatro competências de energia elétrica, só aí a gente está falando de ordem de R$ 6 milhões de reais e da terceirização, se a gente não conseguir cobrir os últimos dois meses, estamos falando de mais um valor aproximado de R$ 6 – R$ 7 milhões de reais”, pontua o diretor.
Entre mão de obra e energia, estima-se um déficit de mais de R$ 10 milhões. Existe, ainda, o impacto sobre o não pagamento de produtos e serviços para as residências universitárias, que atendem cerca de 900 estudantes, além do impacto no Restaurante Universitário.
As instituições e universidades federais foram informadas, na segunda-feira 28, sobre novo bloqueio orçamentário. Conforme nota divulgada pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), a nova restrição é estimada em R$ 244 milhões. Desse valor total, R$ 3,8 milhões foram retirados de recursos da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), que somente em 2022 já havia perdido mais de R$ 23 milhões do seu orçamento, após corte de quase R$ 12 milhões no início do ano e outro valor semelhante em junho.
“A situação é muito grave. Após o corte realizado no meio do ano, já prevíamos que a UFRN não conseguiria honrar com os pagamentos do mês de dezembro. O novo bloqueio tornou ainda mais crítica a situação orçamentária da instituição, portanto, a reversão do bloqueio precisa ser imediata”, afirmou o reitor da UFRN, José Daniel Diniz Melo.
No Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), o valor estornado foi de R$ 10.925.280,99. Ou seja, quase R$ 11 milhões, maior valor dentre todas as entidades que formam a rede. Para Juscelino Cardoso, pró-reitor de Administração do Instituto potiguar, esse é um momento de severa preocupação, tendo em vista o fim do ano e a necessidade de que se mantenham as políticas e contratos da instituição.
“A gente estava com dificuldade para terminar exercício e vamos ter mais dificuldade ainda. Mesmo que as informações ainda estejam precárias, essa medida impacta fortemente o funcionamento das instituições e, acredito, deverá ter repercussão nacional. Por ora, só podemos esperar o posicionamento do ministro da Educação ou de alguém que fale em nome do setor de financeiro/orçamentário do Poder Executivo, e explique as razões para essa tomada de decisão e, de quebra, traga mais informações”, disse o pró-reitor de Administração do IFRN.
Juscelino disse, por fim, que espera haver novo posicionamento do MEC sobre o tema. “Acredito que deva ser um corte linear, como tem sido feito durante o ano. Esse bloqueio atual deve ser a primeira etapa do que virá a ser um corte com percentual igual para todas as instituições da nossa rede. Já vimos isso. Em 2022, houve um bloqueio de 14%, depois aconteceu a redução desse total para 7%. Depois bloquearam de novo. Agora, suponho, deverá vir algo semelhante, só não há informações de quanto será”.
Até o fechamento desta matéria, a Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) não havia se pronunciado sobre o assunto.
Segundo a Andifes, após o bloqueio orçamentário de R$ 438 milhões ocorrido na metade do ano, a nova retirada de recursos, estimada em R$ 244 milhões, praticamente inviabiliza as finanças de todas as instituições.