A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) emitiu uma nota técnica recomendando a todos os municípios do Rio Grande do Norte que ampliem a oferta da vacina ACWY (conjugada), responsável pela proteção contra a meningite, para os adolescentes não vacinados entre 13 e 19 anos de idade.
A vacina meningocócica ACWY previne a meningite e infecções generalizadas causadas pela bactéria meningococo dos tipos A, C, W e Y. O imunizante foi implantado no Calendário Nacional de Vacinação do Ministério da Saúde em 2020, inicialmente para adolescentes de 11 e 12 anos de idade.
A faixa etária em maior risco de adoecimento para a doença meningocócica é a de crianças menores de um ano de idade, no entanto os adolescentes e adultos jovens são os principais responsáveis pela manutenção da circulação da doença na comunidade, em razão de serem os que mais apresentam a bactéria em nasofaringe.
Para otimizar o uso das doses da vacina ACWY, em virtude da baixa procura nos últimos anos, e da existência de quantitativo de doses, o Programa Estadual de Imunização reforça a importância de que sejam tomadas todas as medidas para que se aumente a adesão dos adolescentes a essa importante vacina.
“Chamamos a atenção de todos os adolescentes nessa faixa etária para que procurem as unidades básicas de saúde para se proteger contra a meningite, que é uma doença grave e que pode levar à morte. Reforçamos que o estoque de doses para garantir essa ampliação está disponível até o dia 31 de julho”, explicou Iraci Nestor, técnica do Programa Estadual de Imunização da Sesap.
No Brasil, a meningite é considerada uma doença endêmica. Provoca uma infecção nas meninges, membranas que envolvem a medula espinhal e cerebral, podendo causar sequelas e até mesmo a morte. Os principais sintomas são febre, rigidez na nuca, dor de cabeça intensa, vômitos e, em alguns casos, alterações neurológicas. A vacinação é a forma mais eficaz de evitar infecção.
A Qdenga, nova vacina contra a dengue, chegou ao Rio Grande do Norte. Neste primeiro momento, no entanto, o imunizante só está disponível na rede privada, em estabelecimentos como farmácias, clínicas e laboratórios. Não há previsão para a aplicação na rede pública.
O registro da Qdenga foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março deste ano e há cerca de duas semanas iniciada a distrubuição para comercialização no Brasil.
Apesar da autorização para comercialização, a maioria das clínicas e laboratórios consultados pelo g1 RN em Natal, capital do estado, por exemplo, ainda não oferece o serviço nos seus sites ou páginas nas redes sociais. Em algumas outras, a Qdenga está disponível.
Segundo preço tabelado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), o valor de cada dose no mercado deve ficar entre R$ 301,27 e R$ 402,05. A vacina é aplicada em duas doses.
Ainda não há prazo para que a Qdenga seja disponibilizada na rede pública de saúde´do Brasil. A liberação depende da aprovação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), órgão que assessora o Ministério da Saúde na tomada de decisões desse tipo.
Em 2022, o Rio Grande do Norte registrou mais 12 mil casos de dengue, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap). Ao todo, foram 21 mortes confirmadas pela doença no estado. No Brasil, mais de 1 mil pessoas morreram pela doença no ano passado, um número recorde.
Quem pode tomar e como é a aplicação?
A vacina é aplicada em duas doses – num intervalo de três meses entre a primeira e a segunda – e está autorizada para pessoas entre 4 e 60 anos de idades.
A vacina é composta por quatro sorotipos diferentes do vírus causador da doença.
No Brasil, essa é a primeira vacina autorizada para pessoas que nunca tiveram contato com o vírus da dengue. Ou seja, pode receber tanto quem teve como quem nunca teve a doença.
Até então, a única disponível era a Dengvaxia. O imunizante é recomendado somente para quem já foi infectado com o vírus da dengue, protegendo de uma segunda infecção.
Eficácia da Qdenga
Nos ensaios clínicos, a Qdenga mostrou ter uma eficácia geral de 80,2% contra a dengue causada por qualquer sorotipo após 12 meses da segunda dose. A vacina também reduziu as hospitalizações em 90%.
Em dezembro de 2022, a agência sanitária europeia European Medicines Agency também autorizou o uso do imunizante na União Europeia.
Dicas de prevenção contra a dengue
Além da vacina, há dicas de prevenção contra a proliferação do mosquito Aedes Aegipty, que transmite a dengue:
Manter os quintais livres de possíveis criadouros do mosquito;
Esfregar com bucha as vasilhas ou reservatórios de água de seus animais;
Não colocar lixo em terrenos baldios;
Manter as caixas d´água sempre tampadas;
Observar vasos e pratos de plantas que acumulam água parada;
Receber visita do agente de endemias, aproveitando a oportunidade para tirar possíveis dúvidas;os, pias e vasos sanitários sem uso;
Receber a visita do agente de endemias, aproveitando a oportunidade para tirar possíveis dúvidas;
Manter em local coberto, pneus inservíveis e outros objetos que possam acumular água
Essencial saber sobre a dengue
O vírus da dengue é transmitido pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectado e possui quatro sorotipos diferentes — todos podem causar as diferentes formas da doença;
Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém as pessoas mais velhas e aquelas que possuem doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, têm maior risco de evoluir para casos graves e outras complicações que podem levar à morte;
Os principais sintomas são: febre alta (acima de 38°C), dor no corpo e articulações, dor atrás dos olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo. A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua, náuseas, vômitos persistentes e sangramento de mucosas;
A dengue hemorrágica, forma mais grave da doença, é mais comum quando a pessoa contrai o vírus pela segunda vez;
Ao apresentar os sintomas, é importante procurar um serviço de saúde para diagnóstico e tratamento.
Em meio aos impasses acerca do Piso da Enfermagem, profissionais realizaram, na manhã desta segunda-feira(03) manifestação em Currais Novos.
O grupo saiu das praças centrais da cidade e percorreu ruas e avenidas em direção ao Hospital Regional Mariano Coelho. Com palavras de ordem e carregando cartazes a categoria cobra dos poderes municipais e estaduais a implementação do piso salarial da categoria.
De acordo com o SINDSAÚDE, o protesto segue com a programação de greve da enfermagem nesta segunda-feira (3), mesmo após uma decisão judicial favorável ao mandado de segurança impetrado pelo Governo do Estado, na noite deste domingo (2), contra o Sindicato dos Servidores em Saúde do RN (Sindsaúde RN) e o Sindicato dos Enfermeiros do RN (Sindern) para suspender a paralisação.
O vice-presidente da Regional do sindicato, no Seridó, Paulo Herôncio, avaliou positiva a adesão da categoria ao movimento na região.
Nesta segunda-feira (03), a enfermagem do Rio Grande do Norte vai entrar em greve em defesa da implantação imediata do Piso salarial da categoria. A decisão foi aprovada na última assembleia geral, que ocorreu na terça-feira , 27 de junho, em Natal/RN e irá atingir os profissionais da enfermagem do Estado e dos municípios, com exceção de Natal.
A greve faz parte da luta nacional da enfermagem em defesa do cumprimento do piso, que está com o julgamento em curso no STF. Em Currais Novos, o primeiro dia da grande mobilização será marcado por um ato público, com concentração às 08h30 na praça da Prefeitura e seguirá com uma caminhada pelas imediações. Já em Natal, o início da greve será marcado com um ato público em frente ao maior hospital do Estado, o Walfredo Gurgel, às 9h.
A governadora Fátima Bezerra confirmou o investimento perto de R$ 4 milhões que será feito no Hospital Regional Mariano Coelho, em Currais Novos.
A declaração foi dada com exclusividade para o Blog do Ismael no último final de semana. “Área importante para o nosso Rio Grande do Norte e estamos sensível a mais essa causa”, afirmou.
Na última segunda feira (26), foi realizada a cerimônia de entrega de uma ambulância semi UTI, padrão semelhante ao SAMU, que irá trazer maior conforto e melhores condições de atendimento a população carnaubense. O evento foi realizado na Prefeitura Municipal e contou com a presença do deputado estadual, Nelter Queiroz, do prefeito Gilson Dantas, vice-prefeito e secretário de saúde, Luís Eduardo, além de diversas lideranças políticas e autoridades locais.
Essa conquista é resultado dos esforços do vereador Dué Azevedo, dos empresários do polo cerâmico, juntamente a administração municipal, através da Secretaria Municipal de Saúde e do deputado estadual Nelter Queiroz.
Nota técnica do Ministério da Saúde recomenda o uso de máscaras de proteção facial para pessoas com sintomas gripais, pessoas que apresentem fatores de risco para covid-19 e casos suspeitos ou confirmados da doença.
De acordo com a pasta, os grupos com fatores de risco para complicações da covid-19 incluem imunossuprimidos, idosos, gestantes e pessoas com comorbidades em situações como locais fechados e não ventilados, locais com aglomeração e serviços.
No documento, a pasta destaca que, embora a Organização Mundial da Saúde (OMS) tenha declarado o fim da emergência em saúde pública de importância internacional, o vírus continua a circular no Brasil e no mundo.
“O vírus ainda tem caráter pandêmico, com transmissão generalizada, e ainda há risco do surgimento de novas variantes que podem ser ainda mais graves do que as variantes atualmente em circulação e devem ser monitoradas.”
Ministério da Saúde classifica outras medidas
Além do uso de máscaras faciais, o ministério classifica como importantes medidas não farmacológicas que incluem o distanciamento físico, a etiqueta respiratória, a higienização das mãos com álcool 70% ou água e sabão, a limpeza e desinfecção de ambientes e o isolamento de casos suspeitos ou confirmados.
A pasta também reitera a importância da vacinação contra a covid-19, disponível para toda a população acima de 6 meses de idade. O reforço da bivalente está disponível para toda a população acima de 18 anos que tenha recebido pelo menos duas doses da vacina monovalente.
O Ministério da Saúde anunciou que vai ampliar o programa Mais Médicos, abrindo 10 mil novas vagas na modalidade de coparticipação de estados e municípios.
O edital com as orientações para a inscrição dos profissionais já foi publicado no Diário Oficial da União. Já a portaria com as definições e critérios para os gestores locais deve ser publicada ainda hoje.
Segundo o Ministério da Saúde, com a expansão, o programa deverá chegar a mais de 15 mil novas vagas até o fim deste ano.
Até o dia 27 deste mês, os 5.570 municípios brasileiros poderão solicitar vagas na modalidade de coparticipação, mas a prioridade será para aqueles de maior vulnerabilidade social e de vazios assistenciais [regiões onde é mais difícil encontrar profissionais].
No modelo de coparticipação, o Ministério da Saúde desconta do repasse do piso de atenção primária à saúde o valor de custeio mensal da bolsa-formação dos médicos. Já os gestores locais continuam com a responsabilidade do pagamento do auxílio-moradia e da alimentação. As demais despesas do programa ficam a cargo do ministério.
De acordo com a pasta, terão preferência médicos brasileiros formados no Brasil. E o médico que participar do programa poderá fazer especialização e mestrado em até quatro anos. Os profissionais também passarão a receber benefícios, proporcionais ao valor mensal da bolsa, para trabalhar nas periferias e regiões mais remotas.
Os beneficiados pelo Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) que participarem do programa também poderão receber incentivos que variam entre R$ 238 mil a R$ 475 mil, dependendo da vulnerabilidade do município e da permanência no programa por 48 meses. Assim, o profissional poderá ter auxílio para o pagamento de até 80% do financiamento.
A pasta diz ainda que pretende incentivar a permanência de médicas no programa, com uma compensação para atingir o mesmo valor da bolsa durante o período de seis meses de licença maternidade, complementando o auxílio do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Informações sobre o cronograma do edital podem ser consultadas no site do Mais Médicos.
Já faz quase um ano que Cristiane de Souza Geraldo, 53, recebeu sua dose mais recente da vacina contra a Covid-19, em julho de 2022. Aquela foi sua quarta aplicação: as duas primeiras foram em maio e agosto de 2021, além da terceira em janeiro de 2022.
Moradora da cidade de São Paulo, Cristiane poderia ter tomado uma quinta dose a partir de 26 de abril deste ano. Nessa data, a prefeitura da capital paulista liberou a dose de reforço com a vacina bivalente para aqueles com mais de 50 anos.
Mas Cristiane ainda não procurou um posto de saúde para isso. Segundo ela, uma das possíveis explicações é “por acreditar que já estou bem imunizada ou por falta de incentivo”. Também afirma que falta uma melhor comunicação sobre o imunizante. “Eu mesma não tomei e não fui atrás de mais informações.”
O caso de Cristiane não é uma exceção. A filha dela, Amanda Tescari Medeiros, 24, tem três doses da vacina contra a Covid, porém ainda não buscou o modelo atualizado. Ela poderia ter tomado o novo reforço desde 6 de maio, quando o imunizante extra foi liberado para todos os adultos em São Paulo.
De forma parecida com sua mãe, Amanda diz que a divulgação sobre a bivalente está aquém do que foi realizado anteriormente. Para ela, a comunicação sobre a primeira dose e a segunda, por exemplo, foi melhor. “Acho que isso faz com que a adesão da vacina [bivalente] seja menor também.”
Dados de todo o Brasil atestam que a procura realmente está baixa. Desde 24 de abril, o Ministério da Saúde liberou a vacina bivalente para todos aqueles com mais de 18 anos e deixou que cada governo local decidisse a disponibilidade da dose. Até agora, somente 13% do público elegível no Brasil se preocupou em tomar a nova dose, com cobertura especialmente baixa entre os mais jovens.
O reforço é disponibilizado para qualquer adulto que tenha tomado duas ou mais doses da vacina monovalente, aquela aplicada desde o início da pandemia. Somado a isso, é necessário que a última aplicação tenha ocorrido há no mínimo quatro meses.
O modelo atualizado é fabricado pela Pfizer. Ela é composta da cepa original do Sars-CoV-2, vírus que causa a Covid-19, identificada inicialmente em Wuhan, na China. Além dessa, o fármaco conta com subvariantes da ômicron, o que confere maior proteção, já que são cepas responsáveis por muitos casos atualmente.
Por isso, especialistas defendem a importância de atualizar o esquema de vacinação com o modelo atualizado. “É muito nocivo que a procura para vacinação bivalente esteja ainda tão baixa no Brasil, uma vez que tem surgido estudos mostrando que a proteção adicional que se obtém contra as novas variantes que circula é muito alta”, afirma Margareth Dalcolmo, pesquisadora da Fiocruz e presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia.
Eder Gatti Fernandes, diretor do departamento de imunização e doenças imunopreveníveis do Ministério da Saúde, reitera que o problema é de aderência à vacina, e não de falta de doses. Segundo ele, a pasta cumpre com “a obrigação de garantir que tenha vacina para todos”.
O interesse mais baixo ao imunizante tem várias explicações. Uma delas é a disseminação de fake news, que abala a confiança na vacina. Outra razão é a queda da sensação de risco. Quanto mais a população foi vacinada, menos fatalidades por Covid-19 foram sendo registradas e, então, o medo diminuiu. Isso foi visto mesmo durante o período em que o reforço era feito com o modelo monovalente, com média diária de doses mais baixa em comparação às primeiras aplicações.
“A cobertura vai diminuindo em uma fadiga da própria comunicação e com o controle de uma doença que já não amedronta mais tanto como fez no passado”, afirma Renato Kfouri, vice-presidente da Sbim (Sociedade Brasileira de Imunizações).
Para ele, no entanto, continua de suma importância manter a imunização atualizada. Afinal, foi principalmente graças à vacina que a doença chegou a esse nível reduzido. “As recomendações de ter seus esquemas vacinais básicos completos continuam valendo.”
Para que a baixa procura seja contornada, Fernandes afirma que o Ministério da Saúde toma medidas. O lançamento do movimento nacional pela vacinação tenta aumentar a conscientização e mobilizar pessoas e entidades de toda a sociedade em prol da causa. Ações também estão sendo tomadas contra disseminação de notícias falsas, além da adoção de uma postura pró-imunização do governo federal: a vacinação do presidente Lula (PT) com o reforço bivalente é um exemplo.
VACINAÇÃO EM CRIANÇAS ESTÁ MAIS BAIXA
O problema da cobertura vacinal é ainda mais crítica entre as crianças de 6 meses a 4 anos. Nessa idade, o esquema mais recomendado é com três doses do modelo da Pfizer para esse público. Por enquanto, 1,4% alcançou o esquema completo. “Ela não é de três doses à toa, ela é calculada para ser assim”, afirma Dalcolmo.
Para aquelas entre 3 e 4 anos, também há a possibilidade da vacinação com duas doses da Coronavac, com a recomendação de uma terceira dose de reforço. Para esse esquema, a aplicação adicional é quase nula em todo o país, considerando a população elegível.
O Diário Oficial da União publicou nesta quinta feira, 15 de junho, a nomeação do caicoense Jalmir Simões da Costa para assumir a Superintende Estadual do Ministério da Saúde no Estado do Rio Grande do Norte.
A nomeação do caicoense foi assinada pela Ministra da Saúde, Nísia Trindade Lima. Jalmir era secretário municipal de saúde no município de São Gonçalo do Amarante até o falecimento do prefeito Paulinho.