Saúde de São Paulo confirma primeira morte por varíola dos macacos; paciente era um homem de 26 anos

Foi confirmada na manhã desta quarta-feira (12/10) a primeira morte em decorrência da varíola dos macacos no estado de São Paulo. O paciente era um homem de 26 anos que estava internado na capital do estado deste agosto.

Segundo informações da Secretaria de Saúde de SP, o homem estava internado no Instituto de Infectologia Emílio Ribas desde o dia 1º de agosto e, além de ter várias comorbidades, fez tratamento com antirretrovirais para uso emergencial em pacientes graves.

Ainda de acordo com a pasta, São Paulo tem 3.861 casos confirmados da doença mas vem registrando queda no número nas últimas semanas.

A doença já matou 6 pessoas no país, 3 no Rio de Janeiro, duas em Minas Gerais e 1 em São Paulo.

Prevenção contra a doença:

  • Evitar contato íntimo ou sexual com pessoas que tenham lesões na pele;
  • Evitar beijar, abraçar ou fazer sexo com alguém com a doença;
  • Higienização das mãos com água e sabão e uso de álcool gel;
  • Não compartilhar roupas de cama, toalhas, talheres, copos, objetos pessoais ou brinquedos sexuais;
  • Uso de máscaras, protegendo contra gotículas e saliva, entre casos confirmados e contactantes.

Sintomas da doença:

  • O principal sintoma é o aparecimento de lesões parecidas com espinhas ou bolhas, que podem surgir no rosto, dentro da boca ou em outras partes do corpo, como mãos, pés, peito, genitais ou ânus;
  • Caroço no pescoço, axila e virilhas;
  • Febre;
  • Dor de cabeça;
  • Calafrios;
  • Cansaço;
  • Dores musculares.


RN recebe 16 mil doses de Coronavac para crianças, mas quantidade é insuficiente, diz Sesap

O Rio Grande do Norte recebeu nesta terça-feira (27) mais 16.160 doses de Coronavac para a imunização de crianças de 3 a 4 anos contra a covid-19. No entanto, o número é insuficiente e representa apenas uma parte do total solicitado pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap-RN).

“O lote é insuficiente, representando só 20% do pedido de 80 mil doses que a Sesap fez ao ministério, baseado na quantidade de crianças que ainda precisam ser imunizadas”, informou a pasta em nota.

De acordo com a secretaria, é aguardado que o Ministério da Saúde atenda o pleito feito pela pasta estadual. “A Sesap aguarda que o ministério atenda o pleito da forma mais rápida possível, com o objetivo de garantir a saúde das crianças potiguares”, acrescentou no documento.

Os dados da secretaria apontam que, nas últimas 24 horas, foram confirmados 64 casos de covid-19 no estado, sem nenhum novo óbito. Ao todo, o RN já registrou 556.693 casos e 8.455 vidas perdidas para a doença desde março de 2020.

Portal da Tropical



Sesap renova alerta para meta da vacinação contra a pólio

Oitenta e oito municípios do RN estão abaixo de 50% em número de crianças vacinadas – Foto: divulgação/ Internet

No Rio Grande do Norte a campanha nacional de vacinação contra a poliomielite, iniciada em agosto, alcançou o percentual de 34,84% de cobertura vacinal, o que representa 64.707 doses aplicadas em crianças de 1 a menores de cinco anos de idade. A campanha segue até 30 de setembro e a expectativa é vacinar 95% das crianças nessa faixa etária.

Através de dados gerados pelo portal RN+Vacina, até o meio-dia desta segunda-feira (19), somente nove municípios do estado atingiram essa meta: Monte das Gameleiras, Fernando Pedroza, Caiçara do Rio do Vento, Santana do Seridó, São José do Seridó, Água Nova, Francisco Dantas, José da Penha e Severiano Melo.

Dos municípios da Região Metropolitana de Natal, Extremoz alcançou a marca de 50,21% de cobertura vacinal, São Gonçalo do Amarante está com 27,24%, seguido por Parnamirim com 25,53%, Macaíba com percentual de 24,67% e a capital, Natal, com 18,48% – o que representa 7.594 doses aplicadas no município. Oitenta e oito municípios do RN estão com a meta abaixo dos 50% e outros 70 municípios estão com percentual que varia dos 50 aos 94,99%.

De acordo com Kelly Lima, coordenadora de vigilância em saúde da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), o cenário de coberturas vacinais contra a poliomielite é preocupante. Desde 2017 o RN não vem conseguindo atingir o percentual de cobertura para a pólio estipulado pelo Ministério da Saúde. Em 2021, o número foi de 69,88%; em 2020 um total de 69,7%; em 2019 atingiu 80,74%; em 2018 obteve 90,32% e chegou aos 69,52% em 2017.



Monkeypox: Vacina deve chegar ao Brasil ainda em setembro

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O primeiro lote de vacinas contra a Monkeypox (varíola dos macacos) deve chegar ainda este mês ao Brasil, afirmou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em entrevista ao programa Brasil Em Pauta, da TV Brasil.

A negociação, feita com o laboratório dinamarquês Bavarian Nordic, conta com a intermediação da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).

Nessa primeira leva, devem estar disponíveis 50 mil imunizantes, os mesmos utilizados para o combate da varíola.

De acordo com o ministro, as vacinas não são para toda a população, e sim para grupos específicos. “Não há recomendação, no momento, para a vacinação em massa”, esclareceu Queiroga.

Entre os grupos específicos estão profissionais de saúde que lidam diretamente com amostras de infectados e pessoas que tiveram contato com portadores do vírus. “Estudos já mostram que uma dose dessa pode ser fracionada em cinco doses. Então nós podemos beneficiar um número maior de pessoas. A princípio são aqueles que têm contato com o material contaminado”, disse Queiroga.

O ministro da Saúde também reforçou as diferenças entre a varíola dos macacos e a covid-19. Segundo Queiroga, além da letalidade, o vírus da covid-19 apresentou inúmeras mutações no decorrer da pandemia, o que não se observa com a varíola dos macacos, que foi mapeada pela primeira vez na África, em 1976.

Queiroga reforçou ainda que os índices de contágio da varíola dos macacos estão em queda no mundo e em estabilidade no Brasil. “No mundo inteiro o surto tem diminuído, a velocidade de progressão dos casos é menor e nós estamos numa fase de platô com queda. Então esperamos que esse surto seja controlado”, defendeu Queiroga.

Além da importação emergencial de doses de vacina contra a varíola dos macacos, o Ministério da Saúde também recebeu autorização emergencial da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para importar o antiviral Tecovirimat, que deve ser utilizado em situações graves e específicas. “O uso é diante de situações onde não temos mais alternativas para esses pacientes”, salientou o ministro da Saúde.

Vacina nacional

O Ministério da Saúde também trabalha com o desenvolvimento de um imunizante nacional para enfrentar a doença. A expectativa é que a vacina esteja operacional no segundo semestre do ano que vem. Mas para isso, segundo o ministro Queiroga, o cenário epidemiológico tem de indicar a necessidade de ampliação do público alvo da vacinação.

“É algo que está trabalhado, em pesquisas. Já recebemos a Universidade Federal de Minas Gerais, que nós chamamos de semente, que depois gera a produção do IFA, e a Fundação Oswaldo Cruz, através de Biomanguinhos, tem capacidade de fazer escala. Mas isso é se houver uma indicação de vacinação para um grupo maior de pessoas”.

Sintomas

A varíola dos macacos tem sinais e sintomas que se caracterizam por lesões e erupções de pele, febre, dores no corpo, dor de cabeça, calafrio e fraqueza.

Revista BZZ



SUS incorpora medicamento que reduz a chance de metástase

Tratamento do câncer de mama ganhará reforço para casos mais resistentes a outras drogas. Foto: Adriano Abreu

Foi publicada no começo da semana, no Diário Oficial da União, uma portaria que incorpora o medicamento trastuzumabe entansina, ou TDMI-1, ao Sistema Único de Saúde (SUS). A substância é usada para o tratamento do câncer de mama no Brasil desde 2014, quando recebeu a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O remédio não causa alguns efeitos colaterais associados ao tratamento de câncer, como queda de cabelo, mas requer cuidados. Ainda não há informações sobre quando o item chegará à rede pública de saúde.

O TDMI-1 é indicado para os casos avançados de um tipo de câncer chamado HER2-positivo, em que as células cancerígenas apresentam níveis elevados da proteína HER2 e tendem a se disseminar de forma mais rápida. Segundo o Ministério da Saúde, a medicação passou por avaliação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), que assessora a pasta no que tange à incorporação, exclusão ou alteração de tecnologias em saúde pelo SUS.


Os casos em que há a amplificação da proteína correspondem a entre 20% e 30% dos tumores de mama invasivos, e o diferencial do medicamento trastuzumabe entansina é a sua ação direta sobre a proteína HER2. De acordo com a médica oncologista Laura Testa, que integra o comitê de Tumores Mamários da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), trata-se de um composto chamado de conjugado droga-anticorpo.

“É um anticorpo anti-HER2, que vai se ligar especificamente a essa proteína e tem conjugado um quimioterápico. Essa substância aplicada diretamente na veia é muito tóxica, mas junto com o anticorpo ela é entregue diretamente na célula que está expressando a HER2”, explica. Uma vez na célula cancerígena, ela inibe a produção de uma proteína necessária para que essa célula continue se replicando.


Quando é utilizado?

Existem dois cenários em que as pacientes podem se beneficiar do uso do TDMI-1. O primeiro ocorre quando outros tipos de medicação não foram capazes de conter o avanço da doença, que se espalhou no processo chamado de metástase. O outro compreende os casos em que, após quimioterapia e cirurgia, ainda existe doença residual e riscos de uma eventual metástase são altos.


Segundo a oncologista, o tratamento costuma ter bons níveis de tolerância. “As pacientes habitualmente têm um bom controle da doença e acabam tendo menos efeitos colaterais do que numa quimioterapia, por exemplo. E para as pacientes com doença residual pós-neoadjuvância, ele realmente diminui o risco de metástase no futuro”, esclarece.


Para Michelle Samora, médica oncologista do HCor, “é muito importante que a gente tenha no SUS um medicamento que, quando é comprovado que o que foi feito de quimioterapia no cenário inicial não conseguiu eliminar o tumor, tenha uma droga mais potente para que a gente aumente a chance de melhora dessa paciente”. Estudos mostram que as chances de recorrência da doença em pessoas que não foram medicadas com TDMI-1 são até 50% maiores do que em pessoas que foram tratadas com outros inibidores de HER2.


O trastuzumabe entansina foi o primeiro com seu mecanismo de funcionamento aprovado no Brasil. Desde o seu registro, outros conjugados droga-anticorpo lançados no mercado demonstraram níveis de resposta até maiores, mas todos permaneciam restritos à saúde suplementar. “A incorporação tardia ao SUS equipara o tratamento das pacientes do SUS com o que as pacientes da saúde suplementar têm acesso hoje. Era algo que faltava”, afirma Laura.


A tecnologia não causa alguns efeitos colaterais associados ao tratamento de câncer, como queda de cabelo, mas requer cuidados de monitoramento pela equipe médica. Entre os riscos, estão a diminuição das plaquetas, anemia e distúrbios no funcionamento do fígado. “Em alguns casos, também é preciso controlar a pressão, além de ter a neuropatia (danos aos nervos) que a gente sabe que está associada com o uso da medicação”, lista a médica Michelle Samora.


Atualmente, pessoas com câncer de mama HER2-positivo que recebem tratamento pelo SUS são medicadas com agentes quimioterápicos e trastuzumabe, um anti-HER2 composto por parte da molécula do trastuzumabe entansina e indicado para quadros iniciais da doença.


Números
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera o câncer de mama um problema mundial de saúde pública e estima que, em 2018, 627 mil mulheres em todo o mundo morreram em decorrência da doença, cuja incidência tende a aumentar com o envelhecimento da população.


No Brasil, segundo informações do Ministério da Saúde, o número total de novos diagnósticos ao ano chega a 60 mil – uma taxa de incidência de 60 casos a cada 100 mil habitantes. Em 2018, o País foi o quarto em número de casos e o quinto em mortalidade.

Tribuna do Norte



Covid-19: governo simplifica medidas para entrada de viajantes no país

O governo federal simplificou algumas medidas de controle adotadas em decorrência da pandemia de covid-19 para a entrada de estrangeiros no país.

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a publicação da Portaria Interministerial nº 678 no Diário Oficial da União de segunda-feira (12), o viajante não precisará mais cumprir uma série, mas apenas alguns dos requisitos necessários ao ingresso em território nacional.

Em nota, a Anvisa diz que a medida simplifica os controles hoje existentes, pois permite a qualquer viajante cumprir algum dos requisitos necessários. Segundo a agência, o visitante pode, por exemplo, optar por apresentar apenas o comprovante de vacinação, ou um teste com resultado negativo, ao chegar ao Brasil.

As novas regras já estão em vigor e devem ser observadas por viajantes e operadores de transporte nos modais aéreo, aquaviário e terrestre.

A Anvisa acrescenta que a recomendação é reiterada por posicionamento da Organização Mundial da Saúde (OMS), que ressalta que as “políticas para testes e quarentena devem ser revisadas regularmente”, de forma a garantir que sejam suspensas quando não mais necessárias.

Referindo-se à alteração promovida pela portaria nas regras para a entrada de viajantes no Brasil, a Anvisa lembra o alerta da OMS para a necessidade de serem oferecidas alternativas de viagem para indivíduos não vacinados, como por meio do uso de testes de detecção.


Agência Brasil



RN tem os piores índices de vacinação contra a poliomielite

Até ontem, o índice de vacinação contra a poliomielite no Estado era de 25,32%. Foto: Adriano Abreu

O Rio Grande do Norte é o Estado do Nordeste com pior índice de vacinação contra a poliomielite, de acordo com os dados do Ministério da Saúde (MS). Apenas 25,32% do público-alvo (crianças de 1 a 5 anos de idade) estava imunizado contra a doença na tarde dessa sexta-feira (9). Os dados do MS apontam, ainda, que o RN ocupa a 24ª posição no ranking nacional em relação à taxa de vacinação, ou seja, a quarta pior do Brasil. A baixa adesão em todo o Brasil fez com que a Campanha Nacional de imunização fosse prorrogada até o dia 30 de setembro.

A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap/RN) disse que os índices preocupam e alerta aos municípios para a promoção do fortalecimento das “ações de vigilância epidemiológica das paralisias flácidas agudas e das ações de vacinação, no sentido de proteger as crianças menores de cinco anos e alcançar altas e homogêneas coberturas vacinais na rotina e nas campanhas”.

Conforme a Secretaria, as ações são necessárias para evitar “a reintrodução dessa grave doença no Estado e no País”. O último caso de poliomielite foi registrado no RN em 1989, em São José do Seridó. Dentre as estratégias da pasta para mudar o cenário atual, estão a realização de mais um “dia D”, previsto para ocorrer no próximo dia 17. O maior evento do tipo aconteceu no dia 20 de agosto, mas com “resultado muito aquém do esperado”, segundo a Sesap. 


“O reflexo das baixas coberturas é a vulnerabilidade das crianças e o possível retorno de doenças já erradicadas”, afirmou a coordenadora de Vigilância em Saúde da Sesap, Kelly Lima. A vacina é o único meio de proteção contra a poliomielite, também chamada de paralisia infantil. A doença é causada pelo poliovírus, e pode ser transmitida por contato direto pessoa a pessoa, de forma mais frequente pela via fecal-oral, mas também por objetos, alimentos e água contaminados com fezes de doentes ou portadores. A transmissão também pode ocorrer   pela via oral-oral, através de gotículas de secreções da orofaringe ao falar, tossir ou espirrar. Em sua forma grave, a pólio pode causar paralisação nos membros inferiores e até a morte.

O imunologista Leonardo Lima explica que, mesmo erradicada (em 1994), o vírus segue em circulação e, por isso, a vacina é primordial. “Sem imunização, um grupo de crianças não vacinada pode ser afetada com uma forma grave da doença. E isso reforça, certamente, o papel dos pais na prevenção e no cuidado dos filhos”, diz. Para atrair o público para a campanha, o especialista afirma que são necessárias novas estratégias, como a disponibilização da vacina em escolas, por exemplo.


“Evidentemente que colocar o imunizante aos finais de semana [como acontece com o “dia D] é importante porque atinge um público que trabalha de segunda a sexta e não tem tempo de levar os filhos para o posto de saúde. Mas, descentralizar a vacinação para as escolas, sejam públicas ou privadas, vai permitir uma maior adesão e de forma mais rápida e mais efetiva”, sublinha Leonardo Lima.

Tribuna do Norte



Walfredo Gurgel volta a ficar lotado e 80 pacientes esperam por cirurgia

Durante os últimos dias, houve acúmulo de macas no Walfredo Gurgel. No dia 07 de setembro, fila chegou a ter 100 pessoas. Foto: Adriano Abreu

O Hospital Estadual Walfredo Gurgel voltou a registrar superlotação em corredores e em leitos de enfermaria da unidade, que é o maior hospital público do Rio Grande do Norte. A fila no Walfredo até o fechamento da edição era de 80 pessoas aguardando cirurgias ou transferência para outros hospitais, com perspectiva de diminuição deste número nesta sexta-feira (09). Na última quarta-feira (07), eram pelo menos 100 pacientes. Como a demanda ortopédica é a maior do Walfredo, a Secretaria de Estado da Saúde Pública do RN (Sesap) vai abrir leitos em duas unidades para tentar minimizar o problema.

De acordo com o secretário de Saúde do RN, Cipriano Maia, há perspectivas de abertura de 12 leitos específicos de ortopedia em até 30 dias no Hospital Deoclécio Marques, em Parnamirim. A expectativa é ter mais um espaço de apoio para cirurgias ortopédicas além do Walfredo Gurgel. O Deoclécio já tem capacidade para cirurgias.

“Estamos buscando ativação de leitos, já fizemos no João Machado nas últimas semanas, fizemos no Giselda, com ativação de 30 leitos que estavam desativados no pós-pandemia e estamos na perspectiva de ativar 12 leitos de ortopedia de enfermaria no Deoclécio Marques, onde já ativamos 06 leitos de UTI”, apontou. 


Segundo a Sesap, foram abertos 8 leitos de neurocirurgia no João Machado e outros 10 leitos gerais, com expectativa de se abrir outros seis leitos clínicos na semana que vem. 


“Nossa equipe está trabalhando na desospitalização, que é uma orientação que já estamos fazendo. Se o paciente foi atendido por um trauma e pode esperar em casa, que vá esperar em casa com garantia de cirurgia marcada, como também viabilizando a transferência de pacientes para outros hospitais que possam recebê-los por estarem estáveis, por estarem apenas completando um tratamento de medicamentos e com isso desafogarmos o hospital”, comenta.


De acordo com o secretário de Saúde do RN, Cipriano Maia, o problema da superlotação do Walfredo Gurgel está associado a acidentes automobilísticos e fraturas entre pessoas idosas, o que representam a maioria dos atendimentos da unidade. O Walfredo é voltado para pacientes clínicos graves e pessoas politraumatizadas, além de vítimas de arma de fogo e arma branca.


“Temos tido uma sobrecarga em parte de acidentes que têm aumentado a demanda do Walfredo e de outras demandas que lá chegam, como acidente vascular encefálico e na ortopedia quedas com idosos. E o fato de não termos na Grande Natal nenhuma outra porta para resolver outros problemas simples da ortopedia, como uma situação que não precisa de cirurgia, isso leva a sobrecarga do Walfredo”, disse.


Regulação
Ainda segundo o secretário de saúde, Cipriano Maia, já há regulação no Hospital Walfredo Gurgel desde o final de dezembro do ano passado, isto é, quando o paciente já vem encaminhado de outro serviço de saúde com a garantia de ser atendido. Outra questão que leva a superlotação são as chamadas “ambulâncias brancas”, que em alguns casos vêm do interior do Estado sem regulação.


“Precisamos destacar que o problema não é o Walfredo, é o sistema de saúde como um todo. Quando você não tem a resposta adequada em todas as esferas de atenção, finda sobrecarregando as portas de urgência, porque não fecha portas, diferentemente do privado, que quando sobrecarrega, fecha. Os hospitais públicos não fecham portas, atende nas condições e onde tiver”, disse.


Para a vice-presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do RN (Cosems-RN), Dailva Bezerra, o problema “se arrasta há vários anos” e “os hospitais regionais precisam  serem otimizados  para uma maior abrangência de serviços e assistência”.


“Tem alguns períodos que o sistema dá uma vazão e que tem a ver com o momento epidemiológico do território,  organização dos serviços, com a sua resolutividade de porta. Neste momento, temos discutido com a Sesap sobre as portas que estão abertas para receber os encaminhamentos do Walfredo, pois houve um aumento no Estado em acidentes e outros agravos e não podemos ficar com as macas represadas, pois os municípios ficam sem esse serviço no seu território”, comentou.


“Os municípios têm o papel  de atender a atenção  primária  e sua baixa complexidade. Em sua média, temos municípios polos que atendem uma complexidade  maior, mas somos pactuados a encaminhar a maior complexidade para nossa porta de referência de média mais complexa e de alta complexidade, através de um sistema regulatório, que  terá  que dar vazão  para outras portas, como por exemplo  o hospital Deoclécio Marques, Huol, o município de natal, Memorial/Paulo Gurgel e os hospitais Regionais. Mas reafirmo que os municípios estão cumprindo a sua missão”, finalizou. 


Em nota enviada à TN, a diretoria do Conselho Regional de Medicina do RN (Cremern) disse que a superlotação é um tema “preocupante”.“Considera-se um problema estrutural, crônico, pela falta de uma rede de assistência, na qual se inclui uma assistência primária e secundária adequada nas diversas regiões do Estado. O Cremern, por ser um órgão com competência legal para fiscalizar a prática médica, tem realizado fiscalizações no HMWG e a partir dos relatórios de fiscalização se discute em plenária a busca de soluções. No entanto, trata-se de um problema complexo que exige da gestão a organização estrutural”, diz nota.


“No ponto de vista paliativo, será necessário um trabalho de diagnóstico, que especifique a causa atual da superlotação. A partir dessas informações deve-se buscar soluções, que amenizem essa situação. Considerando que a superlotação compromete a assistência médica, o Cremern, junto ao seu departamento de fiscalização, fará uma nova fiscalização”, acrescenta. 

Tribuna do Norte



Ministro do Supremo Tribunal Federal suspende por 60 dias lei que cria piso da Enfermagem

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso suspendeu a exigência da Lei nº 14.314/2022, que cria o piso nacional da enfermagem, e deu prazo de 60 dias para que União e outros entes públicos e privados se manifestem no processo. A decisão foi publicada neste domingo (4/9) e ainda será submetida ao plenário.

Em 10 de agosto, a Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde) e outras sete entidades, entre elas a Federação Brasileira de Hospitais (FBH), pediram a suspensão da Lei nº 14.314/2022, que estabelece o piso de enfermeiros em R$ 4.750; 75% desse valor para técnicos de enfermagem e 50% para auxiliares de enfermagem e parteiras.

Entretanto, a decisão do ministro na ação Direta de Constitucionalidade (ADI) 7222 ainda não analisou a constitucionalidade da nova legislação, ampliando o período de defesa. A decisão será levada ao plenário virtual nos próximos dias. Se for mantida, ao fim dos 60 dias, Barroso deverá reavaliar o caso.



Vacinação contra a influenza está disponível até 30 de setembro

Sesap reforça que a população procure os postos de vacinação

Para aumentar o percentual de cobertura vacinal contra a influenza no RN – que atualmente está em 54,5% – a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) convoca a população, a partir dos seis meses de idade, que ainda não está imunizada a procurar os postos de vacinação até o dia 30 de setembro, data que encerra a campanha em 2022.

“A Influenza já matou mais de 1.700 pessoas no Brasil apenas em 2022 e 70% dos óbitos por influenza no país são pessoas que estão dentro dos grupos prioritários da campanha. É importante que as pessoas se vacinem para que não tenhamos um novo surto da doença devido às baixas coberturas vacinais.” disse Laiane Graziela, coordenadora do Programa de Imunização da Sesap.

Polio

Em setembro também, no dia 09, encerra a Campanha Nacional de Multivacinação que foca principalmente na vacina contra a poliomielite para a faixa etária de 1 ano a menores de 5 anos de idade, além de reduzir o número de não vacinados entre crianças e adolescentes menores de 15 anos de idade.

A estratégia da multivacinação se justifica diante do cenário de baixas coberturas vacinais em todo o país e pela reintrodução do sarampo no Brasil. Atualmente, os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Amapá registram surto da doença, de acordo com o Ministério da Saúde. Outras doenças, até então controladas como a poliomielite também correm esse risco.

Até o dia 25 de agosto o percentual de vacinação contra a poliomielite no Rio Grande do Norte estava em 15,02% e a meta é vacinar 95% das crianças menores de 5 anos, totalizando 229.282 crianças no estado. Desde 2017 o RN não vem conseguindo atingir o percentual de cobertura para a pólio estipulado pelo Ministério da Saúde. Em 2021, o número foi de 69,88%; em 2020 um total de 69,7%; em 2019 atingiu 80,74%; em 2018 obteve 90,32% e chegou aos 69,52% em 2017. O último caso da pólio registrado no RN ocorreu em 1989, no município de São José do Seridó.

“É fundamental garantir a proteção dessas crianças para que doenças já erradicadas, como a pólio, não voltem para o nosso país”, reforçou a coordenadora do Programa de Imunização da Sesap.